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Por culpa de Bolsonaro, Brasil corre risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra coronavírus

“Brasil paga um preço alto por ter eleito Bolsonaro: nação tem a imagem deteriorada pela desordem federal na condução da saúde pública. Descrédito em relação ao governo ameaça deixar o país como última fronteira a receber a vacina contra a pandemia”. (Saul Leblon – Carta Maior)

O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo. (Valor Econômico).

 

*Da redação

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Saúde

Cientistas encontram relação entre taxas de mortalidade por coronavírus e vitamina D

Países com altas taxas de mortalidade por COVID-19, como Itália, Espanha e Reino Unido, tinham níveis mais baixos de vitamina D.

Depois de estudar dados globais da nova pandemia de coronavírus (COVID-19), os pesquisadores descobriram uma forte correlação entre a severa deficiência de vitamina D e as taxas de mortalidade.

Liderada pela Northwestern University, a equipe de pesquisa conduziu uma análise estatística de dados de hospitais e clínicas na China, França, Alemanha, Itália, Irã, Coréia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido (Reino Unido) e Estados Unidos.

Os pesquisadores observaram que pacientes de países com altas taxas de mortalidade por COVID-19, como Itália, Espanha e Reino Unido, tinham níveis mais baixos de vitamina D em comparação com pacientes em países que não foram tão severamente afetados.

Isso não significa que todos – especialmente aqueles sem uma deficiência conhecida – precisam começar a acumular suplementos, alertam os pesquisadores.

“Embora eu ache importante que as pessoas saibam que a deficiência de vitamina D pode ter um papel na mortalidade, não precisamos pressionar a vitamina D em todo mundo”, disse Vadim Backman, da Northwestern, que liderou a pesquisa. “Isso precisa de mais estudos, e espero que nosso trabalho estimule o interesse nessa área. Os dados também podem iluminar o mecanismo da mortalidade, que, se comprovado, poderá levar a novos alvos terapêuticos”.

A pesquisa está disponível no medRxiv, um servidor de pré-impressão para ciências da saúde.

Backman é o professor de engenharia biomédica Walter Dill Scott da Escola de Engenharia McCormick da Northwestern. Ali Daneshkhah, pesquisador associado de pós-doutorado no laboratório de Backman, é o primeiro autor do artigo.

Backman e sua equipe foram inspirados a examinar os níveis de vitamina D depois de perceber diferenças inexplicáveis ​​nas taxas de mortalidade por COVID-19 de país para país. Algumas pessoas levantaram a hipótese de que diferenças na qualidade da assistência médica, distribuição de idade na população, taxas de testagem ou diferentes cepas do coronavírus podem ser responsáveis. Backman, porém, permaneceu cético.

“Nenhum desses fatores parece desempenhar um papel significativo”, disse Backman. “O sistema de saúde no norte da Itália é um dos melhores do mundo. As diferenças de mortalidade existem mesmo que se observe a mesma faixa etária. E, embora as restrições aos testes realmente variem, as disparidades na mortalidade ainda existem mesmo quando analisou países ou populações para os quais se aplicam taxas de teste semelhantes.

“Em vez disso, vimos uma correlação significativa com a deficiência de vitamina D”, disse ele.

Ao analisar dados de pacientes publicamente disponíveis em todo o mundo, Backman e sua equipe descobriram uma forte correlação entre os níveis de vitamina D e a tempestade de citocinas – uma condição hiperinflamatória causada por um sistema imunológico hiperativo -, bem como uma correlação entre a deficiência de vitamina D e a mortalidade.

“A tempestade de citocinas pode danificar gravemente os pulmões e levar à síndrome do desconforto respiratório agudo e à morte em pacientes”, disse Daneshkhah. “Isso é o que parece matar a maioria dos pacientes com COVID-19, não a destruição dos pulmões pelo próprio vírus. São as complicações do incêndio mal direcionado do sistema imunológico”.

É exatamente aí que Backman acredita que a vitamina D desempenha um papel importante. A vitamina D não apenas melhora nosso sistema imunológico inato, como também evita que nosso sistema imunológico se torne perigosamente hiperativo. Isso significa que ter níveis saudáveis ​​de vitamina D poderia proteger os pacientes contra complicações graves, incluindo a morte, do COVID-19.

“Nossa análise mostra que pode ser tão alta quanto reduzir a taxa de mortalidade pela metade”, disse Backman. “Isso não impedirá o paciente de contrair o vírus, mas pode reduzir as complicações e evitar a morte daqueles que estão infectados”.

 

 

*Com informações do GGN

 

 

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Quem tem o apoio das Forças Armadas não precisa de acordos com Roberto Jefferson

Florestan Fernandes Jr

Neste domingo, 03 de maio, postei no Twitter que Bolsonaro estava blefando ao sugerir que tinha as Forças Armadas ao seu lado para dar fim à democracia. Não demorou muito e vieram sinalizações de oficiais confirmando a minha previsão.

É uma questão de lógica: quem tem o apoio das Forças Armadas para dar um golpe de Estado não precisa de acordos com Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto e com os parlamentares do centrão. Mesmo porque, caso o golpe seja bem-sucedido, o Congresso e o Supremo seriam fechados pelos golpistas.

As bravatas semanais de Bolsonaro nas portas dos quarteis ou na frente do Palácio do Planalto só confirmam o desespero dele por estar acuado e isolado no poder. Acuado pelas acusações feitas por Sérgio Moro e pelas investigações que correm na Polícia Federal, na Justiça e no Congresso contra seus filhotes.

Nesta segunda (04/05), numa entrevista para o jornalista Fábio Pannunzio na TV Democracia, o general da reserva Paulo Chagas, um bolsonarista de primeira hora, fez três afirmativas esclarecedoras: “Ele (Bolsonaro) quer governar sozinho. Infelizmente é um tempo que passou e uma circunstância que não volta mais… Isso é influência do Olavo de Carvalho. O gabinete do ódio existe de fato. Eles ficam colocando ideias na cabeça do presidente… Não está dando certo.

Continuo vendo nele um deputado”. Em outras palavras, Bolsonaro como presidente é pior do que foi como deputado durante 28 anos.

O desgaste de Bolsonaro vem de dentro e de fora do governo. Sem articulação e comando, vem colecionando inimigos. Se desentendeu com Deus e o diabo, como chefes de Estado da França, Alemanha, China, Argentina, Venezuela, com governadores, senadores, deputados, empresários da comunicação, jornalistas e até com generais. Em um ano e quatro meses, demitiu seis ministros.

Por tudo isso já seria impensável imaginar oficiais das Forças Armadas brasileiras se aventurando num golpe de Estado. Muito menos para fazer do clã Bolsonaro uma espécie tropical da dinastia Kim, que governa com mão de ferro a Coreia do Norte há 70 anos.

Tudo leva a crer que está em andamento hoje uma concertação para pôr fim ao desgoverno do capitão. Apaziguando o país para o desafio que se coloca para a pós-pandemia.

É simbólico ver Lula, Dilma, FHC e Ciro juntos em um vídeo em comemoração ao 1º de Maio. Mais simbólico ainda é ver os mesmos personagens em reportagem do Jornal Nacional. As derrotas de Bolsonaro no Supremo já falam por si.

Nas próximas semanas, virão à tona as oito horas de delação de Sérgio Moro, com potencial para subir a audiência da TV Globo e abrir caminho para a Justiça fazer condenações e colocar muita gente na prisão.

Em uma coisa Bolsonaro acertou na mosca: “daqui para frente não tem mais conversa… daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição”.

 

 

*Com informações do 247

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STF dá ganho de causa a Flavio Dino e determina entrega de 68 respiradores sequestrados por Bolsonaro

Bolsonaro, achando que o Brasil é o Rio das Pedras aonde a milícia ligada à sua família é a lei, acaba de ver o STF atender pedido do Maranhão contra governo federal e determina entrega de 68 respiradores ao estado do Maranhão.

Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 48 horas para Bolsonaro cumprir a ordem.

A liminar foi dada em uma ação da gestão Flávio Dino (PC do B) contra o governo Bolsonaro, que tinha bloqueado a transação no mês passado.

A compra do material foi realizada em 19 de março. Cinco dias depois, em 24 de março, o Ministério da Saúde enviou um ofício para a empresa requisitando os respiradores produzidos para poder distribuir segundo seus critérios.

O bloqueio foi um dos problemas enfrentados pelo governo estadual para aquisição de equipamentos considerados fundamentais diante do avanço do coronavírus no local.

Após a transação ser interrompida, o Maranhão deu início a mais duas tentativas, comprando da China, mas foi atravessado pela Alemanha e pelos Estados Unidos.

