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A ironia da ex-mulher de Bolsonaro com a convocação da CPI: “Me chamaram pra CPI do Lula?”

A percepção de que estão acima do bem e do mal permeia o extenso clã Bolsonaro. Um dia depois do filho, Jair Renan, ameaçar a CPI da Covid com vídeo mostrando armas, Ana Cristina Siqueira Valle, ex “02” de Jair Bolsonaro, foi às redes ironizar a própria convocação pela comissão.

“Me chamaram pra CPI do Lula?”, indagou compartilhando um storie publicado pelo perfil do Aliança pelo Brasil no Rio de Janeiro com uma foto dela. A publicação foi feita na madrugada desta terça-feira (21).

Nesta segunda-feira (20), em publicação nos stories de seu instagram durante visita a uma loja de caça e pesca – que vende armamentos -, Renan mostra uma caixa repleta de armas. No storie, ele escreveu: “Aloooo CPI”, seguido de “kkkkk”, gargalhada em linguagem das redes.

A “molecagem” de Renan, segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE), pode resultar na convocação do filho 04 de Bolsonaro na CPI.

Em seu depoimento, Albernaz afirmou que fez a festa de seu aniversário, em dezembro do ano passado, no camarote de Renan Bolsonaro no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Marconny teria atuado como lobista para a Precisa Medicamentos na negociação sobre a compra da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde. Em depoimento, ele confirmou que tinha uma relação de amizade com Jair Renan Bolsonaro e que teria conhecido Ana Cristina através dele.

*Com informações da Forum

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CPI da Pandemia vai convocar Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro

Marconny Faria teria pedido favores políticos para Cristina. Ele é apontado pelos senadores como lobista da Precisa Medicamentos.

A CPI da Pandemia aprovou o requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, também conhecida como Cristina Bolsonaro – que é ex-esposa do presidente da República, Jair Bolsonaro, e mãe de seu filho mais novo, Jair Renan.

A convocação é consequência do depoimento do suposto lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria, depoente desta quarta-feira (15) na comissão.

Além de ter ajudado o filho mais novo do presidente, Jair Renan, a abrir a empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, Marconny pediu a Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente, que intercedesse junto ao Palácio do Planalto para nomear um dos nomes da lista tríplice para a Defensoria Pública Geral Federal.

Em mensagens trocadas pelo WhatsApp obtidas pela CPI e também acessadas pela CNN, Valle dialoga com o suposto lobista da Precisa Medicamentos.

Segundo o requerimento, feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), registros telefônicos apontam que Valle aciona o Palácio do Planalto para exercer influência no processo de escolha Defensor Público-Geral Federal junto ao então Ministro da Secretaria Geral da Presidência e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Oliveira.

Marconny nega atuação como lobista

Ao longo do depoimento, Marconny Faria negou trabalhar como “lobista” da Precisa Medicamentos, mas afirmou que exerce serviços de consultoria técnica e política para empresas privadas.

Ao ser questionado sobre sua relação com a família Bolsonaro, Marconny afirmou que era amigo de Jair Renan há cerca de dois anos.

Informações citadas ao longo da sessão trouxeram à tona que Faria fez uma festa de aniversário em um camarote de Jair Renan no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Marconny também afirmou que ajudou o colega em uma ocasião, quando o filho mais novo do presidente queria iniciar uma empresa.

“Jair Renan queria criar uma empresa de influencers”, disse, e ele teria o apresentado “a um colega tributarista que podia ajudar”.

Marconny negou ter qualquer negócio ou conhecer qualquer outro membro da família Bolsonaro, incluindo o presidente.
Rachadinhas

Recentemente, a Justiça do Rio também quebrou o sigilo bancário e fiscal de Valle. Ela é investigada por supostas contratações de funcionários fantasmas e prática de “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente.

*Com informações da CNN

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TJ do Rio autoriza quebra de sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ele é investigado pelo Ministério Público do Rio desde julho de 2019 por suspeita de praticar rachadinha e nomear “funcionários fantasmas”, pessoas que não trabalhavam de fato em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.

