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Bolsonaro escolhe o torturador assassino, Brilhante Ustra, como paraninfo de seu governo durante a pandemia

Enquanto o país se aproxima, de forma acelerada, de 200 mil mortos por Covid, e já há quem diga que chegará a 250 mil, Bolsonaro ignora esse número absurdo de mortes, a dor de suas famílias e promove uma live exaltando o torturador e assassino, Brilhante Ustra, para tentar desviar o foco do escândalo que envolve a Abin, com Ramagem, o GSI, com Heleno, para livrar o assassino miliciano, Fabrício Queiroz, da cadeia e, consequentemente, livrar o filho Flávio ou os filhos e a si próprio do mesmo destino.

Como aqui já foi dito, essa é uma velha tática de sobrevivência de um sujeito que passou 28 anos como deputado sem produzir um único projeto.

Segundo a Carta Maior: Brasil tem a moeda mais desvalorizada do mundo; é o 2º maior cemitério do mundo na pandemia; vive 2ª onda de contágio q teve recorde de 74 mil novos infectados ontem; patina sem plano crível de vacinação; o Presidente da República diz que ‘não se justifica’ a ‘pressa’ em vacinar.

Mas não só isso: Covid-19: Brasil registra maior média móvel de casos desde o início da pandemia, e Bolsonaro diz que ela acabou.

Segundo o Datafolha, 8 em cada 10 brasileiros afirmam ter pego Covid ou conhecer alguém que está com a doença.

Soma-se a isso a informação de que a redução do Auxílio Emergencial já devolveu 7 milhões de brasileiros à extrema pobreza.

Na Bélgica, Holanda e Itália foi dada uma ordem para vetar viagens vindas o Reino Unido pra frear a mutação do coronavírus. Aqui no Brasil, pego usando instituições do Estado para livrar a cara do miliciano e do filho, o verme diz que não está nem aí para a mutação do vírus e que não tem pressa para vacinar a população.

Na verdade, para Bolsonaro, o que pode ser devastador, e as denúncias da Época revelam que o que se sabe das relações paralelas entre Abin, GSI e advogados de Flávio Bolsonaro e Queiroz, já reúne condições perfeitas para que uma tempestade de pedidos de impeachment de Bolsonaro e da cassação de Flávio agite Brasília nos próximos dias.

Por isso, Bolsonaro, possivelmente, seguindo a dica de gênio de seu filho, Eduardo, resolveu fazer uma live em exaltação ao assassino e torturador, promovendo seu livro, enquanto faz o povo brasileiro de cobaia das tentativas de tirar de suas costas o que já se sabe, dito pela própria advogada da família, sobre a coordenação da operação salva Flávio/Queiroz, comandada por Ramagem e Augusto Heleno, sob a batuta de Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Janio de Freitas: Os mortos de um e os mortos de outro

A última semana, como um início de cerco a Bolsonaro, deu-lhe os ares e os atos de desespero.

“Periculosidade social na condução do cargo”. Uma qualificação judicial que parece criada para resumir as razões de interdição de Bolsonaro.

Embora a expressão servisse ao ministro Og Fernandes (STJ) para afastar o secretário de Segurança da Bahia, ajusta-se com apego milimétrico a quem incentiva a população a riscos de morte ou sequelas graves, com a recusa à prevenção e ao tratamento ​científico.

Já em seu décimo mês, e sem qualquer reparo das instituições que, dizem, “estão funcionando”, a campanha de Bolsonaro e as medidas de seus militares da Saúde chegam ainda mais excitadas e perigosas ao seu momento crucial.

Quem observou os movimentos reativos que o caracterizam por certo notou que é também dele a vulgar elevação da agressividade quando o medo, a perda de confiança, o pânico mesmo, são suscitados pelas circunstâncias. A última semana, como um início de cerco a Bolsonaro, deu-lhe os ares e os atos de desespero.

O confisco da vacina Sinovac-Butantan pelo governo federal, toda a vacinação concentrada no militarizado Ministério da Saúde, a exigência de responsabilização do vacinado por hipotéticos riscos foram alguns dos foguetes hipotéticos que mostravam um Bolsonaro se debatendo, aturdido. Nem a liberação total para armas importadas abafou a onda crítica.

A revelação de participações da Abin na defesa de Flávio Bolsonaro (feita por Guilherme Amado na Época), apesar da rápida e óbvia negação da agência e do general Augusto Heleno, desarvorou Bolsonaro.

