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Política

Michelle desabafa: como ‘mulher traída’, fui a última a saber das joias sauditas

Ex-primeira-dama demonstra irritação e diz querer que objetos sejam devolvidos ao governo árabe.

De acordo com Monica Bergamo, Folha, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirma que, como “mulher traída”, foi a “última a saber” que joias teriam sido enviadas a ela de presente pelo governo da Arábia Saudita em 2021.

Ela não teria também a menor ideia de que os objetos preciosos tinham sido apreendidos pela Receita Federal há mais de um ano, e que o governo de Jair Bolsonaro se mobilizara para tentar reavê-los.

Nem mesmo seu marido, Jair Bolsonaro, teria passado informações a ela depois de tomar conhecimento do episódio.

Os fiscais retiveram na alfândega um par de brincos, um anel, um colar e um relógio, confeccionados com pedras preciosas, bem como um enfeite em forma de cavalo com adornos dourados.

O conjunto valeria R$ 16 milhões e, segundo o ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, que trouxe os presentes em sua comitiva, seriam destinados à então primeira-dama.

O desabafo de Michelle foi feito a interlocutores depois que o caso virou escândalo, na semana passada.

A ex-primeira-dama diz que tomou conhecimento dos fatos na sexta (3), quando uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo sobre o assunto foi enviada a ela por Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo e próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nos diálogos, a ex-primeira-dama chegou mostrar desconfiança, em um primeiro momento, de que alguma pessoa envolvida no transporte das joias teria tentado se apoderar dos bens.

Afinal, se o presente era destinado a ela, como nada ainda lhe teria sido informado, mais de um ano depois do envio dos objetos preciosos?

Num segundo momento, Michelle levou em consideração o fato de as joias estarem em uma caixa selada, o que em tese impediria qualquer um de saber o que havia dentro dela. A hipótese de desvio os bens foi descartada.

Demonstrando irritação por ter seu nome envolvido no escândalo, Michelle informou aos interlocutores que Jair Bolsonaro só teria sido informado sobre o presente e a retenção das joias no fim do ano passado, quando o governo se mobilizava para retirá-las da Receita Federal.

O marido, no entanto, não teria contado nada a ela, que só soube da confusão na semana passada.

A primeira-dama afirmou ainda que consultaria advogados sobre o que fazer.

Ela quer saber se ainda há uma forma de retirar os objetos da Receita Federal para devolvê-los à Arábia Saudita.

Como não houve declaração, o órgão apreendeu os bens e exigiu o pagamento do devido Imposto de Importação, oferecendo a opção de o Ministério de Minas e Energia pleitear formalmente o reconhecimento da condição dos bens como propriedade da União —o que destravaria os itens sem a necessidade do pagamento.

O governo de Jair Bolsonaro fez várias tentativas de reaver as joias, sem sucesso.

Quando o caso veio à tona, Michelle postou em uma rede social: “Quer dizer que ‘eu tenho tudo isso’ e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa [sic] vexatória”.

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Política

De ‘carteirada’ a pressão de ministério: governo Bolsonaro fez oito tentativas para reaver as joias

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro atuou para tentar liberar as joias avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões trazidas de forma ilegal para o Brasil. O episódio, revelado pelo jornal Estado de S. Paulo, aconteceu em outubro de 2021 e envolveu várias tentativas subsequentes de reaver os itens na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde o material acabou apreendido por não ter sido devidamente declarado. As pedras preciosas seriam um presente do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo o Estadão, três ministérios chegaram a ser acionados para tentar reaver as joias. Foram pelo menos 8 tentativas de liberar o material apreendido. Veja de que forma o governo atuou no caso:

O conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante estava na mochila de um militar, assessor do então ministro Bento Albuquerque. O titular das Minas e Energia voltava, na ocasião, de uma viagem pelo Oriente Médio. Eles passaram pela saída “nada a declarar” da alfândega do aeroporto, sem registrar a entrada com as joias. A cena foi registrada pelas câmeras de segurança do local. A legislação brasileira impõe, contudo, que é obrigatório declarar qualquer bem avaliado em mais de mil dólares (pouco mais de R$ 5 mil) na chegada ao país. Titulares da receita pediram para conferir a bagagem e apreenderam os bens.

Carteirada

De acordo com o Estadão, ao saber que as joias haviam sido apreendidas, Albuquerque retornou à área da alfândega e tentou, ele próprio, retirar os itens, informando que se trataria de um presente pessoal para a mulher do ex-presidente, Michelle Bolsonaro. A Receita deu a opção para a comitiva informar que se tratava de um presente entre os governos. Neste caso, não seria cobrado qualquer imposto, mas as joias seriam tratadas como propriedade do Estado brasileiro. Porém, o ministro não aceitou.

