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Política

Apoiadores vaiam Bolsonaro após elogio a pré-candidato em Guarulhos

“Fora, Xerife! Forasteiro”, gritou um apoiador após Bolsonaro mencionar o nome do deputado estadual Jorge Wilson (PL)

Jair Bolsonaro (PL) esteve neste fim de semana nas cidades de São Bernardo do Campo e Guarulhos, em dois dos maiores colégios eleitorais paulistas.

Em Guarulhos, Bolsonaro foi vaiado por apoiadores quando mencionou o nome do pré-candidato à prefeitura do município, o deputado estadual Jorge Wilson Xerife do Consumidor (PL), que esse apoia.

“Olá, amigos de Guarulhos. Estamos aqui com nosso prefeito Guti, Tarcísio, eu e nosso Xerife. O que eu quero para a cidade? O de melhor para vocês, ta ok?. Então desejo aqui, ao nosso colega Xerife boa sorte, felicidades. Estamos juntos. Valeu!”, afirmou Bolsonaro.

“Fora, Xerife! Forasteiro”, gritou um apoiador.

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“Tem trouxa que cai”, ironiza Rogério Correia após Bolsonaro usar doações de apoiadores para investir

O deputado Rogério Correia (PT-MG) ironizou os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que atenderam ao pedido de doações para o pagamento de multas impostas ao ex-mandatário. Correia chamou os bolsonaristas que doaram mais de R$ 17 milhões através de Pix de “trouxas”. “Golpe de mestre ou golpe de ‘mito’?”, perguntou o deputado.

De acordo com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões em transferências via Pix, e investiu quase a mesma quantia, R$ 17 milhões, em modalidades de renda fixa. Segundo o jornal O Globo, as movimentações financeiras ocorreram no período entre os dias 1 de janeiro e 4 de julho deste ano.

“Como todos já sabem, Bolsonaro arrecadou R$ 17 milhões em PIX dos seus apoiadores para supostamente pagar multas por diversas irregularidades. Por exemplo, só de multas por não usar máscaras de proteção à época da pandemia da Covid-19, ele deve ao Estado de São Paulo R$ 936.839,70. Deve também a outros estados. Mas sabe o que ele fez com o dindin arrecado? Segundo o Coaf, investiu em fundos de renda fixa. Golpe de mestre ou golpe do ‘mito’? Tem trouxa que cai!”, escreveu o deputado, vice-líder do governo na Câmara.

As transferências via Pix para Bolsonaro se intensificaram após uma campanha de arrecadação feita por aliados, com o objetivo de quitar multas que ele havia recebido durante seu mandato. Dentre essas multas, destacam-se aquelas relacionadas à circulação em vias públicas sem o uso de máscaras durante a pandemia de Covid-19.

Bolsonaro ainda não quitou cerca de R$ 1 milhão em multas aplicadas pelo estado de São Paulo devido ao descumprimento de normas sanitárias em 2021. Bolsonaro é alvo de cinco processos movidos desde o início do ano, resultando no bloqueio de R$ 164 mil em suas contas pelo Tribunal de Justiça estadual.

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Justiça

PF veta Bolsonaro em saguão de aeroporto, e escolta será sem brecha de aceno a apoiadores

Equipe do ex-presidente tentou sem sucesso alterar protocolo para permitir contato com apoiadores.

De acordo com a Folha, a Polícia Federal decidiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não sairá pelo saguão tradicional do Aeroporto Internacional de Brasília ao retornar ao Brasil, nesta quinta-feira (30).

A decisão, segundo o superintendente da PF no Distrito Federal, Cezar de Souza, foi tomada para evitar aglomeração de pessoas no aeroporto e um possível impacto no embarque e desembarque de passageiros.

“[Bolsonaro] Não sairá pelo saguão normal. Isso iria causar prejuízo à sociedade. Tanto o partido quanto outras pessoas estão conscientes disso e, com bom senso, aceitaram essa posição da PF”, disse Souza.

“[A decisão] Vem com força de lei. Nós temos prerrogativas legais, como Polícia Judiciária. Não é um ato ilegal, autoritário, mas está previsto na legislação”, completou.

De acordo com pessoas que acompanham os preparativos, Bolsonaro mostrou descontentamento com o protocolo de segurança definido pela PF, uma vez que planejava descer do avião e ir até o saguão para falar com apoiadores.

Para tentar reverter a decisão, integrantes da equipe de segurança do ex-presidente chegaram a entrar em contato com representantes da PF e expuseram a irritação de Bolsonaro.

A tentativa não surtiu efeito. Durante o contato, foi informado novamente à equipe de Bolsonaro que ele precisará descer do avião diretamente para um veículo responsável por transportá-lo até a sede do PL.

O principal receio das autoridades da Segurança Pública do DF é com o impacto que uma possível aglomeração no aeroporto possa causar na malha aérea de todo o país.

Segundo a Inframerica, concessionária que administra o aeroporto de Brasília, estão previstas 137 operações de decolagem e aterrissagem do início da manhã até as 10h.

“[Quinta-feira] É o dia mais agitado no aeroporto, e a PF tem a prerrogativa para fazer outras saídas que não sejam o desembarque tradicional. Tentar desincentivar a ida [de apoiadores de Bolsonaro] ao aeroporto é muito importante”, disse Juan Djedjeian, vice-presidente da Inframerica.

As informações foram repassadas em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29). A Secretaria de Segurança Pública do DF coordena as ações.

Segundo o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, a Polícia Militar fará a escolta do ex-presidente do aeroporto até a sede do PL, na área central de Brasília. No local, Bolsonaro deve se encontrar com dirigentes e parlamentares do partido.

“A gente vai garantir a segurança do ex-presidente no deslocamento, mas fazendo escolta no modelo segurança e não naquele modelo da escolta de dignitário, que permite flexibilidade maior”, disse.

Avelar explica que, nesse modelo de escolta, o ex-presidente não será autorizado a descer do carro na via ou prejudicar o trânsito para acenar a apoiadores. “Isso não pode acontecer. Temos que trabalhar com o menor prejuízo possível ao andamento da nossa cidade”, completou.

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Vídeos: Veja filas quilométricas de apoiadores de Lula para acompanhar posse em Brasília

Público começou a chegar nas primeiras horas da manhã deste domingo. Fila quilométrica para acessar a Esplanada se estende pela Asa Norte.

A Esplanada dos Ministérios começou a receber o público para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas primeiras horas da manhã deste domingo (1°/1). Apoiadores do novo chefe do Executivo Federal chegaram cedo, na tentativa de conseguir o melhor lugar para vê-lo subir a rampa do Palácio do Planalto.

Por volta das 9h, a fila formada alcançava quilômetros de extensão, na altura da 202 Norte. Do Eixo Cultural Ibero-Americano até a Rodoviária do Plano Piloto, o público também enfrenta longa espera para acessar a Esplanada.

Em alguns pontos, a fila passa de 4km. Antes das 7h, diversas caravanas e pedestres ocupavam as vias de acesso N1 e S1, rumo ao gramado central da Esplanada dos Ministérios, de onde cerca de 300 mil pessoas acompanharão o evento. Na região, ambulantes vendem bandeiras, camisetas, alimentos e bebidas.

Apoiadores de Lula chegando para assistir à posse- Metrópoles

A passagem da faixa está marcada para começar às 15h. Na Praça dos Três Poderes, onde o público verá de perto Lula colocar a faixa presidencial, a capacidade máxima é de 40 mil espectadores.

A servidora pública capixaba Daniele Stange, 39, e o marido, o advogado André Figueiredo, 54, vieram do Espírito Santo e chegaram à capital federal na última sexta-feira (30/12). “Eu nem dormi essa noite. A ansiedade é grande”, comentou Daniela. “O dia de hoje representa a redenção”, acrescentou André.

Sem demonstrar qualquer tipo de nervosismo pela espera da fila, as estudantes Ana Clara Braga, 21, Maria Lúcia Ferreira, 20, e Caroline de Oliveira, 19, já cantavam o Funk do Lula, música de Valesca Popozuda.

A cantora, uma das atrações culturais da posse, é uma das mais aguardadas pelas amigas, que vieram de Campinas (SP) para acompanhar a cerimônia.

“Os últimos dias nos deixaram preocupadas, mas, vendo a rua assim, a gente fica cheia de um sentimento de proteção, união e companheirismo. Percebemos que não estamos sozinhas nessa”, confessa Maria Lúcia.

“Nosso ônibus ia partir às 17h hoje, imagina? Convencemos a nossa caravana a voltar só amanhã. É para curtir cada segundo desse momento”, conta Ana.

*Com Metrópoles

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Terroristas apoiadores de Bolsonaro planejam ações em várias partes do Brasil

Todas as atenções estão voltadas para Brasília, onde uma organização terrorista formada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro planejava explodir uma bomba em frente ao aeroporto da cidade e uma subestação de energia elétrica em Taguatinga. Mas há fortes indícios de que os criminosos planejam atos violentos em várias partes do país.

Segundo o blog do Vicente, trocas de mensagens cifradas na dark web e mesmo no Telegram apontam para movimentos anormais no país com o intuito de tentar impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2023. Os diálogos vêm com alertas para todos se prepararem para meses de forte confusão, sobretudo em estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

Há indícios de que gente graúda esteja por trás desses movimentos terroristas financiando todas as ações. Não à toa, o mercado paralelo de armas e explosivos está em alta. Se a polícia realmente quiser frear as ações coordenadas deve buscar o mais rapidamente possível os financiadores desses grupos e criar barreiras nas principais rodovias para conter o transporte de armamentos.

A interceptação de bombas e a prisão do empresário George Washington pela polícia do Distrito Federal aguçaram os ânimos dos grupos que planejam atos terroristas. Nas trocas de mensagens, dizem que são muitos e que não podem ser contidos facilmente. Há autoridades constituídas apoiando os movimentos. A coordenação entre os extremistas impressiona.

Os próximos dias serão de tensão. Não será surpresa se outras células terroristas forem desbaratas à medida que a polícia de Brasília for pegando os comparsas de George Washington. Ele não é um lobo solitário. Muito pelo contrário. O que se vê é um exército de extremistas dispostos a enfrentar as instituições democráticas para fazer valer o que acreditam: que Bolsonaro venceu as eleições.

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Nunca o Antropofagista precisou tanto de seus apoiadores como agora

O momento exige de nós aquilo que Guimarães Rosa proclamou, “A vida… o que ela quer da gente é coragem”.

É com esse espírito, diante das novas realidades que nós brasileiros enfrentamos, é que estamos promovendo mudanças que consideramos decisivas para o enfrentamento objetivo desse estado de coisas porque passamos.

O bom senso nos trouxe a consciência de que não há como reivindicar uma sociedade mais justa num momento em que as desigualdades gritam, acolhendo em nosso blog publicidades, através de monetização, de empresas ou até de pessoas que compram esse espaço em um leilão, sem que possamos escolher que tipo de publicidade permitimos ou não em nosso blog.

É uma nova técnica contemporânea de utilizar o próprio espaço dos críticos do sistema para utilizá-lo a modo e gosto do freguês. Isso, praticamente tira a personalidade do nosso trabalho.

Diante dessa realidade que gera algum tipo de recurso para a manutenção do blog, o Antropofagista está se organizando para, independente do cálculo financeiro, retirar os anúncios, ou seja, retirar a monetização do blog para que resulte numa leitura mais fluida em que os leitores não tenham que ler os artigos entre publicidades em virtude da lógica da monetização.

Só teremos progresso no presente clima de acirramento político no país, sobretudo no eleitoral tão decisivo para nós, se lutarmos dentro do nosso próprio espaço para combater essas perversas técnicas universalizantes que acabam nos transformando em mulas das grandes corporações.

A nossa intenção é respaldar a ideia de que precisamos organizar o blog a partir de uma efetiva e correspondente ação que define de que lado estamos nessa guerra de informação.

Mas não podemos ficar apenas no discurso, daí essa natural tomada de decisão.

No entanto, o blog tem seus custos e o seu processo financeiro terá que ser tocado mais do que nunca com o apoio dos próprios leitores.

Nesse sentido, apelamos fortemente para os leitores que possam contribuir com qualquer valor, que utilizem o PIX ou a conta que nos permitirá traçar um novo plano de debate plural e multiplicador que deve ser implantado neste blog.

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O Antropofagista nunca precisou tanto de apoiadores como agora

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Vídeo: Bolsonaro se recusa a receber carta com pedido de ajuda de apoiadora: “Dificuldade todo mundo tem. Lamento”

Mulher relatou que ela e a mãe vêm passando “por muitas dificuldades”, mas Bolsonaro não se sensibilizou; “recebo mais de mil cartas por dia”.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a tratar apoiadores com desdém. Na manhã desta terça-feira (15), durante conversa com simpatizantes no “cercadinho” do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo mostrou insensibilidade com uma mulher que reatou estar passando por dificuldades e que queria lhe entregar uma carta.

“Venho aqui pedir ajuda. Eu e minha mãe estamos passando por muitas dificuldades e eu trouxe uma carta, queria saber se o senhor pode receber”, disse a apoiadora, que recebeu uma negativa do presidente.

“Receber, não. Alguém vai ler por mim. Recebo mais de mil cartas por dia. É a realidade. Se quiser que eu minta para você, eu minto”, respondeu Bolsonaro em tom ríspido. “Dificuldade todo mundo tem, em especial por conta dos governadores que fecharam comércio”, completou.

Na sequência, o presidente sugeriu que a mulher deixasse a carta “com alguém aí”. Ela, então, informou que a carta estava em sua bolsa e o titular do Planalto, então, se irritou: “Com todo respeito, se você não consegue por uma carta no bolso para entrar aqui fica difícil”.

A apoiadora, por sua vez, afirmou que “não permitem” que pessoas acessem o local com determinados objetos, e Bolsonaro respondeu com um seco “lamento”.

Assista ao trecho.

*Com informações da Forum

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Vídeo: em Goiás, Bolsonaro volta a provocar aglomerações. Sua meta é matar mais de 100 mil

Em visita à obra de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás,  município a 57 km de Brasília, Bolsonaro voltou a confrontar recomendações das autoridades de saúde e provocou aglomerações de apoiadores, além de cumprimentá-los e sem usar máscara.

O maníaco do Palácio do Planalto chegou ao local de helicóptero, mas, assim que desceu da aeronave, Bolsonaro subiu em um barranco e foi até um grupo de pessoas que se amontoavam em um cordão de isolamento.

Após a visita, voltou em outros focos de aglomeração e retirou sua máscara para cumprimentar a população e espalhar o vírus, desta vez, em Goiás.

Enquanto não ultrapassar a marca de 100 mil mortes, Bolsonaro não vai parar de disseminar o vírus pelo Brasil.

Assista:

 

*Da redação

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Bolsonaro já tentou implantar uma ditadura no “Dia do Fogo” e o mundo repudiou

Por que teríamos uma ditadura num país que vive uma democracia de mercado com as cúpulas das Forças Armadas, do judiciário, do congresso e do próprio governo perfeitamente harmonizadas com o presente momento?

Essa integração entre os poderes não é casual. O golpe em Dilma e em Lula, impedindo-o de disputar a cadeira da presidência e, naturalmente ganhar, teve total apoio dessas instituições afinadíssimas com o status quo que impõe goela abaixo do povo um modelo neoliberal tucano, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos, agravando no governo do golpista sabotador, Temer e, mais ainda, no governo miliciano, aonde foi instalado um regime autoritário “legal” do mercado e se agrava perigosamente nessa suposta democracia brasileira.

Então, as chances de Bolsonaro dar um auto golpe, são nulas. Se ele tentou? Sim, tentou peitar esse paredão institucional para ampliar os negócios da família, do já conhecido internacionalmente clã Bolsonaro, quando coordenou do Palácio do Planalto o dia do fogo, associado às milícias rurais que, como sabemos, o mundo inteiro repudiou e o elegeu o inimigo número 1 do planeta.

Nada disso estava na cartilha dos senhores da terra, nem dos nativos, nem dos globais. Mas Bolsonaro, com a sua psicopatia cega, ainda dobrou a aposta tentando emparedar os tais globalistas na ONU, afrontando a própria instituição e o universo de ambientalistas mundo afora que somou cientistas do mundo inteiro que denunciaram que o mundo caminhava para um trágico acontecimento ambiental se Bolsonaro não fosse freado.

Qualquer um, por mais bobo que seja, sabe que Bolsonaro estava defendendo comparsas, travestidos de apoiadores, garimpeiros, madeireiros, grileiros e a pistolagem patrocinada por esse caldo de monstruosidade para atacar os povos originários da floresta, mas sobretudo os índios, donos das terras pelas quais Bolsonaro tem verdadeira e doentia cobiça. Daí sua fixação em produzir discursos contra esses povos com a ridícula e paspalha conversa mole de que os índios querem shopping center, jet ski e computadores de última geração.

Bolsonaro promoveu o desmonte da Funai, demitiu até um general que não aceitou fazer o seu serviço sujo, pois percebeu que não era um projeto de governo, mas de família, assim como todos os projetos criminosos aos quais Bolsonaro, verdadeiramente, dedicou-se como presidente.

Se olhar com calma as ações diretas de Bolsonaro, a conclusão será de que ele é presidente de si próprio e de sua família, como fez quando era deputado inútil ao país, mas emplacou três delinquentes na política para que a família ampliasse seus negócios no submundo do baixo clero e expandisse o laranjal em parceria com os velhos comparsas da milícia.

Isso está tão cristalino que, de tão evidente e primitivo, parece inverossímil, mas não é. A família Bolsonaro controla pessoalmente todos os projetos de governo que Bolsonaro toca em prol do clã.

Por isso, sempre se vê um membro da família marcando presença na cena do crime, seja na morte Marielle, seja na morte do miliciano Adriano da Nóbrega ou no motim da PM do Ceará, há sempre um Bolsonaro envolvido no caso.

Assim também foi feito no dia do fogo, quando Bolsonaro, pessoalmente, numa estratégia que o mundo logicamente descobriu, promoveu uma queimada sem precedentes na Amazônia para que não houvesse qualquer forma de reação contra o incêndio. E assim, a operação que beneficiava as milícias do entorno da Amazônia poderiam instalar seus negócios, expandir seu território e explorar a Amazônia a modo e gosto da família.

Lembrem-se, um dos motivos da expulsão de Bolsonaro do exército, foi sua cobiça pelo garimpo em que levou outros subordinados para um garimpo ilegal em busca do enriquecimento fácil e da sua promoção social.

Por isso também a família ataca tanto o papel dos intelectuais no Brasil e no mundo, como artistas e cientistas nacionais e internacionais. Ou seja, qualquer um que se oponha ao seu projeto pessoal de poder familiar, é considerado inimigo.

O que Bolsonaro está entendendo, no tranco, é que ele tem muito menos poder do que imaginava e terá que cumprir, sem malabarismos ou esperteza, o papel que lhe cabe, o de vaca de presépio do mercado, para que o bezerro de ouro que Guedes tragicamente impõe ao país seja cumprido à risca e que o ciclo neoliberal, iniciado por FHC no desmonte do país, siga seu curso natural sem sobressaltos.

Fica a pergunta: como Bolsonaro daria um auto golpe se não consegue ficar de pé nem sobre suas próprias pernas?

Essa sua convocação para o dia 15 de março contra o congresso e STF é uma tentativa de mostrar alguma força popular para que não saia literalmente algemado do Palácio do Planalto por seu envolvimento com a nata da bandidagem carioca.

Quem leu a reportagem da revista IstoÉ, hoje nas bancas, sabe que Bolsonaro está por um fio.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas