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Opinião

Todos os tiros da direita saíram pela culatra

A direita não tem saída. Sua genética é a mesma do grande empresariado brasileiro que não consegue se livrar da ideia que sua maior fonte de lucro está na exploração da mão de obra. Natural para um empresariado míope, que impede seu crescimento intelectual, o que resulta no retrato do pensamento dominante da camada alta da sociedade brasileira. Não do povo.

Isso numa democracia, é fatal. Fatal, porque não tem propósito. Fatal, porque não se governa na base da caricatura.

As pessoas têm vida e sentimento próprios, e são elas o fiel da balança na hora da disputa eleitoral.

Por isso, Aécio, na tentativa de acabar com o PT, com um golpe de Estado em Dilma, ficou acabado, não existe mais. Pior, acabou com o resto de partido que ainda havia sobrado da trágica passagem de FHC pelo governo.

Isso mesmo, esse lapidado FHC, que a narrativa da mídia ainda tenta vender, é uma coisa diametralmente oposta à realidade do que foi seu governo e, logicamente, sua popularidade.

Por tudo isso, o PSDB implodiu nas mãos de Aécio que, tomado de rancor e ódio por sua 1ª derrota eleitoral, não segurou o repuxo da vaidade ferida. Coisa comum no universo da goma alta.

A mídia pode decorar uma catedral imaginária, não uma edificação capaz de se sustentar com as próprias pernas. E é este o caso da direita brasileira. Quer viver de maldades contra o povo e os trabalhadores, mas não quer pagar o preço que a história real lhe reserva.

Bolsonaro, a sobra do lixo que virou chorume, é um caldo podre do que restou da direita tradicional.

A irmandade do PSDB com ele em 2018, deu no que deu. O PSDB acabou de acabar. Os requintados da direita foram expulsos da cena central da política nacional.

Bolsonaro, caminha para a deterioração total. Preso ou solto, ele será a própria concepção da falência política. Terá, como é normal, meia dúzia de pirados que se apaixonam por qualquer idiota babilônico. Mas a direita apostar em mais um inconveniente, mesmo que em desespero, é pedir para morrer depois de morto.

O fetiche de acabar com o PT, Lula, Dilma, Dirceu, deu muito errado.
O PT tem receptores genéticos muito mais potentes do que se imaginava. Daí seu anabolismo político de capacidade regenerativa tão extraordinária.

Essa herança do PT é muito mais profunda, mas sobretudo, mais complexa do que julgava a direita e a mídia de banco.

Por isso a direita golpista, está onde está, e o PT está onde está.

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Política

MPF pede condenação de Aécio Neves por R$ 2 milhões recebidos da J&F

Defesa do senador afirma que valor foi um empréstimo. Dinheiro foi levado em espécie de SP a MG. Aécio é o mesmo que, quando perdeu a eleição para Dilma, disse: “perdi para uma quadrilha”.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação e a perda do mandato do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) no processo em que o tucano é acusado de receber R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista. O dinheiro foi entregue em espécie, em quatro vezes, em 2017, e transportado em malas de São Paulo até Minas Gerais. Na época, Aécio Neves era senador. O pedido faz parte das alegações finais, última etapa antes do julgamento, informa O Globo.

Em delação premiada, Joesley Batista e o ex-diretor da J&F Ricardo Saud confirmaram o pagamento de propina. O pedido teria sido feito inicialmente pela irmã do senador e, numa gravação feita pelo empresário, durante o encontro, o parlamentar combina a entrega das parcelas a seu primo Frederico de Medeiros.

O deputado afirma que os R$ 2 milhões não eram propina, mas um empréstimo que pediu ao empresário. Ele não esclareceu, segundo o MPF, porque o valor foi entregue em espécie e não por transferência bancária. Para o MPF, o deputado cometeu o crime de corrupção passiva e recebeu vantagem indevida. Os procuradores afirmam que não é necessário um ato funcional do então senador a favor da empresa para que seja comprovado o crime. O Supremo Tribunal Federa, que recebeu a denúncia, afirmou na época que bastava “uma vinculação causal entre as vantagens indevidas e as atribuições do funcionário público, passando este a atuar não mais em prol do interesse público, mas em favor de seus interesses pessoais”.

A defesa do deputado afirmou, em nota, que o MPF reconheceu equívocos nas acusações originais, que incluíam obstrução de Justiça, mas “surpreendentemente ignorou o fato de que os próprios delatores, quando ouvidos em juízo, afastaram qualquer ilicitude envolvendo o empréstimo feito ao deputado. Na época, o sócio da J&F afirmou que não houve qualquer contrapartida do parlamentar, dizem os advogados.