A quebra foi autoriza pela da 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do TJ-RJ no dia 24 de maio. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) abriu dois procedimentos para investigar o caso após uma reportagem desta colunista e da jornalista Juliana Castro revelar na revista Época, em 20 de junho de 2019, que Carllos empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua ex-madrasta. Na reportagem, duas pessoas admitiram que nunca trabalharam para o vereador, embora estivessem nomeados.

O caso de Carlos Bolsonaro começou a ser investigado pelo ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, que deixou o cargo em janeiro. No entanto, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, no ano passado, que os vereadores não possuem direito a foro especial, o caso foi enviado para a primeira instância. Ele hoje tramita na 1ª Promotoria de Investigação Penal. Há outro procedimento para apurar improbidade administrativa.

Um dos principais alvos da investigação é a professora Marta Valle, que é cunhada de Ana Cristina Valle. Ela sempre morou em Juiz de Fora, em Minas Gerais, mas passou mais de sete anos lotada no gabinete de Carlos.

Marta esteve nomeada de 2001 a 2009. Questionada pela revista Época, ela disse que nunca trabalhou para Carlos Bolsonaro. “Não fui eu, não. A família de meu marido, que é Valle, que trabalhou”. Marta Valle tinha um salário bruto de R$ 9,6 mil. Segundo a Câmara de Vereadores, ela nunca teve crachá como assessora.

Gilmar Marques, ex-companheiro da fisiculturista Andrea Valle, e morador de Rio Pomba, em Minas Gerais é outro caso. Em julho, a coluna mostrou gravações em que Andrea admitiu que devolvia 90% do salário quando esteve nomeada para Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio.

O salário bruto dele corrigido era de R$ 7,9 mil. Questionado sobre a nomeação, Gilmar disse: “Meu Deus do céu. Ah, moça, você está me deixando meio complicado aqui. Eu ganhava? Isso aí você deve estar enganada”. Ele também nunca teve crachá na Câmara.

*Juliana Dal Piva/Uol

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Ex-mulher de Bolsonaro foge da família toda enrascada com a justiça

A segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, chegou de mudança em Brasília ontem. Ela vivia em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, e tem declarado que decidiu se estabelecer na capital federal para ficar mais perto de Jair Renan, filho dela com o presidente Jair Bolsonaro.

Pessoas próximas a ela ouvidas pela coluna contaram que, além disso, a mudança também foi motivada por um desejo de ficar distante de familiares, que como ela, são alvo do Ministério Público do Rio de Janeiro nas investigações sobre “rachadinha” nos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro. Ao todo, 17 familiares dela são investigados entre os dois casos, além dela própria. Os parentes cobra.

Questionada pela coluna, Ana Cristina disse que foi chamada para depor, mas, que o promotor não entrou no link disponibilizado para a oitiva. “Costumo dizer que estamos à disposição da Justiça, entendeu? Quem não deve, não teme”, afirmou ela. O caso de Carlos era apurado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), mas o MP agora avalia a sequência dos trabalhos do grupo e ainda não há definição sobre onde a investigação será finalizada. Ela foi aberta em julho de 2019.

Ana Cristina foi chefe de gabinete do “zero dois” entre 2001 e 2008 e é responsável pela nomeação de diversos parentes, alguns chegaram a morar em outros estados durante o período em que constaram como funcionários de Carlos. Entre os três gabinetes da família Bolsonaro, 18 familiares de Ana Cristina estiveram nomeados em algum momento desde 1998 até 2018.

Desde o ano passado, Ana Cristina vinha comentando com amigos e conhecidos sobre a vontade de mudar de Resende. Chegou a cogitar um retorno para a Noruega. Foi lá que ela conheceu seu atual marido, Jan Raymond Hansen. Jan não mudará com ela para Brasília. Ele retorna para a Europa.

Nesse primeiro momento, Ana Cristina ficará instalada no apartamento onde mora Jair Renan e que é de propriedade do presidente Jair Bolsonaro. Conforme mostrou a Folha, o imóvel foi adquirido, em espécie, por R$ 75 mil, em 2000. O objetivo dela, porém, é mudar-se para um local maior nos próximos meses. Ela também disse que deve trabalhar no camarote 311, no estádio Mané Garrincha, uma empresa aberta por Jair Renan. Nos bastidores, também cresce a expectativa de que ela vá disputar novamente um mandato em 2022.

Já em Resende, Ana Cristina deixará para alugar uma casa no bairro Morada da Colina. O espaçoso imóvel possui dois pisos, três quartos, um escritório e piscina. Ela tentará alugar o imóvel por pouco mais de R$ 6 mil.

*Com informações do Uol

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MP investiga fantasmas e laranjas entre funcionários de Carluxo que receberam R$ 7 milhões

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga 11 servidores do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) como supostos funcionários fantasmas na Câmara do Rio. De acordo com uma reportagem da Globonews, eles teriam recebido um total de R$ 7 milhões, desde 2001.

O canal afirma que o valor, que não foi atualizado pela inflação, está anexado à investigação por peculato contra o filho do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a Globonews, um funcionário identificado como Guilherme Hudson recebeu quase R$ 1,5 milhão no intervalo de 10 anos. Ele faria um trajeto diário de cinco horas de ida e volta para levar a mulher, Ananda Hudson, para estudar. Ela também fez parte do gabinete e recebeu R$ 117 mil em um ano e cinco meses.

O MP tenta esclarecer como ele fazia para cumprir suas obrigações como servidor. Ele teria dito em depoimento que sua função no gabinete era de assessoria jurídica e análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.

Segundo a Globonews, um funcionário identificado como Guilherme Hudson recebeu quase R$ 1,5 milhão no intervalo de 10 anos. Ele faria um trajeto diário de cinco horas de ida e volta para levar a mulher, Ananda Hudson, para estudar. Ela também fez parte do gabinete e recebeu R$ 117 mil em um ano e cinco meses.

O MP tenta esclarecer como ele fazia para cumprir suas obrigações como servidor. Ele teria dito em depoimento que sua função no gabinete era de assessoria jurídica e análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.

Além disso, ele afirma ter tido poucos contatos por e-mail com Carlos Bolsonaro e não tem nenhum documento guardado do período em que trabalhou para o filho do presidente. Guilherme Hudson teria virado chefe de gabinete após a prima e ex-mulher do presidente Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Vale, deixar o posto.

A Globonews ainda diz que, entre os 11 funcionários que tiveram os vencimentos informados ao MP, Ana Cristina ocupa o quinto lugar, com aproximadamente R$ 670 mil.

A reportagem também mostrou o caso do militar da reserva Edir Barbosa Goes. Ele, que ainda trabalha como assessor do vereador, disse ao MP que sua função era entregar informativos sobre as atividades do vereador na Zona Oeste do Rio. As entregas seriam feitas de porta em porta e nas filas dos bancos. Para cumprir a função, ele recebeu R$ 1,5 milhão em 11 anos. Segundo a reportagem, o último salário foi pago em maio do ano passado, no valor de R$ 17 mil.

A investigação também cita servidores idosos que moram em outros municípios e até estados, o que impossibilitaria o cumprimento do trabalho. Uma mulher de 72 anos e moradora de Nova Iguaçu, chamada Diva da Cruz Martins, teria recebido R$ 3 mil por mês entre 2003 e 2005.

“Eu não encontrava com ninguém. Eu ia lá e voltava, não sei nem quem trabalhava lá. Não sei nem quem era funcionário, quem não era”, teria dito ela.

A Globonews diz que procurou a defesa do vereador Carlos Bolsonaro, mas ninguém quis se pronunciar uma vez que a investigação está sob sigilo da Justiça. Já Edir Goes afirmou que não iria falar.

Enquanto isso, a defesa de Ana Cristina Valle afirmou o valor citado na reportagem diz respeito a vários funcionários que trabalharam por quase duas décadas no gabinete do filho do presidente e que não há indícios de que ela tenha sido funcionária fantasma.

Por último, em nota enviada ao canal, a Câmara dos Vereadores do Rio afirmou que possui um portal da transparência para que a população tenha acesso aos dados das atividades e que também podem ser consultados a quantidade de servidores, lista nominal de funcionários e salários.

A Câmara também reafirmou “o compromisso com a publicidade e a transparência das informações, como princípio fundamental para o aprimoramento da democracia”.

 

*Do Uol

 

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Janio de Freitas: Onde está o fim do caso Flávio

Se as investigações irão até o fim, é a expectativa de sempre, mas com a curiosidade diminuída no caso do Bolsa Família particular criado pelos Bolsonaro. O endereço do fim não é obscuro, mais do que sugerido por indícios acumulados desde os primeiros sinais do caso. Quase se diria que as revelações começaram pelo que seria o seu final.

Logo de saída, um cheque de R$ 24 mil, como restituição parcial de um empréstimo a quem recebeu R$ 2 milhões na conta, não é explicação convincente. Tanto mais se o cheque é de um sargento da Polícia Militar para a mulher de um então deputado, estes já como presidente eleito e futura primeira-dama. A própria origem do cheque pôs em dúvida a sua lisura, dada a ligação do emitente com chefes milicianos.

Ao menos nove parentes da segunda mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, foram funcionários nominais de Flávio Bolsonaro quando deputado. Todos deixando parte do ganho com o sargento-coletor Fabrício Queiroz. Alguns, nem moradores do Rio.

O interessado nas nomeações desses “laranjas” nunca seria qualquer dos filhos Bolsonaro, que não conviveram bem com a nova mulher do pai. Com motivo para as nomeações era o Bolsonaro ligado a Ana Cristina Valle e sua família. Usou o gabinete do filho. Integrante do esquema de desvios, portanto, e com autoridade de chefe.

No estágio atual do caso, o escândalo só tem olhos para Flávio e suas (ir)responsabilidades. A propósito: até agora, bom trabalho do Ministério Público do Rio e do Judiciário estadual. Seu relatório é minucioso, rico em fatos apurados, extenso a ponto de cansar. Por ora, no entanto, contribui para o fabricado esquecimento de feitos alheios. É o que se passa, por exemplo, com uma contratada do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara, a senhora que não passou de vendedora de suco de açaí, vizinha em Angra dos Reis do pescador, deputado e depois presidente antiambientalista. Sem envolvimento dos filhos, era o chefe operando em pessoa com recursos desviados, no mesmo esquema que beneficiou seu velho amigo Queiroz, aparentados e familiares de milicianos.

Os indícios para uma investigação levada até o fim, no Bolsa Família ativado pelos Bolsonaros, são numerosas. Mas nem assim levam a esclarecimentos que não deveriam ser difíceis, mas parecem sê-lo. Ou, pior, por serem dados como aceitáveis os fatos que fazem o escândalo.

Sabe-se que o bolsonarismo militar, com predomínio do Exército, aprova a exploração econômica da Amazônia, a reconsideração das reservas indígenas —duas teses que integram as diretrizes do Exército há quase 50 anos—, apoiam a militarização das escolas, a mudança dos financiamentos culturais, e por aí. Além disso, a presença de duas centenas de militares em cargos governamentais associa o governo e o Exército. A associação não se dá com a ciência, a cultura, a redução da desigualdade em que o Brasil foi declarado “caso mundial mais grave”, o desenvolvimento industrial, alguma coisa grandiosa como país.

Reformados ou da ativa, os militares que integram esse governo fazem parte de um esquema de poder. Não participam, aí, dos ramais acusados ou suspeitos de ações, passadas ou não, como desvio de verbas públicas, nomeação e exploração de funcionários fantasmas, conexão com segmentos do crime, e outras.

Mas são parte do conjunto. Ainda que à margem dos fatos escandalosos, integram sem ressalvas, e até com elogios, o mesmo esquema de poder sob denúncias e suspeitas. O que lembra parte das palavras com que o general Eduardo Villas Bôas, quando comandante do Exército, pressionou o Supremo para bloquear a candidatura de Lula: “(…) resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras (…)”.

 

 

*Janio de Freitas/Folha de São Paulo

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Vídeo: Ainda veremos Bolsonaro e seus filhos saírem algemados do poder, diz Florestan Fernandes Jr.

Em entrevista à TV 247, o jornalista Florestan Fernandes Jr. afirmou que acredita na prisão de Jair Bolsonaro e filhos em 2020 como desfecho da investigação sobre o esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro.

O jornalista Florestan Fernandes Jr. afirmou à TV 247 que acredita na prisão de Jair Bolsonaro e filhos em 2020. Para ele, este será o desfecho da investigação do esquema de rachadinha no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual na Alerj, que envolve seu ex-assessor Fabricio Queiroz e Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, grupo de miliciano suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco.

“Eu não ficaria surpreso de no ano que vem assistir a uma imagem do senhor presidente da República sendo algemado e levado, junto com os filhos, para o mesmo lugar onde está o Sérgio Cabral, talvez sendo colegas de sala e jogando xadrez”, disse Florestan.

Para o jornalista, a família Bolsonaro já cumpriu seu papel para a elite e, com os recorrentes ataques aos grandes grupos de comunicação do Brasil, ela pode ser descartada rapidamente. “Eu acho que ele cumpriu a função dele. Como com o Eduardo Cunha a missão era o impeachment da Dilma, a missão do Bolsonaro era fechar a reforma da Previdência e privatizar o patrimônio nacional por meio do Guedes. Agora ele não tem muita serventia, mesmo porque ele vive peitando os senhores da comunicação. Acho que a batata dele cozinhou porque o histórico dele é muito complicado”.

Florestan ainda ressaltou as tentativas de Jair Bolsonaro de se esquivar dos questionamentos acerca do esquema envolvendo seu filho Flávio e sua ex-esposa Ana Cristina Valle. “Levaram um ano e dois meses para chegarem no Queiroz. Será que esse tempo não foi suficiente para ele destruir provas e outras coisas importantes para a gente entender o funcionamento desse esquema que foi montado pela família Bolsonaro durante décadas? Só o Bolsonaro tem 28 anos como parlamentar, no Rio de Janeiro e Brasília. O esquema envolve a ex-mulher, mas o Bolsonaro cisma em dizer que não tem nada a ver com isso, que isso é problema dos filhos dele e que perguntem apenas o que diz respeito a ele. O que diz respeito a ele, por exemplo, é que a filha do Queiroz foi funcionária dele e não aparecia para trabalhar”.

Assista à entrevista:

 

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro admite proximidade com Queiroz e diz que tratava com ele demissões nos gabinetes dos filhos

Presidente também afirmou que demissão de Cileide, funcionária fantasma do gabinete de seu filho Carlos, é algo “normal”.

Presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu que conversava com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), sobre demissão de funcionários dos gabinetes dos filhos “até estourar o problema”, e que considera tal relação com Queiroz algo “normal”.

“Mas é mudança normal, isso aí não tem nada para espantar”, disse o presidente na manhã desta segunda (28), na saída de seu hotel em Abu Dhabi. Uma série de áudios de Whatsapp divulgados neste domingo (27) pela Folha de S.Paulo comprovam que Fabrício Queiroz tratava diretamente com Bolsonaro das indicações e exonerações em gabinetes de todo o clã.

Em um dos áudios, Queiroz afirma diretamente que conversou com Bolsonaro sobre a demissão de Cileide Barbosa Mendes, doméstica da família Bolsonaro e “laranja” na empresa do ex-marido de Ana Cristina Valle (que foi casada com o presidente), do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Sobre o caso de Cileide, Bolsonaro considera que seja algo “normal” e que os funcionários sabiam que teriam que ser demitidos, por conta da possibilidade de mudança para Brasília do atual presidente e seu filho Flávio, caso fossem eleitos. Segundo ele, as demissões foram para “evitar problemas”.

“Agora, essa, especificamente, a Cileide, ela se formou em enfermagem tem dois anos aproximadamente, fez pós-graduação e ela sabia que não ia continuar conosco porque, eu eleito, o Flávio eleito, o eleito viria para Brasília. Se bem que ela estava no gabinete do Carlos. Mas é mudança normal, isso aí não tem nada para espantar”, continuou.

No áudio obtida pela Folha, Queiroz afirma que Bolsonaro pretendia exonerar Cileide porque “a reportagem estava indo direto lá na rua e para não vincular ela ao gabinete. Aí ele falou: ‘Vou ter que exonerar ela assim mesmo’. Ele exonerou e depois não arrumou nada para ela não? Ela continua na casa em Bento Ribeiro?”, diz o ex-assessor no áudio, gravado em março deste ano (ouça aqui).

“Não somos casados”

Bolsonaro ainda alegou que se afastou de Queiroz depois do caso de rachadinha no gabinete do filho. “Nunca neguei minha amizade por ele. Depois do que aconteceu, eu me afastei, senão seria acusado de obstruir a Justiça. Não somos casados. Uma deputada disse ontem que quando assumiu o cargo teve 28 cargos. O MP não vai fazer nada? Quero saber quem é o amigo do Queiroz. Amigo da onça é pouco”, disse.

 

 

*Com informações da Forum

 

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Devassa nas contas de parentes de Bolsonaro é o motivo da demissão do secretário da Receita Federal

Levar ao debate público a volta da CPMF, tratada apenas nos porões do Planalto, foi a gota d’água para a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, que já estava sendo fritado por Bolsonaro após divulgação de informações sobre parentes que atuaram em gabinetes do clã.

Levar ao público o tema da volta da CPMF, tratada apenas nos porões do Planalto, foi a gota d’água para a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. No entanto, Cintra começou a sofrer um processo de fritura no cargo desde que informações sobre parentes de Jair Bolsonaro que teriam atuado como funcionários fantasmas em gabinetes do clã vieram à tona.

Reportagem de Bruno Boghossian, na Folha de S.Paulo desta quinta-feira (12), mostra que Bolsonaro reclamava abertamente de uma “devassa” que era feita pela Receita sobre as contas de seus parentes. “O Cintra às vezes levanta a cabeça, mas eu vou lá e dou uma nele”, teria dito o presidente na semana passada.

As informações sobre as contas dos parentes do presidente, que são investigados pelo Ministério Público Federal por atuarem como funcionários fantasmas, foram divulgadas em reportagens da revista Época, que traçou uma “genealogia do esquema bolsonarista”.

Ao menos 13 parentes participaram do esquema, que teria como elo a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle – mãe do seu quarto filho, Renan.

Nesta quarta-feira (11), data da demissão de Cintra, vereador licenciado, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), virou alvo de investigação do Ministério Público (MP) do estado do Rio por denúncias de colocar ao menos sete parentes como funcionários fantasmas em seu gabinete. Eles seriam contratados para a prática da “rachadinha”, deixando parte dos salários com o filho de Jair Bolsonaro (PSL).

Presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que a decisão definitiva para a demissão de Cintra se deu porque a discussão em torno da criação de um imposto nos moldes da CPMF se tornou “pública demais”, e não devido à proposta em si. Mourão disse que Bolsonaro não tem uma “decisão” sobre o imposto. No entanto, o presidente escreveu mais cedo em uma rede social que a CPMF está descartada da reforma.

“É a questão do Imposto de Transação Financeira que o presidente Bolsonaro não tem uma decisão a este respeito e ele acha que a discussão se tornou pública demais antes de passar por ele”, afirmou Mourão, que ressaltou que Bolsonaro não gostou que o debate tenha chegado às redes sociais.

“Antes de ter passado por ele, antes de ter discutido com ele, esse troço transbordou, já estava sendo discutido em rede social, essas coisas todas, e o presidente não gostou”, disse.

 

 

*Com informações da Forum