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“Braço armado” formado por CACs entraria em ação para deflagrar golpe de Estado, diz Cid à PF

Em seu governo, Bolsonaro concedeu quase um milhão de registros para aquisição de armas de fogo.

Em sua delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que um grupo aliados no entorno do então presidente Jair Bolsonaro (PL) defendia que um “braço armado” entrasse em ação para evitar a transição de poder determinada pelo resultado das urnas, nas eleições presidenciais de 2022. Segundo Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro, o plano previa a entrada em cena de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs).

Em seu governo, Bolsonaro concedeu quase um milhão de registros para aquisição de armas de fogo. Em quatro anos, foram 904.858, sendo que 47% (quase a metade) foram concedidos em 2022, ano das eleições, segundo dados fornecidos pelo Exército, com base na Lei de Acesso à Informação.

Em seu depoimento à Polícia Federal, parte do acordo de delação, Cid afirmou: “que o segundo grupo de ‘radicais’ era a favor de um braço armado; que gostariam de alguma forma incentivar um golpe de estado; que queria que ele [Bolsonaro] assinasse o decreto; que acreditavam que quando o presidente desse a ordem, ele teria o apoio do povo e dos CACs”, disse Cid em depoimento à PF. O militar firmou uma delação premiada, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Cid também relatou aos investigadores que o grupo radical no entorno de Bolsonaro queria o ex-presidente assinasse o decreto golpista com base em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, que trata do papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. O tema já havia sido decidido pelo STF, que descartou a hipótese de o poder civil se submeter ao militar, segundo O Globo.

Em depoimento à PF, Cid contou que o ex-presidente pressionava aliados para uma identificação de suposta fraude nas urnas, uma especulação que foi descartada por diversas instituições e pelas próprias Forças Armadas durante o processo eleitoral. “Jair Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio em relação à Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, afirmou o ex-ajudante de ordens em sua delação premiada.

Cid disse ainda que Bolsonaro costumava repassar “possíveis denúncias” de fraudes nas urnas sem fundamento para os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, então ministro da Defesa, “para que fosse apuradas”.

Segundo o militar, além de Pazuello e Paulo Sérgio, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli também apoiavam Bolsonaro na investida contra as urnas. “O grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maioria era explicada por questões estatísticas; que o grupo não identificou nenhuma fraude”, disse Cid à PF.

Procurada, a assessoria de Pazuello afirmou que o deputado decidiu não se manifestar sobre as denúncias. Já a assessoria de Valdemar disse só vai se posicionar nos autos. A defesa de Paulo Sérgio esclareceu que o ex-ministro da Defesa “sempre agiu corretamente, é inocente e confia na Justiça”. A defesa de Bolsonaro ainda não respondeu.

 

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Tem 100 países comemorando a fala do Lula, garante professor de política internacional

Em entrevista ao GGN, Dawisson Lopes afirma que a “crise” entre Israel e Brasil não tem a escala que tentam vender na mídia.

A principal notícia do dia foi a repercussão da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante viagem à Etiópia, comparou as ofensivas de Israel à Faixa de Gaza ao holocausto promovido por Adolf Hitler, além de chamar a guerra de genocídio.

Na mídia e no meio político, a repercussão tem sido negativa, uma vez que oportunistas usaram a irritação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que chegou até a convocar o embaixador brasileiro para explicações, para atacar o governo federal e até para pedir um impeachment.

Mas como o GGN mostrou nesta segunda-feira (19), a fala de Lula não só converge com as leis internacionais como espelha princípios civilizatórios previstos na constituição brasileira.

Durante o programa TVGGN 20H, o professor de política internacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dawisson Belém Lopes, reafirmou a necessidade da declaração contundente do presidente, que, aliás, subiu o tom há várias semanas a fim de criticar a insistência de Netanyahu em tentar dizimar o povo palestino. [Assista a íntegra da entrevista abaixo]

A coragem do presidente brasileiro em nomear as atrocidades cometidas por Israel desde 7 de outubro foi um golpe certeiro para capturar a atenção das pessoas mundo afora. “Tem 100 países comemorando a fala do Lula“, garante Lopes.

