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Lula & Alckmin estrelam o novo melodrama que a imprensa criou da política

The Intercept – Por Fabiana Moraes: “Divergências”, “ataques”, “rivais”, “inimizade”, “ofensas”: quando os primeiros boatos sobre a possível chapa Lula-Alckmin começaram a circular, diversos termos que indicavam animosidade entre os dois políticos pulularam no noticiário. Era hora de lembrar de antigos debates, acusações, ofensas; de um venenozinho aqui, outro venenozinho acolá. Refrescaram ativamente a nossa memória: cês tão lembrados que um já chamou o outro de “leviano”, que por sua devolveu com um “mentiroso”? Ai que delícia, é briga!

Esta recente produção jornalística sobre a provável dupla exemplifica como jornais e jornalistas agem muitas vezes tal qual um veículo voltado para a vida afetiva das celebridades, narrando dramas, separações e uniões de personagens que não parecem, por exemplo, legislar sobre nossas vidas, mas sim estrelar um novelão meio ruim. Ok, sabemos que há tempos política e entretenimento são também uma coisa só – não esqueçamos que Trump e Doria, por exemplo, saíram de reality shows –, mas estamos falando de uma cobertura diária que insiste em tratar como anormais questões absolutamente comuns e pertinentes ao campo da política, como acordos, disputas, coligações, uniões estratégicas etc. Além disso, essa cobertura ainda confere papéis bastante marcados a todos: há sempre um vilão (Bolsonaro? Lula? Xi Jinping?), um mocinho (Moro? Dallagnol? Biden?), um monstro (a corrupção) e uma vítima (nós, a sociedade).

Isso tem um custo social – e ele é alto: ao preferir “vender” ao público a ideia de que aquele espaço é povoado apenas por pessoas de caráter duvidoso que se juntam e se repelem sem maiores justificativas e ao contribuir com o senso comum do “político é tudo igual”, a imprensa acaba destruindo a própria política. E vocês sabem: esse desprezo por esse lugar central da nossa vida nos levou até um anti-sistema de araque que usa a faixa presidencial, manda mensagens no WhatsApp às quatro da manhã e corre atrás de militares e emas enquanto o país é depenado.

Dizer isso não é fechar os olhos para conluios realizados com o único objetivo de se apropriar do dinheiro público e garantir benesses pessoais – sim, espaços como o Congresso estão repletos deles, taí o orçamento secreto para nos mostrar (o jornalista Breno Pires vem traduzindo bem o esquema há tempos). Mas uma cobertura baseada tanto em fla-flus quanto na espetacularização de operações – te invoco, Lava Jato – não trouxe efetivamente nenhuma melhoria para que este Congresso honrasse os votos recebidos, pelo contrário.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma análise da imprensa que inclui outros espaços midiáticos levando em consideração capas de revistas, manchetes, memes e redes sociais, a pesquisadora Yvana Fechine, da pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE, percebe que, no Brasil, a abordagem melodramática é a marca por excelência da cobertura noticiosa da política. “Ela é marcada pela redução da realidade a dramas morais e à fixação de atores políticos em certas identidades, em papéis temáticos, como o vilão e o ladrão, e na qual o tema da corrupção é bem vocacionado para esse tipo de narrativa”.

Nesse sentido, a famosa “polarização”, palavrinha doce entre jornalistas que pesam na mesma balança carroça e avião, extrema direita e centro-esquerda, é o espaço perfeito para a fixação destes personagens onde não cabe qualquer complexidade: o caçador é sempre caçador, a bruxa é sempre má, a mocinha está sempre à espera da salvação. “O melodrama é essa cristalização de certos papéis nos quais os personagens não têm nenhuma subjetividade, nenhum psicologismo. Isso dialoga muito com a importância do melodrama nos países latino-americanos, em especial as telenovelas. É um sistema de personagens sem profundidade, do tipo dominador e dominado, o bem versus mal, os decentes versus os indecentes. Dentro desse jogo de papéis, o povo é sempre a vítima”, continua Yvana.