Estava em mais uma de suas fugas reeleitoreiras de Brasília, em desavergonhadas advertências de deformações ridículas em vacinados, quando o Supremo desmontou suas trapaças contra a liberdade de ação dos estados e municípios na pandemia.

E, boa cereja, a advogada Luciana Pires confirmou o recebimento de instruções da Abin para a defesa de Flávio, um truque para anulação do inquérito.

A explosão, incontível, não tardou. Na mesma quinta (17), Bolsonaro investe contra a imprensa, atiça as PMs contra jornalistas. Em fúria, faz os piores ataques aos irmãos donos de O Globo. Sem apontar indícios das acusações.

Se verdadeiras, por que não as expôs, para uma CPI, quando na Câmara representava os “militares anticorrupção”? Ou, presidente, não determinou o inquérito, como de seu dever? Nos dois casos, o silêncio é conivência criminosa. Sendo inverdadeiras as acusações, desta vez feitas a pessoas identificadas, sua entrada no Código Penal é pela mesma porta, a dos réus.

O gravíssimo uso da Abin, entidade do Estado, para proteger Flávio Bolsonaro e o desvio de dinheiro público, caiu em boas mãos, as da ministra Cármen Lúcia no Supremo. Troca de vantagens não haverá, medo não é provável.

Isso significa atos mais tresloucados de Bolsonaro. E um problema para e com os militares que, no governo, em verdade são a guarda pessoal de Bolsonaro.

Não só, porque o general Augusto Heleno, o Heleninho sempre protegido e bem situado, está comprometido dos pés à cabeça. A distância pode ser pequena, mas bastante para o autoritarismo militar sacudir a pouca poeira que resta.

A propósito, a menção ao general Heleno no artigo anterior o levou a vários adjetivos insultuosos a mim, concluindo por me dizer “pior como ser humano”. Essa expressão, ser humano, me lembrou uma curiosidade de muitos e que o general é o indicado para esclarecer: quantos seres humanos mortos pesam em suas costas, pela mortandade que ordenou sobre a miséria haitiana de Cité Soleil?

A ONU pediu ao governo brasileiro sua imediata retirada de lá, exclusão sem precedente nas tropas de paz, e a imprecisão sobre as mortes, dezenas ou centenas, perdura ainda.

Já no caso da Abin, pode-se desde logo esperar algumas respostas interessantes. E cáusticas.

O certo e o outro

Diretor do Butantan, Dimas Covas venceu a divergência sobre o surgimento das vacinas. Militares da Anvisa só a previam para meado de 2021, até mesmo só no segundo semestre. Muitos pesquisadores e médicos. Dimas esteve só, ou quase, antevendo a vacina ainda para este ano.

Por fim, o Natal vem aí, sim, mas certifique-se. Na quinta, o general-ministro Pazuello disse três vezes, sempre com a segurança de suas estrelas, que “janeiro é daqui a 30 dias”. E depois, sobre a aplicação da vacina: “A data precisa é… janeiro”.

Sem dúvida, é um grande general, como disse Bolsonaro ao apresentá-lo.​

*Janio de Freitas/Folha

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Bolsonaro dá declaração estrambótica sobre Covid para tirar o foco de sua armação com a Abin

Qual a importância que a palavra de Bolsonaro tem sobre pandemia ou sobre vacina? Como o jumento do Planalto gosta de dizer, nenhuma.

Não só o STF, mas os governadores e até prefeitos colocaram um arreio no animal. Então, o que ele fala sobre pandemia só tem um objetivo, e ele sabe disso, escandalizar para tirar o foco das revelações da revista Época sobre o esquema montado por ele e seus capachos na Abin para tentar salvar Flávio.

Bolsonaro está diante de dois fatos gravíssimos que podem lhe custar o mandato, e ele sabe que, sem mandato, sai do Planalto direto para a cadeia com todos os zeros, 1, 2, 3 e 4 a tiracolo.

Mas não foram somente as duas reportagens da Época que complicaram a vida de Bolsonaro, sobretudo a mais grave em que, num tropeço, a advogada de Flávio deu uma de Bezerra da Silva, “vou apertar, mas não vou acender agora”, quando disse que recebeu sim de Ramagem o relatório da Abin, mas que não serviu para nada.

O problema é que não interessa se o relatório teve ou não serventia para a advogada, o que interessa é que ele foi feito dentro da Abin, como denunciado na referida matéria, sob o comando de Ramagem, a mando de Bolsonaro, a partir da tal reunião, com Heleno, com tudo.

A confissão da moça já coloca Bolsonaro na marca do pênalti de um impeachment.

Para piorar, a ministra Cármen Lúcia exigiu de Augusto Aras uma apuração rigorosa sobre o caso. E não adianta Aras dizer que o caso é grave, mas não tem provas, pois o trabalho da PGR é justamente investigar e encontrar as provas. E, neste caso, a advogada de Flávio acabou de presentear Aras com uma prova límpida e sem rodeios.

Para Bolsonaro, restou apenas fazer barulho e fumaça sobre a Covid e a vacina, sobre a qual ele não tem mais ingerência nenhuma, pelos motivos aqui já citados.

Aliás, uma das maiores pressões da sociedade e dos poderes constituídos é que, se Bolsonaro não foi arrancado da cadeira a fórceps, o Brasil terá mais de 250 mil vítimas fatais da Covid, tal a eficácia da parceria entre o vírus e o verme do Palácio do Planalto.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ramagem levou para Abin seguranças que atuaram na campanha de Bolsonaro

O diretor-geral Alexandre Ramagem levou para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ao menos cinco integrantes da Polícia Federal – parte deles envolvidos na segurança do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018. Nos bastidores do órgão, servidores de carreira têm apontado o grupo de Ramagem como o responsável por orientar informalmente a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das rachadinhas.

Além de Ramagem, no topo da hierarquia está o delegado da PF Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho. Ele exerce o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin e é uma espécie de braço direito de Ramagem.

A exemplo do diretor-geral, Coelho teve uma passagem pelo Palácio do Planalto no início do governo Bolsonaro. Os dois foram assessores especiais na Secretaria de Governo, na época comandada pelo general Carlos Alberto Santos Cruz.

Também na Abin estão outros dois agentes que trabalhavam no núcleo que socorreu Bolsonaro na facada em Juiz de Fora (MG). São eles Marcelo Araújo Bormevet, que faz militância virtual e elogia os filhos do presidente nas redes sociais, Flávio Antônio Gomes, atualmente requisitado para assessor a Superintendência da Abin em São Paulo. Mais um agente da PF na Abin é Felipe Arlotta Freitas.

Outros dois ex-guarda-costas de Bolsonaro ganharam cargos de confiança no governo. O papiloscopista João Paulo Dondelli, requisitado no ano passado para a Presidência, e o agente Danilo César Campetti, assessor especial de Nabhan Garcia, secretário de Assuntos Fundiários e elo do presidente com os ruralistas.

 

*Felipe Frazão e Tânia Monteiro/Uol

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Bolsonaro incita polícia contra a imprensa após novas revelações do uso da Abin na defesa de seu filho Flávio

“Essa imprensa jamais estará do lado da verdade, da honra e da lei. Sempre estará contra vocês”, afirmou Jair Bolsonaro durante cerimônia de formatura de novos policiais militares no Rio de Janeiro.

Jair Bolsonaro voltou a criticar a imprensa nesta sexta-feira (18) ao afirmar que a mídia sempre estará “contra” os policiais militares, “a verdade, a honra e a lei”. A afirmação foi feita durante cerimônia de formatura novos policiais militares no Rio de Janeiro.

“Simule as operações que podem aparecer pela frente. Por que em uma fração de segundo estará em risco a sua vida, a de um cidadão de bem ou a de um canalha defendido pela imprensa brasileira. Não se esqueçam disso. Essa imprensa jamais estará do lado da verdade, da honra e da lei. Sempre estará contra vocês”, disse Bolsonaro segundo reportagem do UOL.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), também participaram da cerimônia.

A declaração foi feita no mesmo dia em que a revista Época publicou uma entrevista com a advogada Luciana Pires, que atua na defesa do senador no escândalo das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Na entrevista, ela relata que o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, elaborou uma série de recomendações para anular o inquérito envolvendo o parlamentar.

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro diz que não vai se vacinar, o que o impedirá de entrar em qualquer país

Se o governo de Bolsonaro vai mal das pernas, seu governo paralelo vai muito bem, obrigado.

Um sujeito acostumado a trabalhar para exaltar os porões da ditadura, homenagear milicianos com medalhas oficiais, não funcionaria bem sob o sol do meio-dia. Por isso, seu governo é trágico sob todos os aspectos.

Mas, como vários blogs e a grande mídia, hoje, revelam, a Abin paralela do clã Bolsonaro segue tão próspero quanto a imobiliária da família e o mundo mágico da loja de chocolate.

Tudo isso funciona em um país em que tudo vale a pena se a grana da elite não for pequena.

Ocorre que, como presidente, Bolsonaro não tem como se esquivar de protocolos internacionais, e ainda vai pagar muito caro por isso, inclui-se aí a possibilidade de enfrentar tribunais internacionais.

É uma gigantesca falácia em seu terrorismo contra a vacina, afirmar que não vai se vacinar, porque simplesmente estará automaticamente impedido de entrar em qualquer país do mundo.

Isso dá a dimensão da irresponsabilidade retórica do genocida que prefere o país vivendo uma convulsão sanitária do que a volta da normalidade, porque facilita suas manobras montadas dentro do Palácio do Planalto de um governo paralelo exclusivamente para atender as necessidades do clã.

Então, essa bobajada de um sujeito dizer que não vai tomar a vacina, e que a cada dia se mostra mais perto da cadeia do que da presidência, só o isola mais da comunidade internacional, o que facilita ainda mais a sua queda e a sua inapelável prisão, como bem pontuou o presidente do Psol, Juliano Medeiros:

“Anotem: ao liderar uma campanha contra a vacinação, Bolsonaro está enterrando de vez sua reeleição. E quando nossa democracia for plenamente restabelecida, acabará atrás das grades, como merecem os genocidas”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“Caso Queiroz/Flávio Bolsonaro” começa a fazer estrago na imagem do Brasil no Exterior

A interferência do Executivo na luta contra a corrupção e em órgãos de estado complica a situação do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade é objetivo central da política externa brasileira. Mas vem criticando desde 2019 o comportamento do governo nos compromissos de garantir uma independência da Justiça no combate contra a corrupção.

Agora, a revelação de um suposto envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na defesa do senador Flávio Bolsonaro deve ampliar as dúvidas sobre o governo e exigirá um esforço maior das instituições para demonstrar no palco internacional que estão agindo sem interferências do pai do senador. Na semana passada, a revista Época revelou que a Abin encaminhou por escrito, à defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), orientações para tentar inocentá-lo no caso das “rachadinhas”. O parlamentar foi denunciado por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

GSI (Gabinete de Segurança Institucional) negou que a Abin tenha sido usada. Nota divulgada, o GSI aponta que as “acusações são desprovidas de veracidade, se valem de falsas narrativas e abordam supostos documentos, que não foram produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência”. O gabinete ainda acusa a reportagem de tentar “difamar o GSI, a Abin e seus servidores”.

Apesar disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que vai apurar a informação e sobre uma possível interferência nas investigações. Há poucos meses, a revista noticiou uma reunião ocorrida entre o presidente Bolsonaro, o chefe do GSI, ministro Augusto Heleno, o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e advogados de Flávio. O GSI também nega a existência de tal encontro.

O caso, porém, não é uma boa notícia para o Brasil em seus planos no exterior e chamou a atenção de diplomatas estrangeiros que circulam pela sede da entidade, em Paris.

No início do ano, a coluna publicou com exclusividade um rascunho do informe da OCDE sobre o Brasil e revelava que existe uma preocupação real sobre a interferência do presidente Jair Bolsonaro sobre instituições que deveriam manter sua autonomia para lutar contra a corrupção.

O texto final do informe será publicado nesta quarta-feira e, ao longo dos meses, o governo submeteu informações na esperança de reverter alguns dos pontos mais delicados.

No rascunho, ficava claro que a entidade alertava que “aumentar a eficiência dos gastos públicos não será possível sem mais melhorias no combate à corrupção e aos crimes econômicos”.

“A aplicação de leis é um elemento necessário para evitar a impunidade e garantir a credibilidade e legitimidade das instituições. Os progressos na estrutura legal e institucional de aplicação da lei no Brasil têm sido fundamentais para o sucesso recente”, diz.

“Isso inclui leis e instrumentos-chave anticorrupção, tais como acordos de leniência, em combinação com o fortalecimento de órgãos de execução como a polícia federal, a unidade de inteligência financeira, o Ministério Público, o órgão fiscalizador da concorrência e as autoridades fiscais. Fortalecer a autonomia desses órgãos e isolá-los contra interferências políticas será fundamental para a construção de avanços no passado”, defendeu o rascunho da OCDE.

Mas o alerta da instituição é claro. “Recentemente, a autonomia de facto de todos esses órgãos tem sido questionada por interferências presidenciais incomuns no processo de seleção de postos-chave”, indicou. “Evitar interferências políticas no futuro através de processos seletivos baseados em regras e formalizar a autonomia operacional e orçamentária desses órgãos será crucial”, indicou.

Tema no centro da agenda

No mês passado, a entidade Transparência Internacional ainda denunciou ao Grupo Anti-suborno da OCDE e ao Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo (GAFI) os retrocessos no combate à corrupção no Brasil. “Ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro, a corrupção não acabou no seu governo”, apontou a entidade. “Há um desmanche institucional no país e Jair Bolsonaro é um dos principais responsáveis por isso”, declarou.

Numa reunião no mês de outubro, o tema entrou na agenda da presidência do Gafi e o informe produzido sobre o Brasil circulou entre os demais estados partes do organismo.

*Jamil Chade/Uol

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Abin passou de qualquer limite, reagem auditores da Receita

O Sindifisco Nacional – entidade que representa os auditores fiscais da Receita – reagiu na manhã desta sexta, 11, à informação publicada pela revista Época de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu ao menos dois relatórios para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso Queiroz. “Ao estar a serviço de uma causa que não é republicana, a atuação da Abin passou de qualquer limite”, registrou o presidente da entidade, Kleber Cabral, em nota.

O Sindifisco frisou que a situação é ‘inaceitável’ e que a Receita tem resistido a ‘pressões políticas e tentativas de ingerência que precisam ter um fim imediato’. “Se não bastasse a gravidade de se ter uma agência de inteligência mobilizada para defender o filho do presidente da República, acusado de atos ilícitos, como a “rachadinha” na Alerj, não se pode admitir que um órgão de governo busque interferir num órgão de Estado, protegido pela Constituição Federal, sugerindo afastamentos de servidores públicos”, registra ainda a nota divulgada pela entidade.

Segundo reportagem do jornalista Guilherme Amado, os documentos encaminhados à defesa do filho ’01’ do presidente teriam relação com as supostas ‘irregularidades das informações constantes de Relatórios de Investigação Fiscal’ alegadas pela defesa do senador. O assunto foi tema de reunião, também revelada pela revista, entre os advogados de Flávio Bolsonaro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

O texto publicado nesta sexta, 11, indica ainda que o campo ‘finalidade’ do documento foi preenchido com a seguinte inscrição: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”.

Confira a íntegra da nota do Sindifisco:

Sobre as notícias publicadas pela imprensa de ingerência da Abin na Receita Federal, o Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da RFB, afirma que, caso se confirmem as informações divulgadas, o fato é inaceitável em todos os sentidos. Se não bastasse a gravidade de se ter uma agência de inteligência mobilizada para defender o filho do presidente da República, acusado de atos ilícitos, como a “rachadinha” na Alerj, não se pode admitir que um órgão de governo busque interferir num órgão de Estado, protegido pela Constituição Federal, sugerindo afastamentos de servidores públicos.

“Ao estar a serviço de uma causa que não é republicana, a atuação da Abin passou de qualquer limite. A Receita Federal, diante do que vem sendo noticiado pela mídia, tem resistido às pressões políticas, tentativas de ingerência que precisam ter um fim imediato. É preciso de uma reação por parte do próprio órgão, do Congresso Nacional e da imprensa contra esse que pode se configurar no maior escândalo da República”, assevera Kleber Cabral, presidente do Sindifisco Nacional.

Já sobre a possível atuação da corregedoria da Receita Federal no caso noticiado, o Sindifisco volta a afirmar que não faz qualquer sentido ou lógica especular que na Coger (http://receita.economia.gov.br/noticias/ascom/2008/janeiro/corregedoria-da-receita-atua-no-combate-a-corrupcao/) – que tem como exclusiva e única missão apurar desvio funcional de servidores do órgão, teria havido algum tipo de iniciativa de investigação de natureza tributária sobre qualquer contribuinte. Não há nexo de causalidade sobre eventual desvio da corregedoria com a investigação do senador Fábio Bolsonaro.