Ofício do gabinete presidencial

No dia 29 de outubro de 2021, o chefe de gabinete adjunto de Documentação Histórica do gabinete pessoal do presidente da República, Marcelo da Silva Vieira, envia um ofício para o chefe de gabinete de Bento Albuquerque afirmando que o encaminhamento das joias seria feito e que a análise seria para a incorporação ao “acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República”.

*Com O Globo

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Política

Com Bolsonaro, gigantes brasileiras passaram a vender material bélico à Arábia Saudita

Relações de Bolsonaro com o país do Oriente Médio vai além das joias milionárias.

Sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), gigantes da indústria de Defesa, a CBC e a MacJee fecharam negócios promissores com a Arábia Saudita, no primeiro trimestre de 2022.

A transição envolve a venda de material bélico e a responsabilidade sobre operações de fábricas já existentes no país do Oriente Médio, conforme informações da Veja.

“Além de levar para além das fronteiras a nossa capacidade técnica e de inovação como país referência na indústria de Defesa, a parceria com a Arábia Saudita abre ótimas oportunidades para o desenvolvimento da indústria local e fortalece a relação do Brasil com o governo saudita”, disse Simon Jeannot, presidente do Conselho de Administração da Mac Jee à época.

As relações de Bolsonaro (PL) com a Arábia Saudita, passa pela amizade com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman. A aproximação entre ambos ganhou novos contornos neste final de semana, após vir à tona o caso de contrabando de joias.

Segundo reportagem do Estadão, publicada nesta sexta-feira (3), um conjunto de joias Chopard, avaliadas em R$ 16,5 milhões, foram dadas de presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

À época, Bolsonaro tentou trazer para o Brasil o colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes sem pagar tributos. As joias foram encontradas na mochila de um militar assessor do então ministro Bento Albuquerque e foram apreendidas.

O tal assessor integrou comitiva presidencial para o Oriente Médio em outubro de 2021. Após a apreensão, diversos militares passaram a atuar para recuperar as joias.

Relações com Mohammed bin Salman

Antes mesmo de o governo da Arábia Saudita “presentear Michelle” com as joias, Bolsonaro sempre declarou sua relação pessoal com o príncipe, Mohammed bin Salman.

Em outubro de 2019, o então presidente afirmou que ambos se tratavam como “irmãos”. Desde então o Brasil se empenhou sobre acordos com os países árabes para evitar a dupla tributação, facilitar investimentos, além de buscar parceria no setor de alimentos e de fertilizantes.

“O Brasil já deu certo. E a aproximação com os senhores, em especial, aqui, a Arábia Saudita… A forma como o príncipe herdeiro tem me tratado, e eu também no tocante a ele. Como se fôssemos velhos conhecidos ou até mesmo irmãos. Isso me orgulha”, disse Bolsonaro em discurso a megainvestidores, na capital Riad.

O príncipe é conhecido pelos processos criminais que carrega. De acordo com um relatório da inteligência dos Estados Unidos, Muhammad bin Salman foi apontado como responsável pela morte do jornalista Jamal Khashoggi.

Khashoggi foi assassinado dentro da embaixada da Arábia Saudita em Ancara, na Turquia, em 2018. Na ocasião, ele entrou no local para buscar uma certidão para poder se casar com sua noiva turca.

Além disso, pesa contra Muhammed Bin Salman acusações de pedofilia e perseguição contra cristãos em seu país.

*Com GGN

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Economia

Dia de fúria: Bolsa bate 10% de queda e é paralisada; dólar a R$ 4,80

Em plena era da revolução digital, estamos nós pobres mortais, à mercê do velho ditado: “o futuro a Deus pertence”.

Quem pode ficar tranquilo com o caos instalado nas bolsas do mundo inteiro, principalmente depois da declaração de Paulo Guedes de que ele e equipe econômica estão tranquilos?

Diante dessa violência do dinheiro contra o próprio mercado, o único remédio que os economistas têm é o deixa que eu deixo. No bom português, é o famoso, tumé, onde todos colocam a barba de molho e espera um sinal qualquer de uma luz no fim do túnel.

Mas como, se ninguém sabe a extensão da pandemia do coronavírus?

Economista não tem bola de cristal, aliás, costuma errar previsão até mesmo do passado. Bastou mover o tabuleiro do xadrez geopolítico, com a Rússia não aceitando o jogo da Arábia Saudita de reduzir a produção de petróleo, e esta, por vingança, resolveu retaliar a Rússia, abrindo as torneiras da produção de petróleo, baixando o preço do barril a nível da guerra do Golfo em 1991, pronto, o barata voa está instalado.

