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Por que a Cedro do Líbano Comercio de Madeira e Material de Construção, cobria de bênçãos o Cartão de Crédito da Pura Michelle?

Uma investigação sobre a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais de Construção, que teria pago faturas de cartão de crédito de Michelle Bolsonaro, aponta para movimentações financeiras suspeitas bloqueadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Segundo relatórios, entre 2020 e 2023, a empresa movimentou cerca de R$ 32 milhões (R$ 16,6 milhões em entradas e R$ 16,6 milhões em saídas), valores considerados incompatíveis com sua capacidade financeira, em lavagem de dinheiro e desvios.

A conexão com Michelle Bolsonaro envolve transferências feitas por Cedro do Líbano para Luís Marcos dos Reis, um militar ligado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Essas transferências, segundo a Polícia Federal, foram usadas para pagar despesas pessoais de Michelle, incluindo faturas de cartão de crédito.

Especificamente, os pagamentos estariam relacionados a um cartão emitido por Rosimary Cardoso Cordeiro, que seria usado por Michelle, além de transferências para uma tia dela.

Esses recursos, oriundos de contratos da Cedro com a Codevasf e outros órgãos públicos, estariam sendo usados ​​para beneficiar a ex-primeira-dama de forma irregular, como parte de um esquema de corrupção ou favorecimento.

Não há detalhes conclusivos sobre o motivo exato ou a finalidade desses pagamentos diretos, já que as investigações ainda estão em andamento.

A Polícia Federal e o Ministério Público apuraram se os valores foram usados ​​para encobrir desvios de recursos públicos ou para outros fins ilícitos.

A Cedro do Líbano, por sua vez, é uma empresa com contratos governamentais no período de Bolsonaro, o que reforça a suspeita de que os recursos podem ter origem em milionárias verbas públicas desviadas.

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E Se Zambelli contar o que sabe numa delação premiada?

Não há informações recentes e ou confiáveis ​​de que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) tenha feito ou esteja negociando uma delação premiada.

As notícias atuais, de maio de 2025, tratam da sua unânime condenação no STF a 10 anos de prisão, perda do mandato e pagamento de R$ 2 milhões em indenização, junto com o hacker Walter Delgatti, por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ainda não há menção a uma delação premiada nesse contexto. Mas os ventos podem mudar ao sabor de seus interesses.

Se, hipoteticamente, Zambelli optasse por uma delação premiada, quem poderia ficar preocupado dependeria do conteúdo das informações que ela possa oferecer.

Com base no caso, os seguintes pontos são relevantes, principalmente de figuras políticas próximas:

Zambelli é uma aliada histórica de Jair Bolsonaro e setores do bolsonarismo.

Caso uma delação envolva informações sobre outros políticos ou líderes do PL, como o próprio Bolsonaro, deputados ou senadores alinhados, esses poderiam ser diretamente implicados.

Em 2023, Delgatti, em depoimento à Polícia Federal, afirmou que Zambelli pagou R$ 40 mil pela invasão ao sistema do Judiciário, o que sugere que ela poderia ter informações sobre financiadores ou outros envolvidos.

Se Zambelli revelou detalhes sobre quem financiou ou incentivou ações como a invasão do CNJ, pessoas ou grupos que apoiaram logisticamente ou financeiramente poderiam ser alvos de investigação.

Outros investigados em casos correlatos

O caso de Zambelli está ligado a Walter Delgatti, que já apresenta em depoimentos possíveis conexões com outras figuras políticas.

Uma delação dela poderia ampliar o escopo de investigações, atingindo redes de apoio ou outros esquemas semelhantes.

Vale notar que, em 2023, houve especulações sobre Delgatti negociando uma delação premiada que poderia comprometer Zambelli e até Bolsonaro, mas não há evidências de que isso tenha avançado para envolver Zambelli diretamente como delatora.

Além disso, as postagens nas redes sociais, mencionam as reportagens sobre Zambelli com base em uma delação de Delgatti.

Se Zambelli, para livrar a sua cara, fizer uma delação, aliados políticos próximos, como membros do PL ou do círculo bolsonarista, além de possíveis financiadores ou colaboradores em ações ilícitas, serão os mais expostos.

