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Saúde

Crianças Yanomamis com desnutrição severa e malária são resgatadas em estado grave

Ministério da Saúde tem resgatado crianças Yanomamis com quadros de desnutrição severa e malária em comunidades indígenas.

Técnicos do Ministério da Saúde (MS) já resgataram oito crianças em estado grave que vivem na terra Yanomami – a maior reserva indígena do país. Os pacientes, incluindo um recém-nascido, foram resgatados com quadros de desnutrição severa e malária.

A equipe técnica da pasta faz atendimentos na região desde segunda-feira (16/1), e encaminha as crianças para tratamento na capital Boa Vista (RR).

Segundo informações do MS, o paciente mais novo, de 18 dias de vida, foi levado ao hospital com quadro de pneumonia, e chegou a ter cinco paradas cardíacas. A mãe da criança percorreu três horas até chegar à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) no polo-base de Surucucu.

“Um dado público é que nos últimos 4 anos, 570 pessoas Yanomami morreram decorrente da contaminação por mercúrio por conta do garimpo ilegal. Agora, na casa de atenção à saúde indígena, tem 715 indígenas yanomami em desnutrição absurda”, disse Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (20/1), que visitará o estado neste final de semana para tratar de questões relacionadas à desnutrição de crianças indígenas do povo Yanomami.

“Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. Amanhã viajarei ao Estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami”, disse o presidente nas redes sociais.

O presidente estará acompanhado dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; da Defesa, José Múcio; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da Saúde, Nísia Trindade; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias.

O intuito do Ministério da Saúde é realizar uma missão para oferecer serviços de saúde aos mais de 30,4 mil indígenas que vivem no local.

“Nos últimos anos, a população Yanomami passou por desassistência e dificuldade de acesso aos atendimentos de saúde. Casos de desnutrição e insegurança alimentar, principalmente entre as mais de 5 mil crianças da região, foram registrados”, disse o Ministério da Saúde.

O ex-presidente Lula discursa em acampamento indígena Terra Livre, em Brasilia, cercado por lideranças de diferentes etnias. Ele segura um microfone e gesticula - Metrópoles

Saúde dos Yanomamis

Em razão da grave precarização das condições de vida do povo Yanomami, também em decorrência do garimpo ilegal, a população vive uma grande crise sanitária. Apesar de a atividade provocar assassinatos de indígenas, nos últimos meses também foram registradas diversas mortes por desnutrição.

A exploração ilegal do garimpo faz com que ocorra a incidência de doenças infecciosas. A falta de assistência em saúde também contribui para o quadro.

Na última quarta-feira (18/1), uma equipe do Ministério da Saúde foi enviada ao estado de Roraima para fazer um diagnóstico da situação. Em nota, a pasta informou que a expectativa é que, após o levantamento, sejam definidas “ações imediatas para superar a crise sanitária” pela qual passa a população local.

*Com Metrópoles

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Cotidiano

FAB e Anac permitiram aeródromo em garimpo de ouro investigado pela PF

Garimpo estaria sendo usado para “esquentar” ouro de terras indígenas. Parecer da FAB foi dado um mês após operação da Polícia Federal.

De acordo com o Metrópoles, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizaram, mesmo após operação da Polícia Federal (PF), o funcionamento de uma pista de pouso e de decolagem em um garimpo no Pará que estaria sendo usado para “esquentar” ouro de terras indígenas.

Documentos obtidos pela reportagem mostram que o Comando da Aeronáutica (Comaer) deu aval para o funcionamento do aeródromo privado Gana Gold Mineração, pertencente à empresa que leva o mesmo nome, em outubro do ano passado. Três meses depois, em janeiro deste ano, a pista de pouso foi inscrita pela Anac no cadastro de aeródromos, cuja validade é de 10 anos.

A pista de pouso fica localizada no garimpo Água Branca, próximo à cidade de Itaituba (PA). O local foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Gold Rush, em 9 setembro do ano passado – ou seja, um mês antes do parecer da FAB.

Investigação da Polícia Federal (PF) apontou que esse mesmo garimpo é usado para tornar legal o ouro proibido oriundo provavelmente de terras indígenas, unidades de conservação ou de garimpos clandestinos. Na prática, funcionaria como um “garimpo de fachada”, uma vez que possui licença de operação e teve uma produção bem maior que a autorizada.

A Gana Gold comercializou, em menos de dois anos, quase quatro toneladas de ouro, “capacidade de produção incompatível, que suplantam em, pelo menos, 8 a 33 vezes os teores estimados de aproveitamento na pesquisa mineral”, diz a PF.

De modo ainda a reforçar a aparência de legalidade do empreendimento, o grupo econômico montou uma grandiosa estrutura para a extração de ouro no garimpo Água Branca, inclusive com máquinas de alta tecnologia e a própria pista de pouso. Em agosto de 2021, a PF de São Paulo apreendeu ouro vinculado à região, o que ratifica, segundo a investigação, a forma de retirada do minério com o uso de aeronaves.

Cinco empresários desse grupo foram presos no início de julho deste ano na Operação Ganância, um desdobramento da Gold Rush. Eles foram soltos, contudo, em menos de um mês.

Os criminosos movimentaram mais de R$ 16 bilhões entre 2019 e 2021, e chegaram a criar até mesmo a própria criptomoeda para lavar dinheiro.

Autorizações

O parecer favorável do Comando da Aeronáutica se refere às questões relacionadas com a segurança e a regularidade das operações aéreas no referido aeródromo.

“Conforme os normativos citados, o parecer do Comaer é pré-requisito para análise do processo de inscrição cadastral do aeródromo, que traz a análise em relação aos potenciais obstáculos projetados no espaço, não sendo o ato administrativo que abre a infraestrutura para o tráfego aéreo”, diz a Anac.

A FAB foi procurada diversas vezes pela reportagem desde 28 de julho passado, mas não se manifestou. O espaço segue aberto.

“Pistas de pouso e decolagem utilizadas pelo garimpo ilegal ou para o tráfico de drogas são infraestruturas clandestinas, ou seja, não possuem inscrição na Anac. Os operadores dessas pistas não têm qualquer incentivo regulatório para procurar as autoridades de aviação civil, como a Agência Nacional de Aviação Civil ou o Comando da Aeronáutica, com vistas à regularização ou à atuação dentro da legalidade, acrescentou.

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Brasil

A explosão do do garimpo ilegal em terra indígena em que duas crianças foram sugadas por draga

Atividade avança na Terra Indígena Yanomami, sete meses depois do STF ter determinado que governo federal colocasse em pauta um plano para retirada dos invasores.

Maior reserva indígena do país em extensão territorial, a Terra Indígena Yanomami, local onde duas crianças foram mortas após serem sugadas por uma draga, tem vivido uma explosão de invasões de garimpeiros ilegais. Segundo cálculos do Ministério da Justiça, há mais de 400 pontos da atividade na região, nenhum deles com licença.

O avanço da atividade acontece sete meses depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado que o governo federal colocasse em pauta um plano para a retirada dos invasores. Desde junho, quando o Ministério da Justiça autorizou o envio da Força Nacional à região, já houve dezenas de operações. A última, em setembro, apreendeu 64 aeronaves com os garimpeiros.

A piora da situação no ano passado, que teve alta de 30% do garimpo ilegal, culminou com uma tragédia no Dia das Crianças, 12 de outubro. Os primos de 5 e 8 anos, da terra indígena de Parima, brincavam no Rio Uraricuera, que banha a comunidade Makuxi Yano, quando foram tragados e cuspidos por uma draga. Os corpos foram localizados depois pelos bombeiros. Mesmo com um histórico de violência trazido pela presença de pelo menos 20 mil garimpeiros que ocupam suas terras, a morte das crianças desencadeou um dos momentos mais tristes da aldeia.

Vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, Dario Kopenawa diz que a balsa dos garimpeiros veio se aproximando ao longo do tempo até se instalar a 300 metros da comunidade Makuxi. Ele denuncia que a ilegalidade persiste há pelo menos seis anos:

É um dos mais antigos garimpos da região do Parima e nunca teve uma operação, nem Polícia Federal, nem do Exército, nem do Ibama. Nunca pisaram lá. Os maquinários continuam na ativa.

No ano passado, dois yanomamis foram assassinados a tiros próximo a uma pista de pouso clandestina em Parima. O garimpo já se intensificava por lá.

Está acontecendo um processo lento de genocídio. A omissão do Estado brasileiro tem tido consequências dramáticas para os yanomamis com episódios terríveis de violência contra suas crianças mas também de desestruturação da sua saúde e da sua cultura. Essas comunidades caminham para a extinção — diz o procurador Alison Maruga, que atua na defesa dos povos indígenas no Ministério Público Federal de Roraima.

A comunidade Makuxi Yano é formada hoje por apenas 90 indígenas que vivem praticamente isolados. Só alguns entendem palavras em português — justamente aqueles que, para proteger a terra, acabam tendo mais contato com garimpeiros ilegais.

A draga que sugou as crianças é um equipamento instalado numa balsa que suga o fundo do rio em grandes tubos, transportando a areia e separando o ouro dos resíduos. Segundo Junior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-Y), a draga envolvida no crime foi escondida pelos garimpeiros, que fugiram.

As mães deles estão desesperadas. Não conseguem parar de chorar, gritam de dor. Elas perguntam: “por que meu filho morreu?” — conta Junior, que denunciou o desaparecimento dos meninos e esteve no local das mortes na sexta-feira.

‘Corrida do ouro’

Segundo o procurador, há em curso uma nova corrida do ouro em solo yanomami estimulada pelo discurso do governo federal que pretende autorizar a exploração mineral em terras indígenas. Além disso, enquanto aumenta o desemprego, o metal tem valorização no mercado internacional.

É uma atividade muito lucrativa. Uma cozinheira e um mecânico do garimpo ganham três vezes mais do que na cidade. Se esse processo se aprofundar, será irreversível — observa Maruga.

*Com informações de O Globo

*Foto destaque/Victor Moriyama/ISA

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Política

Garimpo ilegal e grilagem são as maiores cobiças da vida de Bolsonaro

Bolsonaro é obcecado por garimpo, agropecuária e hidrelétricas em terras indígenas.

A nova configuração de poder no Congresso é a mais favorável em tempos recentes à agenda do “correntão”, que pretende legalizar crimes já em curso na Amazônia, como grilagem de terras, desmatamento e garimpo em áreas indígenas.

Bolsonaro terá em Arthur Lira, experiente colecionador de infrações ao Código Penal, um parceiro à altura para conduzir a pauta da pilhagem. Em sua campanha à presidência da Câmara, o líder do centrão serviu-se de jatinho da Rico Táxi Aéreo, de Manaus. Em seu site, consta que a Rico cresceu no setor de transporte com “pequenas aeronaves que serviam ao garimpo na região”. A mesma empresa doou R$ 200 mil à campanha de Lira a deputado, em 2014.

Uma das maiores obsessões de Bolsonaro é o projeto que libera mineração, garimpo, agropecuária, construção de hidrelétricas e extração de petróleo e gás em terra indígena. O projeto trata os povos nativos com a mesma lógica do colonizador europeu: dividir para governar. Estimula conflitos em torno da repartição de poder e do dinheiro das indenizações que vierem a receber.

Na essência, é um projeto etnocida. Os cupins da manipulação política e econômica têm o potencial de desestruturar essas sociedades por dentro. É também genocida porque os povos terão, forçosamente, contato com todas as desgraças levadas pelos invasores: doenças, drogas, violência. E alguém acredita que os órgãos de fiscalização terão condições de agir nos confins da Amazônia se não foram sequer capazes de monitorar barragens em Minas Gerais ?

O projeto viola o preceito constitucional de respeito à integridade das terras “tradicionalmente” ocupadas pelos indígenas, criado durante a Constituinte em árduo processo de negociação entre a direita e a esquerda. Pela direita, pasme, o negociador foi o então senador Jarbas Passarinho, ex-ministro da ditadura. Mas aqueles eram tempos de diálogo e de gestação de um pacto para a reconstrução do país.

Hoje, estamos diante da destruição desse pacto e da ruína civilizatória.

*Cristina Serra/Folha

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Mandetta: eu avisei

Quando Mandetta foi demitido em 17 de Abril, o Brasil tinha 1.924 Mortos, 30.425 contaminados por Coronavírus. Hoje, 15 de maio,Teich pediu demissão, são 14.133 mortes e 207 mil contaminados. Deu pra entender que a morte é o projeto de Bolsonaro e o Coronavírus é o maior aliado dele? (Cristina Andrade)

Mandetta pode não ser uma Brastemp, já que é médico ligado ao mercado da saúde. Mas, enquanto ministro da Saúde diante da pandemia, não inventou. Procurou seguir, na medida do possível, as orientações da OMS.

Isso foi fatal para sua gestão. Bolsonaro sempre se colocou frontalmente contra essas orientações.

Baseado em que Bolsonaro é contra a OMS? Nele, no próprio Bolsonaro, é o que basta pra ele.

Achando que ser presidente da República é ser Deus, Bolsonaro pensa como um Napoleão de hospício, com apoio dos militares de seu governo. O mesmo Bolsonaro que, quando era tenente, foi expulso do exército por terrorismo e garimpo ilegal.

Mandetta se demitiu pelos mesmos motivos de Nelson Teich. Os dois são médicos e optaram pela vida dos brasileiros, enquanto Bolsonaro, sempre com foco nos ricos, quer que milhões de brasileiros pobres morram para garantir o lucro dos ricos.

A cloroquina não é a única obsessão de Bolsonaro, o fim da quarentena é outra ideia fixa do genocida.

Tanto é que o maníaco do Palácio do planalto prepara um pronunciamento para decretar o fim da quarentena no Brasil, atropelando prefeitos e governadores.

Por essas e outras, Mandetta e Teich deixaram Bolsonaro falando sozinho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Governadores se assombram com a incapacidade do Ministro da Saúde e dos militares que o tutelam

Bolsonaro arrastou as Forças Armadas para seu inferno político de tal forma, que nem em cem anos elas conseguirão se limpar perante o povo.

Todos os generais do governo Bolsonaro que falavam em honra, moral, patriotismo e outros bordões, hoje, encontram-se na mesma canoa de Roberto Jefferson, Kassab e Valdemar Costa Neto, remando sob o mesmo compasso.

Ainda hoje, o jornal Washington Post publicou um artigo em que Bolsonaro é descrito como um insano que prepara uma bomba biológica contra os brasileiros que causará uma tragédia sem precedentes.

Revela ainda o medo que os países vizinhos do Brasil estão do grau de contaminação e mortes que Bolsonaro promoverá no país nas próximas semanas.

Nesta quinta-feira (30), os governadores que estiveram com o ministro de Saúde, Nelson Teich, que Bolsonaro, por questões políticas, colocou no lugar de Mandetta, se disseram assombrados não só com incapacidade absoluta de Teich para o cargo, como também dos militares da ativa que o tutelam.

Essa conversa de que as Forças Armadas são uma coisa e o governo é outra, já não fazia sentido, agora, é que não faz mesmo. As Forças Armadas estão sim alinhadas em pensamento e ação com o genocida que ela própria expurgou de seu quadro quando esse mesmo delinquente se envolveu em atos terroristas e contravenção, sobretudo com o garimpo ilegal, arrastando com ele alguns subalternos para a empreitada.

O caso do Brasil está deixando brasileiros, com um mínimo de juízo, apavorados. As pessoas estão se sentindo dentro de uma câmara de gás em que a válvula a cada dia vai sendo aberta de maneira em que o processo de asfixia alcance a todos de forma inapelável.

Mesmo diante desse quadro drástico, Bolsonaro, como todo psicopata que até hoje quer explorar o garimpo ilegal, segue vomitando pelos quatro cantos do país o fim do isolamento social, irmanado com membros dos Clubes de Diretores Lojistas e outras entidades patronais, contando com colunistas sem absolutamente qualquer escrúpulo como Augusto Nunes, Roberto Cabrini, Alexandre Garcia, Ana Paula do vôlei, JR Guzzo e outros lixos vendidos ao capitão da morte, assim como a deputada vigarista, Carla Zambelli, figuras que representam bem o tipo de escória a quem Bolsonaro se une politicamente para ter a prerrogativa de fomentar um genocídio no país sem que de fato as instituições acionem mecanismos concretos para impedir imediatamente o avanço de Bolsonaro, militares, políticos sujos e colunistas inescrupulosos.

Alguma coisa muito séria precisa ser feita imediatamente para estancar essa sangria com o afastamento imediato desse monstro que se uniu a outros tantos do mesmo calibre para produzir o caos que o país todo vive e ainda viverá. É urgente e inadiável.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

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Bolsonaro já tentou implantar uma ditadura no “Dia do Fogo” e o mundo repudiou

Por que teríamos uma ditadura num país que vive uma democracia de mercado com as cúpulas das Forças Armadas, do judiciário, do congresso e do próprio governo perfeitamente harmonizadas com o presente momento?

Essa integração entre os poderes não é casual. O golpe em Dilma e em Lula, impedindo-o de disputar a cadeira da presidência e, naturalmente ganhar, teve total apoio dessas instituições afinadíssimas com o status quo que impõe goela abaixo do povo um modelo neoliberal tucano, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos, agravando no governo do golpista sabotador, Temer e, mais ainda, no governo miliciano, aonde foi instalado um regime autoritário “legal” do mercado e se agrava perigosamente nessa suposta democracia brasileira.

Então, as chances de Bolsonaro dar um auto golpe, são nulas. Se ele tentou? Sim, tentou peitar esse paredão institucional para ampliar os negócios da família, do já conhecido internacionalmente clã Bolsonaro, quando coordenou do Palácio do Planalto o dia do fogo, associado às milícias rurais que, como sabemos, o mundo inteiro repudiou e o elegeu o inimigo número 1 do planeta.

Nada disso estava na cartilha dos senhores da terra, nem dos nativos, nem dos globais. Mas Bolsonaro, com a sua psicopatia cega, ainda dobrou a aposta tentando emparedar os tais globalistas na ONU, afrontando a própria instituição e o universo de ambientalistas mundo afora que somou cientistas do mundo inteiro que denunciaram que o mundo caminhava para um trágico acontecimento ambiental se Bolsonaro não fosse freado.

Qualquer um, por mais bobo que seja, sabe que Bolsonaro estava defendendo comparsas, travestidos de apoiadores, garimpeiros, madeireiros, grileiros e a pistolagem patrocinada por esse caldo de monstruosidade para atacar os povos originários da floresta, mas sobretudo os índios, donos das terras pelas quais Bolsonaro tem verdadeira e doentia cobiça. Daí sua fixação em produzir discursos contra esses povos com a ridícula e paspalha conversa mole de que os índios querem shopping center, jet ski e computadores de última geração.

Bolsonaro promoveu o desmonte da Funai, demitiu até um general que não aceitou fazer o seu serviço sujo, pois percebeu que não era um projeto de governo, mas de família, assim como todos os projetos criminosos aos quais Bolsonaro, verdadeiramente, dedicou-se como presidente.

Se olhar com calma as ações diretas de Bolsonaro, a conclusão será de que ele é presidente de si próprio e de sua família, como fez quando era deputado inútil ao país, mas emplacou três delinquentes na política para que a família ampliasse seus negócios no submundo do baixo clero e expandisse o laranjal em parceria com os velhos comparsas da milícia.

Isso está tão cristalino que, de tão evidente e primitivo, parece inverossímil, mas não é. A família Bolsonaro controla pessoalmente todos os projetos de governo que Bolsonaro toca em prol do clã.

Por isso, sempre se vê um membro da família marcando presença na cena do crime, seja na morte Marielle, seja na morte do miliciano Adriano da Nóbrega ou no motim da PM do Ceará, há sempre um Bolsonaro envolvido no caso.

Assim também foi feito no dia do fogo, quando Bolsonaro, pessoalmente, numa estratégia que o mundo logicamente descobriu, promoveu uma queimada sem precedentes na Amazônia para que não houvesse qualquer forma de reação contra o incêndio. E assim, a operação que beneficiava as milícias do entorno da Amazônia poderiam instalar seus negócios, expandir seu território e explorar a Amazônia a modo e gosto da família.

Lembrem-se, um dos motivos da expulsão de Bolsonaro do exército, foi sua cobiça pelo garimpo em que levou outros subordinados para um garimpo ilegal em busca do enriquecimento fácil e da sua promoção social.

Por isso também a família ataca tanto o papel dos intelectuais no Brasil e no mundo, como artistas e cientistas nacionais e internacionais. Ou seja, qualquer um que se oponha ao seu projeto pessoal de poder familiar, é considerado inimigo.

O que Bolsonaro está entendendo, no tranco, é que ele tem muito menos poder do que imaginava e terá que cumprir, sem malabarismos ou esperteza, o papel que lhe cabe, o de vaca de presépio do mercado, para que o bezerro de ouro que Guedes tragicamente impõe ao país seja cumprido à risca e que o ciclo neoliberal, iniciado por FHC no desmonte do país, siga seu curso natural sem sobressaltos.

Fica a pergunta: como Bolsonaro daria um auto golpe se não consegue ficar de pé nem sobre suas próprias pernas?

Essa sua convocação para o dia 15 de março contra o congresso e STF é uma tentativa de mostrar alguma força popular para que não saia literalmente algemado do Palácio do Planalto por seu envolvimento com a nata da bandidagem carioca.

Quem leu a reportagem da revista IstoÉ, hoje nas bancas, sabe que Bolsonaro está por um fio.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas