Categorias
Política

Tudo o que Moro roubou

Não foi apenas uma vitória de Lula e de seus valorosos advogados contra a mentira e a injustiça. Não foi apenas o desmascaramento de quem o caluniou, espezinhou, humilhou e estigmatizou como corrupto, para bani-lo do coração do povo e da vida política.

Com o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro a Segunda Turma do STF fez história, homenageou a democracia e o direito de todos a um julgamento justo e a um juiz natural e imparcial, restaurando a crença na Justiça, mesmo que ela tarde.

Com seus votos, os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Carmem Lúcia estabeleceram como intolerável o atropelo dos ritos e regras, a torção da lei e o uso do poder da toga para saciar apetites, sejam eles ideológicos ou materiais. Como inadmissível a subtração de direitos e garantias individuais, inscritos na Constituição. Que assim seja, para todos, para sempre.

Se Gilmar foi grande em todo o processo, a Lewandowski não faltou coragem para garantir à defesa de Lula acessos importantes, tanto a acordos da Odebrecht como aos dados da Operação Spoofing. E à ministra Cármem Lúcia não se pode negar a dignidade de rever seu voto, à luz do que passou a conhecer.

Já o voto canhestro do ministro Nunes Marques foi evidência do quanto Bolsonaro teme Lula. Seu voto foi de vassalagem mas não precisava ter sido tão ruim. Foi de causar vergonha alheia nos estudantes de Direito que, no passado pré-pandêmico, assistiam às sessões do STF. Um voto que o ministro Gilmar Mendes estraçalhou com indignação sanguínea.

Agora é oficial, Moro foi um juiz ladrão, resumiu no calor da hora o deputado Glauber Braga.

De Lula, Moro roubou muito: os 580 dias de liberdade; o respeito de milhões de pessoas que o admiravam e passaram a acreditar nos contos da Lava Jato; as humilhações sem fim, que começaram com a condução coercitiva para um depoimento que ele não fora chamado a prestar, pois chamado teria comparecido; a busca e apreensão por policiais armados de metralhadoras que reviraram até os colchões; a vida de dona Marisa, que somatizou a perseguição em um AVC; o tempo e a energia consumidos no esforço para provar que nunca foi dono daquele apartamento.

Vimos pessoas festejarem a morte de Marisa e dizer que Lula quis ir ao enterro do neto para passear. Ao do irmão, não pode ir. O caixão é que teria de ir até ele dentro um quartel.

Mas Moro, juiz ladrão, roubou também de todos nós. Moro nos roubou a eleição de 2018, não apenas porque impediu que Lula fosse candidato e fosse eleito. Se outro tivesse sido eleito, num pleito limpo, não teria sido um roubo.

Moro nos roubou a eleição de 2018 porque, além de impedir Lula, à frente da Lava Jato ele demonizou a política, instilando a crença de que, se todos não prestavam, se todos eram acusados ou suspeitos de corrupção, o jeito era votar naquele que se dizia contra tudo e todos. Foi Moro que nos impôs o genocida, o projeto de ditador, o ignorante, o desumano e insano Bolsonaro. E aqui estamos, num país desgovernado, que mal consegue enterrar seus mortos.

Não por acaso, embora hoje brigados, os dois voltarão a se unir, através do voto de Nunes Marques. Na semana passada Bolsonaro disse à sua turba na porta do Alvorada, depois de referir-se a Lula como o nove, o que não tem um dedo: “não ficará elegível”. Contava com o voto de seu indicado, mas não com o novo voto da ministra Cármem.

Moro, juiz ladrão, roubou-nos também o Brasil que éramos. Os contos da Lava Jato destilaram o ódio, a intolerância para com o outro, o sectarismo que dividiu até famílias, e tiraram do escuro de seus armários os ressentidos que se filiaram à extrema-direita.

A declaração de suspeição é muito pouco para Moro. Justiça mesmo haverá se ele pagar pelo que fez. Ele e o genocida que ele nos impingiu.

*Tereza Cruvinel/247

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

O fim da condenação de Lula é o fim de Moro e da Lava Jato

A Suprema Corte só julgou o que a sociedade já havia julgado e o próprio comportamento do juiz de Curitiba já havia escancarado.

Moro condenou Lula de forma mais que tendenciosa, de caso pensado.

Na verdade, essa era a única razão da existência da Lava Jato que só ganhou dimensão porque a mídia e o PSDB, diga-se de passagem, viram nisso a possibilidade dos tucanos voltarem ao poder.

Sem a Lava Jato, a parcialidade de Moro e a condenação de Lula, o PSDB, que nunca aceitou nem a primeira derrota para o PT, amargaria, mesmo depois do golpe em Dilma, a quinta derrota consecutiva.

Isso era sabido pela sociedade, tanto que, mesmo com todo o linchamento midiático durante 13 anos, o PT se manteve forte e está mais vivo do que nunca. Já o PSDB se transformou no próprio espelho de Aécio que, por sua vez, feito um trapo humano, anda pelos cantos no submundo da política tentando caminhar como um rato pelas frestas estreitas para sobreviver, alimentando-se de migalhas do governo Bolsonaro.

Por isso, o fim da condenação de Lula é o fim de Moro e da Lava jato e, consequentemente, é a bala de prata na cabeça da sigla tucana.

Não há mais caminho de volta, nem com Moro como candidato, nem com ninguém do PSDB.

Foi o maior passo que o PSDB deu em falso. Lógico, como é um partido que, por osmose, confunde-se com a mídia, uma coisa puxou a outra.

E se o objetivo de tudo o que assistimos era apenas um, o de destruir Lula, Moro falhou miseravelmente e não haverá o menor interesse da mídia no que acontecerá com a Lava Jato daqui por diante.

A falsa preocupação com os destinos da Lava Jato é uma tola tentativa de fingir que algum dia a mídia esteve preocupada com os destinos da nação que, segundo ela, foi corroída pela corrupção.

A Lava Jato foi enterrada de vez ontem. Moro passou a não fazer parte de mais nenhum cardápio especulativo da direita. Ele agora faz parte do time dos fracassados, mesmo com toda a carga de ódio contra o PT e Lula vendida pela mídia para dar suporte à farsa da república de Curitiba.

Não há mais tempo e nada que possa ser feito. A perseguição política que ficou provada nos vazamentos do Intercept foi o tiro de misericórdia em Moro e, consequentemente no restolho da Lava jato que não vai despertar interesse algum na mídia, porque seu real objetivo mascou, falhou, faliu. Moro não conseguiu entregar a encomenda.

Lula será candidato em 2022 e, certamente, será o próximo presidente da República.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

OAB pede que PGR ofereça denúncia criminal contra Bolsonaro ao STF

O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) enviou uma representação à PGR (Procuradoria-Geral de República) pedindo que o órgão ofereça uma denúncia criminal contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por “péssima gestão” da pandemia da covid-19.

No documento, a OAB pede que Bolsonaro seja processado criminalmente pelos seguintes crimes comuns previstos no Código Penal.

  • Perigo para a vida ou saúde de outrem (artigo 132)
  • Infração de medida sanitária preventiva (artigo 268)
  • Emprego irregular de verbas ou rendas públicas (artigo 315)
  • Prevaricação (artigo 319).

A PGR tem entre as suas atribuições ser titular da ação penal pública em crimes comuns atribuídos ao presidente da República. A oferta de denúncia ao STF nestes casos cabe ao órgão, hoje comandado por Augusto Aras.

Já eventuais crimes de responsabilidade do presidente dependem da apreciação da Câmara dos Deputados, responsável pela autorização para a abertura de processos de impeachment. O julgamento, em caso de admissão do processo, é feito pelo Senado Federal.

“Péssima gestão da pandemia”

O documento, que tem entre as assinaturas a do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, traça em sua parte inicial um panorama da pandemia do novo coronavírus no Brasil, com críticas à resposta do Governo Federal para controlar a situação

Dois fatos em especial foram citados:

  • a falta de oxigênio durante surto da doença no Amazonas com “demora na resposta por parte do governo federal”.
  • distribuição de máscaras inadequadas para profissionais de saúde, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Os dados e fatos apresentados são consequências diretas da péssima gestão da pandemia pelo governo federal, encabeçada pelo Presidente da República Jair Bolsonaro”, diz o documento.

“Intencional omissão estatal”

Na fundamentação para os crimes, a OAB ainda cita que Bolsonaro incentivou o uso de medicamentos sem eficácia para a covid-19 e se coloca em posição contrária ao isolamento social.

O crime de prevaricação atribuído a Bolsonaro, de acordo com o documento se dá em razão da “evidente a gestão criminosa da crise sanitária” causada pelo novo coronavírus. A OAB ressalta a ineficiência da gestão federal da pandemia, lembrando ainda que pesquisas indicam que é “possível se falar em intencional omissão estatal”.

A representação diz ainda que elementos que caracterizam a prevaricação – “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal” – podem ser observados na “péssima gestão” do governo na compra das vacinas “em virtude de atritos e divergências político-ideológicas , em prejuízo da saúde e da vida de todos os brasileiros”.

A AGU (Advocacia Geral da União) disse que não se manifesta sobre processos em curso.

*Com informações do Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vivaldo Barbosa: A força da política tudo arrasta

A decisão do STF coloca as coisas no lugar: Lula voltou ao cenário, no centro dos acontecimentos, ocupando o lugar de liderança, vazio pela inépcia; restaurou a força da política que deve prevalecer no ambiente da República.

A política tem o poder de conduzir os acontecimentos, na democracia e na República, desde gregos e romanos, a não ser nos períodos sombrios. O Exército, hoje, não tem coesão e nem projeto capaz de barrar o funcionamento regular da República.

O Judiciário já se encontra esfrangalhado, sem condições de dar o respaldo que deu aos golpes que derrubaram Dilma e levaram à prisão de Lula. Além da cobertura que deu à partidarização das televisões e rádios em campanhas massivas visando à derrocada do PT, embora atividades sujeitas a concessões públicas, obrigadas pela Constituição ao dever da neutralidade política. Tudo visando e tendo como resultado a eleição do conservadorismo subserviente ao Império: deu Bolsonaro.

Brizola chamava a atenção para o papel da liderança, especialmente em momentos de crise, na condução da política (ele chamava de processo social). A nação necessita referência nessas horas. Lula foi recolocado no centro da liderança política neste momento delicado do país, já com repercussão internacional: volta-se ao respeito pelo Brasil.

A decisão do STF retira do centro da política a pecha da corrupção, sempre assacada contra setores da esquerda. O Império sempre fez isso: campanha massiva contra Getúlio utilizando a corrupção (o famoso mar de lama), que o levou ao suicídio; contra Juscelino, que foi escapando graças à sua habilidade política incomparável; contra Jango, que levou ao golpe. Deu respaldo ao lacerdismo em campanha de ódio e xingamentos, que agora Ciro tenta refazer, mas sem o brilho do Lacerda e com partidecos sem a força e respaldo político da UDN na época.

Esta decisão do STF coloca um freio nos bolsões da direita, tão assanhados e açulados pelo governo, que certamente continuarão atuando, mas mais contidos.

Recuperada a força da política na República, que é a força do povo, e sem a pecha da corrupção, será possível à esquerda se recompor e recolocar no centro do debate político as necessidades e direitos do nosso povo e os interesses gerias da nação.

Esta é a missão que nos espera. Muita luta ainda, contragolpes poderão surgir a toda hora. Mas iremos superando e vencendo. A força da política é irresistível.

*Vivaldo Barbosa – Ex-deputado federal constituinte

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Bolsonaro quer 600 mil mortos

Um ano após o início da pandemia e 300 mil mortes.

Bolsonaro monta um circo midiático e anuncia a criação de um comitê ‘anti-covid’, tratamento precoce com cloroquina. Ou seja, Kit covid que, pelo uso dos medicamentos que o compõem, pacientes vão para a fila de transplante de fígado, quando não morrem após uso.

Para isso, ele pediu união nacional após reunião na manhã desta quarta-feira com chefes dos Poderes, governadores e ministros.

Nisso não há novidade, porque ninguém minimamente são acredita que, da cabeça de um psicopata com ideia fixa, fosse sair coisa diferente.

Bolsonaro não vai mudar, terá que ser mudado, rebocado da presidência da República.

Sua permanência está custando mais de três mil vidas por dia e, 300 mil vidas no total, infelizmente até então.

Sua remoção é urgente, é pra ontem, não há mais tempo pra nada, ou ele fará o que está na sua cabeça, matar mais 300 mil somando um total de 600 mil mortos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

A guerra do Brasil

Todos foram contaminados. Para alguns, o vírus asfixiou. Para outros, ele gerou a fome, o desemprego e a depressão. Incapacidade de dormir para quem não sabe o dia de amanhã, medo de fechar os olhos para aqueles que temem não despertar. Explosão de problemas de visão para as crianças privilegiadas submetidas às telas que se multiplicam. Revelações da cegueira coletiva em adultos.

Oficialmente, chegamos perto de 300 mil mortos em apenas um ano, um número equivalente aos onze anos da guerra civil em Sierra Leoa. Superamos conflitos históricos como o do Líbano, dos Balcãs, os 56 anos de guerra na Colômbia e mesmo a atual guerra no Iêmen.

Num primeiro momento, diante dos números e da ameaça global, rapidamente tiramos conclusões equivocadas de que o vírus era democrático. Mas basta ver as taxas de mortes e de sofrimento nas periferias, na população negra e indígena e nos mais vulneráveis para entender a ilusão dessa declaração.

A palavra pandemia não está no feminino por acaso. São elas as mais afetadas, mais sobrecarregadas e mais prejudicadas.

Desde o início da pandemia, governos democráticos e autoritários usaram o simbolismo da guerra para mobilizar e justificar medidas extraordinárias. Comparações fora de lugar e com objetivos políticos para lidar com um desafio que era social, não militar.

Mas a nossa guerra não foi um recurso de retórica. O país foi transformado em uma enorme Guernica, com trincheiras e rostos deformados em cada ônibus lotado, em cada casa sem esgoto, em cada corredor de hospitais, no corpo estendido no chão em Teresina. Um corpo seminu, coberto de marcas de crimes.

Ironicamente, estamos sendo derrotados justamente no momento em que os militares se infiltraram no comando do Brasil. Prova – mais uma delas – que uma guerra é importante demais para ser deixada para os generais.

Em meio século, seremos questionados pelos livros de história: o que fizeram aquelas pessoas em 2020 e 2021? Não faltarão pesquisas nos arquivos diplomáticos para descobrir que parte do esforço não foi para enfrentar o inimigo. Mas para usar as tribunas internacionais para mentir.

Não faltarão alunos em choque ao descobrir que milícias – digitais ou suburbanas – agiram como braço armado de uma política deliberada de tentar desmontar e intimidar uma reação popular.

Tampouco faltarão estudos para mostrar que, num certo dia 23 de março de 2021, ao fazer um pronunciamento à nação, um charlatão fantasiado de presidente tentava esconder sua nudez obscena com manipulações e com Deus.

Nessa guerra, de nada adiantará desfilar com as cores nacionais. A bandeira do patriotismo não será grande o suficiente para cobrir todos esses corpos e todas nossas almas dilaceradas. A soberania foi zombada por um inimigo que gargalhou das ideologias.

Sem coordenação, sem controle, sem um destino claro e sem um plano, o Brasil vive seu momento definidor em uma batalha em suas entranhas.

Quanto ao inimigo acostumado ao cheiro da morte, o realismo mágico do país lhe deixou assombrado. Afinal, descobriu, de forma impensável, que tem na liderança do próprio estado um dos seus melhores aliados.

*Jamil Chade/Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Se Moro tivesse produzido uma única prova contra Lula, ele não teria sido considerado suspeito

O que ficou claro no julgamento da suspeição de Moro é que 1 milhão de manchetes garrafais não foram suficientes para transformar um inocente em culpado.

As consequências da prisão de Lula foram nefastas para o Brasil. Primeiro, porque não houve crime, portanto não houve provas de crime, mas Lula já estava condenado a servir de degrau à ambiciosa, mas medíocre carreira política de Moro.

Se Vera Magalhães, toda deslumbrada com o traje preto de Moro, dizia que ele era um grande enxadrista que estudava os passos de seu oponente, não se sabe que conceito a moça tem de xadrez, mas sobretudo que ideia ela tem de justiça para transformá-la num mero tabuleiro, aonde não há necessidade de provas, mas de “jogadas de mestre” do juiz.

Essa narrativa de Vera Magalhães, velha antipetista raivosa, sintetiza com perfeição o que foi a Lava jato, um jogo de palavras e manchetes, muitas imagens angulosas e um fetiche policial. Sim, tem muita gente que sonha com homens fardados em suas fantasias não confessadas.

Talvez seja este o caso da atual condutora do Roda Viva, rasa, inculta que traz com ela o receituário de conversa de salão, mas que, na realidade, não consegue construir pedal.

Ela, que sempre deu como xeque mate de Moro a prisão de Lula, assim como os Mervais, Camarottis, Tralles e Josias de Souza da mídia, estão decepcionadíssimos com Cármen Lúcia que há pouco tempo era uma espécie de madrinha da bateria dos patusqueiros que teclavam suas sandices ao som do preconceito de classe e do uso da justiça como vingança política.

Mais do que isso, eles aplaudiram não só a eleição do genocida, mas quem, na suposta jogada de mestre do xadrez político, colocou Bolsonaro no poder e teve como recompensa, assim como um troféu de campeonato, uma super pasta da Justiça e Segurança Pública em um governo que hoje, com certeza, ultrapassará a linha de chegada de 300 mil mortes, por culpa absolutamente exclusiva de Bolsonaro e seus carregadores de piano.

É sobre isso que se tem que falar, porque, se Moro foi parcial condenando e tirando Lula da eleição, sem provas, e com o apoio total da grande mídia, todos são coautores desse trágico número de óbitos que produziu a “jogada de mestre” do juiz aplaudida e cantada pelo colunismo industrial.

Não tem escapatória e a história saberá narrar com precisão, porque, nesse caso, não faltam provas. Eles estão, como nesse vídeo abaixo, nas redes sociais rodopiando como Saci.

https://twitter.com/teocarlos_teo/status/1374538668795379712?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Glauber Braga: Seu Sergio, gora é oficial, juiz ladrão

Não poderia ser diferente. Era um grito atravessado na garganta de milhões de brasileiros que foram muito bem representados pelo deputado do Psol, Glauber Braga quando do depoimento de Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça em 02 de julho de 2019. Na ocasião, o deputado o chamou de juiz corrupto e ladrão, fato que fez com que o ex-juiz abandonasse a Câmara pela porta dos fundos.

Hoje, num desabafo, Glauber Braga postou um vídeo no seu twitter em comemoração ao resultado do julgamento da suspeição de Sergio Moro que, por 3 votos a 2, foi considerado parcial em sua atuação nos processos contra o ex-presidente Lula:

“Seu Sérgio, agora é oficial: juiz ladrão”, disse Glauber, reiterando declaração que fez ao ex-juiz da Lava Jato.

Relembre o episódio da Câmara:

*Celeste Silveira

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Cármen Lúcia muda o voto: Moro é parcial

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá. A decisão, tomada por 3 votos a 2, ocorreu após a ministra Cármen Lúcia mudar o posicionamento, o que é permitido até o fim do julgamento – anteriormente, ela havia se posicionado contra a suspeição de Moro.

Os votos contrários de Kassio Nunes Marques e Gilmar Mendes provocaram um atrito hoje entre os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Gilmar negou que tenha tido a intenção de “menoscabar” o Piauí após queixa de Nunes Marques, que é nascido em Teresina. O embate se deu durante julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro em processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Lava Jato.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, alterou seu voto de 2018 no julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e entendeu que o então magistrado, no âmbito da Lava Jato, foi parcial na condução dos processos contra o ex-presidente Lula. Com isso, a Corte declara Moro suspeito por um placar de 3 a 2.

Resumindo, Moro foi considerado parcial, o que significa que Lula poderá ser candidato à presidência em 2022.

*Da redação

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

A batata de Bolsonaro está assando

“O único pacto que pode salvar o país é o pacto por sua remoção da Presidência. É para um pacto que desta ordem que apontam os movimentos em curso na superestrutura do país – dos governadores, do capital, do próprio Centrão”.

O pior tipo de ignorante é aquele que se acha sábio, diz o senso comum, ou autor que desconheço. O pior tipo de ignorante é aquele que fabrica outros ignorantes, emendo com Marcel Proust. Jair Bolsonaro se enquadra nas duas condições. Agarrado à sua ignorância e aos que fabrica e atrai, não percebe que pode estar em curso a convergência política para a salvação nacional, que exigirá sua remoção do cargo.

Não estou afirmando que isso vá acontecer, através do impeachment ou de um processo por crime comum, mas que há uma batata assando, isso há. Pode ser que um milagre apague o fogo, mas amplia-se, a olhos vistos, seu isolamento. Cresceu entendimento de que, se ele não for parado, viveremos um desastre bíblico.

Bolsonaro não compreendeu a crispação de sua relação com o Centrão a partir da molecagem que cometeu na escolha do novo ministro da Saúde. Nem o quanto pesou, para os congressistas, a morte do senador Major Olímpio, um aliado de primeira hora que dele não mereceu uma só palavra de pesar.

Não compreende a natureza essencial do Centrão, um bloco parlamentar conservador que, em primeiro lugar, é súdito do poder econômico. Que só servem a governantes de plantão enquanto têm o aval dos verdadeiros donos do poder. Quando o capital disser “basta”, o Centrão será o primeiro a obedecer.

Bolsonaro não entendeu importância da Carta do Capital, o documento que mais de 1500 empresários, executivos e economistas do campo liberal já assinaram, apontando o fracasso do governo no enfrentamento da pandemia, enumerando os erros crassos que vêm sendo cometidos, condenando o negacionismo e pedindo alinhamento com a ciência, mudança de rumo e adoção das medidas necessárias. Disseram tudo isso sem escrever o nome dele e sem mencionar a necessidade de seu impedimento, seja por que via for.

Bolsonaro respondeu com a arrogância dos ignorantes: não vai mudar porque ninguém o convenceu ainda de que as medidas de isolamento podem acabar com o vírus. Então, ele não mudará, seguirá, como diz, defendendo a economia. Lorota, porque quanto mais dura a pandemia, com isolamentos parciais que nada resolvem, e a vacinação caminha a passos de cágado, mais sofre a economia.

Quanto a acabar com o vírus, ninguém jamais afirmou que o isolamento, brando ou mais duro, na forma do lockdown, produzirá este resultado. Mas o isolamento contém a circulação do vírus, que como diz o doutor Miguel Nicolelis, hoje domina completamente o Brasil. E reduzindo o número de infectados, o isolamento evita o colapso da rede hospitalar, a falta de oxigênio e de remédios para uso nas UTIs, mazelas que já estamos enfrentando.

Fato é que Bolsonaro não entendeu o recado do capital, acha que tem o Centrão na mão e há poucos minutos, enquanto escrevo, perdeu no STF, pelo voto do ministro relator, Marco Aurélio Mello, a ação que moveu contra os governadores que estão adotando medidas mais duras.

Com o país à beira do abismo, ele só conta mesmo hoje com os bolsões radicais da extrema direita. Os militares? Seguem no governo, agraciados com 22% das verbas do Orçamento, ocupando cargos importantes. Um ministério até será criado para garantir ao general Pazuello o foro especial do STF, por conta dos crimes cometidos na pandemia, especialmente os de Manaus. Mas há fricções. A citação reiterada das Forças Armadas, nas ameaças de golpe que Bolsonaro faz e depois nega, para manter o país acuado, vêm irritando setores militares. Apoio para uma quartelada Bolsonaro não terá deles.

O que está em curso – ainda que possa não chegar ao desfecho desejado – é a formação de uma coalizão para a salvação nacional. E com Bolsonaro, não haverá salvação. Se chegar a tomar forma, ela contará com a oposição de esquerda, com boa parte da direita liberal, com toda a ciência e com os setores mais decisivos do capital (porque o agronegócio sofre mas segue calado). Deste ensaio fazem parte as conversas para uma aproximação PT-PSDB.

O Centrão? Quando vier a ordem para jogar Bolsonaro ao mar, não hesitará. Foi assim com Dilma.

Mas Bolsonaro segue impávido em suas convicções, fazendo cada vez mais por merecer o epíteto de genocida. Não vai renunciar a ser o que é. Não fará concessões, como se verá no teatrinho de amanhã, quando se reunirá com os chefes dos outros poderes para discutir um pacto contra a pandemia.

O único pacto que pode salvar o país é o pacto por sua remoção da Presidência. É para um pacto que desta ordem que apontam os movimentos em curso na superestrutura do país – dos governadores, do capital, do próprio Centrão. Enquanto isso, a economia sangra, os brasileiros morrem, alguns asfixiados, cadáveres se amontam, já acontecem enterros à noite, porque o dia é curto para tanta morte, mais pessoas vão morar na rua, mais pessoas passam fome.

O povo está cansado, sofrido e sangrando. Mais uma vez, a crise talvez exija um pacto pelo alto, reunindo inclusive os que nos levaram a ter Bolsonaro na Presidência.

*Tereza Cruvinel/247

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição