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No Brasil, todos os caminhos do crime organizado levam ao clã Bolsonaro

Tem de tudo na marafunda criminosa que envolve políticos do Centrão, sobretudo do PL, e as maiores facções criminosas do Brasil, que parece estar mesmo tudo dominado, principalmente quando se faz uma retrospectiva, e não precisa de tanta inteligência, para concluir que gatos e lebres caminham juntos, de mãos dadas e inspiram uma geração jovem a misturar crime organizado, sistema fianceiro e sistema político de direita no Brasil.

Lógico, ninguém quer responder pela infiltração do crime no sistema político brasileiro, muito menos no universo financeiro, religioso, que mergulhou de cabeça na disputa política.

Toda essa marafunda se deu justamente a partir do governo Bolsonaro e se aliou ao crime organizado, a banqueiros, como o dono do Banco Master, e politicos patrocinados pela fina flor das facções.

Claro, nesse caldeirão pode-se colocar a família inteira do sacripanta que ocupou a cdeira da Presidência da República e 2019 a 2022, ele e sua família de delinquentes.

Não há um só caso envolvendo o crime organizado dentro da arena política que não tenha qualquer ligação com o clã do Vivendas da Barra. Pode puxar um a um  da fieira de contatos e relações políticas, sobretudo nas sombras do poder, para dar de cara com alguém da família Bolsonaro

Tudo isso será revelado e, pelo andar da carruagem, a Polícia Federal, que conta com o apoio do Ministério Público e da Rececita Federal, estã chegando rapidamente aos criminosos do poder constituído, que se associaram ao crime organizado, dentro e fora das instituições públicas, descobrindo não só crimes, mas também planos para alçar, de forma mais lucrativa, degraus de uma hierarquia, que soma poderes para sequestrar o país.

Podem aguardar, há muito o que ser revelado e que assombrará, e muito, os brasileiros, pelo nível de promiscuidade, desleixo com a coisa pública e um número sem fim de crimes praticados pela central do sindicato do crime.


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Política

Mulheres Vivas: Brasil se levanta contra a barbárie do feminicídio

Em meio ao avanço da violência de gênero, movimentos feministas convocam atos nacionais neste domingo (7) para exigir proteção, justiça e ação imediata do poder público; confira agenda

O Brasil ultrapassou, ainda em 2025, a marca de mil feminicídios — quatro mulheres assassinadas por dia — e a resposta veio das ruas. Diante de uma violência que não é acidental, mas estrutural, alimentada pelo machismo, pela impunidade e pelo desmonte de políticas públicas, movimentos feministas como a União Brasileira de Mulheres (UBM), o Levante Mulheres Vivas, entre outros, convocam atos em todo o país no próximo domingo (7). De acordo com o Vermelho, a mobilização pretende transformar indignação em ação coletiva e pressionar o Estado a cumprir seu papel de proteger a vida das mulheres.

A convocação ganha força após crimes que expuseram, mais uma vez, a brutalidade do patriarcado que rege as relações sociais no país. O assassinato de Catarina Karsten, em Florianópolis (SC), o ataque no Cefet Maracanã, no Rio de Janeiro, que tirou a vida de Allane Pedrotti e Layse Costa Pinheiro, e a violência extrema contra Tainara Souza Santos, arrastada por um quilômetro na Marginal Tietê (SP), tornaram impossível ignorar a urgência de uma resposta nacional.

“O feminicídio é uma emergência nacional, e só a luta coletiva pode virar esse cenário. No próximo ato da Mobilização Nacional contra o Feminicídio, milhares de vozes vão ocupar as ruas em todo o país para exigir políticas públicas eficazes, justiça, proteção e respeito às nossas vidas.”, afirmou a UBM nas redes sociais.

Parlamentares também reforçam que não se trata apenas de reagir a casos isolados, mas de enfrentar um sistema que legitima a violência. Para deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a hora é de mobilização massiva. “O Brasil inteiro se levanta para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência que tiram das mulheres o direito de viver com liberdade, respeito e segurança. […] Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas!”, afirmou.

Alice Portugal (PCdoB-BA) destacou que o avanço da violência revela falhas do Estado: “Todos os dias mulheres são mortas no Brasil. Essa escalada […] evidencia a insuficiência das medidas de prevenção. As mulheres têm o direito de viver!”

Para Sâmia Bonfim (Psol-SP), a mobilização de rua é fundamental para romper com o ciclo de violência:
“Nós vamos tomar as ruas para dizer um basta à violência contra as mulheres. […] Nós não suportamos mais.” Em Brasília, o chamado foi reforçado pela deputada Érika Kokay (PT-DF). “Traga sua voz, sua força, sua revolta. Por nós, pelas que vieram antes e pelas que precisam viver”, afirmou.

Lula anuncia ‘movimento dos homens’

O presidente Lula (PT) reforçou que o enfrentamento à violência exige compromisso político e mudança cultural, inclusive entre os homens. “O vagabundo que bate em mulher não precisa votar no Lula para presidente”, afirmou, criticando explicitamente a complacência social com agressores.

Durante cerimônia em Fortaleza, ‘anunciou que pretende liderar uma mobilização masculina pelo fim da violência de gênero. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, 80 anos de idade, vou liderar o movimento dos homens que prestam nesse País, para defender as mulheres brasileiras. Não só as nossas, mas as mães deles, as filhas, as noras, todas”. Para ele, é preciso reconhecer a responsabilidade masculina: “A luta contra o feminicídio tem que ser nossa. Nós somos a parte violenta da sociedade”.

Violência estrutural e omissão social

Os dados mostram que a violência é sistêmica. A Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher (DataSenado, 2025) indica que 3,7 milhões de brasileiras sofreram violência doméstica neste ano. Em 40% desses casos, havia testemunhas adultas presentes que não prestaram qualquer ajuda — um retrato da naturalização da violência e da cumplicidade social que mantém o ciclo de agressões.

Os atos também terão intervenções artísticas, leitura de manifestos e homenagens às vítimas, reforçando que lutar por políticas públicas é também honrar cada vida interrompida pela violência de gênero. Entre as principais reivindicações nacionais estão delegacias da mulher 24h, casas-abrigo, medidas protetivas ágeis, proteção às crianças, autonomia emergencial para mulheres em risco, paridade no poder público e enfrentamento da violência digital.

A mobilização se espalha por todas as regiões do país — do Masp à Torre de TV, de Belém a Porto Alegre — afirmando que o Brasil não aceitará mais que mulheres sigam morrendo enquanto o Estado se omite.

Confira a agenda nacional do atos Levante Mulheres Vivas

  • Região Sudeste – 07/12 (domingo)
    São Paulo
  • Araraquara/SP – Praça Santa Cruz – 9h
  • Bauru/SP – Delegacia da PF – 9h30
  • Botucatu/SP – Praça da Pinacoteca – 10h
  • Campinas/SP – Estação Cultura – 9h
  • Ilhabela/SP – Praça Elvira Estoraci – 16h
  • Ribeirão Preto/SP – mais informações em breve
  • São Paulo/SP – MASP (Vão Livre) – 14h
  • Santos/SP – Praça das Bandeiras – 10h
  • São José dos Campos/SP – Largo São Benedito – 15h
  • São José do Rio Preto/SP – Praça Rui Barbosa – 9h
  • Sorocaba/SP – Parque das Águas – 10h
  • Ubatuba/SP – Pista de Skate – 11
  • Minas Gerais
  • Belo Horizonte/MG – Praça Raul Soares – 11h
  • Cambuquira/MG – Praça da Biblioteca – 10h
  • Cataguases/MG – Praça Santa Rita – 10h
  • Divinópolis/MG – Praça do Planalto – 8h30
  • Juiz de Fora/MG – Escadaria da Câmara – 15h
  • Perdões/MG – Praça da Matriz – 14h
  • Poços de Caldas/MG – Parque da Zona Sul – 15h
  • Pouso Alegre/MG – Praça Senador José Bento – 11h
  • Sete Lagoas/MG – Lagoa Boa Vista – 10h
  • Santa Rita do Sapucaí/MG – Pracinha da Câmara – 10h
  • São João del Rei/MG – Sinal da Leite de Castro com Frei Cândido – 14h
  • Tiradentes/MG – Largo do Rosário – 17h
  • Uberaba/MG – Concha – 14h
  • Uberlândia/MG – Av. Monsenhor Eduardo, esquina com Rua
  • Buriti Alegre – 10h

 

  • Rio de Janeiro
  • Rio de Janeiro – Copacabana (Posto 5) – 14h
  • Espírito Santo
    Vitória – Praia de Camburi – 15h
  • Região Nordeste – 07/12 (domingo)
  • São Luís/MA – Praça Igreja do Carmo – 9h
  • Parnaíba/PI – Parnaíba Shopping – 16h
  • Teresina/PI – Praça Pedro II – 17h
  • Fortaleza/CE – Estátua Iracema Guardiã – 16h
  • Natal/RN – Mercado da Redinha – 9h
  • Maceió/AL – Praça Sete Coqueiros – 15h
  • Recife/PE – Rua da Aurora, Ginásio Pernambucano – 14h
  • Vitória da Conquista/BA – Feirinha do Bairro Brasil – 9h
  • Arraial d’Ajuda/BA – Praça do Santiago – 9h
  • Aracaju/SE – Arcos da Orla – 8h30
  • João Pessoa/PB – Busto de Tamandaré – 15h

Salvador/BA – 14/12 (sábado)

  • Barra (Cristo ao Farol) – 10h
  • Região Centro-Oeste
    06/12 (sábado)
  • Cuiabá/MS – Praça Santos Dumont – 14h

07/12 (domingo)

  • Brasília e Entorno/DF – Feira da Torre de TV – 10h
  • Campo Grande/MS – Av. Afonso Pena – 9h
  • Paranaíba/MS – Feira da Praça da República – 8h
  • Goiânia/GO – Praça Universitária – 15h

Região Sul 06/12 (sábado)

  • Porto Alegre/RS – Praça da Matriz – 17h
  • Joinville/SC – Praça da Bailarina – 14h

07/12 (domingo)

  • Florianópolis/SC – Cabeceira da Ponte Hercílio Luz – 13h
  • Chapecó/SC – Praça Coronel Bertaso – 14h
  • Garopaba/SC – Café Mormaii – 9h
  • Itajaí/SC – Praça da Beira Rio – 14h
  • Curitiba/PR – Praça João Cândido (Largo da Ordem) – 10h

13/12 (sábado)

  • Santa Maria/RS – Praça Saldanha Marinho – 9h

Região Norte
06/12 (sábado)

  • Belém/PA – Boulevard Gastronomia – 8h

07/12 (domingo)

  • Marabá/PA – Praça da Marabá Pioneira – 18h
  • Manaus/AM – Praça do Congresso – 17h
  • Boa Vista/RR – Tribuna em frente à ALE-RR – 16h30
  • Palmas/TO – Feira do Bosque – 17h
  • Parintins/AM – Catedral (Centro) – 16h30

10/12 (quarta-feira)

  • Santarém/PA – Praça Tiradentes – 17h30

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Pesquisa

Datafolha: Aprovação de Lula cresce e chega a 49%

Presidente mantém popularidade estável, segundo novo levantamento

Nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (5), aponta que a aprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu para 49%, ante 48% no levantamento anterior. A desaprovação segue em 48%, dentro da margem de erro, indicando estabilidade na avaliação pessoal do presidente.

Gestão mantém quadro estável
Na avaliação do governo, 32% classificam a gestão como ótima ou boa, 30% a consideram regular e 37% a avaliam como ruim ou péssima — índices praticamente idênticos aos registrados em setembro. Segundo Forum, os números confirmam a estabilidade apontada pelo Datafolha, mas também mostram que a queda observada no início do ano foi superada, com o governo mantendo um patamar mais confortável.

A pesquisa revela ainda que Lula continua apresentando desempenho acima da média entre idosos, pessoas com menor escolaridade, nordestinos e católicos. Entre trabalhadores que ganham entre dois e cinco salários mínimos, houve leve avanço — associado, segundo o instituto, a medidas recentes como a nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Mesmo sem grandes oscilações no cenário político recente, Lula mantém aprovação pessoal numericamente superior à reprovação e encerra o período com uma base sólida de apoio em setores importantes do eleitorado.


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Datafolha: Lula vence Flavio com 15 pontos no 2º turno

A divulgação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o escolhido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar a Presidência em 2026 encontrou um cenário adverso já medido pelo Datafolha. Segundo o levantamento mais recente, realizado entre terça (2) e quinta-feira (4), o primogênito do golpista seria derrotado por Lula (PT) por 51% a 36% em um eventual segundo turno se a eleição ocorresse hoje. O anúncio de sua candidatura só veio na sexta (5), portanto após as entrevistas feitas pelo instituto, publicada pelo DCM.

Outros nomes da direita apresentam desempenho mais competitivo. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) perderia por 47% a 42%, enquanto Ratinho Jr. (PSD-PR) marcaria 41% contra 47% de Lula, números próximos aos registrados no levantamento anterior, de julho.

Já outros integrantes da família Bolsonaro têm desempenhos semelhantes: Eduardo Bolsonaro passou de 37% para 35% e Michelle Bolsonaro aparece com 39%, frente a 50% de Lula no segundo turno testado.

O Datafolha também simulou um cenário com Jair Bolsonaro, embora sua candidatura seja improvável devido à condenação que o tornou inelegível. Sua desvantagem cresceu: de 47% a 43%, passou a 49% a 40%. O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios, com margem de erro de dois pontos.

No primeiro turno, Lula mantém a dianteira em todos os cenários. Contra Flávio, o petista registra 41%, seguido pelo senador com 18%, Ratinho Jr. com 12%, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) com 7% e Romeu Zema (Novo-MG) com 6%.

Substituído por Eduardo, o resultado praticamente se repete. Com Michelle como candidata, a direita melhora levemente: 41% para Lula e 24% para a ex-primeira-dama.

A presença de Tarcísio altera mais o panorama: o governador paulista aparece com 23%, ainda distante dos 41% do presidente, mas acima dos demais nomes da direita. As simulações pressupõem múltiplas candidaturas conservadoras e, portanto, grande dispersão de votos, cenário considerado realista por analistas, já que acordos costumam se acertar apenas no segundo turno.

Os índices de rejeição reforçam a dificuldade de candidatos ligados ao bolsonarismo. Jair Bolsonaro aparece com 45%, empatado tecnicamente com Lula, que tem 44%. Flávio registra 38%, Eduardo 37% e Michelle 35%, apesar de nenhum dos três ter disputado a Presidência. Já os governadores têm taxas muito menores: Tarcísio tem 20%, Caiado 18%, Ratinho Jr. e Zema 21%.