De fato, o personagem da corrupção é aquele mais evocado para garantir audiências e dar emoção à novela. Ele é difuso, generalizado, tem muitos dentes e está sempre ali, pronto para atacar. Lembro bem como ele era repetido continuamente no Jornal Nacional, nos anos 90, assombrando a hora do jantar da minha família. Ao mesmo tempo, nos apresentavam em rede nacional justamente um herói que iria salvar o Brasil da peste: Fernando Collor de Mello. Como no caso do presidente anti-sistema de araque, vocês também sabem onde essa história foi parar.

Mais recentemente, a receita foi novamente oferecida, com a imprensa elegendo Moro e Deltan como o Batman e o Robin que iriam nos livrar da corrupção então personificada pelo Charada, o ex-presidente Lula. Pode soar como brincadeira, mas o fato é que a operação causou um impacto enorme no setor social e econômico do país, como observou uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese: R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 a 2017. Além disso, 4,4 milhões de empregos teriam sido extintos. O assunto foi discutido pelo advogado Walfrido Warde no livro “O Espetáculo da Corrupção”, no qual ele analisa os maiores erros da força-tarefa empreendida pelo MPF de Curitiba.

O autor compara a corrupção a um câncer sistêmico que, sem dúvida, precisa ser combatido, mas percebe os muitos efeitos colaterais do modus operandi comum, também, a setores da imprensa. A demonização da política, a desmoralização das instituições e a espetacularização das ações estão entre as práticas mais danosas. Ele argumenta que a concepção de uma política nacional de combate à corrupção precisa, por exemplo, de uma ação articulada entre órgãos e agentes públicos que trabalhem buscando parceria, e não protagonismos e estrelato – é impossível não lembrar aqui dos citados juiz e procurador de Curitiba que, após tornarem-se celebridades, vão em busca de cargos políticos. Para Walfrido, é preciso “uma política que se afaste do moralismo barato e alienado, que seja capaz de distinguir e de separar o que tem utilidade daquilo que não presta, e que prefira o pleno ressarcimento dos cofres públicos à vingança”.

Pois é.

Criador do canal e podcast Fora da Política Não Há Salvação, o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas, pensou o programa justamente para discutir e popularizar a conjuntura política nacional sem simplificações que mais embotam do que iluminam a temática. Cláudio há muito percebe a criminalização da política e dos atos costumeiros à mesma, como acordos e coalizões.

Além disso, falácias como atribuir uma maior qualidade a uma pessoa porque ela tem mais perfil “técnico”, e não político ou ideológico (como vimos extensamente na cobertura da pandemia), também contribuem para que o olhar público sobre espaços como assembleias legislativas e poder judiciário seja sempre enviesado. “É preciso lidar com a política como um dado da realidade, e isso implica em defender a democracia”, diz ele, um crítico do termo “polarização” como sinônimo de “extremo”. “É uma posição preguiçosa, que considera atores do campo democrático antigos como PT e PSDB no mesmo espaço de um radical extremista como Bolsonaro. Ao mesmo tempo, essa imprensa é incoerente, pois se referia a Viktor Orbán como sendo da extrema direita”, continua ele se referindo ao ultradireitista primeiro-ministro húngaro, uma referência para o (infelizmente) presidente brasileiro.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com o melodrama correndo solto – e a desinformação idem –, o grande desafio de quem procura traduzir o cotidiano da política no debate público é ainda maior. Assim como Cláudio Couto, Yvana Fechine também tem, ao lado de professoras/es e alunas/os da UFPE, realizado debates políticos em um programa de rádio/podcast, o Fora da Curva. Ela assume que a tarefa não é simples. “Quando a imprensa reduz tudo isso a papéis e a narrativas simplificadas, esvazia a própria complexidade da política, um desserviço para população. A dificuldade é encontrar um discurso que não seja redutor e simplista, que seja compreensível para uma população que muitas vezes não tem formação política”.