“As provas deixaram clara a inexistência de qualquer crime e a defesa aguarda, com tranquilidade, a apreciação pelo Poder Judiciário”, diz a nota.

Para o MPF, porém, a intenção do presidente da J&F era “comprar boas relações” com o então senador e contar com ele como aliado político. O procurador da República Rodrigo de Grandis, autor das alegações finais, afirma que ainda que não seja possível indicar favores que o empresário recebeu em troca houve “mercantilização da função de senador da República” e “inversão do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado”.

“O que se incrimina é uma espécie de simbiose nefasta entre o público e o privado que dispensa a ocorrência de qualquer contrapartida por parte do agente público, sendo suficiente a mera potencialidade do ato funcional”.

Além da perda do cargo, o procurador pediu que os R$ 2 milhões sejam devolvidos e que sejam pagos R$ 4 milhões a título de reparação dos danos morais.

A acusação foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2018 e depois remetidas à primeira instância da Justiça Federal devido ao fim do mandato de Aécio Neves como senador.

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Política

A derrocada do PSDB: Aécio, “maçã podre, e Arthur Virgílio, “laranja”

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) respondeu nesta 2ª feira (22.nov.2021) o candidato nas prévias do PSDB Arthur Virgílio depois de ter sido chamado de “maçã podre” do partido. “Faz muito tempo que o Arthur Virgílio se transformou numa figura pouco relevante no PSDB, onde ninguém o leva muito a sério”, disse Aécio. O congressista afirmou que quando encontrar o candidato do partido, terão uma “conversa no pomar”. “Da maçã do PSDB com o laranja do Doria”. Reportagem do Poder 360 mostra o verdadeiro PSDB.

“Em 2018, já tínhamos visto esse filme, quando, sem qualquer apoio, se declarou candidato contra Alckmin em troca de alguma visibilidade, e, ao final, saiu desferindo ataques violentos ao candidato e ao partido. Mas poucos acreditavam que, dessa vez, ele se prestaria ao papel de linha auxiliar da candidatura de João Doria e, mais grave, com financiamento do partido para isso“, disse Aécio.

“O Eduardo tem melhores condições de liderar esse campo. Por isso, acredito que a maioria do PSDB o apoia. Estou seguro que se tivesse havido votação ontem, Eduardo venceria com alguma folga”, finalizou Aécio….

Arthur Virgílio concorre com os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) para definir o candidato à Presidência da República do partido para 2022. A votação começou no domingo (21.nov.2021), mas foi interrompida por instabilidades no aplicativo de votação….

Doria e Virgílio defendem que a disputa seja retomada no próximo domingo (28.nov.2021). A fundação que fez o aplicativo das prévias do PSDB diz estar investigando problema. Leite defendeu que votação seja encerrada em 48 horas.

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Derrota é clara, mas “sim” supera expectativa, com vexame histórico do PSDB

Reinaldo Azevedo – 5, 3, 2, 1… para Jair Bolsonaro sair por aí a dizer que, não fosse a interferência do Supremo — de Roberto Barroso, em particular —, e estaria reinstituído o terraplanismo eleitoral, com o voto impresso e o que ele chama de “contagem pública dos votos” — que já existe.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, conseguiu entregar o que queria: a derrota da PEC do voto impresso, que ficou muito longe dos 308 votos, mas com mais “sins” do que “nãos”: 229 a 218. Ficaram faltando 79 votos. Imaginar que o STF, e um ministro em particular, tenha a maior de todas as bancadas na Câmara é delírio de pilantras. Mas, como eles mesmos diriam, não importa a verdade e sim a “narrativa”.

Apenas PSL, Republicanos e Podemos fizeram encaminhamentos favoráveis ao voto impresso. Fosse assim, haveria apenas 95 deputados alinhados com a tese bolsonariana. Ocorre que aí entra o centrão…

Siglas identificadas com esse estado de espírito — além, claro, do Orçamento secreto… — liberaram suas respectivas bancadas: PP, PSC, PTB, Pros e Patriota, além do Novo. Embora o Solidariedade seja da turma, encaminhou voto contrário. O campo estava aberto para o trabalho de Ciro Nogueira, o novo ministro da Casa Civil. Ele pôde fazer por Bolsonaro o que o antigo titular da pasta, general Luiz Eduardo Ramos, não faria: virar votos em favor da tese amalucada. E isso aconteceu.

Desde o primeiro momento, adverti aqui e em meu programa de rádio, em que se decidiu levar a votação a plenário, o que é regimental, o objetivo era não levar uma lavada. Nogueira se impôs uma tarefa para mostrar serviço: arrumar mais “sins” do que “nãos” — e, se preciso, cuidar de algumas ausências. Assim, 449 parlamentares votaram. Com o presidente da Casa, que se abstém segundo o Artigo 17, 450 de manifestaram. Não deram as caras 63 deputados. A favor não eram, claro! Ou estariam lá para dizer “sim”. Mas também não entram na cota dos contrários. Alexandre Padilha (PT-SP) consta como ausente, mas diz ter votado contra. Logo pedirão auditoria do voto eletrônico!!!.

DESASTRE TUCANO Querem um exemplo de desastre político e moral? Tomem o caso do PSDB, que conta com uma bancada de 32 deputados. Embora o partido tenha encaminhado voto contrário, o que se viu? Aécio Neves (MG) houve por bem se abster num dia em que Brasília foi palco de um desfile militar claramente intimidatório. A atitude não é compatível com quem disputou a Presidência da República e quase se elegeu. Ainda que ele próprio tenha recorrido contra o resultado então, as circunstâncias, agora, são outras. Comportamento desastroso. Não só o dele.

Ausentaram-se ainda entre os tucanos: – Bruna Furlan (SP) – Celso Sabino (PA) – Danilo Forte (CE) – Adolfo Viana (BA) – Paulo Abi Akel (MG)

Disseram “sim” ao voto impresso: – Bia Cavassa (MG) – Celio Silveira (GO) – Domingos Sávio (MG) – Lucas Redecker (RS) – Mara Rocha (AC) – Mariana Carvalho (RO) – Pedro Vilela (AL) – Rose Modesto (MS) – Rossoni (PR) – Ruy Carneiro (PB) – Sheridan (PR) – Daniel Trzeciak (RS) – Geovânia de Sá (SC) – Edna Henrique (PB)

Vale dizer: nada menos de 20 dos 32 deputados tucanos evitaram dizer “não” a Bolsonaro: 1 abstenção, 5 ausências e 15 votos “sim”. Estamos falando de 62,5% da bancada. E isso se dá num dia em que, simbolicamente, Brasília foi ocupada por tropas.

Isso reflete um possível braço de ferro entre Aécio e João Doria, governador de São Paulo e postulante à vaga de candidato do partido à Presidência? É possível. Além, claro, das articulações auriculares de Ciro Nogueira. Se é assim entre os tucanos, imaginem como não foi o trabalho junto aos partidos que constituem a base do governo.

De todo modo, se uma tentativa interna de resposta a Doria é dizer “sim” ao voto impresso ou se ausentar do embate no dia em que tanques desfilaram em Brasília, não estamos falando apenas de políticos que perderam o eixo: perderam também o sentido de história. Há gente pronta aí para integrar a base bolsonarista num eventual segundo mandato.

Previa-se que o voto impresso teria em torno de 200 votos. O número foi superior e se logrou o intento de livrar Bolsonaro de uma derrota muito humilhante. Com o que colaborou o PSDB, seja lá o que essa sigla signifique hoje em dia.

De todas as vergonhas desta terça, essa foi a maior.

Doria, note-se, posicionou-se contra o voto impresso: assim fizeram 12 deputados do PSDB. O resultado indica a batalha que o governador de São Paulo tem pela frente. Mas aponta também uma sigla que deixou seu umbigo se confundir com os destinos na nação.

Um vexame histórico.

*Reinaldo Azecedo/Uol

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Advogado, além de entregar irmão, diz que foi usado como laranja por Aécio Neves

Agenda do Poder – A PGR analisa a delação já homologada pejo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, em que o advogado José Antônio Fichtner, um dos maiores especialistas em arbitragem no país, delata o próprio irmão, o ex-todo poderoso chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral, Régis Fichtner, e revela ter sido usado como laranja pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) na compra de um imóvel em Santa Catarina.

No depoimento, dado há dois anos e revelado nesta segunda-feira pela Folha de S.Paulo, José Antônio disse que, após quatro anos com o apartamento em seu nome, o vendeu para a mãe do deputado e devolveu o montante em dinheiro vivo para a irmã de Aécio, Andrea Neves.

De acordo com o relato do advogado, o empresário Alexandre Accioly o procurou para que comprasse o imóvel para Aécio. Fichtner relatou que recebeu o dinheiro para a aquisição por meio de honorários advocatícios superfaturados, vinculados a serviço que já prestava para o empresário.

A compra ocorreu em julho de 2010 por R$ 380 mil, segundo dados declarados na matrícula do imóvel em cartório de Florianópolis. Segundo o advogado, Accioly relatou que o imóvel seria usado pela esposa de Aécio, a modelo Letícia Weber.

Accioly é descrito por José Antônio como uma espécie de agenciador de atividades do deputado. Ele relatou que o empresário lhe disse que administrava uma conta na Suíça de propriedade real de Aécio.

Sob sigilo há dois anos, a delação do advogado já gerou uma ação penal contra ele, que confessou ter usado dinheiro vivo do irmão, Régis, para o pagamento, por fora, de uma fazenda em Wanderley (BA).

A transação foi declarada em R$ 4 milhões, mas houve um pagamento não informado às autoridades fiscais de R$ 400 mil, em espécie. Segundo José Antônio, seu irmão afirmou a ele que essa parte do dinheiro tinha como origem sobras de campanha eleitoral de Cabral.

Para o MPF, trata-se de dinheiro do esquema de propina do ex-governador, preso há quatro anos. Régis é réu sob acusação de envolvimento no caso.

Os advogados Geraldo Prado e Antônio Pedro Melchior, que representam Régis Fichtner, afirmam que o ex-secretário “sempre atuou com retidão, honestidade e seriedade na vida pública e em âmbito privado, repelindo qualquer insinuação de que possa ter praticado irregularidade de alguma natureza.

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Em delação à PF, Cabral revela que dividiu R$ 14 milhões em propina com Aécio Neves

Cabral acusou o tucano de atuar em favor da construtora Cowan na contratação das obras da linha 4 do metrô carioca em troca de propina que chegou a R$ 14 milhões, divididos entre ele e o deputado.

Agenda do Poder – Em delação à Polícia Federal, o ex-governador Sérgio Cabral fulminou um de seus amigos mais próximos, durante os anos de poder: o deputado Aécio Neves (PSDB). Ele acusou o tucano de atuar em favor da construtora Cowan na contratação das obras da linha 4 do metrô carioca em troca de propina que chegou a R$ 14 milhões, divididos entre ele e o deputado.

Em depoimento à PF, em 10 de setembro do ano passado, revelado pela Crusoé, Cabral disse também que Aécio tinha um esquema junto Banco BMG, que lhe permitia lavar entre R$ 100 e R$ 500 mil mensais. Segundo Cabral, foi o próprio Aécio quem lhe revelou a parceria com o banco que facilitava o recebimento de valores indevidos.

De acordo com Cabral, o empresário George Sadala, um dos participantes da chamada “Farra dos Guardanapos” em Paris, era peça-chave do esquema de Aécio. Era ele quem gerava recursos ilícitos em espécie para o tucano.

Apresentado a Cabral por Aécio, Sadala se tornou sócio de uma empresa que administrava o Rio Poupa Tempo, durante a gestão do ex-governador fluminense.

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Clésio Andrade, Empresário vacinado às escondidas, foi vice de Aécio e sócio de Valério

Empresário vacinado às escondidas foi vice de Aécio e sócio de Valério.

O empresário Clésio Andrade, de 68 anos, foi um dos vacinados contra a Covid-19 às escondidas em Minas Gerais, segundo reportagem da revista Piauí dessa quarta-feira (24/3). Clésio foi vice-governador de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014 e sócio do ex-publicitário Marcos Valério, conhecido por sua participação no esquema do mensalão.

Mesmo com os cargos políticos, Clésio manteve-se na presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele foi presidente da organização por 26 anos, entre 1993 e 2019, acumulando também a presidência dos conselhos nacionais do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

Alegando problemas de saúde, o pedido de renúncia foi acompanhado de laudo médico com diagnóstico de necrose no fêmur das duas pernas. Com isso, as acusações contra ele foram remetidas para a Justiça de Minas Gerais

Cinco anos depois, em 2019, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), anulou as denúncias contra o ex-senador, que havia sido condenado em primeira instância, encerrando o caso.

No início da década de 1990, Clésio comprou participação em duas agências de publicidade de Belo Horizonte, SMP&B e DNA Propaganda, e colocou o publicitário Marcos Valério para dirigir as duas empresas.

Com Valério, o empresário teria articulado o esquema de fraude e colocado o publicitário para operar o caixa 2 na campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

Vacinação às escondidas

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte.

As vacinas beneficiaram, segundo a reportagem, cerca de 50 pessoas, e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

*Com informações do Metrópoles

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O que os golpistas fizeram com o Brasil

Pedir que coloquem a mão na consciência? E lá mau-caráter tem consciência?

Globo, Moro, Dallaganol, Aécio Neves, Temer, Eduardo Cunha, FHC, Janaína Paschoal, Miguel Reale Júnior, Mandetta, sim, este mesmo que, durante o golpe em Dilma, levantou a placa “tchau querida” e que, assim como Moro, aceitou ser ministro de Bolsonaro e, agora posa de bom moço. Estes são somente alguns dos muitos nomes que participaram ativamente do golpe que tirou Dilma Roussef, uma mulher honesta, da presidência da República.

Com certeza todos estão gozando de boa saúde, é claro que estão.

O que vocês fizeram não tem perdão. A história dará conta de vocês e de todos os outros que golpearam o Brasil, que golpearam os trabalhadores, que golpearam os pobres, os desvalidos brasileiros. Agora, ainda mais pobres, mais miseráveis e mais desvalidos do que nunca.

Vocês sabem muito bem o que fizeram, mas como são todos mau-caráter, jamais sentirão qualquer remorso, qualquer arrependimento. Mas acreditam serem vitoriosos, pois creiam, não são!

Vocês, que se somaram ao ex-juiz Moro, comprovadamente bandido, e também golpearam Lula – um verdadeiro estadista, um homem do povo que tirou 40 milhões da miséria – e colocaram na presidência um genocida, um monstro, um psicopata, um criminoso, um louco, um insano, tenham certeza que, com ele, terão que carregar a culpa pelas centenas de milhares de mortes de brasileiros por covid, 300 mil até então, porque, infelizmente, outras milhares virão.

Olhem para as suas mãos e verão que elas, assim como as de Bolsonaro, também estão ensanguentadas.

No caso de vocês, aqui se faz, aqui não se paga. Mas em algum tempo, em algum lugar, vocês pagarão, ah se pagarão!

*Celeste Silveira

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Lava Jato acaba no momento em que PSDB era o principal investigado

O fim da força-tarefa da operação Lava Jato coincide com a chegada das investigações a nomes importantes do PSDB. Há dois fatos inquestionáveis.

Fato um: os personagens que fizeram a engenharia do propinoduto pago por empreiteiras a funcionários e diretores da Petrobras apareceram antes, na megalavanderia do escândalo do banco Banestado, descoberta no final dos anos 90 e começo dos 2000.

Aquele esquema de remessa de dinheiro ao exterior foi facilitado por medidas adotadas pelo governo do PSDB. Além disso, ajudou a ocultar em paraísos fiscais os recursos suspeitos de pessoas ligadas ao partido.

Segundo relatório da CPI do Banestado no Congresso, foi uma carta-circular criada pelo Banco Central em 1996 que permitiu que bilhões de reais de dinheiro da corrupção e do crime fossem enviados por doleiros para paraísos fiscais. A medida permitia que cambistas do Paraguai pudessem depositar os reais recebidos de sacoleiros brasileiros em contas do tipo CC-5 (de brasileiros domiciliados no exterior) abertas por quatro bancos em Foz de Iguaçu (do Brasil, Araucária, BMG e Real).

Em vez de retornar para os doleiros no Paraguai, a bolada que chegava em carros-fortes a Foz de Iguaçu e que era depositada nas contas CC-5 acabava parando em outras contas abertas por doleiros no Banestado de Nova York. De lá, seguia para paraísos fiscais. Entre os doleiros estavam Dario Messer e Alberto Youssef, que ajudaram a lavar o dinheiro da propina da Petrobras.

Fato dois: a força-tarefa no Paraná começa a desmoronar no momento em que os ex-governadores tucanos de São Paulo, José Serra, de Minas, Aécio Neves, e do Paraná, Beto Richa —acusado de receber R$ 5 milhões da Odebrecht em propinas—, eram os principais investigados pelo uso do mesmo duto de dinheiro detectado por alguns procuradores e delegados da Polícia Federal que nunca fizeram questão de negar a aversão que tinham não só por políticos de esquerda, mas por quem fosse considerado um risco à política neoliberal tucana.

Ficou evidente que parte dos procuradores não teve o mesmo entusiasmo para investigar o alto tucanato nem a mesma veemência que mostrou para condenar o ex-presidente Lula.

Claro que há exceções: por exemplo, o trabalho impecável realizado pela procuradora Janice Ascari, ex-coordenadora da força-tarefa em São Paulo, a fim de localizar na Suíça e outros paraísos fiscais as contas que Verônica Serra teria usado para esconder R$ 27,5 milhões que o pai dela, o senador e ex-governador José Serra, supostamente teria recebido da empreiteira Odebrecht.

De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), R$ 4,5 milhões teriam sido destinados às campanhas de Serra. O restante, segundo o MPF, foi encaminhado pela empreiteira entre 2009 e 2010 para liberar créditos com a Dersa, a estatal paulista de desenvolvimento rodoviário.

Grosso modo, segundo a investigação, Verônica teria usado os mesmos mecanismos que já haviam sido utilizados anteriormente por parentes e operadores do PSDB para receber em paraísos fiscais o dinheiro da propina relacionado a privatizações de estatais, incluindo as empresas de telecomunicações, nos anos 90.

Há uma diferença: enquanto as operações das privatizações eram feitas por grupo de doleiros comandados por Dario Messer, a propina da Odebrecht chegava em paraísos por meio de offshore (empresa aberta em paraíso fiscal que mantém os verdadeiros sócios no anonimato) de um vizinho do ex-governador e ia desembocar nas contas de Verônica na Suíça.

Em meio às investigações do tucanato, a Força Tarefa de São Paulo foi o primeira do país a fechar as portas devido a um o pedido de desligamento de procuradores do grupo. Em carta à Procuradoria-Geral da República, os procuradores afirmam que sofriam boicotes dentro do Ministério Público de São Paulo. O ex-diretor do Dersa, Paulo Vieira de Souza foi o último a ser denunciado pela Força Tarefa de São Paulo sob a acusação de ter recebido R$ 7,5 em propinas da Odebrecht.

Prisão de Andreia acaba com grupo de investigação

Ex-integrantes do setor da Procuradoria Geral República denominado Asspa (Assessoria de Pesquisa e Análise Descentralizada) disseram ao UOL que a estrutura da Lava Jato ficou abalada depois da prisão de Andrea Neves, irmã e suposta operadora de Aécio no dia 17 de setembro de 2017 pela Polícia Federal.

Andreia foi presa sob a acusação de pertencer a uma organização criminosa e de tentar atrapalhar as investigações que apontavam que Aécio teria recebido propina do empresário Joesley Machado, dono do Grupo J&S.

De acordo com as mesmas fontes, as pressões começaram a vir de todo lado, principalmente de alguns setores do Judiciário. Os servidores técnicos que rastreavam uma conta de familiares do Aécio na Suíça foram aos poucos sendo devolvidos aos seus órgãos de origem.

Segundo as mesmas fontes, a Asspa, que elaborou pesquisas de apoio técnico para os casos Lava Jato e Mensalão, entre muitos outros inquéritos, a partir de então virou um setor meramente burocrático.

*Amaury Ribeiro Jr/Uol

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Vídeo – Poste mija no cachorro: Mainardi é citado em delação da Odebrecht

Diogo Mainardi é citado por executivo da Odebrecht em delação envolvendo Aécio Neves.

Em seu depoimento, ex-vice presidente da Odebrecht Henrique Valladares revelou jantar suspeito entre o jornalista e o senador tucano.

Em seu depoimento, ex-vice presidente da Odebrecht Henrique Valladares revelou jantar suspeito entre o jornalista e o senador tucano

Diogo Mainardi, responsável pelo site O Antagonista, foi citado pelo ex-vice presidente da Odebrecht Henrique Valladares em delação premiada envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo o executivo, Mainardi foi visto jantando com o tucano no restaurante Gero, no Rio de Janeiro, junto também com o empresário Alexandre Accioly, em um encontro em que teriam sido negociadas propinas da empreiteira.

O jornalista negou o fato. “Isso é mentira. O jantar nunca ocorreu. Cruzei com os dois no Gero – mais de uma vez – e sempre os cumprimentei. É evidente que eu não teria o menor problema em admitir um jantar com Aécio Neves e Alexandre Accioly. Mas, como se trata de uma mentira, serve de alerta para a Lava Jato. Esse delator inventa coisas”, escreveu em seu site.

Segundo Valladares, o senador recebeu R$ 50 milhões da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, com a maior parte de repasses feitos no exterior, em acordo no qual as empreiteiras buscavam defender interesses em hidrelétricas. Ele afirma que os pagamentos dos R$ 30 milhões que couberam à Odebrecht foram feitos em várias transferências mensais, entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, em contas de outras pessoas, empresas e trusts fora do país.

*Com informações da Forum

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