No entanto, tudo dependeria da qualidade e do alcance das informações que ela pudesse oferecer. Bala na agulha contra o clã ela tem de sobra.

A questão é disposição e decisão de Zambelli para tal empreitada.
Seria uma nova bomba tipo Mauro Cid contra Bolsonaro e os seus.

Saber, com certeza, ela sabe demais.

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China suspende compra de frango do Brasil por 60 dias após confirmação de foco de gripe aviária

Apesar dos cuidados, o consumo de carne de frango ou ovos bem armazenados em casa ou comprados, é seguro.

Brasil confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, após análise do Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP).

De acordo com informações de Fávaro a jornalistas, o status de emergência determinado pela China, acionado automaticamente por cláusula contratual após a divulgação do foco da gripe, dura 60 dias. Caso não seja registrado outro foco e o isolamento da granja afetada seja feito adequadamente, porém, o ministro acredita que a relação comercial pode ser restabelecida antes desse prazo.

A granja com foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) foi identificada no município de Montenegro (RS). Após a confirmação, o governo deu início ao protocolo estabelecido pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área e eliminação das aves restantes.

A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) também investiga o caso de mortalidade de aves no Zoológico de Sapucaia do Sul, que está fechado para visitação.

Em nota, o Serviço Veterinário Oficial do RS destaca à população que, apesar dos cuidados, o consumo de carne de frango ou ovos bem armazenados em casa ou adquiridos em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo.

*BdF

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Política

O Brasil descobre que a direita golpista é composta por gente doente; depois de Bolsonaro, Zambelli é a nova paciente

Carla Zambelli, que trabalhou duro pelo golpe do dia 8 de Janeiro, mas foi condenada, até então, por outros crimes, segundo a mesma, já arrumou, sabe-se lá como, um porrilhão de atestados de saúde avalizando essa tramoia “médica” a lá Bolsonaro.

A ilustre deputada, Carla Zambelli (PL-SP), em sua defesa, enumerou diversos problemas de saúde.

Ela apresentou como argumento, condições de saúde precárias, afirmando, assim como Bolsonaro, que seus médicos atestam que ela “não sobreviveria à cadeia”.

O problema é que essas declarações vieram à tona só após sua condenação a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, além de outra pena de 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

A deputada Carla Zambelli, no entanto, não apresentou detalhes públicos específicos ou documentos médico,s amplamente divulgados, que confirmem sua alegação, já que informações de saúde são protegidas por sigilo.

A estratégia de citar problemas de saúde é comum em casos judiciais para pleitear medidas alternativas, como prisão domiciliar, mas depende de avaliação judicial e pericial isônoma.

Detalhe: ao contrário de Bolsonaro, Carla Zambelli recebe apoio tímido de ex-aliados bolsonaristas após condenação pelo STF.

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Mauro Cid diz em mensagens que prefere Lula a Michelle Bolsonaro para a Presidência em 2026

Apesar da relação direta e de confiança com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, mantinha uma convivência marcada por tensões e desconfiança com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mensagens extraídas do celular de Cid, obtidas pelo portal UOL, revelam detalhes inéditos desse conflito, incluindo críticas à imagem pública de Michelle e a declaração explícita de que ele preferia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma eventual candidatura dela.

O celular de Mauro Cid reúne mais de 20 mil arquivos e 158 mil mensagens de WhatsApp. Parte do conteúdo já havia sido divulgada após investigações da Polícia Federal, mas os novos trechos revelam bastidores sensíveis do núcleo bolsonarista e evidenciam divisões internas no círculo mais próximo da família presidencial.

Suspeitas e trocas de ironias
Uma das trocas mais significativas ocorreu em 28 de dezembro de 2022, dois dias antes de Bolsonaro embarcar para os Estados Unidos. Na conversa, Michelle envia uma mensagem a Cid insinuando que ele teria vazado informações sobre ela para a imprensa: “Agiu rápido né”. O tenente-coronel não respondeu.

A tensão entre os dois reaparece em trocas com o coronel Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro. Em 11 de janeiro de 2023, já nos EUA, Câmara comenta com ironia que precisou acompanhar a ex-primeira-dama, referindo-se a ela como a “amiga” de Cid, provocando risos do colega.

