Turquia, China, Reino Unido, Alemanha e outras nações se manifestam; medida levará ao deslocamento de mais de 1 milhão de palestinos
Reunido na noite desta quinta-feira (07/08), o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o plano para ocupar militarmente a Cidade de Gaza, o primeiro passo segundo a mídia israelense para uma estratégia de ocupação total da região. A medida prevê o envio de tropas terrestres para 25% do território que ainda não estão sob controle direto de Israel.
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) se prepararão para assumir o controle da Cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que fornecem ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, diz o comunicado o oficial emitido nesta sexta-feira (08/08) pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na plataforma X.
Israel endossou cinco condições para um cessar-fogo: o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns, a desmilitarização de Gaza, o controle de segurança israelense e uma administração civil pós-guerra excluindo o Hamas e a Autoridade Palestina.
O Hamas se manifestou nesta sexta-feira (08/08): “a aprovação do gabinete sionista dos planos de ocupar a Cidade de Gaza e evacuar seus moradores constitui um novo crime de guerra que o exército de ocupação pretende cometer contra a cidade. Alertamos a ocupação criminosa que esta aventura criminosa lhe custará caro e não será uma jornada fácil”.
Com a decisão, cerca de 1 milhão de palestinos serão obrigados a deslocarem para áreas de evacuação no sul do enclave. A proposta de ocupação total — e a consequente evacuação forçada até o dia 7 de outubro — gerou duras críticas de países, organismos internacionais e, também, políticos, militares e familiares dos reféns israelenses. Acompanhe a repercussão:
Alemanha, China, Turquia, Reino Unido
Em reação à medida, a Alemanha afirmou que irá suspender as exportações militares que poderiam ser usadas em Gaza. O chanceler do país Friedrich Merz, disse ser um direito de Israel desarmar o Hamas e buscar a libertação dos reféns israelenses, mas salientou: “o governo alemão acredita que a ação militar ainda mais dura na Faixa de Gaza decidida pelo gabinete israelense na noite passada torna cada vez mais difícil ver como esses objetivos podem ser alcançados”.
Escócia, Finlândia, Holanda, Espanha
Na Escócia, o primeiro-ministro John Swinney afirmou que a decisão israelense “é completa e totalmente inaceitável” e apelou para uma mobilização da comunidade internacional a favor de um cessar-fogo.
A ministra das Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, também se declarou “extremamente preocupada” com a fome iminente e reforçou o pedido por uma trégua imediata e pela libertação dos reféns.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, afirmou em comunicado no X que “o plano do governo de Netanyahu de intensificar as operações israelenses em Gaza é um movimento errado. A situação humanitária [de Gaza] é catastrófica e exige melhorias imediatas. Esta decisão não contribui de forma alguma para isso e também não ajudará a levar os reféns para casa”.
*Opera Mundi
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