Diante disso, deu origem a operação Etiópia-Maranhão, revelada pelo Painel, que agora virou alvo da Receita Federal.

Histórico

Em março, a gestão Flávio Dino (PC do B) reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas viu o governo federal bloquear a transação e distribuir os equipamentos segundo seus critérios.

Na sequência, reservou 150 respiradores na China, mas a Alemanha passou na frente, pagou mais e levou o pacote. Pouco depois, a frustração se repetiria, com os norte-americanos interferindo na negociação. No começo do mês, situação similar aconteceu com o governo baiano.

Com a ajuda de uma importadora maranhense, o governo estadual passou a negociar com uma empresa de Guangzhou, que enviou os respiradores para a Etiópia, com o objetivo de escapar do radar da Europa e dos EUA.

 

 

*Com informações da Folha

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Ministro alemão comete suicídio após manifestar “profunda preocupação” com coronavírus

Thomas Schaefer era responsável pelas finanças de Hesse, principal estado financeiro da Alemanha.

Thomas Schaefer, ministro das Finanças de Hesse, na Alemanha, cometeu suicídio após manifestar “profunda preocupação” com a crise do coronavírus no país. A morte foi anunciada neste domingo (29) pelo primeiro-ministro do estado alemão, Volker Bouffier. A informação é da agência AFP.

O ministro, que tinha 54 anos e dois filhos, foi encontrado morto no sábado perto de uma via férrea. O Ministério Público de Wiesbaden indicou que prioriza a hipótese de suicídio.

Schaefer era ministro das Finanças há 10 anos na região, que também engloba Frankfurt, centro financeiro da Alemanha e sede do Banco Central Europeu.

Ainda de acordo com Bouffier, Schaefer trabalhava “dia e noite” para ajudar as empresas e funcionários a adaptar-se aos impactos econômicos da pandemia. O primeiro-ministro do estado disse estar “em estado de choque”.

“Hoje podemos dizer que estava profundamente preocupado”, completou o governante, aliado da chanceler Angela Merkel e membro do partido CDU, assim como Schaefer.

 

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro quer provocar holocausto no Brasil

Nem vou pontuar o que já está nas redes acusando Bolsonaro de promover a mortandade em massa de aposentados e pensionistas para aliviar os cofres da previdência que, depois da reformas, tiveram queda violenta de arrecadação.

A questão é que já temos o primeiro contágio do coronavírus na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Isso dispara os alarmes nas favelas e periferias do Brasil.

Todos sabem que, por ordem do mercado, as políticas econômicas de Temer e de Bolsonaro, devolveram quase 30 milhões de brasileiros à pobreza.

Isso significa 6 milhões na miséria absoluta!

Por isso a confirmação de um infectado na Cidade de Deus alarmou moradores e levou imediatamente ao pânico muitas pessoas de todas as regiões pobres do Rio.

São pessoas que vivem em condições abaixo do precário, sem a mínima estrutura de higiene e saneamento.

Num momento em que todos os líderes mundiais estão redobrando seus esforços para conter a expansão acelerada do coronavírus, Bolsonaro toca seu berrante para convocar seu gado de dementes em prol de uma cruzada em defesa do vírus contra o povo.

Na Alemanha, Angela Merkel lança pacote de 4 trilhões de euros e recria o mercado com injeção de recursos públicos na economia. Autônomos, artistas, desempregados, por ex, receberão.

Aqui no Brasil, o presidente, clinicamente perverso por sofrer de psicopatia aguda, autoriza corte de salários dos trabalhadores brasileiros por 4 meses, produz uma revolta generalizada fazendo o maníaco do Planalto recuar e revogar a MP, enquanto mantém a liberação de R$ 1,200 trilhão de socorro aos bancos para manter a saúde do sistema financeiro, sem sequer exigir uma contrapartida, seja social ou mesmo empresarial.

A pandemia já fez um desastre humanitário na Itália com milhares de mortos e o governo determina paralisação total das atividades no país na desesperada luta para deter a escalada de contágios e mortes.

Mas Bolsonaro quer forçar a volta à “normalidade” da economia para provocar uma mortandade 10 ou 20 vezes maior do que a da Itália.

Guedes e Bolsonaro sabem que o vírus matou o mercado e tentam ressuscitá-lo matando mais de um milhão de brasileiros, como um gozo de Maquiavel.