“Prefiro o Lula”, afirma Cid
As críticas mais contundentes surgem em diálogos com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro. Em 27 de janeiro de 2023, Wajngarten envia a Cid uma reportagem sobre a possibilidade de Michelle ser lançada candidata à Presidência pelo PL, caso Bolsonaro fosse declarado inelegível — o que se confirmou meses depois. A resposta de Cid foi direta: “Prefiro o Lula”.

Wajngarten justificou, em nota ao UOL, que as conversas se limitavam à análise de notícias veiculadas pela imprensa. “Jamais se imaginou a ex-primeira-dama como candidata”, afirmou.

“Ela vai ser destruída”
Em outro momento, Wajngarten encaminha a Cid mensagens com críticas ao salário que o PL estaria destinando a Michelle Bolsonaro. Em resposta, o tenente-coronel envia um áudio avaliando que uma eventual entrada da ex-primeira-dama na política poderia ser arriscada:

— Cara, se dona Michelle tentar entrar pra política, num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela. E Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] fala demais também, aquele negócio dos documentos, dos papéis, tá todo enrolado agora.

Dias depois, Wajngarten volta a compartilhar uma notícia sobre uma possível candidatura de Michelle, desta vez ao Senado. Ele relata que questionou diretamente Bolsonaro sobre o tema e o alertou para as consequências de vazamentos que pudessem gerar repercussões negativas à imagem de Michelle.

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Governo Lula fecha acordo para dar casas a famílias da favela do Moinho

O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou em coletiva no dia 15 que o governo Lula e o governo paulista firmaram um acordo para a oferta de unidades habitacionais às 820 famílias da favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo. A área da favela, pertencente à União, será convertida em um parque, mas o processo de cessão do terreno foi suspenso após episódios de expulsão de moradores e violência policial.

Com a intervenção do governo federal, foi elaborado um plano para a realocação das famílias, garantindo moradia e evitando desamparo durante a transição.Serão disponibilizados R$ 250 mil para a compra de novas moradias, sendo R$ 180 mil provenientes do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e R$ 70 mil do programa Casa Paulista, do governo estadual.

Durante a transição, as famílias receberão um auxílio aluguel de R$ 1.200 e terão acesso a um aluguel compatível. O ministro destacou que todas as famílias com renda de até R$ 4.700 mensais serão atendidas, seguindo as mesmas diretrizes do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada.Jader Filho enfatizou que o foco está no cuidado com as famílias, garantindo uma transição segura e consciente, com atenção especial a crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

A cessão do terreno havia sido paralisada pela União devido à repercussão midiática sobre abusos e uso exagerado da força por parte da polícia durante a remoção das famílias, levando o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos a suspender o processo em razão da violência aplicada. O anúncio marca um passo importante na solução da questão habitacional da favela do Moinho, promovendo um novo começo para as famílias afetadas, com o compromisso do governo de assegurar a dignidade e a segurança de todos os envolvidos no processo.

Na manhã de quinta-feira, a demolição de casas foi suspensa com a chegada de uma comitiva do governo federal, que incluiu representantes da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e da Polícia Militar, que se retiraram do local.

O grupo federal abrange membros de quatro ministérios: Justiça, Direitos Humanos, Gestão e Secretaria-Geral da Presidência.O objetivo da visita é coletar relatos dos moradores sobre as remoções forçadas que ocorreram recentemente, caracterizadas pelo uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

O processo de remoção, conduzido pelo governo de São Paulo, foi considerado coercitivo, sem a devida transparência sobre alternativas de reassentamento e sem garantir apoio financeiro para mudança ou aluguel.

Mais de 200 famílias já deixaram a favela do Moinho, e as poucas unidades habitacionais oferecidas pela CDHU, autorizadas a serem financiadas, estão majoritariamente fora da região central. Os R$ 800 mensais oferecidos pelo governo de Tarcísio de Freitas são considerados insuficientes para muitas famílias conseguem alugar um espaço que acomode todos os membros.Com um novo acordo liderado pelo governo federal, os moradores que já saíram e assinaram contratos com a CDHU terão direito a um imóvel gratuito, .segundo o Vermelho

Inicialmente, esses contratos previam que os moradores pagassem uma parte do valor do imóvel, proporcional à renda familiar, com um subsídio estadual que poderia atingir 70% de um valor máximo de R$ 250 mil. Agora, os imóveis escolhidos por esses moradores deverão ser quitados por meio do acordo relacionado aos programas Minha Casa, Minha Vida e Casa Paulista.

