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Inação de Lira e Aras é a razão da impunidade a Bolsonaro

Presidente da Câmara e PGR são vistos como omissos frente à conduta do presidente da República.

A inação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do procurador-geral da República, Augusto Aras, em relação a Jair Bolsonaro (PL) é fator determinante para explicar o quadro de impunidade conferido a Bolsonaro, segundo a Folha.

Bolsonaro soma mais de 140 pedidos de impeachment contra si, um recorde comparado aos demais presidentes. Lira, a quem cabe dar andamento ou arquivar esses pedidos, tem se omitido.

O mesmo é possível dizer em relação a Aras, que tem como prerrogativa o oferecimento de denúncia contra o chefe do Executivo e também tem deixado de agir diante de inúmeros pedidos de investigação na seara penal. Bolsonaro coleciona ameaças golpistas em seu mandato.

Lira e Aras, mesmo após reações de diversas entidades e instituições, seguem em silêncio mais de 48 horas após o presidente repetir teorias conspiratórias e mentiras sobre as urnas eletrônicas, tentar desacreditar o sistema eleitoral e atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em encontro com embaixadores que ele mesmo organizou no Palácio da Alvorada.

CCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Marina Coelho Araújo, a postura do PGR é de omissão, mas não há meio legal para responsabilizá-lo por isso. “Essa reunião do Bolsonaro com embaixadores ofende a democracia brasileira, e a Procuradoria não toma nenhuma atitude.”

Gabriela Zancaner, professora de direito constitucional da PUC-SP, concorda. “O melhor adjetivo que a gente pode dar é conivente”, diz.

“A gente viu desde a posse de Jair Bolsonaro até agora uma série de atos que são, não só atos antidemocráticos, mas atos inclusive contra a saúde pública e que não houve medidas mais enérgicas por parte daquele que seria o fiscal da lei.”

Além de não atuar de modo proativo, em diferentes pedidos de investigação de condutas de Bolsonaro, a PGR opinou de modo contrário.

Um exemplo recente foi o parecer da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, braço direito de Aras na PGR, afirmando que os ataques às urnas eletrônicas feitos por Bolsonaro em uma outra solenidade oficial, desta vez no Palácio do Planalto, estavam protegidos pela liberdade de expressão.

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, por exemplo, destaca como grave o fato de Bolsonaro não ter sido incluído por Aras no pedido de investigação que deu origem ao inquérito dos atos antidemocráticos em abril de 2020.

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New York Times: diplomatas ‘ficaram abalados’ após reunião com Bolsonaro

Diplomatas ficaram abalados durante a reunião convocada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em que o chefe do Executivo colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, informa o The New York Times hoje. Segundo um dos principais jornais dos Estados Unidos, embaixadores temem que Bolsonaro esteja preparando as bases para uma tentativa de golpe, se perder as eleições presidenciais deste ano.

Dois embaixadores que concordaram em falar com o NYT sob a condição de anonimato dizem que diplomatas ficaram incomodados após a sugestão de Bolsonaro de que militares devem participar do processo para “garantir eleições seguras”.

De acordo com o NYT, o presidente brasileiro fez com que acusações de fraude no sistema eleitoral se tornassem uma questão de política externa, aumentando temores internacionais de que ele pretende contestar as próximas eleições.

O jornal também diz que Bolsonaro “parece estar aderindo ao plano de Donald Trump”. Em 2021, o ex-presidente dos Estados Unidos afirmou, sem apresentar provas, que foram contabilizados oito milhões de votos irregulares nas eleições americanas.

Assim como Trump antes das eleições de 2020 nos Estados Unidos, Bolsonaro está atrás nas pesquisas. E, como Trump, Bolsonaro parecia estar desacreditando a votação antes que ela acontecesse, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência..

*Com Uol

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Campanha de Bolsonaro joga a toalha sobre discurso de ódio

O marketing do mandatário reconhece que os discursos que funcionaram em 2018, agora só atrapalham. Mas Bolsonaro não pretende abrir mão de suas retóricas golpistas.

O núcleo da campanha de Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, decidiu abandonar as tentativas de convencer o mandatário a parar com seus discursos de ódio contra o sistema eleitoral e o Judiciário.

“Bolsonaro está fazendo de tudo para perder a eleição”, disse um integrante da campanha à coluna de Bela Megale, no O Globo.

O marketing do atual líder do Executivo, a partir de pesquisas internas feitas por institutos contratados pelo PL, reconhece que os discursos que funcionaram em 2018, agora só atrapalham.

As últimas pesquisas eleitorais apontam que Bolsonaro deve perder o Planalto para o ex-presidente Lula (PT). Nos bastidores é consenso que os discursos do militar reforma só atrapalham a principal meta: “conseguir votos para subir nas pesquisas”, informou a coluna.

O QG da campanha decidiu, inclusive, silenciar sobre a reunião desta segunda-feira (18), na qual Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas e ministros das Cortes superiores para embaixadores.

*Com GGN

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Tacada errada de Bolsonaro com embaixadores pode ter colocado fim à sua reeleição

“Performance” de Bolsonaro com os embaixadores ontem foi vista como uma tacada errada e que pode ter colocado fim à sua reeleição, diz Noblat, Metrópoles.

Pela primeira vez, desde o início da pré-campanha e da divulgação de pesquisas, a vitória de Lula é dada praticamente como certa em meios diversos, como no Congresso, entre especialistas e analistas e até mesmo dentro do Palácio do Planalto.

A “performance” de Jair Bolsonaro ontem no Palácio do Alvorada, na presença de embaixadores de 40 países, pode ter sido o fim do seu sonho de reeleição.

Mas mesmo antes desse evento-fiasco, as avaliações são de que Lula caminha para vencer.

Alguns indicadores: Lula tem amealhado apoios diversos, de ruralistas a parte significativa do MDB; congressistas da base do governo admitem – como na consulta do “Congresso em Foco” – a vitória do petista; Bolsonaro começa a dar declaração do tipo “não vou ligar para Lula”, se o adversário vencer, e que “não vou entregar (o governo) de tanque cheio”.

Lula sabe jogar. Não é novidade. Constrói nos bastidores. Não é mercurial como o adversário. Não é Bangu contra o Flamengo, como falou Bolsonaro.

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Embaixadores dizem que reunião com Bolsonaro ‘não mudou nossa visão’ e foi ‘campanha eleitoral’

A ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação eletrônica foi vista por embaixadores estrangeiros de países democráticos, convidados ao encontro nesta segunda-feira, dia 18, como um ato de campanha eleitoral e não mudou a impressão geral de confiança na segurança das eleições brasileiras. Após a reunião no Palácio da Alvorada, o Estadão ouviu representantes de sete embaixadas de países na Ásia, na Europa e na América Latina. Eles falaram sob a condição de ter suas identidades preservadas.

O representante de um país nórdico afirmou que as falas de Bolsonaro não mudaram “nada no nosso modo de ver as coisas”. Ele disse que não tem por que questionar um sistema “que funcionou bem nos últimos 25 anos”. Segundo, ele o encontro deve ser visto como parte de uma “campanha eleitoral”.

Esse mesmo embaixador disse que havia no salão do Alvorada diplomatas mais simpáticos ao presidente e outros menos, mas que no geral a impressão foi a mesma, sobretudo nas democracias europeias. Virou comentário entre embaixadores erros de tradução nos slides apresentados por Bolsonaro, que tinha perguntas em português e em inglês aos diplomatas, no fim. “Por que seus países não usam nosso sistema seguro e eletrônico?”, era uma delas.

Um dos poucos a se manifestar publicamente sobre o encontro, o embaixador da Suíça usou a rede social para mandar seu recado: “Desejamos ao povo brasileiro que as próximas eleições sejam mais uma celebração da democracia e das instituições”, escreveu o embaixador Pietro Lazzeri.

Outro embaixador classificou o PowerPoint como “amador” e afirmou que os diplomatas já estavam devidamente informados sobre o inquérito da Polícia Federal relacionado a um ataque hacker nas eleições de 2018, usado como base para a argumentação do presidente.

Como mostrou o Projeto Comprova, a invasão foi ao sistema interno do TSE não teve qualquer implicação na segurança das urnas eletrônicas. A Polícia Federal não encontrou registros de investigações sobre fraudes envolvendo a urna eletrônica desde que o método de votação foi adotado, em 1996.

Um diplomata europeu afirmou que viu “nada de novo” nas declarações do presidente Bolsonaro. Segundo ele, na parte final da exposição era uma sucessão de “ataques aos ministros do TSE”.

Para um terceiro embaixador, ao centrar fogo nos ministros Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, e tentar associá-los ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival na disputa deste ano, o presidente evidenciou o tom eleitoreiro.

Já um outro diplomota europeu reiterou que o resultado deve ser aceito e que não saiu preocupado com golpe pós-eleições. Segundo ele, “ninguém se convenceu de que houve fraude”, mas, na sua visão, o sistema poderia ser mais “auditável.” De acordo com ele, o “TSE precisa aceitar alguma crítica”, ponderou o embaixador, para quem Bolsonaro fez um contraponto à reunião promovida pela Justiça Eleitoral em maio com diplomatas.

Havia mais gente no Alvorada. A Presidência da República não divulgou uma listagem oficial de quantos embaixadores compareceram. A reportagem contou 70 carros de missões diplomáticas com os convidados no Alvorada. Alguns diplomatas falaram em cerca de 80 nomes. No TSE, foram 68 em maio.

*Com Uol

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Vereador petista denuncia ameaça a namorada: “Grupo do Bolsonaro”

Ameaça acontece um dia após grupo armado comandado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim intimidar ato de Marcelo Freixo no Rio e uma semana após assassinato de Marcelo Arruda por apoiador de Bolsonaro.

O vereador Leonel Radde (PT-RS), policial antifascista e pré-candidato a deputado estadual, denunciou na madrugada deste domingo (17) uma ameaça sofrida pela namorada por meio de uma ligação telefônica.

“Minha namorada acaba de receber uma ligação telefônica de um número restrito em que um homem a ameaça utilizando uma palavra de uma postagem que fiz pra ela”, escreveu Radde, que sinaliza que a ameaça veio de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

“Qualquer situação de violência que ocorrer contra mim, ou minha família, será sim crime político do grupo do Bolsonaro”, emendou o vereador. A Fórum entrou em contato com Radde para saber mais detalhes da denúncia, mas até agora não obteve retorno.

A ameaça acontece um dia após o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) – o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco nas eleições de 2018 – levou um grupo de apoiadores armadas para fazer ameaças em ato de militantes da candidatura Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato a governador do Rio, e uma semana depois do assassinato do guarda civil petista, Marcelo Arruda, pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho.

*Com Forum

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Bolsonaro convoca embaixadores para atacar as urnas eletrônicas

Ainda na semana passada, o presidente anunciou que convocaria os representantes diplomáticos para tentar convencê-los de suas teses sobre as urnas eletrônicas.

O presidente Jair Bolsonaro marcou para a tarde da próxima segunda-feira um encontro com embaixadores estrangeiros para, mais uma vez, desacreditar a segurança do processo eleitoral brasileiro. Os principais nomes do corpo diplomático acreditado em Brasília começaram a ser convidados na última quinta-feira, segundo o Correio Braziliense.

A iniciativa partiu do Palácio do Planalto e não do Itamaraty. O convite de Bolsonaro, assinado pelo cerimonial da Presidência da República, omite o assunto da reunião. “Fui incumbido de convidar vossa excelência para encontro do senhor presidente da República com chefes de missão diplomática, a ser realizado às 16h de 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada”, diz a convocação. O chanceler Carlos França deve participar.

Os embaixadores, no entanto, já sabem das intenções de Bolsonaro. Na semana passada, o presidente anunciou que convocaria os representantes diplomáticos para tentar convencê-los de suas teses sobre as urnas eletrônicas. O encontro também servirá para um contraponto à decisão do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ampliar a presença de missões estrangeiras como observadoras das eleições gerais, a contragosto do Planalto. Bolsonaro também pretende rebater palestras no exterior do próprio Fachin e do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais alertaram a comunidade internacional para os riscos de ruptura democrática no Brasil.

Representantes de países europeus confirmaram presença, entre eles da França, de Portugal e da Suíça. Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos também devem enviar seus diplomatas ao Alvorada. Os embaixadores não devem se manifestar durante o encontro, tampouco depois.

Países sul-americanos também foram convidados, como Colômbia e Equador, cujos governos de direita são alinhados a Bolsonaro. Diplomatas de países vizinhos, como Chile e Argentina, governados pela esquerda, disseram que não tinham recebido convite.

Estranhamento

Reservadamente, embaixadores admitem o estranhamento com o plano do presidente de acusar supostas fraudes em eleições passadas, nunca comprovadas, e criticar o uso de um sistema de votação pelo qual se elegeu e que tem mecanismos de segurança reconhecidos internacionalmente.

Eles dizem, porém, que foi igualmente incomum terem sido convocados pelo TSE para uma audiência sobre as eleições, em maio. Por terem ido ao encontro de Fachin, integrantes da União Europeia (UE) dizem que agora se sentem compelidos a atender ao chamado de Bolsonaro.

Naquela ocasião, 68 diplomatas compareceram à Justiça Eleitoral e ouviram de Fachin que “arremessos populistas” de líderes políticos na América Latina geram “acusações levianas de fraude, que conduzem a semanas de instabilidade política no período pós-eleitoral”. Bolsonaro acusou o ministro de usurpar funções do Executivo e de se imiscuir nas relações internacionais. O presidente acusou Fachin de “estupro à democracia”.

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O novo prazo da campanha de Bolsonaro para ele decolar nas pesquisas; falta combinar com os russos

No início do ano, os líderes do Centrão previram que os índices de intenção de voto de Jair Bolsonaro, estacionados no patamar de 20%, superariam os de Lula em junho. Só que junho passou e, como Bolsonaro não decolou, a nova previsão passou a ser julho.

As últimas pesquisas, porém, indicam que o presidente até cresceu um pouco – hoje tem entre 25% e 30% –, mas continua em segundo lugar. Lula se aproxima dos 50% e pode até vencer no primeiro turno.

Agora, o núcleo político da campanha à reeleição diz que agosto é que será o mês decisivo, em que Bolsonaro poderá subir a ponto de incomodar Lula.

A aprovação da PEC Kamikaze, que permite ao governo aumentar o Auxílio Brasil e distribuir uma série de outros benefícios às vésperas da eleição, seria um dos motores dessa alta – mas não o único.

Há outros fatores em que os estrategistas de Bolsonaro se apegam para acreditar que “agora vai”.

Um deles é previsão de alguns economistas de que a queda nas tarifas de energia e no preço dos combustíveis causará deflação. Como a queda nos preços é resultado de cortes de impostos aprovados pelo governo, os marqueteiros acreditam que poderão faturar politicamente com isso na campanha.

Outro fator é a previsão de volta ao funcionamento do gasoduto NordStream 1, principal fonte de fornecimento do gás russo à União Europeia. Como o gasoduto está parado para manutenção, a Europa está consumindo mais diesel para movimentar suas usinas, o que diminui a oferta do combustível para os outros mercados e leva a um aumento dos preços.

O cálculo dos estrategistas do presidente pode até fazer sentido, mas é preciso que a realidade também colabore – ou, como diria Garrincha, “combinar com os russos”.

Segundo economistas-chefes de bancos com os quais eu conversei, a previsão de deflação só vale para julho (0,6%) e agosto (0.06%). Os efeitos da queda não devem ter impacto significativo sobre o preço dos alimentos. E, em setembro, às vésperas da eleição, a inflação volta.

Além disso, ainda não está garantido que o gasoduto voltará a funcionar, porque a turbina em manutenção está no Canadá, país que aplica sanções à Rússia em razão da guerra na Ucrânia.

Por fim, quanto aos benefícios criados pela PEC Kamikaze, as pesquisas por enquanto estão mostrando que o eleitor não tem atrelado seu voto ao pagamento do Auxílio Brasil pelo governo.

Além disso, parte dos benefícios ainda não serão pagos em agosto porque precisam de regulamentação para serem distribuídos.

*Malu Gaspar/O GLobo

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Violência na política atual no Brasil lembra jacobinos de Floriano Peixoto

Historiadora aponta semelhanças entre ações do final do século 19 e as mais recentes ligadas a bolsonaristas.

É tão forte o ódio por motivações ideológicas que insultos nas ruas se tornam corriqueiros. A tensão política, porém, não se limita às ofensas verbais. Acontecem atos de vandalismo contra espaços ligados aos inimigos e até um assassinato —depois de gritos “mata! mata!”, um grupo identificado com as doutrinas militares dá fim a um opositor.

Não se trata do Brasil de julho de 2022, mês da morte de um guarda municipal petista, assassinado a tiros em Foz do Iguaçu (PR) por um policial penal bolsonarista. Mês ainda do lançamento de uma bomba caseira em ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro.

O clima de terror do parágrafo inicial esboça os conflitos nas ruas cariocas em 1897. A desordem institucional associada à violência era fruto, sobretudo, dos rompantes dos jacobinos, um grupo radical de admiradores de Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro, ex-presidente que tinha morrido dois anos antes.

É a historiadora Cláudia Viscardi, professora titular da Universidade Federal de Juiz de Fora e especialista no período conhecido como Primeira República, quem chama a atenção para as semelhanças entre o comportamento de parte dos bolsonaristas hoje e as ações dos jacobinos de 125 anos atrás.

O Brasil, claro, era muito diferente do país de 2022, a começar pelos dados demográficos.

Os pouco mais de 14 milhões de habitantes da época não chegam a 7% da população atual. Mas há fatores parecidos, como a violência inspirada em líderes autoritários e estimulada pela invenção ou sobrevalorização de um inimigo, e a forte questão militar, que prejudica a estabilidade política.

Para entender as origens do movimento jacobino, ao menos em linhas gerais, é preciso voltar alguns anos.

Em setembro de 1893, quando Floriano estava no poder, começou a segunda Revolta da Armada, um levante organizado pelos marinheiros que buscavam mais espaço no novo sistema republicano. A Marinha era conhecida como Armada, daí o nome pelo qual a insurreição ficou conhecida.

Além do apoio do Exército para reprimir os marinheiros, o Marechal de Ferro teve a colaboração entusiasmada de jovens que se alistaram voluntariamente nos chamados “batalhões patrióticos”.

Passaram naquele momento a ser chamados de jacobinos, uma referência aos integrantes do grupo político mais radical da Revolução Francesa.

Aqui vale fazer uma distinção: os jacobinos eram florianistas, mas nem todos os florianistas eram jacobinos. Esses últimos se caracterizavam pelas agitações nas ruas, não raro marcadas pela agressividade.

A atuação dos “jovens patriotas”, como também eram chamados, ganhou mais evidência a partir de novembro de 1894, com a ascensão de Prudente de Moraes, o primeiro civil a chegar à Presidência da República —foi antecedido por Deodoro da Fonseca (1889 a 1891) e Floriano (1891 a 1894).

A fim de preservar o legado de Floriano a todo custo, os jacobinos definiram dois alvos principais. Um era Prudente e seus apoiadores —no início do mandato, o presidente buscou a conciliação com esses setores mais radicais, mas as divergências prevaleceram.

*Com Folha

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PF vê acirramento político e aciona estados por mais segurança na eleição

A Polícia Federal decidiu acionar forças estaduais para reforçar os cuidados com a segurança de presidenciáveis na eleição, informa a Folha.

A direção do órgão orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos estados para mobilizar esforços no processo.

A PF é diretamente responsável pela proteção dos candidatos à Presidência —com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fica sob os cuidados do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o que terá o maior efetivo envolvido, decisão que obedece regra interna da PF baseada na medição de risco detectada.

A recomendação da cúpula da PF partiu do diretor-executivo, Sandro Avelar, número dois na hierarquia do órgão. Fica sob seu guarda-chuva a área que cuida da segurança dos candidatos.

A Folha teve acesso ao ofício redigido pela PF para as superintendências encaminharem às secretarias estaduais.

No texto, a direção da PF afirma que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral”.

O documento foi elaborado no final de junho, antes do assassinato de Marcelo de Arruda em Foz do Iguaçu (PR), no dia 9 de julho. O militante petista foi morto por um apoiador de Bolsonaro durante a festa de seu aniversário de 50 anos em um clube na cidade. Os temas da festa eram Lula e o PT.

A PF também classifica como “complexa” a tarefa de realizar a segurança dos presidenciáveis.

Integrantes da polícia afirmam que essa deve ser a mais preocupante eleição da história por causa da polarização instalada no país.

Aos estados o órgão diz que espera contar com o serviço de inteligência das instituições, a força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, o emprego de batedores e a disponibilidade dos Corpos de Bombeiros —além do apoio de órgãos de trânsito.

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