No cenário global, a imagem de Netanyahu e de Israel não é positiva, não apenas entre os países da América do Sul, tendo em vista as diversas manifestações realizadas na Europa em apoio ao povo palestino.

Até porque, enquanto o número de mortos israelenses vitimados pelo Hamas se mantém em torno de mil, o de palestinos beira os 30 mil óbitos. Israel deixou ainda mais de 68 mil pessoas feridas, impôs a restrição de recursos básicos para a população da Faixa de Gaza, como alimentos, remédios, água, energia elétrica e internet, além de mandar que a população rumasse para o sul. Cerca de 90% dos palestinos perderam suas casas.

As tropas israelenses não pouparam sequer os hospitais. No último domingo (18), o segundo maior hospital da Faixa de Gaza deixou de funcionar, depois de um mês de ocupação dos soldados de Netanyahu. E há a expectativa de uma ofensiva contra Rafah, cidade que reúne refugiados.

E não há, até o momento, qualquer indício de que a guerra está próxima do fim, até porque membros do governo israelense já declararam, em diversas ocasiões, que o conflito só acabará junto com o Hamas e que expulsar todos os palestinos para o Egito não seria uma solução ruim, até porque os palestinos já estão acostumados a perder territórios.

Covardia
O professor de relações internacionais afirma que o genocídio só terá fim quando houver uma intervenção resoluta dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, e dos demais países que “mantém o cinturão de proteção” aos israelenses.

Mas, em vez de exigir o fim das atrocidades cometidas majoritariamente contra mulheres e crianças palestinas, os Estados Unidos e alguns países da União Europeia deixaram de oferecer apoio à Faixa de Gaza.

“São esses países que agora viram as costas da forma mais covarde, inclusive tirando recursos, asfixiando financeiramente instituições que cuidam dos refugiados palestinos. A forma como o bloco ocidental sabota as instituições que eles criaram é vexatória“, conclui Dawisson Lopes.

Assista:

*GGN

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Política

Coletivo de judeus defende Lula e diz que petista externou ‘o que está no imaginário’

Manifesto é do grupo Vozes Judaicas por Libertação.

O coletivo Vozes Judaicas por Libertação elaborou uma nota em defesa do presidente Lula (PT) por ter comparado o que ocorre na Faixa de Gaza ao Holocausto. As falas do petista abriram uma crise diplomática com o governo israelense.

“A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós”, afirma o texto. E segue: “Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática”, segue.

O coletivo diz que “a comparação entre genocídios é sempre complicada” e que “não há como estabelecer qualquer hierarquia”, mas afirma que as falas do chefe do Executivo “são de grande importância”.

“Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos”, afirma ainda o grupo.

“As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa —tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas— sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel.”

O Vozes Judaicas por Libertação vai na contramão de outras entidades da comunidade judaica brasileira, que criticaram o petista.

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse que o governo Lula “abandona a tradição de equilíbrio e a busca de diálogo da política externa brasileira”. A Federação Israelita do Estado de São Paulo também lamentou a fala do presidente.

Veja, abaixo, a íntegra do manifesto:

“Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo.

A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o ‘pior’ genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo.

A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.

Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror.

Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino.

As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração.

Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.

Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder.”

*Mônica Bergamo/Folha

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Num show de horrores, Globo escancara que come nas mãos dos sionistas

Não bastasse toda a manipulação por décadas em que a Globo criava uma ficção sobre o colonialismo dos sionistas na Palestina, nesses últimos 100 dias, inacreditavelmente se superar, deixando claro que ela come literalmente nas mãos dos sionistas.

Não bastasse o fato da Globo ouvir apenas um lado do genocídio em Gaza, ela, simplesmente, convida o soldado do exército terrorista de Israel, André Lajst, para contar uma versão ridícula, não menos macabra que, logicamente, trata os sionistas como vítimas dos palestinos. Isso, em pleno massacre de palestinos que já mais de 17 mil crianças de 10 anos ou 10 dias, claro, sem falar dos adultos, principalmente mulheres, muitas, grávidas.

O maior cinismo de tudo isso, é que o mundo assiste perplexo à filmagens feitas por celulares dos próprios palestinos, massacrados pelos monstros de Israel, sem precisar de legenda, porque, de um lado, são civis inocentes e, do outro, o exército genocida de Israel, fardado.

A coisa soou tão absurda, que um programa cada vez mais decadente, como o Fantástico, manteve desde ontem entre os top trending do Twitter, ou seja, se a inútil tentativa de reverter o repúdio nacional, não só não surtiu qualquer efeito, como aumentou a indignação dos brasileiros contra o Estado sionista de Israel.

Sobre a fala de Camarotti, na GloboNews, criticando a histórica posição de Lula sobre o holocausto dos palestinos por Israel, não tem graça comentar.

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Vídeo: Judeu, que viveu o holocausto em Auschwitz, fala contra Israel e o sionismo

Ao contrário do que afirmou o apresentador Luciano Huck, o genocídio palestino sob apartheid se assemelha de modo escancarado ao holocausto. Podemos citar várias leis de segregação racial, a condição apátrida de 5 milhões de habitantes, os pogroms apoiados pelo governo

O genocídio que já deixou mais de 30 mil mortos, 90% da população de Gaza vivendo em tendas improvisadas, com falta de água e comida e sem coleta de lixo ou esgoto. A ONU estima que mais de 4 mil crianças de etnia árabe estão órfãs em Gaza.

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Mundo

Ao restringir acesso de muçulmanos a Meca antes do Ramadã, Israel pode inflamar região

Mês sagrado do calendário muçulmano é marcado por ameaças israelenses de invasão a Rafah, na fronteira com Egito.

O Ramadã, mês sagrado de jejuns e preces do calendário muçulmano, começa por volta de 10 de março deste ano, tendo como pano de fundo a guerra entre Israel e o Hamas. A situação é explosiva, especialmente em Jerusalém. Contra a orientação das autoridades de segurança, o governo israelense decidiu restringir o acesso à Esplanada das Mesquitas.

O Ramadã é o mês mais sagrado do calendário muçulmano, e a Mesquita Al-Aqsa e sua esplanada, o 3ᵉ lugar mais sagrado do Islã, tiveram o acesso restringido por Israel. O gabinete de segurança israelense decidiu na noite de domingo (18/02) impor restrições ao acesso dos fiéis muçulmanos.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acatou assim as exigências de Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema direita, destinadas a palestinos da Cisjordânia, residentes de Jerusalém Oriental e, pela primeira vez, também para árabes israelenses que desejam participar das orações.

Uma decisão perigosa

Até o momento, os critérios de seleção, incluindo a idade dos fiéis e seu local de residência, não foram divulgados. Para a polícia, o Exército e o Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel, essa é uma decisão perigosa que pode inflamar toda a região. Os partidos árabes falam de uma nova provocação do ministro supremacista Ben Gvir.

Para Ahmad Tibi, líder do partido Ta’al, esse é um assunto que deve ser debatido pela ONU. E no Reshet Bet, a emissora pública de Israel, o ex-ministro Mansour Abbas, líder do partido islâmico Ram, atacou diretamente o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e Benjamin Netanyahu: “É óbvio que essa é uma decisão ruim. É injusta, estúpida e irresponsável. Quando há recomendações de autoridades de segurança que não têm motivação política, devemos ouvir e seguir essas valiosas recomendações. E não sermos reféns nas mãos de Ben Gvir”, avisou.