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Cracolândia: Tarcísio e Nunes estão aplicando ‘estado de exceção seguindo a linha do fascismo’, afirma sociólogo

A prefeitura de São Paulo e o governo estadual fazem uma política “desastrosa, desumana e higienista” em relação à Cracolândia, no centro da capital, denuncia o sociólogo Marco Maia, conhecido como Marquinhos Maia, fundador do Pagode na Lata, coletivo que atua com cultura, geração de renda e redução de danos junto à população usuária de drogas da região. Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, ele denuncia ações marcadas por violência e violações de direitos humanos em meio a dispersões forçadas.

Segundo o sociólogo, o grupo recebe denúncias recorrentes de usuários da Cracolândia sendo jogados dentro de furgões e levados, sem consentimento, para clínicas no interior do estado de São Paulo. “Isso não pode acontecer. Nós estamos vivendo um estado de exceção na cidade de São Paulo, com esse governador e esse prefeito seguindo a linha do fascismo”, protesta.

“Espalham as pessoas da Cracolândia na porrada, então elas começam a andar e não podem nem parar, sequer para tomar água, comer e ir ao banheiro, porque tem carros acompanhando esse movimento”, relata. Para ele, essa é uma “tática avançada de tortura”, que visa propaganda política.

A Cracolândia amanheceu vazia no início desta semana. Nos últimos dias, ações da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar têm deslocado compulsoriamente pessoas em situação de vulnerabilidade do entorno da Praça Princesa Isabel e da rua Helvétia, reduto histórico da Cracolândia. A dispersão, segundo o sociólogo, não resolve o problema, apenas o espalha por outras áreas da cidade.

Conforme Maia, essa dispersão é um problema grave porque dificulta a ajuda aos usuários. “Tanto o assistente social, quanto os agentes de saúde não conseguem fazer o atendimento dessas pessoas, porque eles não sabem onde elas estão. […] É uma política higienista”, caracteriza o sociólogo.

Maia relata que, nos últimos meses, o coletivo Pagode na Lata tem enfrentado dificuldades para continuar atuando na região. “Estávamos sendo barrados de entrar. Parece que é uma estratégia para ninguém saber o que está acontecendo lá dentro”, sugere. Ele conta que diversas pessoas usuárias relataram agressões policiais. “Conheço várias com costelas quebradas de tanta porrada que tomaram para sair da Cracolândia”, revela.

Nesta quarta-feira, (14), o prefeito Ricardo Nunes disse ter ficado surpreso com o esvaziamento da Cracolândia.”Ficamos surpresos em imaginar que Nunes está surpreso, sendo que é uma política que ele vem aplicando há muito tempo”, ironiza.

tarcísio nunes bolsonaro campanha participação

“A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), tanto quanto a do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), é desastrosa. É parecida com a do ex-prefeito e hoje secretário do governo do estado Gilberto Kassab (PSD) na chamada ‘Operação Dor e Sofrimento’.

A alternativa que funcionou
O modelo atual contrasta com o programa “De Braços Abertos”, implementado na gestão do ex-prefeito e agora ministro Fernando Haddad (PT), que foi extinto em 2017. A política se baseava na estratégia do Housing First, que parte da garantia de moradia como condição para o tratamento e cuidado.

“Eu trabalhei nesse programa. As pessoas tinham um lugar para ficar, uma casa, um CEP. Com isso, é possível fazer o tratamento dessas pessoas e não as obriga a parar de usar droga para poder cuidar delas. A internação compulsória não é uma estratégia razoável para as pessoas que fazem esse uso radical de drogas. […] Ao internar de forma compulsiva, a pessoa não consegue se cuidar da sua própria maneira. Ao tratar com cuidado, em liberdade, se discute com a pessoa de que forma ela quer ser cuidada, se trabalha com ela”, explica Maia.

No Pagode na Lata, usuários participam de atividades culturais e musicais. Alguns seguem em uso, mas com redução significativa. “A pessoa passa a ter compromisso, horário, rotina. Isso ajuda muito mais que uma internação forçada”, afirma.

Continuidade de uma política desumana
Para Maia, a gestão atual dá continuidade a uma lógica de repressão e violência que já vinha das administrações de João Doria (PSDB), tanto como prefeito quanto como governador.

“De lá pra cá, o que temos visto é só porrada”, lamentou. “Ao contrário do que essa propaganda eleitoreira tenta propagar, a Cracolândia não acabou. Ela não pode ser resolvida nessa situação de tiro porrada e bomba. Tem que ser resolvida pela pela saúde, pela moradia, pela assistência social, não dessa forma desastrosa e desumana, que maltrata as pessoas”, destaca.

*BdF

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Policial suspeito de trama golpista diz que plano era ‘matar meio mundo’

O policial federal Wladimir Matos Soares, preso preventivamente desde novembro passado, enviou áudios em que diz que havia um grupo pronto para “matar meio mundo” para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após perder as eleições em 2022. As mensagens constam em relatório da Polícia Federal e foram anexadas à investigação da trama golpista.

Wladimir diz que fazia parte de uma equipe de operações especiais pronta para defender o ex-presidente com armas e que aguardava apenas um “ok” para agir. Ele se queixa, porém, que Bolsonaro “deu para trás” porque foi traído dentro do Exército.

Só que o presidente deu para trás, porque na véspera que a gente ia agir, o presidente foi traído dentro do Exército. Os generais foram lá e deram a última forma e disseram que não iam mais apoiar ele.

O policial federal diz que o grupo estava preparado para “tomar tudo” e “matar meio mundo de gente”. Wladimir, 53, foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), acusado de fazer parte do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que arquitetava a morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. A denúncia irá a julgamento do STF na semana que vem, na próxima terça.

A gente ia com muita vontade. A gente ia empurrar meio mundo de gente, pô. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já, cara.
Wladimir Matos Soares, policial federal, em áudio enviado a advogado em janeiro de 2023.

O policial federal diz que o grupo estava preparado para “tomar tudo” e “matar meio mundo de gente”. Wladimir, 53, foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), acusado de fazer parte do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que arquitetava a morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. A denúncia irá a julgamento do STF na semana que vem, na próxima terça.

A gente ia com muita vontade. A gente ia empurrar meio mundo de gente, pô. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já, cara.
Wladimir Matos Soares, policial federal, em áudio enviado a advogado em janeiro de 2023

O policial critica Bolsonaro por uma suposta “fal

lta de pulso”. “O próprio MRE, velho, os caras não entendiam, não se prepararam para essa posse, porque não ia ter posse, cara, nós não íamos deixar. Mas aconteceu. E Bolsonaro, faltou um pulso para dizer, não tem um general, tem um coronel. Vamos com os coronéis, porque a tropa toda queria. Toda. 100%. Só os generais que não deixavam.”

Ele também diz que o grupo planejava a prisão do ministro Alexandre de Moraes, que deveria “ter tido a cabeça cortada”. “O Alexandre Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente de colocar um diretor da Polícia Federal, né? O Ramagem. Tinha que ter cortado a cabeça dele, era ali. Você tá entendendo? Mas não fez. Foi frouxo”, diz. “A gente tava preparado pra isso, inclusive, pra ir prender o Alexandre Moraes. Eu ia estar na equipe. Ia botar pra f* nesse filho da p*”.

Áudios foram encontrados no celular de Wladimir e periciados pela PF. Segundo o relatório da investigação, as mensagens foram enviadas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 ao advogado Luciano Mendonça Diniz, que também apoiaria o golpe. Na conversa, Diniz fala em dissolver o STF. “Bastava tão somente, tão somente para dar um susto, dissolver o STF, de respeito à Constituição”, diz.

*Anna Satie/Uol

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Nunca houve cisco de prova de crime contra Lula na Lava Jato

Eu estou absolutamente correto em dizer que Moro jamais teve provas diretas e inequívocas contra Lula.

As acusações dependiam de ilações fundamentadas em delações e acusações circunstanciais, muitas das quais foram questionadas pela fragilidade e pela conduta parcial de Moro e do Ministério Público Federal.

A minha narrativa desde sempre de que os processos foram sem prova alguma é fortalecida pelas revelações da Vaza Jato e pela anulação das condenações.

Além disso, até para mentir, Sergio Moro é patético. De um lado, para causar, diz que Lula comandou o maior esquema de corrupção do planeta.

Na hora de apresentar o fruto desse monumental roubo, aparece com uma porcaria de pardieiro de 20ª categoria no Guarujá.

Enfim, a acusação de Moro é um borralho tão criminoso quanto, aí sim, a sua tentativa de subtrair 2,5 bilhões da Petrobras, em parceria com o vigarista confesso, Deltan Dallagnol, para criar uma “fundação” privada da qual os dois seriam os donos.

Até o mais bocô dos bandidos queria uma barbada dessas.

O resto é pum sem cheiro e fumaça de extintor.

A mídia mantém essa história distorcida porque não tem assunto para, de fato, fazer oposição ao governo Lula.

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A verdade sobre os ataques bolsonaristas a Janja

Janja, primeira-dama do Brasil, não desperdiçou a rara oportunidade de apontar, diante do poder chinês, um fato incômodo que todos gostariam de esclarecer: o TikTok, embora oriundo de um país que muitos rotulam como “comunista”, vem sendo paradoxalmente usado como ferramenta da extrema-direita global – assim como o Instagram, o X (ex-Twitter) e outras redes, nascidas do capitalismo mais selvagem.

Essas plataformas alavancaram figuras sinistras da extrema-direita. Jair, o ex-mito, hoje réu no STF, acusado de múltiplos crimes, surfou nos algoritmos e, apesar de sua figura grotesca, foi eleito e quase reeleito. Donald Trump, que tentou um golpe e escapou da justiça, tuitou ódio até voltar para a Casa Branca. E Elon Musk, que transformou o X num espaço onde reacionários se divertem, já atacou abertamente a soberania brasileira.

Até aí, nenhuma surpresa.

Então, por que a fala de Janja virou alvo de tanto furor?

A surpresa está aqui.

O problema não foi o que ela disse, mas a resposta que provocou. Xi Jinping, com sua serenidade oriental, lembrou que o Brasil é soberano e pode regular empresas que ameacem sua democracia ou desrespeitem suas leis. Declarou, assim – em outras palavras – que corporações, sejam chinesas como o TikTok ou pertencentes a magnatas como Musk e Zuckerberg, valem menos do que a liberdade civil dos povos e devem se submeter às constituições das nações onde operam. Uma verdade tão clara quanto a fala de Janja, mas que, como Xi ensinou, precisa ser reafirmada em tempos obscuros.

Para nossa mídia corporativa, no entanto, Janja cometeu o pecado de falar como cidadã lúcida e curiosa. E, quando a lucidez não é bem-vinda, esse aparelho da ideologia neoliberal recorre, sem pudores, ao poder da misoginia, ainda reinante, para desviar o foco. Em vez de debater o ensinamento respeitoso implícito na resposta de Xi Jinping, a narrativa foi recortada, distorcida e rebaixada, para pintar Janja como uma primeira-dama que “se intromete” em assuntos de Estado – um ataque pessoal que, aliás, contrasta com o silêncio complacente dessa mesma mídia diante das condutas escandalosas da ex-primeira-dama que o país teve de engolir junto com todo o pacote nauseabundo pós-2018.

E não é segredo que essa mídia sonha com um Brasil curvado ao “mercado”, seja através dos algoritmos, dos templos ou dos quartéis. E, para proteger seu sonho, é capaz de soterrar verdades como a de Xi Jinping – cuja postura de respeito à soberania brasileira contrasta, por exemplo, com a do governo dos EUA, ou com a de figuras como Musk ou Jair.

Nessa guerra ideológica que lutamos desde o golpe neoliberal contra Dilma, falas como a de Xi serão sempre obscurecidas para que as bravatas dos que preferem o Brasil de joelhos sigam ecoando.
P.S.: E a suposta indignação da esposa de Xi Jinping, alardeada pela fofoca? Alguém perguntou à Sra. Xi o que ela achava do TikTok, ou a história foi inflada apenas para alimentar o sensacionalismo? Algo tão nonsense que espanta ver tanta gente boa não perceber o falso problema – tão ridículo quanto óbvio.

*Do Facebook de Sergio Alarcon
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