Um exemplo, diz Yvana, são as diversas matérias sobre o preço da gasolina, que trazem números vários, mas não evidenciam que o valor alto do combustível está diretamente associado a uma decisão comemorada pelo mercado e parte da imprensa em 2016, quando a Petrobras passou a acompanhar o preço de commodities praticado no mercado internacional. “A busca é por uma abordagem crítica, um pensamento feito com profundidade e ao mesmo tempo que traduza a realidade. Não é entendendo que a audiência é formada por Homers Simpsons, mas superando os clichês redutores”.

Um dos casos recentes mais interessantes da popularização do debate político se deu através de uma iniciativa entre a cantora Anitta e a advogada e professora Gabriela Prioli, que se uniram ano passado para realizar uma série de lives sobre política. As perguntas são super básicas – e por isso mesmo importantes para quem tem pouco conhecimento sobre a política brasileira e quer se iniciar. “O que são os três poderes?”, pergunta a cantora, que escuta da também apresentadora quem são os atores de cada âmbito em nível federal, estadual e municipal, assim como suas responsabilidades.

Na época, várias pessoas criticaram a ação – ou melhor, o desconhecimento de Anitta sobre o que membros das assembleias legislativas, por exemplo, fazem a partir do momento em que são eleitos (mas e um presidente da República, que não conhecia uma autarquia que está sob a responsabilidade dele, o Iphan?). “É pedantismo puro, foi uma ação superlegal, que produz efeitos importantes, que abre espaço. O caminho é muito por aí”, diz Cláudio. Concordo: é somente, por exemplo, compreendendo de saída quem é quem nos espaços de poder que apitam na vida pública, quais são suas funções, limites e responsabilidades, que podemos localizar melhor os diversos atores (eleitos ou não) que frequentam as manchetes dos jornais. A partir daí, tenho fé, vamos achar mais absurdas ou no mínimo risíveis matérias como esta, publicada na revista Veja, na qual tanto o título quanto o texto se perguntam se Lula e Alckmin são, agora, “novos amigos”.

Não, isso é política – e, no caso do Brasil, sobrevivência –, estúpido.

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Sobre a possível aliança Lula e Alckmin

Não entrei e nem entrarei nesse debate sobre a possível chapa de Lula e Alckmin.

É uma operação de guerra como qualquer disputa política. Isso está longe de determinar alguma coisa costurada, além de alianças nos estados.

O sangue começa a correr mais quente nas veias da militância que sonha com aquilo que ela idealiza, o que é absolutamente natural, o que não significa que seja eficaz para vencer uma eleição e até mesmo governar.

Por isso não entro nesse debate. Não conheço a dinâmica nacional de uma campanha presidencial, mas ela existe e, muitas vezes, revela realidades que não contemplam nossos desejos por inteiro, sobretudo num país com uma diversidade cultural tão grande quanto a nossa.

O medo de Lula se render ao neoliberalismo, representado por Alckmin, não faz sentido. Meirelles foi presidente do Banco Central no governo Lula e não o impediu de implantar os mais importantes programas sociais que esse país já viu.

José Alencar, o vice de Lula, nunca foi alguém que tivesse qualquer inclinação à esquerda, mas jamais quis melar os avanços sociais que o Brasil teve nos dois mandatos de Lula.

O PT não nasceu em uma grota, nasceu debatendo e negociando abertamente com todos os setores da sociedade e toda a sua história vitoriosa foi construída assim.

Vencer Bolsonaro não é simplesmente vencer uma eleição ou um candidato de direita. Bolsonaro rompeu todas as barreiras de civilidade e está enfiado até o pescoço num projeto fascista sonhado por ele e os generais boquinhas que têm um apego doentio pelo poder e, por isso, formulam todos os caminhos antipovo que Bolsonaro tem como bandeira principal.

Ou seja, é bola pro mato que o jogo é de campeonato.

Dito isso, reservo-me o direito de não opinar sobre o jogo de xadrez eleitoral que o PT tem que jogar, como é da natureza da democracia.

Lula e Dilma já nos deram exemplos de sobra que não são madeiras que o cupim neoliberal consegue roer.

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O encontro de Lula e Alckmin em um jantar

Será a primeira foto de muitas? Aguardemos.

Jantar promovido pelo Prerrogativas reuniu Lula, Alckmin, Randolfe, Tebet, Kassab, Rodrigo Maia, Omar Aziz e outras lideranças políticas.

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) posaram juntos para uma foto pela primeira vez desde o início das especulações sobre uma possível chapa conjunta nas eleições de 2022. Os dois participaram do jantar realizado anualmente pelo Grupo Prerrogativas.

O advogado Marco Aurelio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, disse  que o encontro tem como objetivo fazer um balanço das conquistas do ano, mas também construir um caminho para um frente ampla nas eleições de 2022. Durante discurso realizado na abertura do evento, nomeado “Jantar Pela Democracia”, Carvalho disse que a atividade tinha como objetivo dar um recado para “reconciliar o país” e enfrentar a fome.

No jantar, Lula e Alckmin tiveram seu primeiro encontro público desde que começaram as conversas para o ex-tucano assumir a vice em uma chapa petista em 2022. O ex-presidente receberá um prêmio durante o evento, realizado no restaurante Figueira Rubaiyat.

Além dos dois, diversas lideranças políticas participaram do evento. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet (MDB-MS), estão entre os que foram ao jantar. Lula e Kassab, inclusive, foram flagrados em uma longa conversa pelo jornalista Guilherme Amado.

*Com informações da Forum

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Com Alckmin vice, Lula pode vencer ainda em 1º turno, avalia cientista político

Christian Lynch destaca ainda que a candidatura de Sergio Moro também pode contribuir para uma vitória antecipada do petista.

Para o cientista político e professor Christian Lynch, a composição de uma chapa entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é uma das melhores estratégias a ser adotada pela esquerda para derrotar Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro turno. A declaração foi dada em entrevista ao programa Direto da Redação, boletim de notícias do canal de CartaCapital no Youtube nesta quarta-feira 15.

“É bom Lula fazer acenos com o centro, porque temos um problema: o fato de Bolsonaro estar na Presidência é uma ameaça à existência da democracia brasileira. Então, quanto mais for possível liquidar a fatura ainda no primeiro turno, melhor”, avalia.

“Se Lula faz esse aceno, e acho que ele vai fazer, ele pode realmente liquidar a fatura ainda no primeiro turno. ”, acrescenta o cientista político. “E a liquidação da fatura no primeiro turno destrói Bolsonaro e desmoraliza a família Bolsonaro.”

Para Lynch, uma vitória do petista no primeiro turno, além de representar uma derrota para a figura individual de do presidente, faz com que o Centrão, hoje ligado ao ex-capitão, se dissipe e passe a ter menos influência política no Brasil.

“Esses parasitas que parasitam o grande parasita, que é o Bolsonaro, vão abandoná-lo rapidamente. Seria uma vitória tão acachapante, que ela não poderia ser questionada.”

Sobre as críticas de setores da esquerda à união entre Lula e Alckmin, o professor pondera que, é preciso levar em conta que o setor está desgastado nos últimos anos e, portanto, não pode ‘subir no salto’ e se isolar.

“A gente está em uma situação mais complicada, 2022 não é 2018, mas 2022 também não é 2002 em termos de eleição”, disse. “A esquerda voltou em alguns lugares da América Latina, mas não como estava quinze anos atrás. Os governos à esquerda não estão tão à esquerda”, completou Lynch.

Lynch comentou ainda a possibilidade de Sergio Moro (Podemos) concorrer às eleições. Em sua avaliação, a esquerda pode ‘celebrar’ a candidatura do ex-ministro, pois ela irá ‘dividir a direita’ e ‘tirar votos de Bolsonaro’.

“Era para ter sido Moro o candidato em 2018, Bolsonaro é um parasita do sentimento criado pela Lava Jato naquele momento”, destacou. “Quanto mais a direita dividir votos, melhor. E é isso que Moro representa, uma disputa de votos com Bolsonaro o que pode ajudar a liquidar a fatura ainda no primeiro turno.”

*Originalmente publicado na Carta Capital

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Alckmin estuda suspender filiação ao PSB para facilitar aliança com Lula

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode se desfiliar do PSDB e ficar sem partido —adiando a decisão de entrar no PSB.

Alckmin está sendo aconselhado a seguir esse caminho para que sua candidatura a vice na chapa de Lula não fique atrelada a disputas regionais da legenda com o PT, informa Mônica Bergamo, na Folha.

Mesmo com Alckmin fora do PSDB, Lula sinalizaria de forma ainda mais clara que deseja ter o ex-governador como vice em sua chapa, independentemente da legenda à qual ele vai se filiar.

Definido que o ex-governador será o candidato a vice-presidente, no PSB ou fora dele, as negociações do PT com os socialistas não envolveriam mais o nome dele em tentativas de acertos regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Uma eventual filiação de Geraldo Alckmin à legenda não poderia mais, portanto, ser usada como trunfo por integrantes do PSB, ficando desvinculada das ambições de suas lideranças regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Parte dos socialistas —entre eles o próprio presidente da legenda, Carlos Siqueira— tenta condicionar a filiação de Alckmin ao compromisso do PT de, em troca, apoiar candidatos do PSB aos governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O estado de São Paulo é o mais difícil de equacionar, já que o PT não pretende abrir mão da candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar o ex-vice-governador Mário França, do PSB, que também pretende se candidatar ao governo.

Em outros estados, a aliança é mais provável —e vital. Em Pernambuco, por exemplo, o partido necessitaria do apoio do PT para garantir a permanência no poder. No Rio de Janeiro, o candidato ao governo Marcelo Freixo conta com um acordo com os petistas e Lula em seu palanque para ficar mais perto da vitória.

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Alckmin não tem saída: A sabedoria política foi muito forte

Alckmin não tem mais jeito: o quadro político que se delineia no Brasil não deixa saída: Bolsonaro e seu direitismo exacerbado; essa coisa que se procura com Moro (veja: o presidente da Academia Brasileira de Letras é eleitor ardoroso de Moro, desde sempre, essa figura sem o mínimo de compreensão política e sem as mínimas credenciais intelectuais); o que foi feito do PSDB, com Doria, Fernando Henrique e tudo; tudo isso que se juntou no Centrão; de outro lado, a figura de Lula se agigantou, cresceu como líder nacional e figura de grande relevo internacional.

O bom senso de Alckmin não lhe deixou caminho – não há saída: é conversar com Lula.

É preciso lembrar que Alckmin foi nosso colega na Constituinte, com Lula, os deputados do PDT, do PT, diversos progressistas e nacionalistas do PMDB, a figura do Ulisses Guimarães, acima de tudo, a figura do Covas, Alckmin ao lado. Fizemos uma Constituição mais nossa do que deles. Direitos sociais avançaram, ampliou-se o exercício da soberania, o Estado Nacional avançou, ampliaram-se os instrumentos democráticos. Alckmin assimilou isto. É claro que Alckmin foi tragado pelo neolibearalismo exacerbado de Fernando Henrique, até Covas e Franco Montoro o foram.

Agora, com tudo que aconteceu no Brasil, tragédias e mais tragédias, Alckmin tocou-se. E não há mais jeito: não há mais consideração dessa questão de Kassab e PSD e essa coisa anódina de Presidente do Senado como candidato a Presidente. A política brasileira já foi colocada em outra dimensão. Pode ser até que Kassab e áreas do PSD venham a se tocar pela gravidade que vive o Brasil neste momento.

O que há de real é que a política praticada em nível superior, até mesmo pelas circunstâncias vividas pelo Brasil, está arrastando tudo.

Na situação em que se encontra a política em São Paulo, em termos pragmáticos, os caminhos já estão se fechando. Alckmin é forte candidato ao Governo de São Paulo. Mas somente teria viabilidade ao lado de Lula. Se Alckmin cogitar ficar ao lado de outra candidatura que não o Lula, como esse Pacheco do Senado, será tragado pelos acontecimentos que cercarão a candidatura de Lula e, em consequência, de Haddad ao Governo do Estado.

É evidente que para nós do setor popular seria o melhor dos mundos um projeto nítido, cortante, de avanços sociais e anti-imperialista de maneira irretorquível. Aliás, o Brasil e o povo brasileiro bem o merecem. A sensibilidade do Lula está a nos apontar que o projeto de avanços seria melhor alcançado com mais firmeza mas sem os sobressaltos que desde o golpe contra Dilma e as mazelas do governo Bolsonaro estão marcando o Brasil.

Os ventos superiores da política estão conduzindo os diálogos entre Lula e Alckmin, mesmo que até aqui tenham sido apenas imaginários. Não importa. O que importa é o bom senso e a compreensão superior da política. A política tudo arrasta quando se encontra em seu leito natural, quando não é perturbada por golpes ou armações desavergonhadas. Assim é a República. Brizola chamava isto de “processo social”.

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Alckmin já ensaia discurso para aceitar a vice de Lula

Ao falar sobre o convite de Lula, Alckmin cita parcerias que Merkel e que FHC fizeram com rivais políticos e alerta para situação nos EUA, diz Guilherme Amado, do Metrópoles.

Geraldo Alckmin está mais propenso a aceitar a vice na chapa presidencial de Lula do que a ser candidato ao governo de São Paulo. Em conversas com amigos, Alckmin tem ensaiado um discurso em que cita parcerias que a chanceler alemã, Angela Merkel, e que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso firmaram com adversários políticos. E faz um alerta para a situação de risco que vive os Estados Unidos.

Alckmin já tinha citado o acordo que permitiu a eleição do social-democrata Olaf Scholz como substituto de Merkel na Alemanha, mas passou a incluir FHC em seu discurso. O ex-governador lembra que FHC procurou políticos que estiveram ao lado da ditadura para unificar o país em seu governo, como José Sarney, Marco Maciel, Antonio Carlos Magalhães e Jorge Bornhausen.

O ex-governador analisa que a falta de união nacional prejudicará o governo do presidente americano, Joe Biden. Ele afirma que o desempenho econômico dos Estados Unidos será afetado pela oposição vigorosa que governadores de alguns estados, como o Texas, fazem à administração federal.

Aliados de Alckmin dizem que o ex-governador enxerga que tomará o primeiro ato efetivo de uma personalidade política para furar a polarização no Brasil. Alckmin afirma que a decisão não será benéfica politicamente para ele, uma vez que afastará parcela importante do seu eleitorado nas classes média e alta de São Paulo, mas que terá um peso importante para o futuro do país.

Se Alckmin optar pela costura com Lula, a filiação ao PSB é o caminho mais provável. Mas, nesta sexta-feira (03/12), alas do PSD distribuíram um panfleto no WhatsApp em defesa da candidatura de Alckmin ao governo de São Paulo. O ex-governador estava apalavrado com o partido de Gilberto Kassab antes da articulação com Lula tomar corpo. Kassab defende o lançamento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como candidato ao Planalto.

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Lula e Alckmin, é preciso? Devemos nos lembrar de Tancredo Neves

Os lances da política em grande envergadura acontecem em momentos especiais e por atores igualmente especiais.

Devemos nos lembrar de Tancredo Neves.

Tancredo estava tentando construir um caminho, diziam de centro, junto com Magalhães Pinto, Chagas Freitas e outros.

Em dado momento, Tancredo desfaz os arranjos e volta ao PMDB, para ficar ao lado de Ulisses, Montoro e outros.

Veio preparar o caminho para ganhar o governo de Minas e abrir espaços para a Presidência da República. Ele sabia que era ele quem podia fazer isto, ninguém mais, pois tinha aceitação dos militares e o respaldo da sua vida.

Tenho observado uma das marcas da política brasileira da atualidade: a consciência que Lula demonstra ter do seu dever de liderar a nação em grandes dificuldades. E transparece sempre um dever maior: liderar a nação e ganhar as eleições.

Tudo aponta para Lula ganhar as eleições, dado o quadro que se delineia.

O prestígio que Lula adquire cada vez mais com a lembrança dos benefícios feitos ao povo por seu governo: fim à fome, retirar milhões da pobreza, um fato tão grandioso quanto foi a legislação trabalhista e a Previdência Social a partir da Revolução de 1930, a notar salário mínimo e aposentadorias.

Além disto, o desgaste do conservadorismo e a desmoralização crescente de Bolsonaro e seu direitismo exacerbado tornam as eleições bem difíceis para as elites em geral, com seu rosário terrível e perverso da pesada herança da escravidão e do colonialismo.

Então, por quê? É preciso?

A vida brasileira foi duramente castigada nos últimos tempos. As armações feitas em Curitiba, com todo o respaldo de toda a estrutura do Judiciário, produziram as aberrações já conhecidas. Em cima disso, toda a ação da mídia.

Vestiram a direita de verde amarelo e a colocaram na rua, deram o golpe na Dilma com a derrubada da primeira mulher Presidenta do Brasil, com todo o apoio da política conservadora e do fisiologismo. Processaram Lula, o Judiciário o impediu de participar das eleições, prenderam Luta por mais de 500 dias.

Tudo isto é duro, muito pesado para a vida de um povo.

Lula, como se vê, não precisa de muletas ou outros auxílios maiores, a não ser desenvolver a campanha com a competência necessária, mobilizar o povo da forma adequada e gerar os ardores que movem uma vitória. Lula, enfim, não precisa de Alckmin, a rigor.

Por que, então, uma conversa, alguma busca de entendimento?

De imediato, é preciso reconhecer que o simples fato de estarem conversando, Lula e Alckmin, já fazem um bem político extraordinário a ambos, independente do resultado a que chegarem.

Mas a questão é mais profunda.

Um apoio de Alckmin a Lula, e até mesmo Alckmin ser o vice de Lula, acarreta enorme repercussão na vida brasileira.

Um arranjo como este trará um ambiente de muito mais tranquilidade, calma, bom entendimento, mesmo em divergências, que o acirramento raivoso, deletério e até mesmo imbecil tem gerado. A nação ganhará, poderão acontecer avanços mais sólidos e duradouros.

Não que venha a ser necessário, Lula poderá arrastar tudo nas eleições. Lula adquiriu dimensão nacional e internacional admirável. Mas um político de envergadura superior faz diferença em hora como esta.

É claro que a presença de Alckmin trará algumas tinturas conservadoras, como é natural e civilizado.

Por outro lado, forças populares poderão tirar proveito e avançar com mais solidez, com atropelos menores, com embates menos dolorosos. Aliás, é preciso avançar nos direitos trabalhistas, o que não se fez por 13 anos, nos salários, recuperar a soberania.

Outra questão: Lula sabe que é preciso ganhar São Paulo para dar mais solidez ainda a seu governo.

Se as diretas tivessem vindo na época esperada, Tancredo certamente não ganharia as eleições: Ulisses ou Brizola provavelmente seriam vencedores. Mas a hora que o Brasil atravessara indicava ser a hora de Tancredo.