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Política

Vídeo com Flávio Bolsonaro desmaiando em campanha eleitoral vira febre nas redes

“Ele disse que comunista não tocaria no filho dele”, recordou Jandira Feghali, sobre fala de Bolsonaro, rejeitando ajuda a Flávio

Logo que o nome de Flávio Bolsonaro foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República, voltaram a circular nas redes sociais imagens do momento em que ele desmaia durante um debate eleitoral transmitido ao vivo na TV. Foi em 2016, quando Flávio concorreu à Prefeitura do Rio.

Durante um debate na Band, depois que o mediador do debate dirigiu a ele uma pergunta integração com municípios da área metropolitana do Rio, o filho de Bolsonaro comentou. “Eu tô… com uma baixa da pressão aqui”.

Logo em seguida parou de falar e balançou o corpo. Foi socorrido pelos adversários no debate, Carlos Osório e Jandira Feghali.

“Vai cair, ele vai cair”, disse Jandira, que é médica.

Ele foi amparado por Osório e Jandira, que o seguraram pelo braço, enquanto o mediador interrompeu o programa.

Segundo contou a deputada, Jair Bolsonaro impediu que ela exercesse seu ofício de médica para cuidar de Flávio.

“Ele disse que comunista não tocaria no filho dele”, recordou.

Veja o vídeo do momento em que Flávio começa a passar mal:

*ICL


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Economia Política

Com o anúncio da candidatura de Flavio Bolsonaro à presidência, Ibovespa despenca 4,31%

Queda é a maior em 4 anos

Uma hecatombe tomou conta do mercado financeiro nesta sexta-feira (5). O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencou 4,31%, aos 157.369,36 pontos, com a notícia de que o senador Flávio Bolsonaro, o filho zero um do ex-presidente e agora presidiário, Jair Bolsonaro (PL), será o candidato do PL à Presidência da República nas eleições de 2026. Foi uma perda de 7.086,25 pontos em um só pregão.

A última vez que o Ibovespa registrou uma perda acima de 4% foi em 22 de fevereiro de 2021, quando o índice caiu 4,87%, após o mesmo Jair Bolsonaro ter anunciado a indicação de um novo presidente-executivo para a Petrobras, o que levou os agentes financeiros a enxergarem risco de ingerência governamental na estatal.

Publicada em primeira mão pelo portal Metrópoles, a escolha de Flávio foi comunicada a interlocutores próximos à família nesta semana. Horas depois, a informação foi confirmada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Confirmado. Flávio me disse que o nosso Capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos”, disse Costa Neto, ao jornal O Globo.

Por que a reação extrema do mercado financeiro? A notícia expõe aquilo que vem sendo escancarado pela imprensa: a direita está rachada. A escolha do filho zero um pulveriza ainda mais a disputa e coloca de lado o candidato queridinho da Faria Lima — o governador bolsonarista de São Paulo, o carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A percepção de uma direita enfraquecida provocou também a disparada do dólar à vista, que encerrou as negociações a R$ 5,4318, com alta de 2,29%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou valorização de 1,82% ante o real.

Se confirmada mesmo a candidatura do senador, a decisão deve levar Tarcísio a disputar a reeleição ao governo de São Paulo e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a concorrer a uma vaga ao Senado pelo Distrito Federal.

Entre as companhias listadas no IBOV, apenas quatro ações encerraram a sessão em alta: WEG (WEGE3), Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) com apoio da forte valorização do dólar ante real. Entre os pesos-pesados do indicador, os bancos perderam mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado, com a deterioração da percepção de risco doméstico.

Mercado externo
Os agentes de Wall Street repercutiram hoje o índice de preços de consumo pessoal de setembro (PCE, na sigla em inglês), indicador favorito do Federal Reserve, o banco central estadunidense. A inflação veio dentro do esperado. Agora, o investidores se preparam para a decisão do Fed sobre os juros na próxima semana. A expectativa é de corte de 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano.

O Dow Jones subiu 0,22%, aos 47.954,99 pontos; o S&P 500, +0,19%, aos 6.870,40 pontos; e o Nasdaq, +0,31%, aos 23.578,12 pontos. Com ICL.


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Brasil Mundo

O ataque à Venezuela é um ataque ao Brasil

Venezuela sob ataque, Brasil sob ameaça: a escalada de Trump no Caribe é um risco para toda a região

perspectiva de uma desestabilização da Venezuela, já concretamente posta no horizonte pelo ensaio de bloqueio naval que o governo Donald Trump impõe ao país, com navios de guerra e submarinos nas proximidades da costa venezuelana, além de milhares de soldados de prontidão, não é uma questão que diz respeito só à natureza do regime venezuelano, nem unicamente ao futuro dos venezuelanos – ela diz respeito ao futuro de toda a região, e assim deveria ser tratada pelos líderes latino-americanos.

As ações criminosas do governo norte-americano, que até aqui mataram quase uma centena de pessoas no Mar do Caribe, já têm impacto regional, na medida em que servem de ameaça e intimidação não só contra a Venezuela, mas contra todos os países da região, incluindo o Brasil. A atual campanha de desestabilização contra o país se sustenta em dois vetores retóricos: por um lado, a mentirosa tese de que o país seria um “narcoestado”; por outro, o de que seria uma ditadura.

Como demonstram diversos relatórios, inclusive da ONU e do próprio Departamento de Estado dos EUA, a Venezuela não só não é um corredor relevante do narcotráfico – a principal rota de tráfico para os EUA passa pelo Pacífico, não pelo Caribe – como também conseguiu, nos últimos quinze anos, se consolidar como um território livre do cultivo de folha de coca, maconha e processamento de cocaína.

Por outro lado, o uso do manto da “guerra contra as drogas” para encobrir ações militares criminosas e unilaterais por parte dos EUA deveria preocupar os brasileiros: ao contrário de nosso vizinho, o Brasil é uma das principais rotas de tráfico de drogas da América do Sul para a Europa, África e Ásia, e suas organizações criminosas, como o PCC e o CV, têm relações importantes com cartéis internacionais que operam ao menos parcialmente nos EUA.

De fato, cresce a pressão por parte dos EUA para que o Brasil classifique suas organizações criminosas como organizações terroristas, e há um projeto de lei (PL 1283/2025) no Congresso para expandir a conceituação de “terrorismo” na lei brasileira, incluindo nela a atuação de organizações criminosas e milícias privadas – o que ampliaria o espaço para o intervencionismo norte-americano em nosso país. Se a Venezuela, um país de pouca relevância no narcotráfico global, pode ser atacada sob a desculpa do combate ao narcotráfico, por que não poderia também o Brasil, que tem organizações criminosas muito mais relevantes a nível global que seu vizinho?

Além disso, os últimos meses demonstraram aos brasileiros, de forma inédita desde o golpe de 1964, tanto como o imperialismo utiliza a “democracia” para seus impulsos intervencionistas como o quanto a extrema-direita está disposta a aliar-se objetivamente aos interesses imperialistas nas suas disputas pelo poder interno – mesmo quando isso signifique tomar postura abertamente antinacional. Nesse sentido, sim, descobrimos que o Brasil “se tornou uma Venezuela” – não pela natureza do governo, mas pela natureza de sua oposição.

A atuação bolsonarista nos Estados Unidos por sanções e tarifas contra o Brasil e a adoção dessas medidas pelo governo norte-americano, buscando pressionar o governo brasileiro e o STF, foram uma constante por parte da oposição venezuelana nos últimos anos. Assim como os bolsonaristas atuaram nos últimos meses, junto ao governo Trump, pela aplicação de tarifas contra o Brasil, também fez a Assembleia Nacional opositora na Venezuela em 2016: em 23 de outubro daquele ano, declarando-se “em rebelião” contra o governo, o Poder Legislativo do país oficialmente fez um pedido a todos os organismos internacionais para que aplicassem sanções contra o próprio país.

É como se a infame campanha por tarifas contra o Brasil por parte de Eduardo Bolsonaro nos EUA não fosse uma campanha de um deputado, mas do Congresso brasileiro inteiro. Nunca é demais recordar que os efeitos das sanções não são focalizados nos líderes que elas em tese buscam atingir: um estudo da respeitada revista acadêmica The Lancet calculou em 38 milhões o número de mortos por sanções norte-americanas e europeias entre 1970 e 2021; também publicado na The Lancet, um outro estudo aponta que as sanções matam aproximadamente 564 mil pessoas por ano no mundo todo; e na Venezuela, somente entre 2017 e 2018, elas podem ter matado 40 mil pessoas. É dizer: Venezuela e Brasil têm em comum o fato de se enfrentarem com uma extrema-direita disposta a aliar-se ao imperialismo para matar seu povo.

Chama à atenção também como a crise de poderes na Venezuela em 2016, com a disputa entre Executivo, Judiciário e a Assembleia Nacional, é semelhante à recente crise de poderes no Brasil em torno do tema da anistia: como escrevia Monica Yanakiew então, “a nova Assembleia Nacional, de maioria opositora, aprovou uma lei de anistia e reconciliação nacional para libertar mais de 100 de seus líderes acusados de conspirar contra o governo ou incentivar a violência.

Maduro não só vetou a lei, como afirmou que o Parlamento carece de legitimidade porque desacatou uma ordem do Supremo Tribunal. O conflito de Poderes se deu quando três deputados oposicionistas, cuja eleição foi questionada pela Justiça, tomaram posse – apesar de a Justiça ter decidido o contrário. A oposição acusa o Judiciário de estar a serviço de Maduro e considera que a suspensão do referendo revogatório foi uma manobra para adiar a sua realização.” Hoje, os Estados Unidos, citando “preocupações com a democracia e a liberdade”, impõem tarifas ao Brasil, em conluio com a extrema-direita nativa, que as solicita. Se Trump pode movimentar navios de guerra e autorizar operações da CIA contra a Venezuela sob a fachada da defesa da democracia, porque não poderia fazê-lo também contra o Brasil? Mais importante do que dizer que os EUA mentem, seja sob a desculpa de “combater o narcotráfico e o terrorismo”, seja sob a fachada da defesa da democracia, é reconhecer que podem mentir sobre qualquer um.

Mas há mais razões pelas quais um ataque de Trump contra a Venezuela afetaria o Brasil. Qualquer ação militar contra a Venezuela imediatamente tensionaria os 2,2 mil km de fronteiras de nossos países, nos estados de Roraima e Amazonas – para que se tenha dimensão, trata-se de uma fronteira maior que a que separa Rússia e Ucrânia, de 1,9 mil km. A possibilidade de eventuais combates na proximidade das fronteiras dos países e especialmente o quase certo aumento do fluxo migratório obrigariam um reforço da presença militar brasileira na região – imaginar uma eventual operação de Garantia da Lei e da Ordem em tal cenário, e um fortalecimento da tutela dos militares frente ao governo, sempre auxiliada pelo atual ministro da Defesa, José Múcio, não é absurdo.

Na medida em que a guerra se instaurasse no país vizinho e a importância e peso das Forças Armadas aumentasse repentinamente na cena política brasileira, estaria desfeito todo o esforço do governo Lula, desde que tomou posse, para cozinhar a questão militar em banho-maria; ao mesmo tempo, o fato de não ter avançado nenhuma reforma relevante nas Forças Armadas restringiria, neste cenário, as opções estratégicas do próprio governo quanto a como atuar frente à agressão americana. Ou por acaso é lícito supor que os militares brasileiros aceitariam tranquilamente, por exemplo, reforçar as linhas logísticas de uma Venezuela sob ataque norte-americano, se esta fosse a decisão do presidente?

É provável ainda que uma agressão à Venezuela levasse a um cenário de guerra prolongada ou de guerra civil no país, tornando a necessidade de reforçar a presença militar do lado brasileiro mais perene.

O elemento mais importante da Defesa venezuelana do ponto de vista estratégico é a Milícia Nacional Bolivariana (MNB), braço de reserva e não-convencional integrado aos outros componentes da Força Armada Nacional Bolivariana, mas relativamente autônomo. Formada por voluntários, reservistas e civis, a MNB é voltada para o combate irregular num cenário de agressão ao país; é o componente responsável por tornar cada cidadão um possível combatente.

Como escreveu Euclides Vasconcelos nesta Revista Opera, “são grupos pequenos e destinados a funções concentradas, como a defesa de uma fábrica ou estrada de importância estratégica ou ainda, se necessário for, a destruição desta mesma fábrica ou estrada para evitar que caiam em mãos inimigas. Esse caráter concentrado equivale à noção de ‘vespeiro’ onde a população em armas é a responsável por importunar as forças inimigas onde quer que elas estejam. Assim, mesmo que as forças armadas do país sejam derrotadas, o processo de ocupação inimiga será por demais custoso.”

Em agosto, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de tropas na MNB. O site venezuelano TalCual estimou o contingente em 700 mil; a CIA, entre 200 e 225 mil. Independentemente de qual seja a cifra real, estamos falando de centenas de milhares de venezuelanos comuns, dispostos e com preparo prévio para atuar no apoio às forças convencionais, como forças guerrilheiras ou clandestinamente em ações de sabotagem, assassinatos, atentados, etc.:

Significa dizer que qualquer um que busque ocupar militarmente o terreno venezuelano haverá de supor que sua retaguarda virtualmente está sempre prejudicada; que o inimigo pode ser qualquer um; o taxista, a aposentada, a camponesa, o indígena. Em resumo, a Milícia Nacional Bolivariana é quase uma garantia de que uma agressão em terra seria confrontada por uma guerra irregular de caráter prolongado. E mesmo que alcançasse o objetivo de implodir rapidamente o centro de poder do país, a perspectiva de uma guerra civil, possivelmente envolvendo grupos militares diversos, não seria tampouco descartável.

A probabilidade da instauração de um desses cenários impõe, a partir do campo militar, um provável esgotamento dos objetivos políticos de uma agressão à Venezuela – isto é, a exploração de suas reservas de petróleo, as maiores do mundo, estimadas em cerca de 303 bilhões de barris –, na medida em que a estabilidade da produção e especialmente do escoamento da commodity estaria ameaçada. O Cinturão de Orinoco, onde o grosso da reserva de petróleo venezuelano está localizada, cobre uma área de 55 mil quilômetros quadrados, se estendendo por quatro estados venezuelanos, com uma área produtiva disposta em 11,5 mil quilômetros quadrados. Por sua vez, a menor distância entre o campo e a costa caribenha em linha reta se estende por cerca de 140-160 quilômetros, oferecendo amplas oportunidades para ações de sabotagem.

Mapa do Norte da Venezuela, mostrando a Faixa Petrolífera do Orinoco (em vermelho) e suas quatro principais áreas: Machete, Zuata, Hamaca e Cerro Negro. (Fonte: Definition of a 3D Integrated Geological Model in a Complex and Extensive Heavy Oil Field, Oficina Formation, Faja de Orinoco, Venezuela – Jean-Paul Bellorini, Jhonny E. Casas, Patrick Gilly, Philippe Jannes, Paul Matthews, David Soubeyrand e Juan Carlos Ustariz)

Mapa do Norte da Venezuela, mostrando a Faixa Petrolífera do Orinoco (em vermelho) e suas quatro principais áreas: Machete, Zuata, Hamaca e Cerro Negro. (Fonte: Definition of a 3D Integrated Geological Model in a Complex and Extensive Heavy Oil Field, Oficina Formation, Faja de Orinoco, Venezuela – Jean-Paul Bellorini, Jhonny E. Casas, Patrick Gilly, Philippe Jannes, Paul Matthews, David Soubeyrand e Juan Carlos Ustariz)

O Brasil como mediador
Não parece casuístico que a “química” entre Trump e Lula tenha surgido no mesmo momento em que as operações norte-americanas no Caribe avançavam, nem que Trump tenha reduzido as tarifas contra o Brasil ao mesmo tempo em que desloca o maior porta-aviões do mundo para o Caribe: a irresistível “química” parece ter outro nome; Venezuela. O ataque tarifário ao Brasil e o ensaio de cerco naval à Venezuela se coadunam em dois sentidos: num deles, os ataques ao vizinho relembram ao Brasil tarifado até onde os EUA podem ir, estimulando que o governo Lula se disponha à negociação; no outro, as tarifas servem de alavanca para que o Brasil adote uma postura mais amigável a Washington na questão venezuelana, com a retirada das tarifas servindo como estímulo.

Durante os governos Bush (2001-2009) e os dois primeiros mandatos de Lula (2002-2010), o Brasil se posicionou como um mediador nas relações entre EUA e Venezuela, buscando – e em boa medida conseguindo – restringir as tensões entre os países. Efetivamente, a diplomacia brasileira usava as posições antiimperialistas venezuelanas e seu ensejo integracionista, que avançava na forma de parceria com países latino-americanos, especialmente no Caribe e na América Central, como forma de se credenciar com os EUA como um parceiro alternativo na região – o que incluiu algum nível de coordenação do Brasil com os EUA sobre a Venezuela, com o Brasil atuando por vezes como garoto de recados de Washington. Lula manteve boas relações comerciais e diplomáticas com Chávez, mas buscou também se diferenciar e superar a influência do líder bolivariano na região, e houve episódios de tensão entre os países: como nas críticas venezuelanas às parcerias Brasil-EUA em torno do etanol e a convocação do embaixador venezuelano após Chávez criticar o Congresso brasileiro.

Hoje, o espaço para a mediação é muito menor. Não só pelas “tensões” já envolverem ações militares e a promessa de uma intervenção direta, mas também porque o Brasil, no terceiro mandato de Lula, vem fustigando a Venezuela com recorrência, como se viu na posição adotada pelo governo após as eleições venezuelanas e no veto à entrada do país no BRICS. Assim, qualquer mediação brasileira deverá ser vista pela Venezuela com um pé atrás, e com razão: o Brasil adotou tais posições, afinal, sem as pressões de Trump; que estaria disposto a fazer sob elas?

Ao fim, seja qual forma ele termine por tomar, o ataque à Venezuela é um ataque ao Brasil, não só na medida em que é uma demonstração do que o império poderia fazer contra nós, mas também na medida em que nos influencia direta e gravemente – inclusive com efeitos na cena política interna do Brasil.

O governo Lula até pode buscar agir como mediador, mas mesmo isso exige tomar uma postura clara de solidariedade prática com a Venezuela – o país agredido unilateralmente por Trump, não o agressor – e contra o intervencionismo que, afinal, também atinge o Brasil. Qualquer afabilidade com uma agressão imperialista a qualquer país da região, além de ser vista como a traição que efetivamente seria por todos os outros países, na prática estimulará o intervencionismo trumpista também contra o Brasil, quando o momento lhe convir.

*Pedro Marin/Opera Mundi


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Julia Zanatta envia R$ 396 mil em emenda pix para obra em praça com nome do avô

Deputada insistiu na liberação dos recursos, mesmo com primeiro plano de trabalho recusado

A deputada federal Júlia Zanatta, que tem uma das suas emendas Pix na mira do Tribunal de Contas da União por suspeita de direcionamento ao clube de tiro de um amigo, passou pelo menos a metade do ano tentando carimbar recursos do orçamento público para reformar uma praça que leva o nome do seu avô. Inicialmente recusado pelo Ministério dos Esportes, o plano de trabalho foi aceito em novembro pelo Ministério das Cidades.

A verba foi direcionada ao município de Morro da Fumaça, no extremo sul de Santa Catarina, com a finalidade específica de revitalizar e requalificar a Praça Vereador Fernando Zanatta. A praça possui 1.150 metros quadrados e fica localizada no centro da cidade, que tem cerca de 19 mil habitantes.

O investimento tem valor global maior do que o fundo municipal da saúde destinou, em 2025, para serviços de saúde em atendimento e acompanhamento ambulatorial de pacientes em reabilitação atendidos pela Apae.

Júlia Zanatta e a direita que desistiu do homem comum

Para essa finalidade, a prefeitura investe cerca de R$ 236 mil. A soma também ultrapassa o investimento previsto na cidade de Araranguá, próxima de Morro da Fumaça, para a construção de um espaço cultural na Praça Hercílio Luz, que terá um custo de R$ 258 mil.

Em agosto, a deputada solicitou os recursos junto ao Ministério dos Esportes, mas o plano foi reprovado e considerado impedido. O registro oficial apontou que era necessário complementar dados, como por exemplo o objeto e as metas, e ressaltou que só haveria aprovação se a reforma envolvesse equipamentos de esporte. Uma semana depois, foi devolvido sem a liberação dos recursos.

A proposta de uso do orçamento público federal indicada pela deputada foi reformulada e alocada no Ministério das Cidades, no programa de manutenção de espaços públicos. O método de dar mais transparência às emendas Pix, que antes compunham o chamado orçamento secreto popularizado pelo governo Jair Bolsonaro, foi consolidado a partir da ADPF 854 do Supremo Tribunal Federal, que ordenou novas regras de transparência e rastreabilidade para o dinheiro público alocado pelos parlamentares.

O plano de trabalho da reforma da praça prevê a execução do projeto em três anos, mas não há registros de contratos ou de abertura de licitação específica para a obra selecionada pela deputada. A ordem de pagamento foi emitida no último dia 3 de dezembro e aguarda uma assinatura. A proposta prevê como objeto de execução áreas de lazer e estruturas para atividades físicas em espaços públicos.

Fernando Zanatta, o avô de Júlia, tem um busto localizado no meio da praça. Em maio de 2021, antes de assumir o mandato, ela postou uma imagem do local no seu Facebook. “Meu avô foi o primeiro presidente da Câmara. E nessa praça está o casarão em que minha avó, Santa Guglielmi Zanatta morou”, registrou.

Este ano, além do recurso da parlamentar, o município recebeu uma emenda de R$ 792 mil do primo da deputada, Ricardo Guidi, para pavimentação da Avenida Tranquilo Pellegrin. A verba ainda não começou a ser executada.

 

*ICL


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Quem está mais encrencado com a Polícia Federal, Claudio Castro, alcolumbre ou Bacellar?

O Brasil já sabe de cor a relação de Claudio Castro com TH Joias, assim como Rodrigo Bacellar, formando uma espécie de trisal entre crime organizado, presidência da Alerj e o governo do estado do Rio.

É o submundo do crime no controle institucional das maiores esferas de poder do estado fluminense. Mas não são só eles os emparedados com o futuro que será decidido pela justiça brasileira.

Alcolumbre, segundo a PF, foi alimentado com canetas de mounjaro por Beto Louco. De acordo com relatos, tanto Beto Louco quanto TH Joias fazem parte do crime organizado, mais precisamente do CV.

O conteúdo dos três celulares de Rodrigo Bacellar, pegos pela PF no dia 3, junto com uma mochila com mais de R$ 90 mil, como quem carrega troco de bala, será decisivo para o seu destino e de muitos outros aliados, sobretudo do PL de Bolsonaro.

O que os três celulares revelarão, só Deus sabe, pois foi através do celular de TH Joias que a polícia descobriu uma ligação dele para o presidente da Alerj, que o instruiu a sumir com todas as provas que tinha em casa, se sofresse uma devassa dos agentes da PF.

Ou seja, o caso é sério e, para piorar para Claudio Castro, a PF descobriu que o governador do Rio, às pressas, assinou um ato que obrigou o Diário Oficial do estado a publicar uma edição extraordinária.

O caso de ALcolumbre é tão ou mais complicado, pois foi confirmada pelo seu motorista a entrega de Beto Louco para o presidente do Senado.

Claro, esses assuntos explodiram, ná mídia, nas redes e nas ruas.

Daí o plano bolsonarista de dominar o Senado e fazer o impeachment de ministros do STF, que Gilmar Mendes impediu, deixando Alcolumbre foribundo.

A sala subterrânea do presidente da Alerj, do governador do Rio e da presidência do Senado devem seguir sendo investigadas pela PF para saber como funciona e quais são as palavras-chave e as pessoas mais importantes nessa escala de poder, envolvidas até o talo com o crrime organizado, enquanto os titulares das principais cadeiras posam para os holofotes da mídia como vestais da Segurança Pública brasileira.

Uma coisa é certa, o chão para Claudio Castro, alcolubre e Bacellar, está mole. Se ficarem parados, afundam, se deram um passo, afundam também.


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