Não é um mero jogo de xadrez, mas um processo que se dá no segundo lance estratégico em cima de uma areia movediça, que é o coronavírus.

Se por um lado, a China vem reduzindo o número de pessoas infectadas, a Itália, por sua vez, não consegue deter o surto e a doença avança de forma galopante.

O que é a economia diante de uma tragédia humana? Nada. Nessa hora reina o empirismo, o achismo e o chutismo. Cada um chuta para onde o nariz aponta. Neste caso, prudência e caldo de galinha são o melhor remédio. É que o vemos agora com o circuit breaker na Bolsa de Valores.

Oremos, pois é a única coisa que nos resta como reles mortais.

 

*Da redação.

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Urgente!: Preço do barril de petróleo cai mais de 30%

O preço do petróleo caiu 31% neste domingo, após uma tentativa fracassada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de estabelecer um acordo para tentar controlar a variação de preços do combustível.

Essa é a primeira vez que o preço do barril de petróleo cai para menos de 34 dólares. No momento, o barril está sendo negociado a 31 dólares e 43 centavos.

No último sábado, a Arábia Saudita reduziu o preço oficial de venda de suas matérias-primas para todos os destinos a partir de abril, depois que o acordo da OPEP com a Rússia e outros países fracassou.

Os preços do petróleo caem acentuadamente, dando sinais de que o esquema de corte de produção da OPEP com a Rússia pode ter sido desfeito pode não ter sido feito.

Em Viena, na sexta-feira, os membros do grupo e representantes de países aliados do bloco se reuniram para discutir a necessidade de diminuir ainda mais a produção de petróleo em meio ao surto do novo coronavírus (COVID-19), mas o ministro da Energia da Rússia, Aleksandr Novak, acabou rejeitando o ultimato para participar de um corte coletivo de produção.

 

 

*Sputnik

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O lacaio Bolsonaro arrasta a guerra dos EUA e Irã para dentro do Brasil

No Brasil, EUA testarão aliança contra o Irã.

Dentro do próprio Itamaraty, comunicado emitido por chanceler Ernesto Araújo em apoio ao ato de Trump foi duramente criticado por colocar em risco os interesses nacionais, por abandonar respeito à soberania e por quebra de uma tradição diplomática do país de diálogo.

GENEBRA – Aliados do governo de Donald Trump afirmam que deverão ser cobrados e testados em sua aliança com a Casa Branca no dossiê iraniano durante uma conferência organizada no Brasil, em um mês.

Nos dias 5 e 6 de fevereiro, o governo brasileiro aceitou sediar um encontro entre aliados militares dos EUA para debater a situação no Oriente Médio e no Golfo.

Oficialmente, a reunião faz parte do Processo de Varsóvia e teria como função o debate de assuntos relacionados à crise humanitária e refugiados, numa agenda que já havia sido estabelecida em dezembro. O Processo de Varsóvia foi lançado pelo governo Trump na capital polonesa no início de 2019 com o objetivo de reposicionar os EUA na região. Mas, nos bastidores, o projeto tem um só objetivo: conter o Irã.

Levando em consideração os encontros dos últimos meses, nenhum das demais potências deve fazer parte da iniciativa. China e Rússia alertam que o processo é uma forma diplomática que os americanos encontraram para planejar o Oriente Médio e o Golfo sem o Irã. A França também se recusou a participar da iniciativa.

Na região, os participantes são os aliados americanos: Afeganistão, Bahrein, Jordânia, Emirados Árabes e Arábia Saudita, além dos israelenses.

Iraque, Síria, Turquia e Líbano, além dos palestinos, também se recusam a chancelar o processo.

No caso do encontro no Brasil, porém, diplomatas na Europa afirmam que o programa de debates ameaça ser fortemente marcado pela crise declarada entre EUA e Irã. A perspectiva é de que, nos corredores e fora da agenda oficial, negociadores americanos usem a ocasião para garantir um apoio da aliança aos seus atos contra o regime de Teerã.

Desde a morte do general Qasem Soleimani, na sexta-feira, em um ataque americano, o Ocidente e aliados americanos foram tragados para a crise.

Do lado americano, porém, há uma enorme pressão para que tradicionais aliados mostrem “unidade” neste momento.

Diversos países que contam com bases americanas ou que têm sido um aliado explícito de Trump indicaram que temem ser alvos de uma represália por parte do Irã ou de milícias.

Reino Unido, Austrália e Canadá se queixaram de que o ato americano ocorreu sem qualquer tipo de consultas com os aliados que enviaram soldados no Iraque.

Os australianos anunciaram que sua embaixada em Bagdá estava fechada, enquanto Ottawa também demonstrou preocupação com sua presença militar no Iraque.

Brasileiros sob ameaça? No Brasil, certas alas das Forças Armadas deixaram claro que não querem ver o país envolvido na crise entre americanos e iranianos. Mas o grupo mais próximo aos EUA, liderado pelo Itamaraty, pressionou por uma declaração de apoio aos atos de Trump e acabou prevalecendo.

Fontes em Brasília indicaram que, antes de o comunicado oficial do governo ser emitido pela chancelaria, versões preliminares circularam com um tom de apoio ainda mais forte aos interesses da Casa Branca.

Dentro do Itamaraty, o comunicado de apoio aos americanos também foi duramente criticado. Embaixadores e diplomatas indicaram que o texto reflete um rompimento de uma tradicional posição de promoção da paz e diálogo do Brasil, assim como uma chancela de uma violação da soberania de outro país. “Ninguém respeita quem adota uma posição de lacaio”, alertou um experiente embaixador. “Em vez de defender os interesses do país, defendem os interesses americanos. Assim, nenhum país pode ser respeitado”, disse.

Para outro representante da diplomacia nacional, declarações de lealdade em relação ao presidente Donald Trump representam até mesmo um risco para empresas brasileiras.

Cientes dos atos de Soleimani, esses diplomatas brasileiros insistiam na necessidade de uma postura de neutralidade por parte do Brasil. Temendo uma retaliação por parte do chanceler Ernesto Araújo, diplomatas pediram para que suas identidades não fossem reveladas pela reportagem.

À coluna, o ex-ministro da Defesa e ex-chanceler, Celso Amorim, alertou que a posição do governo ameaçaria a própria segurança do país. “A questão é saber até onde irá (a aliança entre Bolsonaro e Trump)”, declarou. “E se, além das perdas comerciais, o governo está disposto a colocar em risco a segurança do Brasil e dos brasileiros”, questionou.

Pressão e Bastidores

Mas fontes diplomáticas confirmaram que, em meio à eclosão da crise, o governo americano fez questão de pressionar seus aliados para que saíssem em apoio à sua ofensiva. Nos últimos dias, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se queixou do frágil apoio que recebeu dos governos europeus diante do assassinato do general Qasem Soleimani, na sexta-feira. “Não ajuda”, declarou o americano.

No fim de semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou às lideranças iraquianas para demonstrar o apoio de Paris à soberania de Bagdá. Para diversos especialistas europeus, o governo americano violou a soberania iraquiana ao realizar a operação em território estrangeiro, sem ter sequer consultado com o país onde o ataque ocorreria.

A tentativa de manter os canais de comunicação abertos com o Irã também foi demonstrada pela UE, que convidou o chanceler de Teerã para um encontro em Bruxelas.

O gesto foi interpretado como um ato de desafio ao plano americano de isolar o Irã. O objetivo é o de convencer os iranianos a não responder com um ataque militar, já que isso certamente abriria o caminho para uma ofensiva ainda maior por parte de Trump.

O governo do Reino Unido também enviará nesta semana um de seus ministros para Washington, na esperança de convencer a Casa Branca a adotar uma postura menos agressiva na região.

No Vaticano, o papa Francisco apelou para o “auto-controle” e pela manutenção do diálogo. Enquanto isso, os governos da Suíça e do Japão têm tentado mediar a crise, com contatos entre Teerã e Washington para buscar uma desescalada do conflito.

 

*Jamil Chade/Uol

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Trump cometeu um ato de guerra sem autorização do Congresso e pode sofrer impeachment, diz Glenn

“A execução de um ato de guerra contra o Irã sem o Congresso – um dos usos mais imprudentes da força militar em anos – é uma base válida e justa para isso”, afirma o jornalista do The Intercept, se referindo a um processo de impeachment contra o presidente dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, executou um ato de guerra sem consultar o Congresso e isso pode ser um motivo de impeachment, alertou nesta sexta-feira 3 o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do The Intercept no Brasil.

“Se você quer que Trump seja alvo de impeachment, a execução de um ato de guerra contra o Irã sem o Congresso – um dos usos mais imprudentes da força militar em anos – é uma base válida e justa para isso”, publicou o jornalista no Twitter.

A mensagem foi postada em resposta ao seguinte comentário do jornalista Jeremy Scahill, do The Intercept nos EUA. “Assim como os neocons chegaram ao poder em 2001 com uma agenda predeterminada para mudança de regime no Iraque, o governo Trump colocou o Irã no alcance dos atiradores desde o salto. Este foi o centro do escândalo de conluio, amplamente ignorado pela mídia americana, com Israel e Arábia Saudita”.

Glenn comentou ainda: “Infelizmente, a guerra sem fim – no Oriente Médio e em outros países – é uma ortodoxia de longa data das alas do establishment de ambas as partes. Alimenta a economia dos EUA e sua hegemonia. Trump venceu, em parte, concorrendo contra esse militarismo irracional, e agora é uma personificação dele”.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi às redes sociais nesta sexta-feira 3 para criticar o ataque comandado por Trump contra Bagdá na noite desta quinta-feira 2. De acordo com ela, ação foi realizada “sem a consulta do Congresso”.

“O administrador do Trump realizou ataques no Iraque contra oficiais militares iranianos de alto nível e matou o comandante iraniano Qasem Soleimani da Força Quds sem um AUMF (autorização de uso de força militar contra terroristas) contra o Irã. Além disso, essa ação foi tomada sem a consulta do Congresso”, escreveu.

 

 

*Com informações do 247

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Tocada por um governo de militares de mercado, Petrobras abandonará projeto de desenvolvimento nacional

A Petrobras terá uma nova estratégia para os anos 2020. Num período em que, diferentemente dos anos 2010, quando a petroleira tirava vantagens da alta dos preços do petróleo no mercado internacional e se tornou uma das maiores empresas integradas de energia do mundo, o novo plano indica que se tornará uma empresa mais “enxuta”, concentrada apenas nos projetos de maior retorno, com foco em exploração e produção de óleo e gás.

O reposicionamento estratégico traz boas perspectivas de rentabilidade para seus acionistas, mas ao mesmo tempo expõe a companhia aos riscos de flutuações.

Reportagem do jornal Valor informa que o atual plano de negócios da Petrobras prevê a saída da estatal de campos maduros em terra e águas rasas, da petroquímica Braskem, dos setores de transporte e distribuição de gás natural e da produção de biocombustíveis e fertilizantes. Além disso, a petroleira vai reduzir sua fatia no refino.

A Petrobras também reduzirá geograficamente o seu raio de atuação, concentrando-se cada vez mais no Sudeste. A empresa privatizará todas as suas refinarias fora do eixo Rio-São Paulo e pretende sair de campos terrestres e em águas rasas – concentrados, sobretudo, no Nordeste.

A petroleira espera também se desfazer dos ativos remanescentes na América do Sul.

Essas mudanças demonstram o abandono da estratégia de desenvolvimento nacional.

Segundo a reportagem, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, espera que esse movimento de transformação se acentue nos próximos dois anos. A expectativa é que a Petrobras se consolide como uma grande exportadora de petróleo cru.

Para o sócio da área de energias e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra, o movimento da Petrobras é positivo. Segundo Godofredo Mendes Vianna, sócio sênior do escritório Kincaid Mendes Vianna, o movimento da Petrobras de se concentrar em exploração e produção é irreversível.

Por outro lado, Rodrigo Leão, coordenador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), vinculado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), contesta o enfoque quase exclusivo da companhia na atividade de exploração e produção – que absorverá 85% dos investimentos para 2020-2024, de US$ 75,7 bilhões.

Segundo Leão, a saída da Braskem e da produção de biocombustíveis, além da redução de sua presença no refino, colocam a petroleira numa situação de dependência das variáveis do mercado externo (como preços e demanda), num movimento “atípico” em relação aos seus pares globais.

Ele lembra que as grandes estatais de países em desenvolvimento, sobretudo da China, Índia e Arábia Saudita, têm investido na expansão do parque de refino para reduzir a dependência dos derivados do exterior. “As petroleiras desses países têm estratégias diferentes, mas convergem na preocupação de não se concentrarem apenas em exploração e produção. A Petrobras está fazendo o caminho que as outras estão evitando, de depender de exportações de óleo cru. Ela está olhando muito para o curto prazo”, defende Leão.

O pesquisador do Ineep também questiona a venda da Braskem. A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que, diante do impacto da eletrificação dos carros sobre o consumo de combustíveis, um terço do crescimento da demanda de petróleo virá da petroquímica em 2030. “Os derivados têm um ciclo de preços menos instável, seguram mais a volatilidade do mercado do que os preços do óleo cru. Ajudam a atenuar a volatilidade”, explica.

