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Qual a diferença da Alemanha Nazista para Estado terrorista de Israel?

O Estado terrorista de Israel está condenado à morte.
Por isso chego a pensar que Benjamin Netanyahu opera esse genocídio na Palestina, usando bombas de fósforo, para desmoralizar de vez o estado sionista, como vingança por sua inevitável queda, seguida prisão por corrupção.

Só uma autodestruição por vingança fatal explica a atitude tão descarada parecendo que Netanyahu quer confrontar todo mundo civilizado até Israel não existir mais como Estado.

Assim como o Nazismo, o Sionismo será varrido do mapa e levará junto o Estado de Israel. Cada ataque do seu exército contra civis inocentes na palestina, sobretudo crianças e mulheres, mais engrossa no planeta o coro contra os sionistas. Netanyahu quer isso e dobrará a aposta.

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Mundo

OMS diz que necrotérios estão lotados; governo fala com brasileiros em Gaza

O governo brasileiro conseguiu, neste sábado, informações sobre parte dos 34 brasileiros e seus familiares que estão impossibilitados de sair da Faixa de Gaza. Eles estariam “seguros”, segundo a comunicação recebida pelo Itamaraty.

A embaixada do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, indicou que tentará comprar alimentos e água para o grupo. A estimativa é de que os suprimentos não chegam a cinco ou seis dias. O governo, porém, indicou que continua tentando contato com o grupo de brasileiros que está em Khan Younes, formado por nove crianças, cinco mulheres e dois homens.

Na noite de sexta-feira, um ataque israelense destruiu toda a rede de telefonia e internet de Gaza, deixando o local isolado. Entidades humanitárias reconheceram nesta manhã que perderam o contato com dezenas de seus funcionários.

No caso brasileiro, há apenas um contato com um dos brasileiros que vem informando a embaixada sobre a situação, por uma rede paralela. O restante do grupo estaria sem telefone.

No total, as diplomacias de EUA e Europa estimam que 7 mil estrangeiros aguardam um acordo entre Israel e Egito para que possam sair. Apenas entre americanos seriam cerca de 600 pessoas.

A noite foi considerada por fontes na ONU como a mais intensa até agora nos 22 dias de ataques. A entidade ainda fez um alerta sobre o impacto do corte de comunicações, alertando que hospitais não podem funcionar desta maneira.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou também que está sem contato com sua equipe. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da entidade, afirmou que o “apagão também está impossibilitando que as ambulâncias cheguem aos feridos”. “A evacuação de pacientes não é possível em tais circunstâncias, nem encontrar abrigo seguro”, disse.

“A OMS não tem conseguido se comunicar com sua equipe em Gaza, assim como outras agências. Além disso, a OMS está tentando reunir informações sobre o impacto geral sobre os civis e a assistência médica”, afirmou a agência.

A OMS apelou “à humanidade de todos aqueles que têm o poder de fazê-lo para que acabem com os combates agora, de acordo com a resolução da ONU adotada ontem, pedindo uma trégua humanitária, bem como a libertação imediata e incondicional de todos os civis mantidos em cativeiro”.

Alerta sobre hospitais e necrotérios lotados

De acordo com a OMS, os relatos de bombardeios perto dos hospitais Indonésia e Al Shifa são “gravemente preocupantes”.

“A OMS reitera que é impossível evacuar pacientes sem colocar suas vidas em risco. Os hospitais de Gaza já estão operando em sua capacidade máxima devido aos ferimentos sofridos em semanas de bombardeios incessantes e não conseguem absorver um aumento dramático no número de pacientes, enquanto abrigam milhares de civis”, disse.

Segundo a agência, os profissionais de saúde que permaneceram ao lado de seus pacientes enfrentam a diminuição dos suprimentos, sem lugar para colocar novos pacientes e sem meios para aliviar a dor deles. “Há mais feridos a cada hora. Mas as ambulâncias não conseguem chegar até eles devido ao blecaute nas comunicações. Os necrotérios estão lotados. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças”, disse.