É evidente que nós, das forças populares, especialmente nós do trabalhismo, queremos avanços e rápidos, a espoliação do nosso povo é dura e cruel.

A vida brasileira ficou muito envenenada, caminharemos melhores e mais seguros, avançaremos com mais solidez criando um novo ambiente na vida brasileira.

Venha, Alckmin, será útil.

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Lula sobre aliança com Alckmin: ‘Quero construir uma chapa para ganhar as eleições’

“Nós estamos em um processo de conversar e vamos ver se é possível construir uma aliança política”, afirmou Lula em entrevista na manhã desta terça.

Nós estamos em um processo de conversar e vamos ver se é possível construir uma aliança política. Quero construir uma chapa para ganhar as eleições e mudar outra vez a história desse país”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (30), em entrevista à Rádio Gaúcha, sobre a composição de uma chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice para disputar as eleições presidenciais do ano que vem.

Nesta semana, Lula e Alckmin devem se encontrar para falar sobre o “quadro político nacional”, segundo coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. As tratativas para a possível composição de chapa vem sendo feitas por lideranças do PT e PSB, partido ao qual o ex-governador deve se filiar ao deixar o PSDB.

Ontem, o ex-governador se encontrou com presidentes das centrais sindicais. Miguel Torres, presidente da Força Sindical e um dos articuladores do encontro, disse ao Estadão que há disposição para a união entre Lula e Alckmin tanto de setores do PT como de núcleos do sindicato próximos ao ex-governador. Torres afirmou que esse sinal também partiu do próprio Alckmin. “Lógico que ele não falou que é (o vice de Lula), mas todas as sinalizações que ele deu, ele topa”, disse.

Preços dos combustíveis

Na entrevista de hoje, Lula também frisou que se for eleito vai mudar a política de preços dos combustíveis atrelada aos preços internacionais, que vem sendo conduzida pela Petrobras desde 2016.

“Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro”, afirmou. Lula também destacou que “cerca de 50% da inflação hoje está subordinada aos preços controlados pelo governo. Portanto o governo tem muita responsabilidade pela inflação. Pelo preço da energia, do gás, da gasolina, do diesel”.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Política

Lideranças do PT temem que mercado tente derrubar Lula para colocar Alckmin no lugar

Tucano seria um nome palatável para a ‘direita’ e para o mercado financeiro, segundo petistas.

A possibilidade de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ser vice de Lula numa chapa para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro em 2022 gera temor em algumas lideranças do PT: elas veem a possibilidade de a presença do ex-governador estimular tentativas de derrubada de um eventual futuro governo.

De acordo com esse raciocínio, Alckmin é confiável e não faria movimentos para derrubar Lula. Mas o tucano seria um nome palatável para a “direita” e o mercado financeiro, o que facilitaria a movimentação pela queda de Lula caso o governo enfrente uma grave crise, é o que diz Mônica Bergamo, da Folha.

Setores do partido acreditam que o impeachment de Jair Bolsonaro não prosperou, em parte, porque o vice-presidente Hamilton Mourão poderia assumir a Presidência. Seria pior ter o general no comando do país do que suportar Bolsonaro.

Já lideranças que apoiam a chapa Lula/Alckmin afirmam que, para cair, é preciso estar em pé. Ou seja, para enfrentar ameaça de impeachment, o petista primeiro precisa se eleger, e a aliança ajudaria a liquidar a fatura até mesmo no primeiro turno.

No dia 3 de novembro, a coluna revelou que lideranças do PT e do PSB tentam viabilizar uma chapa que una Lula e Alckmin para disputar a Presidência da República.

Segundo interlocutores, Lula já afirmou que, com o tucano de vice, poderia dormir tranquilo: Alckmin, que foi quatro vezes governador, teria experiência e estatura política. Ajudaria a governabilidade. E não transformaria a vice em um centro de conspiração e sabotagem para desestabilizar o governo.

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