O ministro do STF Alexandre de Moraes tem sido perseguido por bolsonaristas durante viagem à cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
Um militante bolsonarista que achincalhava Alexandre de Moraes em um restaurante em Nova York, nos Estados Unidos, fugiu após o ministro do STF se levantar para confrontá-lo.
Com um inglês todo particular, o bolsonarista desafiou Moraes a ir para fora do restaurante e disse que o ministro teria problemas se encostasse em outra militante que estava no local.
O bolsonarista fez uma última provocação ao afirmar que Moraes estava gastando o dinheiro da população brasileira em Nova York. Na sequência, o militante convocou os demais a deixarem o restaurante.
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Jair Bolsonaro está, na descrição de um aliado, “possesso”, “fora de si” e no “grau 10 da escala da raiva” em relação ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, que ele acredita ter sido o responsável pelo vazamento da informação sobre a investigação em torno da origem do pagamento de contas pessoais da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A existência da investigação foi revelada na segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.
O QG bolsonarista teme que esse assunto, em especial, possa desestabilizar o ex-capitão no debate da Rede Globo, programado para hoje, às 22h30. O presidente vem sendo orientado pelo marqueteiro Duda Lima e os ministros Fábio Faria e Ciro Nogueira a repetir o comportamento que teve no debate do SBT, sem agressividade ou arroubos de humor.
O segundo assunto potencialmente sensível no debate, na opinião de assessores, diz respeito ao relatório encomendado pelo PL ao Instituto Voto Legal (IVL) que questiona a segurança das urnas eletrônicas. O relatório, divulgado ontem pelo deputado do partido Capitão Augusto, motivou a abertura de um procedimento administrativo no TSE por conter “elementos fraudulentos”. O TSE também quer apurar se o PL e seus dirigentes cometeram crime de desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário. O relatório encomendado ao IVL custou R$ 225 mil ao partido de Valdemar Costa Neto.
Conselheiros do presidente na campanha não querem que ele aborde o assunto na TV. Consideram que, se insistir no tema das urnas eletrônicas neste momento, Bolsonaro corre o risco de dar “a impressão de que já perdeu e está indo para o tapetão”.
Já assessores como o ex-secretário Fabio Wajngarten e o publicitário Sérgio Lima, especializado em redes sociais, avaliam que tanto o relatório do PL quanto a investigação determinada pelo TSE podem favorecer o presidente ao reforçar a ideia de que o ministro Alexandre de Moraes está empenhado numa “perseguição de ordem pessoal” contra ele.
A campanha também está dividida quanto ao impacto que o debate pode ter sobre os números de Bolsonaro na pesquisas.
Aliados políticos (chamados de “analógicos” por integrantes da campanha) consideram que esse impacto será pequeno, já que o debate começará tarde e “acabada a novela Pantanal, quem tem de trabalhar cedo vai desligar a televisão e dormir”, como diz um deles.
Já assessores familiarizados com a dinâmica das redes sociais têm outra preocupação: o de que qualquer “erro crasso” cometido pelo presidente na TV vire meme nas redes sociais no dia seguinte e, com isso, acabe atingindo quem viu e não viu o debate.
Desde ontem, Lula suspendeu a agenda de campanha para se preparar para o evento da Rede Globo. Está no Rio há dois dias cercado apenas de assessores.
O presidente Jair Bolsonaro segue para o Rio hoje. Seu treinamento se resume a ler uma ou outra informação passada por assessores e a receber frases de efeito sugeridas por Duda Lima. Como sempre faz, ele recusou o “media training” proposto pela campanha e diz que está “com tudo na cabeça”. Quão quente e inflamável ela estará é o que se saberá hoje à noite.
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Celso Rocha de Barros – Nela, Jair já perdeu; o que resta para as próximas semanas é a anormalidade.
A revista britânica The Economist, que a elite brasileira lia antes de começar a dar mamadeira de coturno para seus filhos, trouxe em sua capa essa semana a foto do Jair com o texto “Bolsonaro prepara sua grande mentira para o Brasil”.
“A Grande Mentira”, nesse contexto, tem um sentido bem específico. “The Big Lie” é o nome que os americanos dão à mentira segundo a qual Donald Trump venceu a eleição presidencial de 2020, mas foi vítima de fraude.
Não há, obviamente, um único indício que comprove isso. Se houvesse, seria “a grande dúvida”, ou “o grande questionamento”, mas é “a grande mentira”.
A revista britânica, como todo mundo que não dormiu nos últimos quatro anos, teme que Bolsonaro tente um golpe como o de Trump quando perder as eleições.
O comício do último 7 de Setembro deve ser entendido nesse contexto. Segundo o Datafolha da sexta-feira, o show não trouxe votos que ajudassem Bolsonaro a vencer. Mesmo assim, pode tê-lo ajudado a virar a mesa quando perder.
O 7 de Setembro eletrizou a militância bolsonarista. As promessas golpistas estavam todas lá: Bolsonaro prometeu, por exemplo, que em seu segundo mandato enquadraria quem saísse das quatro linhas da Constituição. Traduzindo para o português, Bolsonaro prometeu reprimir juízes ou demais autoridades que investiguem seus crimes. Isso aconteceu poucos dias depois do presidente da República chamar o ministro Alexandre de Moraes de vagabundo.
O 7 de Setembro encerrou a campanha normal. Veio logo depois do fim do mês em que, segundo as projeções do Planalto, Bolsonaro deveria ter ultrapassado Lula nas pesquisas. Ao que tudo indica, mesmo mudando a Constituição a três meses da eleição para poder gastar mais dinheiro, mesmo usando as Forças Armadas como animadoras de comício, Bolsonaro ainda não conseguiu tirar votos de Lula. Como notou Bruno Boghossian em sua coluna de 8 de setembro, Bolsonaro não tem como vencer sem tirar votos de Lula.
Com o 7 de Setembro, a campanha normal acabou, e nela Jair perdeu. Perdeu quando deixou centenas de milhares de brasileiros morrerem sem vacina, quando trouxe o Brasil de volta para o mapa da fome, quando fez sua guerra particular contra as mulheres, quando a imprensa descobriu os 51 imóveis de sua família comprados com dinheiro vivo. A maior parte da campanha de candidato à reeleição é sempre o mandato que está chegando ao fim, e o de Jair, enfim.
O que sobra para as próximas semanas —e, se for o caso, para o segundo turno— é a anormalidade. Desde o dia 7, mais um petista foi assassinado por bolsonarista, e seguidores do presidente ameaçaram Guilherme Boulos e Ciro Gomes na rua. As ligações do bolsonarismo com o mundo do crime são notórias: no palanque do dia 7, discursou o secretário de Polícia Civil bolsonarista que, dias depois, foi preso por ligação com a máfia do jogo do bicho.
Além da violência, que busca evitar que as pessoas manifestem seu apoio a Lula, ou mesmo que tenham medo de votar no dia 2, Bolsonaro deve avacalhar ainda mais as instituições brasileiras de agora em diante. Já liberou R$ 5 bilhões adicionais do orçamento secreto e não vai parar aí. Afinal, se ninguém cassou sua candidatura por usar as Forças Armadas em um comício, o que ele se sentirá impedido de fazer?
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Quando o país começa a acender vela para o fim melancólico da era Bolsonaro, a assombração de Carluxo dá as caras na posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE.
Pergunta-se, o que o vereador do Rio fazia na posse? Na verdade, o único vereador, justo no dia em que Bolsonaro foi a Juiz de Fora comemorar a “farsa” da facada, armada grosseiramente por Carluxo, sem faca e sem sangue.
Pra piorar a inexplicável participação do vereador carioca na posse de Alexandre de Moraes, Carluxo fez questão de se manter sentado enquanto todos que lá estavam levantaram para aplaudir o, agora, presidente empossado do TSE. Foi uma clara afronta.
Tudo indica que essa imagem se tornará símbolo do gabinete do ódio inspirando a milícia fascista que tentará infernizar as redes sociais com ataques de ódio, mentiras e todo tipo de jogo baixo que essa gente utilizou em 2018 e que, pelo tom da afronta de Carluxo a uma cerimônia para a qual, com certeza, não foi convidado, seu comportamento tem método, como gosta de falar o próprio Carlos Bolsonaro de quem considera inimigo do clã.
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Chefe do Executivo e futuro presidente do TSE paralisam indicações de juízes, o que pode comprometer funcionamento de TREs.
Segundo O Globo, a guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes pode custar caro para a Justiça e comprometer o funcionamento tribunais regionais eleitorais (TREs) a menos de dois meses do pleito.
Por causa dos ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas e das retaliações do Tribunal Superior Eleitoral, há uma vaga de ministro-substituto do TSE e seis vagas abertas para TREs de seis estados que ainda não foram preenchidas.
Pela Constituição, o chefe do Executivo tem que escolher para a vaga do TSE um dos nomes de uma lista tríplice aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início de maio. Mas o presidente não gostou da composição da lista, que a considerou “hostil” e uma “provocação”, por ter advogados ligados a adversários, que fizeram pareceres pró-PT e até mesmo atacaram o bolsonarismo. Por causa disso, o presidente engavetou a lista e simplesmente não nomeou ninguém.
Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.
Até agora, Moraes já apresentou pedidos de vista que travaram a análise de listas tríplices para os TREs de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraíba e Teresina.
Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.
Até agora, Moraes já apresentou pedidos de vista que travaram a análise de listas tríplices para os TREs de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraíba e Teresina.
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Chefe do Executivo havia revelado informações sigilosas sobre investigação da PF acerca de um ataque hacker ao TSE em 2018 para descredibilizar urnas eletrônicas.
O caso apura se o presidente divulgou no ano passado um inquérito sigiloso da PF sobre o ataque hacker cometido contra o TSE na eleição de 2018.
Segundo a CNN, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (5) os pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o suposto vazamento de dados sigilosos.
Na decisão, a qual a CNN teve acesso em primeira mão, Moraes afirma que os pedidos são “impertinentes e intempestivos”. Ainda segundo o ministro, o mais recente pedido da PGR é “manifestamente extemporâneo”. Ou seja, aconteceu fora do prazo.
Na segunda (1º), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, voltou a pedir o arquivamento da investigação contra o presidente e acusou Moraes de “violar o sistema acusatório”.
De acordo com Lindôra, braço-direito do procurador-geral Augusto Aras, o ministro do Supremo, “mesmo diante da promoção de arquivamento do presente inquérito pela Procuradoria-Geral da República, deu continuidade à investigação, inclusive com a decretação de diligência investigativa de ofício, sem prévio requerimento do órgão ou até mesmo de representação da autoridade policial que, em 2 de fevereiro de 2022, deu por encerrado o trabalho da Polícia Judiciária da União”.
Na decisão desta sexta, Moraes rebate cada um dos pontos apresentados pela PGR, e destaca o que classifica como “inusitada alteração de posicionamento” do Ministério Público. Segundo o ministro, em quatro das cinco manifestações da PGR no processo, Lindôra concordou com as decisões do Supremo, “inexistindo a interposição de qualquer pedido de reconsideração, impugnação ou recurso no prazo processual adequado”.
O ministro diz ainda que, além de a manifestação de Lindôra da última segunda ter acontecido fora do prazo, “comportamentos processuais contraditórios são inadmissíveis”. Moraes diz ser “evidente” a incompatibilidade entre os atos da PGR. O magistrado também lembra que o compartilhamento das provas do inquérito teve “plena concordância da Procuradoria-Geral da República”
Na manifestação de segunda, Lindôra sustentou que, ao determinar que a PF realizasse nova diligência, Alexandre “adentrou nas funções precípuas e exclusivas do Ministério Público, o que é vedado pelo sistema constitucional brasileiro”. Segundo a vice-procuradora argumenta que a decisão do magistrado “contaminou todos os elementos probatórios derivados da diligência investigativa determinada de ofício”.
Moraes também rebate esse argumento na decisão desta sexta. O ministro diz que, embora o Ministério Público tenha “a privatividade da ação penal pública”, o sistema acusatório não estendeu essa exclusividade às investigações criminais, “mantendo, em regra, a presidência dos inquéritos policiais junto aos delegados de Polícia Judiciária”.
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Muito se falou da prisão do picareta do Papo Reto, Ivan Pinto. Mas é preciso trazer umas informações nutricionais do indivíduo, melhor dizendo, vamos trazer os detalhes desse produto do bolsonarismo.
As credenciais do rapaz, preso nesta sexta-feira (22), por ordem de Alexandre de Moraes, traduzem com bastante fidelidade qual é o marketing da violência como forma de pedagogia política, direcionado a essa classe média jacaré que, junto a Damares Alves, vê Jesus na goiabeira e outras vigarices.
Ou seja, o sujeito é uma espécie de catalisador do que existe de mais emporcalhado no universo fisiologista da política de direita no Brasil.
Esse é um produto que, se não fosse preso, poderia causar ainda mais danos à sociedade, às eleições e para a democracia.
Como pode ser observado no vídeo abaixo, numa reportagem do Intercept, feita há três anos, denunciando que o Hércules de papelão que ameaçou, Lula, Gleisi Hoffmann, Anitta, além de ter usado também como ameaça, palavras do mais baixo calão referindo-se às duas ministras do STF, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
Na verdade, o marketing dele seria uma espécie de Bolsonaro 2.0, pois repete o mesmo discurso de ódio contra a liderança do PT, ministros do STF, mas com uma carga de um extrato de ódio sem usar luvas, como uma expressão natural do fascismo nativo.
O que se pode observar em seus argumentos no vídeo abaixo, é que trata de um malandro agulha, que tem um discurso para cada ocasião. Ele tenta se vender como um técnico habilitado para dirigir uma clínica de recuperação de dependentes químicos por ter sido um, e que, mesmo não tendo formação para tal função, mandou aquela famosa e manjada frase que “aprendeu na universidade da vida” e, assim, poderia vender essa pedagogia da salvação das drogas com um suposto papo reto que, na verdade, era uma casa de tortura e trabalho escravo, com castigos físicos e ameaça de morto.
O Ministério Público já havia tentado fechar a tal clínica, mas continuou funcionando e recebendo aportes do governo federal, com direito à propaganda de políticos bolsonaristas.
O que se pretende aqui é chamar a atenção para o fato de que esse sujeito é parte de um caldo integral da violência clássica da milícia quando opera na superfície, ou seja, no palavrório do universo da bandidagem.
Trocando em miúdos, o sujeito é um ator, interpreta mal e porcamente o personagem Maçaranduba, do Casseta e Planeta, com arroubos misturados de Roberto Jefferson, Daniel Silveira, Fernando Hollyday e outros troços que jogam para a torcida do pato amarelo que se transformaram em zumbis bolsonaristas.
Por isso sua prisão é pedagógica, pois corta as asinhas de quem quer emburacar nessa esparrela fascista da família, do cidadão de bem e outras baboseiras mais que viraram mantra dos conservadores comédia que, na realidade, são homofóbicos de slogan, racistas por conveniência e milicianos de fachada para estarem mais próximos de um público alvo cada vez mais idiotizado pelo califado bolsonarista.
Isso mostra quantos degraus nós brasileiros descemos para chegar a esse inferno cultural. E não tem como esquecer que tudo isso é fruto de um martelete midiático dos tubarões da comunicação que, desde o primeiro dia do primeiro mandato de Lula, sonharam, projetaram e, 13 anos depois, executaram o golpe, criminalizando a política, a democracia, o PT e os partidos de esquerda, assim como os líderes do Partido dos Trabalhadores, o que abriu caminho para a caça a um suposto comunismo no Brasil.
Nunca essa frase foi tão verdadeira, “todos sabem como começa um golpe, mas não sabem como termina”.
Esse sujeito é a expressão do que há de pior que o golpe em Dilma produziu nesse país.
Que ele sirva como exemplo, mas não como peça única.
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Oposição quer que presidente pague R$ 1 milhão de multa, caso incite violência ou discurso de ódio.
O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fixou, nesta sexta-feira (15/7), um prazo de dois dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestar sobre o pedido da oposição para que o chefe do Executivo seja proibido de fazer qualquer discurso de ódio ou incitação à violência sob pena de multa de R$ 1 milhão, segundo o Correio Braziliense.
A petição foi entregue na última quarta-feira a Moraes — que está exercendo a presidência da Corte no período de 2 a 17 de julho. As agremiações cobram ações para a garantia da segurança e da paz no processo eleitoral.
“Em juízo de cognição sumária, inerente ao exame das medidas cautelares, verifica-se que os argumentos referentes ao pedido de liminar apresentam nítida vinculação com o próprio mérito da Representação, revelando-se indispensável exame mais detalhado do contexto fático exposto na inicial e dos fundamentos jurídicos subjacentes à pretensão dos Autores. Nesse contexto de relevantíssimas consequências solicitadas pelos Requerentes, torna-se necessária a prévia manifestação do Representado, estabelecendo-se o contraditório”, escreveu no despacho.
Moraes ainda determinou que após o prazo, mesmo que não tenha havido resposta por parte do presidente, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifeste também dentro de dois dias, “com posterior e imediata nova conclusão à Presidência, em virtude do recesso”.
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ressalta que também foi solicitado que Bolsonaro use os canais de informação para condenar a violência política e pague multa de R$ 1 milhão para cada ato contrário à determinação.
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Ex-senador acusou o ministro do STF de “bater em mulher” durante congresso conservador em Campinas, São Paulo.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para Magno Malta (PL), ex-senador e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), explicar acusações feitas contra o também ministro Luís Roberto Barroso durante congresso conservador realizado no último fim de semana, em São Paulo, segundo o Metrópoles.
Em discurso no evento, Malta afirmou que Barroso é “defensor de ONGs abortistas” e “bate em mulher”. Além disso, o ex-senador falou sobre a atuação do ministro como advogado de defesa do ativista Cesar Battisti.
“Esse homem [Barroso] é sabatinado no Senado, e, quando é sabatinado, a gente descobre que ele tem dois processos no STJ [Superior Tribunal de Justiça], na Lei Maria da Penha, sobre espancamento de mulher”, declarou o ex-parlamentar no congresso, promovido pelo deputado e filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Após os ataques, Barroso apresentou queixa-crime contra Malta.
Na decisão, Moraes declarou que as falas de Malta “assemelham-se, em acentuado grau, ao ‘modus operandi’ da organização criminosa” investigada pelo ministro no inquérito que apura a divulgação de notícias falsas por uma milícia digital.
Em nota, o ministro Luís Roberto Barroso afirma que o caso citado pelo ex-senador aconteceu em 2013, e que a mulher em questão apresentou ação contra diversos agentes públicos ligados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“A referida advogada, numa história delirante, dizia ter sido atacada moralmente na tribuna durante uma sustentação. O ministro nunca sequer viu a referida advogada. O fato simplesmente não aconteceu, vindo o recurso a ser arquivado. Não há qualquer vestígio de veracidade na fala de Magno Malta”, salientou.
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O ministro proferiu voto no plenário virtual no caso de Fernando Francischini. Moraes considerou revogação de Nunes Marques “inapropriada” e, como era de se espera, André Mendonça pediu vista, adiando a conclusão do julgamento.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou a favor da cassação do deputado bolsonarista Fernando Francischini (União-PR). Moraes havia proferido seu voto antes de o ministro André Mendonça pedir vista no processo de suspensão da cassação que estava em análise no plenário virtual. No entanto, o documento e opinião de Moraes só apareceram depois no sistema do STF.
O julgamento teve início à meia-noite desta terça-feira (7/6), em plenário virtual, e Mendonça pediu a interrupção da apreciação. O placar de votação ficou em 3 votos para suspender a decisão de Nunes Marques, que devolveu o mandato a Francischini.
A relatora da ação, ministra Cármen Lúcia votou pela suspensão por considerar que a decisão histórica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já vem balizando outras decisões de tribunais regionais desde o fim de 2021. A revogação da cassação e do entendimento da Corte Eleitoral, para ela, provocam risco à estabilidade institucional.
Além disso, Cármen Lúcia ressaltou que, ante a proximidade das Eleições 2022, é evidente o risco de dano de difícil ou impossível reparação.
“Dia 20 de julho é a data a ser considerada para o cálculo da representatividade na Casa Legislativa a repercutir na divisão do tempo destinado à propaganda no horário eleitoral gratuito. Assim, mostra-se urgente a apreciação do pedido cautelar no recurso extraordinário em discussão. É dizer, pronunciando- se o Supremo quanto à matéria, será definido o número de representantes eleitos por agremiação”, considerou.
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