Mas a coisa não para aí. Bolsonaro quer todo o país tomado pela Covid-19 e, junto, exportar o vírus para outros países através da exportação de grãos e carnes contaminados que, certamente, serão atingidos por esse holocausto que Bolsonaro, cego pela psicopatia sem freios ou limites, quis produzir com essa MP anunciada ontem e revogada hoje.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Bolsonaro, o “quase” miliciano, vende-se como “quase” Jesus por “quase” morrer por nós

Bolsonaro compartilhou no whatsapp um vídeo convocando manifestação em apoio ao próprio, depois de levar uma sarrafada sem precedentes na história de um Presidente da República, em pleno carnaval. O sujeito foi repudiado em uníssono, oficial e extraoficialmente.

Lógico que os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí em que quase todas elas bombardearam o camarada, pesaram muito mais, tanto que Bolsonaro ensaiou dar uma resposta malcriada criticando a Mangueira, o que não teve efeito político nenhum a seu favor.

Soma-se a isso uma saraivada de denúncias que vão sufocando o clã Bolsonaro de seu acordo e parceira com milicianos e outros contraventores envolvidos em negócios que vão de cassinos ao porto de Itaguaí, de participação direta no motim do Ceará aos cheques de Flávio assinados por uma irmã de milicianos, além do seu desmonte do Inmetro para facilitar a vida de quem vive no submundo de combustíveis adulterados.

Falamos de coisas que estouraram durante o carnaval, junto com o escracho que sofreu nos carnavais na Alemanha, em Portugal e no Uruguai.

Bolsonaro perdeu muita musculatura política. Isso ganhou dimensão maior quando criou-se uma mistura explosiva com a morte do comparsa Adriano da Nóbrega, seu ataque à jornalista da Folha, Patrícia Mello, a disparada do dólar que chegou perto de R$ 4,41 e o pibinho de Paulo Guedes logo após ter feito um discurso de discriminação nojenta contra as empregadas domésticas.

Grosso modo, esses são os motivos que formam um caldo da maré mais pesada e com risco mais forte de uma queda de Bolsonaro. Isso é evidente.

O ato, convocado por Bolsonaro para o dia 15 de março, em si, já é uma pantomima dos desesperados, mas ser convocada por Bolsonaro e, certamente, patrocinada por ele, a publicidade da chamada beira a um clichê de quem vive seus últimos horizontes em plena bacia das almas.

Bolsonaro, no vídeo, é quase um Jesus e quase morreu por nós. Uma das mais ridículas peças publicitárias que um político pôde produzir para convocar seu eleitorado, cada vez menor. Bolsonaro apela cada vez mais com seus robôs na rede para defender um governo que não governa, porque ele, desde o primeiro dia, trabalha pelos interesses de seu clã e nada mais.

https://www.facebook.com/Brasil247/videos/245285763136237/

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeos: Com Adnet interpretando Bolsonaro, São Clemente canta o “Conto do Vigário”

“Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu
E o país inteiro assim sambou
Caiu na fake news”

Com este refrão que escracha a farsa da eleição de Bolsonaro, será que o TSE vai dar atenção ao que está acontecendo na CPMI das fake news? E a mídia, vai parar de somente defender a jornalista Patrícia Mello, da Folha, sem mostrar a matéria em que ela denuncia a rede de fake news de Bolsonaro, depois do enredo da São Clemente?

O fato é que Bolsonaro virou uma chacota só. Aonde tem folia no mundo, o sujeito vira personagem central e galhofa, como em Portugal, Alemanha, Uruguai e Brasil.

Certamente, não demora, teremos notícias de outros países que tiveram carnaval em que o paspalho se transformou em mote dos humoristas.

Na verdade, ninguém trata Bolsonaro como presidente, no máximo, o trata como Bolsonaro, isso, claro, com muita boa vontade. Os adjetivos que ele já ganhou mundo afora vão de monstro fascista a demente violento.

Na realidade, Bolsonaro carrega com ele toda a carga negativa da classe média brasileira que coloca esse imbecil no altar, sabendo se tratar de um vigarista com três filhos tão vigaristas quanto ele, estão há séculos na política fazendo os esquemas mais imundos nos corredores do baixo clero com todo tipo de sacripanta.

A louvável espinafrada que a São Clemente dá em Bolsonaro, soma-se a tantas outras originais que ridicularizam, acima de tudo, quem trata esse ovoide como um mito.