“Ele [Gvir] é o verdadeiro primeiro-ministro”, avaliou um comentarista. “É o sonho do Hamas se tornando realidade: os palestinos de todos os lados se unirão”, disse um editorialista israelense.

Para o diário de esquerda Haaretz, trata-se de uma farsa política que pode se transformar em uma tragédia. Mas, de acordo com a mídia, a solução pode vir da procuradora geral de Israel. Ela adverte que não permitir que os árabes israelenses rezem na Esplanada das Mesquitas é simplesmente ilegal.

Ramadã como prazo

Israel ameaçou invadir Rafah no feriado do Ramadã, em março, se o Hamas não libertar os reféns até esta data. “O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se nossos reféns não estiverem em casa até ao Ramadã, os combates continuarão em todos os lugares, incluindo na área de Rafah”, declarou o ministro israelense, Benny Gantz, numa conferência de líderes judeus norte-americanos em Jerusalém.

“O Hamas tem a opção. Eles podem render-se, libertar os reféns e os civis de Gaza e poderão celebrar o feriado do Ramadã”, acrescentou Gantz, um dos três membros do gabinete de guerra israelense.

É a primeira vez que o governo israelense fixa um prazo para seu ataque a Rafah, a cidade onde se refugia a maioria dos 1,7 milhão de palestinos deslocados pela guerra.

Os governos estrangeiros, temendo a carnificina, instaram Israel a evitar atacar Rafah, a última cidade da Faixa de Gaza que não foi invadida por tropas terrestres na guerra que já dura quatro meses. Apesar da pressão internacional, Netanyahu insiste que a guerra não pode terminar sem entrar em Rafah.

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Política

Governo Lula chama de volta embaixador brasileiro em Israel

Após mal-estar por fala de Lula sobre a Faixa de Gaza e o Holocausto, o embaixador Frederico Meyer deverá voltar ao Brasil.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamará de volta o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, após as falas do chefe do Executivo sobre o país em guerra com o Hamas, da Palestina.

Nesta manhã, Meyer recebeu uma reprimenda do ministro do Exterior israelense, Israel Katz, no Museu do Holocausto Yad Vashem.

Isso porque nesse domingo (18/2) Lula falou sobre o conflito armado, que dura desde outubro: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Lula, no pronunciamento, cobrou ainda a ajuda humanitária do “mundo rico”. “Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”.

Os comentários causaram mal-estar e o ministro Israel Katz afirmou o presidente brasileiro é “persona non grata” no país até que faça retratações.

Na manhã desta segunda-feira (19/2), houve uma reunião no Palácio do Alvorada com Lula, Paulo Pimenta (ministro da Secretaria de Comunicação), o assessor especial Celso Amorim e Márcio Macêdo (chefe da Secretaria-Geral da Presidência).

Sem desculpas
A partir disso, ficou decidido que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tratará do assunto. Lula decidiu que não fará, pelo menos por ora, qualquer novo discurso se desculpando com o governo de Israel pela declaração em que comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto, como informou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, defendeu o presidente no X (antigo Twitter). “Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus”, afirmou.

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Dilma relatou a Lula suspeita de espionagem da Abin na noite da posse de Moraes

Ex-presidente Dilma Rousseff disse a Lula ter ficado desconfiada de que foi espionada durante a campanha eleitoral de 2022.

A ex-presidente Dilma Rousseff relatou a Lula, durante a campanha de 2022, fatos que indicavam que ela vinha sendo espionada. O episódio que despertou a suspeita de Dilma ocorreu na noite de 16 de agosto de 2022, em Brasília, após a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Naquele dia, após participar da posse no TSE, Dilma foi jantar com amigos no restaurante italiano Villa Tevere, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Ao chegar ao estabelecimento, a segurança da ex-presidente foi informada de que “seguranças do GSI” já haviam passado pelo local, em referência ao Gabinete de Segurança Institucional.