 

*Com informações do Terra

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A Abin paralela dos Bolsonaro: Agente da PF, bolsonarista, seria autor dos relatórios da Abin

Relatórios para defender Flávio podem ter sido produzidos por Abin paralela dentro própria agência.

Os relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência para alimentar a defesa de Flávio Bolsonaro são um indício de que há um aparato clandestino de espionagem e polícia política funcionando nos porões do governo Jair Bolsonaro.

O colunista Guilherme Amado, da revista Época, publicou reportagem nesta sexta-feira mostrando que a Abin produziu pelo menos dois relatórios. Eles instruíram Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre como agir para conseguir documentos capazes de anular o processo judicial a que o senador responde pela acusação de desviar salários de funcionários de gabinete.

O caso conhecido como o das rachadinhas envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz, amigo do presidente da República, preso em junho na casa do advogado Frederick Wassef, que trabalhou para Jair Bolsonaro e para o próprio Flávio.

Nesses dois documentos, segundo a Época, a Abin descreve o que diz ser uma organização criminosa na Receita Federal, de onde partiram as informações que deram início à investigação. O objetivo dos relatórios era contribuir com a tese da defesa de Flávio de que houve uma devassa ilegal dos dados fiscais dele.

Um dos relatórios traz no campo destinado a esclarecer sua finalidade a descrição “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”, segundo a Época.

A existência de uma Abin clandestina era uma suspeita alimentada há tempos em Brasília. Ela existia publicamente desde que o próprio presidente Bolsonaro revelou ter um “sistema particular de informações” em uma reunião com ministros. Agora, a história ganha um novo caminho para a possível descoberta desse aparato ilegal.

Nesta sexta-feira, o Intercept conversou com uma fonte da Abin, que deu detalhes do caso. A fonte revelou que tanto ela como seus colegas desconfiam da mesma pessoa como sendo a responsável pelo relatório. Trata-se de Marcelo Bormevet, um policial federal cedido à agência que é também um bolsonarista entusiasmado nas redes sociais.

Marcelo Bormevet está na Abin desde 24 de setembro de 2019. Ocupa um posto-chave no Centro de Inteligência Nacional, o CIN, que surgiu formalmente em agosto de 2020, mas vinha sendo estruturado às escondidas desde pelo menos o início do ano. Bormevet é coordenador-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa.

O CIN tem a atribuição de acompanhar “assuntos de inteligência estratégica”, aí incluídos segurança pública, crime organizado e manifestações políticas. Goza ainda a prerrogativa de fazer o que, na Abin, se chama de ‘pesquisas sociais’ – a investigação prévia sobre indicados para cargos no governo.

Ex-agente penitenciário no Distrito Federal, Marcelo entrou para a Polícia Federal em 2005. No Twitter, é um bolsonarista típico: retuíta posts de Jair e Carlos Bolsonaro e faz proselitismo para o Aliança pelo Brasil, partido que não saiu do papel. Também compartilha notícias falsas sobre a eficácia da cloroquina no tratamento da covid-19 e lança dúvidas sobre as vacinas que o governo federal se esforça para barrar no Brasil.

Um mistério até mesmo para os colegas

O detalhe é que pouca gente na Abin sabe exatamente o que faz a coordenação tocada por Bormevet. Não há sequer uma descrição das funções dela no organograma da agência, algo incomum mesmo no setor de inteligência.

O detalhe é que pouca gente na Abin sabe exatamente o que faz a coordenação tocada por Bormevet. Não há sequer uma descrição das funções dela no organograma da agência, algo incomum mesmo no setor de inteligência.

A criação do CIN, em agosto passado, causou desconfiança. O deputado Alessandro Molon, do PSB do Rio, tenta sustá-la com um projeto de decreto legislativo que apresentou dias depois do novo departamento da Abin aparecer no Diário Oficial. Na justificativa, ele argumentou que ela “pode dar respaldo para perseguição de opositores políticos”. Até agora, porém, o projeto de Molon não saiu do lugar.

No mesmo decreto que criou o CIN, Bolsonaro também autorizou a Escola de Inteligência, o centro de preparação dos agentes da Abin, a dar treinamento a quem não é servidor da agência. Para a oposição, as mudanças abrem brecha para que a agência funcione como um órgão de governo e não de Estado – justamente o que se vê no caso Flávio Bolsonaro.

O autor dos relatórios, porém, não parece ter passado pela escola da Abin. Os olhos treinados do pessoal da inteligência de quem levantamos informações estranharam a redação dos relatórios produzidos para Flávio Bolsonaro. A linguagem nada tem em comum com o padrão adotado pela Abin.

“Todos os analistas de inteligência passam por um treinamento para seguir uma espécie de manual de redação”, nos disse a fonte. A ideia é justamente adotar uma linguagem que não identifique quem produziu um determinado papel, uma linguagem neutra e burocrática.

Basta querer para identificar o autor

Chama a atenção, ainda, o fato dos relatórios não terem sido gerados em nenhum dos dois sistemas usados pelos analistas para produzir esse tipo de documento. Não é à toa: por meio deles seria muito fácil identificar o autor. Os documentos foram enviados ao filho 01 do presidente por WhatsApp, segundo a Época.

Ainda assim, uma investigação daria conta de identificar quem usou a estrutura da Abin para salvar o pescoço de Flávio Bolsonaro. “Basta procurar os logs em bases de dados à disposição de analistas da Abin e rastrear pedidos feitos a outros órgãos em nome da agência”, nos revelou a fonte. Neste caso, já se sabe até onde procurar – a Receita Federal. Isso, claro, se o governo estivesse disposto a esclarecer alguma coisa. Não está.

Em nota divulgada hoje, o gabinete do ministro Augusto Heleno, a quem a Abin está subordinada, segue tentando negar suas digitais no caso. “As acusações são desprovidas de veracidade, se valem de falsas narrativas e abordam supostos documentos que não foram produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência”, diz o texto.

Ocorre que a defesa de Flávio Bolsonaro confirmou à Época que os documentos foram de fato produzidos pela Abin. Enviamos perguntas ao e-mail funcional de Bormevet e à assessoria de comunicação da agência. Ninguém nos respondeu.

A sexta-feira foi um dia de confusão na sede da Abin, em Brasília. O caso Flávio Bolsonaro tem o potencial de colocar uma bomba atômica no colo do presidente da República e de Augusto Heleno, seu ajudante de ordens. Mas, na Abin, são poucos os que veem chance de que o diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem, um delegado da PF que é amigo da família presidencial, seja demitido por causa dele.

 

*Com informações do Intercept

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Escândalo da Abin: Os generais de Bolsonaro não sabiam ou são partícipes?

Há um crime confesso praticado pela ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).

Foram produzidos por ela ao menos dois relatórios com o objetivo de orientar Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre como deveriam proceder para obterem documentos que pavimentassem um pedido de anulação do caso Queiroz.

Detalhe, tudo feito sob as barbas e gandolas dos militares mais graduados da cúpula de segurança do país.

Nesses dois documentos, cuja autenticidade e procedência já foram confirmadas pela defesa de Flávio Bolsonaro, a Abin esmiúça o funcionamento da suposta organização criminosa que atuou na Receita Federal que, segundo advogados de Flávio, usou de expediente ilegal para obter dados fiscais que embasassem o relatório que gerou um inquérito dos crimes das chamadas rachadinhas.

Ocorre que os documentos repassados por Flávio aos seus advogados no mês de setembro trombam de frente com a versão do general Augusto Heleno, o todo poderoso ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional que afirmou publicamente que, colocando sua palavra na fogueira, jamais teria ocorrido atuação da Inteligência do governo após a defesa de Flávio levar a denúncia a seu pai, Jair Bolsonaro, que não estava sozinho, mas em companhia do diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

Detalhe fundamental, um dos documentos por si só já explica a razão daquele trabalho feito às sombras.

No campo definido como finalidade, cita-se que: “defender Flávio Bolsonaro do caso da Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acesso imotivado aos dados fiscais de Flávio”.

Esses dois documentos viajaram via whatsapp para Flávio que os reenviou para sua advogada Luciana Pires.

As perguntas a serem feitas agora são, Ramagem já caiu? O Ministério Público já está de posse desses documentos? Quem produziu os documentos na alta cúpula da Segurança já foi preventivamente afastado?

Caso confirmado o uso da Abin pelo clã Bolsonaro é crime sujeito sim a impeachment, além de configurar também crime comum somado a ato de improbidade administrativa.

*Da redação

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