A pergunta é: será que no dia 15 de março alguém vai pra rua defender esse estorvo?

https://twitter.com/AnaPaulaAndr1/status/1232236169720713216?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Rússia recusa apelo de Trump e apoia acordo nuclear com o Irã

A Rússia não concorda com o apelo do presidente dos EUA, Donald Trump, aos países garantidores para se retirarem do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) sobre o programa nuclear do Irã, disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Rússia à Sputnik.

Anteriormente, Trump afirmou que os países garantidores deveriam se retirar do JCPOA e trabalhar em um novo acordo. O próprio governo norte-americano anunciou a retirada do acordo em 8 de maio de 2018.

“Existe um acordo, muito bem desenvolvido, um compromisso que precisa ser implementado. Portanto, a posição do lado iraniano é mais clara de que os EUA precisam retornar à implementação do JCPOA”, declarou a fonte russa.

“E, se alguém não gostar de algo nesses acordos, provavelmente precisaremos discutir a conveniência e a possibilidade de algum tipo de ajuste, mas dentro da estrutura do JCPOA”, acrescentou.

Desde a sua campanha eleitoral, há quatro anos, Trump sempre tratou o acordo nuclear firmado em 2015 pela administração de Barack Obama com o Irã e outras potências signatárias – Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia – como “o pior acordo já feito”.

Desde a saída dos EUA do JCPOA, novas sanções foram implementadas contra o Irã, país que estava cumprindo estritamente o que previa o acordo nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado à ONU.

No fim de semana, Teerã anunciou que deixaria de cumprir integralmente o documento de 2015, porém um oficial destacou que o governo iraniano não descarta se manter no acordo, desde que os signatários europeus garantam o fim das sanções impostas pelos EUA.

 

 

*Com informações do Sputnik

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Resposta do governo Bolsonaro é patética, diz um dos maiores especialistas internacionais em derramamento de óleo

Há cerca de um mês, o especialista canadense em contenção de derramamentos de óleo, Gerald Graham, adquiriu o costume de abrir o Google News para acompanhar as notícias sobre o crime ambiental que se espalha há 54 dias pelas praias do Nordeste. Ele vem observando as imagens e vídeos, além de notícias, e afirma estar espantado com a falta de respostas sobre a origem do vazamento.

“É muito estranho, até hoje tudo é muito estranho porque não se sabe de onde o óleo está vindo. É uma surpresa o óleo continuar chegando às praias. Parece que continua vindo da fonte original e ainda não se sabe de onde vem”.

A surpresa não se resume ao mistério da origem do óleo. Para o especialista, o mais chocante é o perigo a que voluntários estão se submetendo ao limpar as praias sem que o Governo Federal cumpra seu papel e assuma a retirada do óleo da costa. “Quando eu vi pela primeira vez essas notícias do vazamento, cerca de um mês atrás, eu falei com um jornalista e vi algumas imagens e pensei: ‘isso parece ruim!’”, lembra.

Graham é presidente da Worldocean Consulting, empresa especializada em planejar o uso de tecnologia no processo de limpeza em episódios de derramamento de óleo. Recentemente, deu uma série de entrevistas para apresentar softwares que permitem a visualização de cenários de derramamento de óleo, apontando os métodos mais rápidos e baratos de limpeza.

O extenso currículo de Gerald Graham inclui consultorias para o Banco Mundial, OCDE, Unesco, FAO, União Europeia, Agência de Desenvolvimento do Canadá e alemã GTZ. O expert conversou com a reportagem da Marco Zero por Skype sobre o que considera serem os pontos críticos da limpeza das praias no Nordeste brasileiro e comentou a ação das autoridades responsáveis. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Resposta desorganizada ao vazamento

A partir das imagens que eu vi e venho vendo há semanas, há uma resposta desorganizada aos vazamentos. Não há sinal de ninguém no comando, nem soldados. Eles não estão sequer devidamente equipados para a tarefa.

Governo não sabe fazer e não pede ajuda

A última imagem que vi tinha uma mulher dentro da água, sentada na água, tentando limpar o óleo. É ridículo.

Eu esperaria mais do Brasil. Não é um país da Europa ocidental, nem os Estados Unidos, mas não é um país subdesenvolvido. Eu escutei que parte da costa que o óleo atingiu é uma região mais pobre, me corrija se estiver errado.

Eu não tenho visto imagens que mostram manchas na superfície, o material parece ficar nas praias, preso. Por isso a dificuldade de observar com imagens aéreas e satélites.

E a resposta do governo, para mim, é totalmente patética. É um segundo desastre. Primeiro o óleo, depois as respostas são um outro desastre.

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez visita relâmpago à praia de Itapuama. Fez uma live para as redes sociais, falou rapidamente com a imprensa e deixou o estado

As consequências do contato com o óleo

As pessoas são afetadas pelo óleo, elas podem não sentir no começo, mas estão inalando. O óleo pode entrar pela pele, também pode ir para o cérebro.

As pessoas precisariam de um treinamento. Eu não vi nenhuma evidência de que isso está acontecendo. Também não vi equipamentos de limpeza nas praias ou no mar. Onde estão as máquinas que poderiam fazer a limpeza das praias?

A questão é: se a autoridade federal não tem um plano de contingência do óleo não deveria deixar voluntários fazerem isso.

As autoridades regionais e locais, com as autoridades políticas, deveriam manter as pessoas afastadas da praia, evitando que as pessoas sofram as consequências da exposição ao óleo.

Eu não vi nenhuma evidência de um plano. E eu entendo as pessoas estarem tentando dar o seu melhor para limpar as praias, mas elas não deveriam estar fazendo isso. As pessoas vão acabar ficando doentes.

Dificuldade em mensurar o desastre

Algumas imagens mostram barris de óleo. É realmente muito difícil mensurar a extensão do vazamento e afirmar se é uma catástrofe ou não. Eu não posso realmente dizer o que é a partir do que eu vi. Mas, duas semanas atrás, eu vi um vídeo feito de um avião ou drone mostrando a costa e mostrava uma longa mancha de óleo, de cerca de 5 quilômetros. Você via uma foto antes e depois.

É bastante chocante, eu franzi as sobrancelhas e fiquei sem acreditar. Parece que é pior em algumas áreas, do que em outras.

Eu não diria que é um pequeno desastre. Mas quando se tem a visão do óleo parece ser relativamente uma quantidade pequena na costa, comparada a outros vazamentos.

Você precisa colocar em perspectiva. Mas ao mesmo tempo, continua espalhando, continua chegando nas praias e isso causa muitos estragos.

Não seria difícil limpar tudo

Tem apenas uma comparação que eu poderia fazer, com o caso do vazamento em Nakhodka, na Rússia. Naquele vazamento, houve 1,2 milhão de voluntários, mais de 1 milhão envolvidos na limpeza. Houve uma forte resposta voluntária. Em casos como esses, com uma extensão grande de costa – eu não sei quantas pessoas estão envolvidas – não se compara nesse sentido, mas a questão é que o volume do óleo parece pequeno. Mas acho que é subestimado. Eu vi notícias que afirmam que 600 toneladas foram coletadas, eu ficaria bastante cético com essa contagem porque contando 200 comunidades, seriam apenas 3 toneladas por praia.

E o óleo, quando você recolher, vai estar misturado com areia. É relativamente um volume pequeno espalhado por uma área enorme. É incrivelmente não usual fazer essa comparação.

Falando de um modo geral, parece uma quantidade pequena nas praias. Focos de óleo aqui e ali, então não parece um grande desafio limpar tudo. Não é como um massivo vazamento de óleo, como o que ocorreu no Alaska em 1989. Não deveria ser tão difícil de limpar.

Parece que ninguém sabe o que está fazendo

Obviamente, você não consegue conter quando chega na costa, mas você consegue evitar que chegue na costa. Não vi evidência alguma de que isso foi feito.

Normalmente, muitos países têm barreiras em pontos estratégicos da costa, caso algo aconteça. E no Brasil isso não aconteceu.

Uma vez que o óleo chega na costa, você precisa de pessoas treinadas – e não precisam ser profissionais, voluntários poderiam receber um treinamento básico da Marinha para saber como limpar. Poderia ser um curso de dois dias. E qualquer pessoa que não estiver limpando precisaria ficar afastada.

Você precisaria tirar as pessoas, pois é uma zona perigosa. Depois você forneceria o equipamento, técnicas e máquinas para coletar e retirar o óleo.

Esse seria o centro da operação, mas parece que ninguém sabe o que está fazendo e estão tentando ajudar, mas é uma operação extremamente amadora.

 

 

*Com informações do Marco Zero