A informação causou estranheza na equipe de seguranças de Dilma, porque o local onde todos jantariam havia sido combinado por telefone horas antes, sem que qualquer outra equipe tivesse sido acionada. E não foi o único fato que chamou a atenção de Dilma naquela noite.

Ao longo do jantar, a ex-presidente, mesmo acostumada com ambientes públicos, estranhou a atitude de outros três clientes, sentados a uma mesa no mesmo andar que a sua. Dilma havia pedido uma mesa no segundo andar, exatamente por ser mais discreto.

A informação relatada por Dilma na época ganhou importância em meio à revelação de que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, havia pedido a infiltração de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas presidenciais. No vídeo da reunião de 5 de julho de 2022, Heleno disse ter conversado com o então diretor-geral da Abin sobre o plano. O general tentava explicar o assunto, mas acabou interrompido por Bolsonaro.

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Quem de fato se indigna com a Alemanha Nazista por ter feito o que fez com os judeus, indigna-se com Israel por fazer o que faz com os palestinos.

Quem de fato se indigna com a Alemanha Nazista por ter feito o que fez com os judeus, se indigna com Israel por fazer o que faz com os palestinos. Fora disso, é o uso político de um genocídio para justificar o outro.

O Brasil está cheio de defensores do genocídio de crianças palestinas, comandado pelos sionistas, disfarçados de indignados com o genocídio dos judeus, praticado pelos nazistas. É o “humanismo” seletivo que chama.

E quando lembrarmos da carnificina de crianças e mulheres, vitimas dos terroristas do Estado de Israel, somos obrigados a lembrar do que disse o governo genocida de Netanyahu: “não existem palestinos inocentes em Gaza.”

Netanyahu e seus ministros, consideram que aquelas crianças palestinas explodidas em pedaços pelos monstros de Israel, não são gente, são animais e que devem morrer.

Lula só equiparou a perversidade racista, fria e calculista dos sionistas com a dos nazistas. O que há de errado nisso? É mentira? Exagero, se as receitas dos sionistas e nazistas para exterminar seres humanos é a mesma?

Quanto tempo os sionistas esmagam palestinos em Gaza? Quantos palestinos já foram executados pelo exercito terrorista de Israel em mais de sete décadas de invasão, ocupação e extermínio colonialista dos sionistas na palestina?

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Opinião

A falência total da máquina de propaganda sionista

O que sempre foi essencial, mas estratégico para o Estado colonial de Israel, é a propaganda sionista.

Quem, minimamente informado, não sabe que o sionismo manda e desmanda na grande mídia mundial?

E exército de Israel, que é um dos mais bem equipados e treinados do mundo, é titica perto da máquina de propaganda sionista que, depois da internet, veio rateando até bater biela e travar.

O que fez Netanyahu reagir de forma abrupta à fala de Lula, justamente por ter vindo de uma das maiores lideranças globais que, possivelmente, arrastará outros líderes do planeta a seguirem o mesmo caminho, não só porque Lula denunciou o genocídio que os terroristas de Israel promovem em Gaza, mas porque cada vez mais cidadãos de todo o planeta se levantam revoltados com a carnificina, principalmente contra crianças e mulheres que os monstros de Israel promovem em Gaza para exterminar a população e roubar-lhe a terra.

Até o momento, nenhum líder de peso no mundo se posicionou contra a fala de Lula, mostrando que foi o tempo em que Israel tinha adesão automática todas as vezes em que precisava de apoio internacional para abonar suas carnificinas em Gaza, que já duram 76 anos.

Com a internet, não importa aonde as pessoas estejam, ficaram mais próximas e, numa só pulsação, vem somando um número de vozes cada vez maior, gritando em uníssono contra o genocídio, o holocausto, promovido pelos sionistas de Israel na Palestina.

Isso cela a falência total da máquina de propaganda sionista no mundo.