*Jamil Chade/Uol

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Israel promove bombardeio mais pesado em Gaza e atinge 150 alvos

Segundo militares de Israel, jatos foram usados para atingir alvos subterrâneos do Hamas na Faixa de Gaza.

Jatos de Israel atacaram o norte da Faixa de Gaza, na noite sexta-feira (27/10, horário local) e atingiram mais de 150 alvos subterrâneos, principalmente túneis e bunkers, do grupo extremista Hamas. Militares afirmaram também que tanques e outras forças continuaram com incursões terrestres limitadas pelo terceiro dia seguido.

Explosões iluminaram o céu da Cidade de Gaza durante horas. Como resultado, segundo militares, “vários terroristas do Hamas foram mortos”.

Entre eles, dizem israelenses, está o chefe do sistema aéreo do Hamas, Issam Abu Rukbeh. As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço secreto Shin Bet afirmaram que Abu Rukbeh era responsável pelo gerenciamento dos drones, veículos aéreos não tripulados, parapentes, sistemas de detecção aérea e defesas aéreas.

Relatos do outro lado após ataques de Israel
Informações sobre a situação em Gaza, faixa de terra costeira com 2,3 milhões e governada pelo Hamas, eram poucas, principalmente porque falta internet e serviços móveis. Mas imagens feitas a partir das fronteiras do território mostram os ataque aéreos noturnos. Alguns relatórios vindos de autoridades e jornalistas palestinos falam em “situação caótica”.

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Mundo

Assembleia Geral das Nações Unidas aprova por larga margem trégua humanitária na Faixa de Gaza; Estados Unidos e Israel votam contra

Com 120 votos a favor, incluindo o do Brasil, 14 contra e 45 abstenções, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução em que pede uma trégua humanitária na Faixa de Gaza, com a libertação de civis mantidos em cativeiro. O resultado aumenta a pressão sobre Estados Unidos e Israel, no momento em que uma invasão por terra do exército israelense é tida como iminente.

Apesar da ampla maioria, os governos dos Estados Unidos e de Israel votaram contra a resolução, que foi apoiada por China e Rússia, informa Jamil Chade, do UOL. Na Europa, houve uma ruptura, com a França e Espanha apoiando o texto, enquanto a Alemanha e Itália optaram pela abstenção

A adoção coincide com uma ofensiva militar israelense sobre o território palestino, gerando temores de uma escala sem precedentes na crise e a transformação das hostilidades em uma guerra regional.

A resolução não tem o mesmo peso de uma decisão do Conselho de Segurança e serve apenas como recomendação. Ainda assim, ela pede: o estabelecimento de corredores humanitários; a liberação imediata de civis sequestrados; e a revogação da ordem de evacuação do norte de Gaza por Israel

Também condena “atos terroristas”, mas não cita o direito a autodefesa por parte de Israel e nem o nome do Hamas

O debate foi iniciado ontem (26), em sessão marcada por um alerta por parte da delegação de Israel de que não aceitaria o texto. Segundo a diplomacia israelense, quem defende um cessar-fogo quer que as “mãos de Israel sejam amarradas”, permitindo espaço para o Hamas se rearmar.

A reunião ainda testemunhou ataques mútuos entre palestinos e israelenses, ameaças por parte do Irã e até a transmissão de um vídeo no qual um membro do Hamas decapitava uma vítima.

O documento inicial do projeto de resolução falava em um “cessar-fogo imediato” e não citava os crimes cometidos pelo Hamas, o que levou o governo de Israel a atacar a ONU. Mas, em negociações na madrugada de hoje, os países árabes aceitaram uma mudança no texto, na esperança de atrair um maior número de votos e isolar americanos e israelenses

O pedido de “trégua humanitária” vem num momento em que a ONU alerta que corpos estão sendo empilhados em Gaza e que a ajuda que entra pelo Egito não atende nem a 4% da necessidade dos 2,2 milhões de palestinos. Nesta sexta-feira, a ONU também qualificou a situação como “crime de guerra.

Para a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, o mundo precisava “condenar atos terroristas do Hamas”. “É um absurdo que essa resolução não nomeie os autores dos ataques”, disse ela.

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Mundo

Vídeo: Israel fez hoje o mais monstruoso ataque a civis de Gaza

A monstruosidade dos cachorros loucos parece não ter fim.

A escalada de violência contra a população civil da Palestina, que já passa de 7 mil mortos, não tem fim, ao contrário, ao dizer que está bombardeando abrigos do Hamas, os sionistas, que tudo indica, alimentam-se de sangue de inocentes palestinos, casaram-se de vez com os demônios do inferno mais profundo.

A perversidade desses monstros é inacreditável. Nada explica tanto ódio que ultrapassa a ambição de quem quer varrer da Palestina absolutamente todos para que Israel fique com o resto que sobrou do território palestino em mais de sete décadas de massacre contra a população civil de Gaza.

As perguntas que se faz é, como cabe tanta maldade no ser humano? Como pode haver tanto prazer em maltratar outros seres humanos? Que doença é essa?

O que a hipocrisia dos chefes de Estados europeus diz a eles para se calarem diante do holocausto promovido pelos cães de Israel?

Os vídeos abaixo mostram cenas de hoje na mais pura brutalidade nua e crua.

https://twitter.com/GeopolPt/status/1717908587337367884

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Cultura

Marco histórico: Governo Lula destina R$15 bilhões à cultura via Política Nacional Aldir Blanc (PNAB)

Nada mobiliza mais um povo que sua cultura. Não há potencia política maior que a cultura sobretudo a nossa que tem a maior diversidade do planeta e assim é reconhecida no mundo.

O governo federal lançou oficialmente nesta quarta-feira (25) a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que alocará R$ 15 bilhões no setor cultural até 2027, equivalendo a um investimento anual de R$ 3 bilhões. A cerimônia, realizada no Museu Nacional, contou com a presença de renomadas autoridades e artistas que celebraram a iniciativa, diz o Vermelho.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, não poupou elogios ao descrever o momento como “um grande dia, de muita festa”. Ela ressaltou a importância do transporte financeiro para um setor que foi profundamente afetado pela pandemia e pela falta de investimento governamental no passado.

“É um momento muito importante e aguardado. É uma política estruturante do nosso setor cultural, que vai irrigar durante cinco anos R$ 3 bilhões por ano para todas as cidades do Brasil”, declarou a ministra à imprensa, ao chegar para a cerimônia. Para ela, a medida beneficia não somente a classe artística, mas toda a população. “Hoje é um grande dia, de muita festa. A gente quer comemorar”, disse a ministra.

Na ocasião, Margareth também fez questão de lembrar o desafio de reconstituir o Ministério da Cultura, que havia sido extinto, e enalteceu a resiliência do setor cultural. “A implementação da Política Nacional Aldir Blanc é fruto da resistência, da luta e do comprometimento de toda a sociedade civil, dos parlamentares, das pessoas que trabalham, que vivem e são a cultura brasileira, da classe artística, que resistiu e também lutou e luta pela democracia no nosso país e pelas políticas culturais mais dignas e duradouras”.

Jandira destaca perenidade da lei

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), autora do projeto de lei da PNAB, também esteve presente e destacou a importância de transformar a lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2020 em uma legislação perene e permanente: “Ela não acaba em cinco anos, ela precisa apenas ser validada a cada cinco anos, o que significa que ela pode durar por toda uma vida e ter os aprimoramentos a cada cinco anos”.

Em seu discurso, Jandira ressaltou que o “escopo dessa lei permanente envolve pesquisa, intercâmbio, memória e patrimônio. Ela tem um escopo de uma lei permanente, não mais uma lei emergencial. E por isso ela possibilita que nós façamos aquilo que é decisivo pra gente se considerar um país altivo, autônomo e soberano. Ela valoriza aquilo que os colonizadores não gostam: ela valoriza a nossa identidade, que é diversa, que é mestiça, que é plural.”

https://www.instagram.com/reel/Cy1-GReMGYC/

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Opinião

Os deuses da agiotagem estão felizes. STF dá o direito aos bancos de agirem como as milícias

Não demora as milícias criarão sua própria Federação. Afinal, a bactéria da ganância, instalada na Febraban, deu à agiotagem oficial o direito de agir como milícia, além de cobrar os juros mais altos do mundo.