 

 

*Com informações do 247

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A tragédia do Brasil no 1º ano do governo Bolsonaro aos olhos da imprensa alemã

O Brasil sob Bolsonaro, segundo a imprensa alemã Em 12 meses, veículos destacaram derretimento da imagem do país após desmonte de políticas ambientais e queimadas. Suspeitas sobre Flávio Bolsonaro e declarações preconceituosas do presidente também foram abordadas.

Süddeutsche Zeitung: “Irmãos de alma” – sobre a aproximação de Bolsonaro com os EUA e fake news, 04/01/2019Brasil

“O populista Donald Trump e o extremista de direita Jair Bolsonaro têm tom e estilo semelhantes. Com métodos parecidos, conseguiram conquistar os cargos políticos mais altos no Brasil e nos Estados Unidos. Outra semelhança: supostamente, tanto Trump quanto Bolsonaro tiveram apoio ilegal durante a campanha eleitoral. O chamado escândalo da Rússia nos EUA encontra seu equivalente brasileiro num escândalo envolvendo o serviço de mensagens WhatsApp”, apontou o jornal de Munique.

Süddeutsche Zeitung: “Flávio Bolsonaro e o matador de aluguel” – os problemas do filho do presidente, 04/02/2019

“O senador brasileiro Flávio Bolsonaro é chamado de Zero Um pelo pai. (…) E Zero um se tornou um filho-problema para o novo presidente, apenas um mês depois da troca de governo. Tornou-se público que Flávio Bolsonaro empregou como assessoras, até novembro de 2018, a mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega. Nóbrega é considerado um dos principais matadores de aluguel do Rio. Ele é suspeito de ser um dos líderes do esquadrão da morte Escritório do Crime.”

Handelsblatt: “O imprevisível” – sobre o estilo do presidente Bolsonaro, 28/03/2019.

“Desde 1° de janeiro, Bolsonaro governa o Brasil – ou melhor: ele deveria governar. É que o populista de direita se ocupa bem pouco dos reais negócios do governo, que parecem não interessá-lo. Diante da elite econômica internacional em Davos, ele não discursou nem por seis minutos. Muitos no Brasil pensam: ‘ainda bem’. É que, quando Bolsonaro se pronuncia com parcos conhecimentos sobre a futura reforma, difama o Carnaval com vídeos obscenos ou demite seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência por pressão de seus filhos, os mercados financeiros ficam nervosos”, publicou o diário econômico alemão.

Frankfurter Rundschau: “Cem dias de Bolsonaro: propaganda de direita e constrangimentos” – sobre os primeiros meses turbulentos do presidente, 10/04/2019.

“Os primeiros três meses do ex-paraquedista Jair Bolsonaro na Presidência ficarão na lembrança do maior e mais importante país da América Latina como constrangedores. Desde tuítes obscenos sobre xixi no carnaval, passando pelo tratamento brusco dado a seus ministros, até decisões sem qualquer sombra de expertise, nada ficou de fora. Quem sofre é o Brasil e a imagem do país”, escreveu o diário de Frankfurt.

Süddeutsche Zeitung: “Combustível acabando” – a queda de popularidade Bolsonaro, 17/04/2019.

“As esperanças que seus apoiadores depositaram nele foram frustradas por Jair Bolsonaro nos seus três primeiros meses. Isso se reflete numa forte queda na sua popularidade. Desde o retorno do Brasil à democracia, em 1985, é a pior avaliação de um presidente depois de três meses no cargo.”

Frankfurter Allgemeine Zeitung: “A jornada errática de Bolsonaro” – sobre o estilo populista de Bolsonaro, 12/04/2019.

“Em fins de março, Bolsonaro ordenou que fosse celebrado o aniversário do golpe militar, o que causou estranhamento até entre os generais. E um tuíte sobre a decadência moral do carnaval incomodou até mesmo muitos de seus aliados mais próximos – na Bolsa de Nova York, muitos investidores buscaram informações, a sério, sobre o estado de saúde de Bolsonaro”, publicou o jornal de Frankfurt.

Bild.de: “Turistas gays são indesejados sob Bolsonaro” – sobre declaração homofóbica do presidente, 27/04/2019.

“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou durante um café da manhã com a imprensa na quinta-feira que não quer que seu país se torne ‘um paraíso para turistas gays’. ‘Nós temos famílias’, completou Bolsonaro. Interessante é a diferenciação que Bolsonaro também volta a ressaltar agora. Porque, claramente, o político de 64 anos parece não ter problema algum com o turismo sexual em si, contanto que ele se limite ao relacionamento heterossexual. ‘Se quiserem vir aqui fazer sexo com uma mulher, fiquem à vontade’, disse Bolsonaro”, publicou o site do principal tabloide alemão.

Deutschlandfunk Kultur: “Destruidor ambiental Bolsonaro e o desmatamento na Amazônia” – sobre desmonte de políticas indigenistas, 29/04/2019.

“Os senhores originais das florestas, os povos indígenas, não podem esperar apoio do novo presidente. Bolsonaro tem repetidamente deixado claro que quer desenvolver e explorar a região amazônica. Ele quer criar estradas, suspender ou acabar com regras de proteção ambiental. Do ponto de vista de Bolsonaro, ainda há espaço suficiente na Amazônia para pastagens e plantações de soja. E ele anunciou que não concederá um palmo a mais de terra sequer para os povos indígenas”, informou a emissora alemã.

Frankurter Allgemeine Zeitung: “Pelos cidadãos de bem” – sobre ampliação de acesso a armas por Bolsonaro, 09/05/2019.

“A simpatia de Bolsonaro pelas armas se manifestou agora num novo decreto: quem tem posse de arma de fogo poderá comprar agora até 5 mil cartuchos (…). Em 2017, houve 63.880 mortes violentas no Brasil. Em nenhum outro lugar do mundo tantas pessoas são mortas por armas de fogo como no Brasil. O país registrou também um aumento acentuado do número de mortos por policiais nos últimos meses. No governo Bolsonaro, não há sinais de uma atenuação da situação – pelo contrário. Na sociedade brasileira circula um chavão: bandido bom é bandido morto.”

Die Welt: “O presidente desafortunado” – sobre o derretimento da imagem do Brasil no exterior (02/07).

“A imagem do presidente brasileiro Jair Bolsonaro no exterior é devastadora. […] A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, juntou-se às fileiras dos críticos do presidente populista de direita. Bolsonaro respondeu com igual clareza e acusou os europeus de ‘psicose ambiental’. Apesar de tudo, Merkel quer fazer negócios com o potencial talhador de florestas”, publicou o jornal conservador de Berlim.

Der Tagesspiegel: “Presidente do Brasil demite guardião da Floresta Amazônica” – sobre conflitos com o Inpe, 05/08/2019.

“Ricardo Galvão é um dos cientistas mais renomados do Brasil. O físico chefiava o Inpe. Agora o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, exonerou Galvão, de 71 anos. A razão é simples: os dados divulgados pelo Inpe não agradam aos extremistas de direita. Eles mostram um aumento dramático no desmatamento ilegal na Amazônia durante seu mandato. O presidente Bolsonaro não quer admitir isso. Ele alega que os dados foram inflados para prejudicar a imagem do Brasil no mundo.”

Frankfurter Allgemeine Zeitung: “Bolsonaro depreza financiamento alemão”, sobre suspensão de verba alemã para projetos ambientais no Brasil, 12/08/2019

“Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil não precisa do dinheiro da Alemanha para proteger a Floresta Amazônica. ‘Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso’, afirmou Bolsonaro. Bolsonaro quer explorar mais economicamente a Região Amazônica, não demarcar mais áreas de proteção e permitir mais desflorestamento. Bolsonaro é cético das mudanças climáticas e aliado da indústria agrícola.”

Stern – “Brincando com fogo”, sobre a visão ambiental de Bolsonaro em meio às queimadas, 29/08/2019.

“Se você quer saber como o homem realmente encara questões ambientais, basta ver seu histórico. Em janeiro de 2012, Bolsonaro foi flagrado pescando ilegalmente em uma reserva marinha na costa do Rio de Janeiro. Um funcionário do Ibama, José Morelli, lhe aplicou uma multa de 10 mil reais. Para Bolsonaro, então deputado federal, essa foi a ocasião para uma vendeta sem precedentes: Após sua eleição como presidente, ele passou a difamar o Ibama como uma mera “indústria de multas”. No final de março, o servidor Morelli – a essa altura atuando como fiscal na Amazônia – foi exonerado do cargo”, escreveu a revista alemã.

Süddeutsche Zeitung: “Bolsonaro só entende a linguagem dura”, sobre a necessidade da comunidade internacional agir para conter queimadas, 01/09/2019.

“Frequentemente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é comparado a Donald Trump. Isso é injusto porque, ao lado do brasileiro, o presidente americano parece um cavalheiro. Isso foi vivenciado nesta semana porEmmanuel Macron. Depois de ter criticado o fraco combate aos incêndios na Amazônia, o francês teve que aguentar insultos a sua mulher por parte de Bolsonaro nas redes sociais. Esse é um nível ao qual nem mesmo Trump desceu.

Não. O presidente do Brasil não é um Trump tropical. Ele pertence a uma categoria dos que glorificam a violência, como o presidente filipino, Rodrigo Duterte, ou de intransigentes autocratas, como o venezuelano Nicolás Maduro.”

Die Tageszeitung: “Até os joelhos na lama negra” – sobre a falta de ação do governo na crise ambiental no litoral do Nordeste, 22/10/2019.

“Um vazamento de óleo se espalha na costa nordeste do país. No início de setembro apareceram as primeiras manchas negras. Atualmente mais de 160 praias em nove estados foram afetadas. Para o Brasil, a catástrofe ambiental ocorre no pior momento possível. Após os incêndios florestais na Amazônia e as críticas internacionais à política ambiental, o governo está abalado. Mais uma vez, ele não agiu rápido o suficiente. O presidente Jair Bolsonaro é acusado de falta de ação”, apontou o jornal berlinense.

Der Spiegel: “O mestre-demolidor” – sobre o derretimento da imagem do Brasil no exterior, 26/10/2019.

“Faz um ano que Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial no Brasil. Desde janeiro ele desempenha as funções do cargo, e é raro um chefe de Estado que tenha danificado a imagem de uma nação de forma tão veloz e duradoura quanto ele. O Brasil, que por muito tempo foi um país emergente em ascensão, é hoje um obscuro Estado pária, em que fanáticos conservadores travam uma campanha de guerra contra um inimigo que só existe na própria imaginação”, descreveu a revista semanal alemã.

Tagesspiegel: “Sob suspeita” – sobre reação de Bolsonaro a reportagem que ligou sua família ao caso Marielle, 31/10/2019.

“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ficou furioso. Ele xingou os meios de comunicação, descrevendo a Globo, a maior empresa de mídia do país, como ‘imprensa porca, nojenta, canalha e imoral’. Deve ter acontecido muita coisa para o presidente do Brasil se levantar pouco antes das 4h da manhã de sábado na Arábia Saudita para gravar um vídeo de 23 minutos. Bolsonaro negociou um acordo com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman no montante de 15 bilhões de dólares. Por tal, Bolsonaro esperava, aparentemente, elogios da mídia brasileira. Mas a TV Globo jogou uma bomba durante seu principal noticiário”, publicou o jornal de Berlim.

 

 

*Com informações do DW

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Brasil cai em ranking mundial de ciências, matemática e leitura e fica entre 20 piores colocados

Num país em que a burrice passou a ser sinônimo de status , essa notícia não poderia ser mais coerente.

Isso seria fatal.

A educação, a ciência e o pensamento foram as áreas prioritárias do desmonte ideológico dos golpistas.

O país perdeu posições na principal avaliação da educação básica no mundo, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), com possibilidade concreta de piora acentuada nos próximos três anos se Bolsonaro seguir à frente do governo Brasileiro.

Alguma dúvida? Nenhuma!

Os resultados, divulgados hoje pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), são da edição de 2018 do exame e nem dizem respeito à gestão de Bolsonaro que assumiu a Presidência em 2019.

Quando o resultado de 2019 chegar, veremos a tragédia intelectual que o país foi jogado pela escória neoliberal.

Em comparação com os dados de 2015, a última versão antes desta, quando foram avaliados 70 países e territórios, o Brasil caiu da 63ª para a 67ª colocação em ciências.

Nessa disciplina, o país supera apenas países como Cazaquistão e Bósnia e Herzegovina, ficando para trás de Uruguai, Chile e Tailândia, por exemplo.

Já em matemática, o país desceu do 66º para o 71º posto, ficando à frente apenas de Argentina, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Kosovo, Panamá, Filipinas e República Dominicana.

Em leitura, o país passou da 59ª para a 58ª posição, ficando atrás de países como México e Romênia.

Em um país em que a classe dominante inculta como é, assumiu a ignorância como estratégia de poder, uma nação em que a suposta classe média tradicional que, por um ódio doentio, elegeu o conhecimento como seu pior inimigo, a tendência é o Brasil se transformar no campeão mundial do analfabetismo real e funcional.

Mas a Bolsa seguirá dando lucros estratosféricos aos rentistas e aos bancos, batendo recorde sobre recorde de ganhos com a agiotagem corrente no país, enquanto a polícia brasileira mata cada vez mais estudantes, jovens e adolescentes em favelas, por serem favelados, com o aplauso do presidente da república, Bolsonaro, e do ministro da justiça, Sergio Moro.

Tudo isso é o resultado de um golpe dado em Dilma por homens velhos, brancos e ricos de uma oligarquia quatrocentona, decadente e escravocrata que sempre sonhou devolver o país à velha república.

 

 

*Carlos Henrique Machado Freitas