Tudo, lógico, de forma deliberada, em parceria com o Banco Central, supostamente independente, que, literalmente, reza na cartilha dos piores agiotas da terra.

Parabéns à Corte Suprema que, em seu código de sabedoria, deu prêmio Nobel aos banqueiros que cobram cada ponto e vírgula usados dentro do paraíso bancário, dos caixas eletrônicos, do ar, da luz, por fim, dos minutos de vida que alguém passa dentro do estabelecimento bancário. Ou seja, nem a milícia chega a tanto.

Mas faltava esse aspecto que, certamente, virou uma prosa entre os banqueiros e os excelentíssimos, as Vossas Excelências para que o apetite dos vampiros, que se alimentam do sangue do povo, avançasse ainda mais e de forma direta, na jugular da sociedade.

A perpetuação da agiotagem parece ser um buraco sem fundo no Brasil, por isso, inspirados naquilo que mais dá lucro para a milícia, que são os juros criminosos e a pena da perda do imóvel para os que atrasarem o pagamento com os milicianos, virou a menina dos olhos da Febraban e, consequentemente do Banco Central com rubrica de lei natural da selva dada pelo Supremo Tribunal Federal, sem que o banco tenha que dar a menor satisfação à justiça, como reza a sabedoria marginal.

Não demora, até por uma questão mecânica, o banqueiro terá direito a manda matar quem não consegue pagar seus juros extorsivos que transformam uma dívida calculada a 1000% de juros ao ano em algo eterno, fazendo com que cada brasileiro seja devorado pelos banqueiros.

O que mais resta para essa animalidade capitalista, que lustra a unha dos abutres do Brasil?

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Mundo

Israel transforma ONU em novo alvo da guerra

Governo Netanyahu pede renúncia de Guterres para minar legitimidade das Nações Unidas na crise.

O governo de Israel elegeu um novo alvo de guerra: a Organização das Nações Unidas. Em meio aos ataques a Gaza, o embaixador israelense cobrou a renúncia do secretário-geral António Guterres. Alegou que ele não estaria “apto a liderar” a entidade.

Na terça-feira, Guterres reforçou o apelo por um cessar-fogo humanitário. Ele criticou as “claras violações” do Direito Internacional e pediu que as operações militares parem de sacrificar civis inocentes.

O português condenou os “atos de terror” do Hamas e afirmou que “nada justifica” o assassinato e o sequestro de israelenses. Em seguida, disse que os atentados “não aconteceram no vácuo” e lembrou a “ocupação sufocante” de territórios palestinos há 56 anos.

Mas o sofrimento dos palestinos não pode justificar os chocantes ataques do Hamas”, reiterou, numa tentativa de evitar que suas palavras fossem distorcidas. Mesmo assim, ele entrou na mira do governo de Israel.

Em reação agressiva, o embaixador Gilad Erdan acusou Guterres de “demonstrar compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu”.

No dia seguinte, o secretário-geral disse que sua fala foi deturpada e negou ter justificado os ataques do Hamas. “Isso é falso, foi o oposto”, defendeu-se. O governo israelense dobrou a aposta: anunciou que passará a negar vistos a funcionários da ONU. “Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, declarou Erdan a uma rádio militar.

O embaixador não é diplomata de carreira. É um político de extrema direita, que militou contra os Acordos de Oslo e tem longa folha de serviços prestados ao premiê Benjamin Netanyahu. Ao hostilizar Guterres, ele segue uma estratégia clara. Busca fragilizar o secretário-geral e minar a legitimidade da ONU para se manifestar sobre o conflito e os crimes de guerra contra civis.

Na prática, o recado do governo Netanyahu é que a ofensiva em Gaza não diz respeito à comunidade internacional. Seria tema a ser decidido por Israel e seus aliados americanos, que já bloquearam a chance de um armistício mediado pelo Conselho de Segurança.

De um grupo com práticas terroristas, é perda de tempo esperar sensatez. De um país que se diz a única democracia do Oriente Médio, é justo cobrar mais respeito às Nações Unidas.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Política

Lula, 78 anos

O presidente Lula completa nesta sexta-feira (27) 78 anos de idade. Neste ano, o aniversário traz uma carga ainda mais simbólica: é o primeiro na Presidência da República após a perseguição judicial que sofreu na Lava Jato e a prisão política a qual esteve submetido por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Depois de ter sido eleito para governar o país de 2003 a 2011, ter conseguido fazer sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff, que governou de 2011 a 2016 – até sofrer um golpe -, Lula passou pelo maior processo de lawfare que já se viu. Foi condenado sem provas e preso mesmo sem seu processo ter transitado em julgado.

Depois de solto, Lula enfrentou a mais difícil campanha eleitoral de sua trajetória política, contra Jair Bolsonaro (PL), que usou a máquina pública indevidamente para angariar votos. No entanto, o segundo turno do pleito sagrou Lula vencedor, com 50,90% dos votos – mais de 60 milhões de votos.

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ONU recebe lista de mortos em Gaza e fala em crimes de guerra

Em meio a um debate sobre a credibilidade dos números de mortos em Gaza, a ONU e a OMS afirmam que o Ministério da Saúde na região bombardeada enviou para uma lista completa das mais de 7 mil vítimas, com nomes e detalhes. O documento conta com 212 páginas. A ONU também afirma que, neste momento, está “confiando” nessa conta, enquanto a OMS chama o debate aberto sobre a credibilidade dos números de “cínico”.

Independente de qual seja o número exato de vítimas, a ONU descreve a situação como “crimes de guerra” e aponta que “muitos mais morrerão” diante da falta de ajuda. A entidade também descreveu nesta sexta-feira “atrocidades” e “carnificina” cometidas diariamente e alerta que já são 57 os funcionários da ONU mortos em Gaza.

Nos últimos dias, o presidente americano Joe Biden colocou em questão a contagem de mortos em Gaza, diante do fato de as autoridades estarem sendo controladas pelo Hamas. Nas redes sociais, mensagens questionando os dados também foram promovidas, como parte de uma guerra de informação. O centro do debate seria o fato de que, em Gaza, a autoridade é controlada pelo Hamas.

Lynn Hastings, representante da ONU para a Coordenação Humanitária nos Territórios Ocupados da Palestina, explicou nesta sexta-feira que a ONU está usando esses dados dessas mesmas autoridades há anos. Ela ainda destacou que, desde 7 de outubro, a entidade também confia nos dados do Ministério da Saúde Israel para falar sobre o que ocorre entre as vítimas israelenses.

De acordo com ela, existe um processo de exame após cada incidente, ao longo dos anos. Com o cerco e a violência, o acesso está dificultado para qualquer agências internacional. “Estamos num processo complicado de confirmação”, disse. Hastings não descarta que o número final possa ser diferente. Mas alerta que “corpos continuam empilhados”. “Quantos precisam morrer para ser uma crise?”, questionou.

OMS chama debate de “cínico”
A Organização Mundial da Saúde também indicou que tem usado os dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e indicou mais de 7 mil mortos até este momento. Segundo eles, os dados ainda passam pelas autoridades em Ramallah, na Cisjordânia e controlada pelo Fatah.

“Dependemos dos números das autoridades nacionais. Isso também ocorreu na pandemia”, disse Richard Peeperkorn, representante da OMS em Jerusalém.

Segundo ele, a OMS recebeu lista, com detalhes de cada uma das vítimas. “Essa é uma questão cínica. Se fosse mil a mais ou a menos, o debate mudaria?”, questionou. O representante da OMS ainda elogiou os números produzidos pelas autoridades de saúde em Gaza.

Numa coletiva de imprensa nesta sexta-feira, a entidade destacou que, baseado no número de Gaza, 68% das vítimas hoje são crianças e mulheres. 45% das residências estão destruídas e 76 ataques foram realizados contra serviços de saúde.

*Jamil Chade/Uol