Nos últimos dias, bolsonaristas passaram a encaminhar vídeos antigos do ex-governador de SP criticando o ex-presidente, na tentativa de desgastar imagem da dupla como opção moderada em 2022, informa Andréia Sadi, no G1.
Integrantes do governo Bolsonaro se dizem “desanimados” com a insistência do presidente Jair Bolsonaro em se preocupar apenas com os apoiadores ideológicos – insistindo no negacionismo sobre a vacina, por exemplo – enquanto observam a formação de uma frente ampla no entorno do ex-presidente Lula.
Nesta segunda-feira (20), em avaliações de bastidores, fontes do Planalto ouvidas pelo blog admitem que já há uma preocupação com a possível vitória do ex-presidente no primeiro turno da eleição de 2022. A ordem no governo, agora, é tentar desgastar a imagem de “moderação” que a chapa Lula-Alckmin, se oficializada, pode ter na campanha do ano que vem.
Por isso, bolsonaristas já anteciparam a estratégia digital contra Alckmin e Lula e passaram a encaminhar por mensagens de celular, nos últimos dias, vídeos antigos de Alckmin criticando Lula.
Apesar da estratégia, aliados políticos de Bolsonaro admitem que dificilmente o núcleo digital, liderado por Carlos Bolsonaro, terá êxito se Bolsonaro não “mudar” em temas reais para a população.
Do lado de Lula e Alckmin, o ex-governador já sabe que terá uma missão para ampliar a base de apoio do ex-presidente, se for oficializado na chapa: conversar com base de policiais e religiosos, segmentos onde Bolsonaro conta vantagem, hoje.
No final de semana, antes do primeiro jantar público entre os dois, Alckmin conversou com algumas lideranças, como Marcelo Freixo. A Freixo, deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio pelo PSB, disse que está “animado” com a possibilidade de ocupar a vice do ex-presidente Lula.
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Não satisfeitos com mais de 617 mil mortes pela covid causadas pelo negacionismo de Bolsonaro, Bolsonaristas ameaçam a vacinação em crianças.
Um movimento liderado por ex-promotor bolsonarista cria teoria conspiratória dizendo que a Anvisa quer “envenenar” crianças e prega golpe antivacina.
Grupos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começaram a se mobilizar para pedir a prisão dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Bolsonaro tentou intimidar a agência durante a live, mas recebeu uma resposta dura da Anvisa. na última quinta-feira (16).
“Pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo”, disse o presidente na quinta-feira.
Essa tentativa de intimidação foi rechaçada pela Anvisa, mas provocou alarde entre apoiadores do presidente. Movimento chamado “Ações Libertadoras”, comandado pelo promotor de justiça aposentado Wilson Koressawa, lançou um documento que serviria de base para pedir o afastamento e a prisão de quatro diretores da agência.
Segundo Koressawa a vacinação em crianças “não se afigura razoável, pois, tal autorização é inconstitucional, ilegal e faz com que os representados incidam, em tese, na prática de vários crimes, infrações administrativas referentes aos deveres inerentes ao cargo e ato ilícito (art. 187, do Código Civil)”.
Para sustentar essa tese o bolsonarista se baseia em teorias conspiratórias de antivacina e em documento emitido pelo grupo negacionista Médicos Pela Vida. Esse movimento se notabilizou por defender o uso do comprovadamente ineficaz “tratamento precoce” com hidroxicloroquina contra a Covid.
Koressawa afirma que a liberação da imunização “deve ensejar o imediato afastamento deles do cargo, a prisão em flagrante ou preventiva, responsabilizando-os administrativa, civil e criminalmente”.
Os alvos do pedidos de afastamento e de prisão são o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e os diretores Meiruze Sousa Freitas, Gustavo Mendes Lima Santos e Diogo Penha Soares. No documento, Koressawa ainda pede a suspensão da “vacinação obrigatória” (que não é obrigatória) e do passaporte da vacina e também que todos os gestores que exijam comprovante de vacinação sejam alvo de investigação criminal.
Bolsonarista cria teoria conspiratória sobre envenenamento de crianças
Em outra publicação, o Ações Libertadoras afirma que a Anvisa quer “envenenar” as crianças e prega a mobilização contra a vacinação. “TODOS ELES QUEREM ENVENENAR E MATAR AS CRIANÇAS E PESSOAS POBRES, segundo Médicos e Cientistas sérios, verdadeiros. Nenhuma lei ou autoridade pode ordenar a morte de outra pessoa. ELES NÃO DEVEM SER OBEDECIDOS porque a Lei Penal diz que é crime matar ou envenenar alguém (arts. 121 e 270, do Código Penal)”, afirma a postagem.
Texto e vídeo divulgados pelo site remete às manifestações golpistas pró-Bolsonaro do 7 de setembro, dando a entender a possibilidade de um golpe contra a vacinação.
“A Lei Penal permite que todas as pessoas reajam contra injustas agressões, atuais, como acontecem agora, a mando daquelas autoridades, usando de todos os meios necessários (arts. 23 a 25, do Código Penal). Portanto, REÚNA A MULTIDÃO DO POVO para proteger a sua vida, do seu filho, de amigos e parentes e deem voz de prisão a todos eles. As Polícias Federal, Civil e Militar devem ser acionadas e ficar do lado do povo, pois, os filhos dos policiais não serão poupados. Se as polícias não atenderem ao comando do povo, AS PESSOAS PODEM REAGIR POR CONTA PRÓPRIA para evitar que matem seus filhos”, declarou.
A publicação defende o uso de “pedras, madeiras, pneus, fogo, armas, facas, tudo que a pessoa tiver à disposição” contra a vacinação em crianças. “Mais vale a vida das pessoas de bem do que a dos criminosos!”, diz.
No site do “Ações Libertadoras” o ex-promotor ainda tenta impulsionar abaixo assinado que pede a anulação das eleições de 2020, a proibição de urnas eletrônicas e o impeachment do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
*Com informações da Forum
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Homens encapuzados ligados a clube bolsonarista depredaram casas e incendiaram ônibus de agricultores.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou em suas redes sociais neste domingo (31) uma ação armada promovida por grupos bolsonaristas contra famílias camponesas na Bahia. No atentado que buscou instalar o terror no acampamento, ônibus foram queimados, veículos e casas foram depredadas e trabalhadores foram mantidos reféns.
“Famílias Sem Terra do Assentamento Fabio Henrique, no município do Prado (BA), foram surpreendidas por mais de 20 homens encapuzados e fortemente armados. O grupo armado atirou em direção aos trabalhadores que estavam reunidos no momento em uma assembleia”, denunciou o MST.
Segundo o movimento, dois ônibus de agricultores foram queimados e casas foram depredadas durante a ação. Além disso, três carros de passeio foram atingidos por disparos na agrovila.
O MST afirma ainda que alguns trabalhadores foram feitos de reféns durante o ataque. Apontando armas para os assentados, o grupo de encapuzados queria localizar as lideranças locais. “Durante o atentado vários trabalhadores foram perseguidos e tiveram que adentrar em meio da plantação de eucalipto, circunvizinha ao assentamento”, afirma o movimento.
Para a Direção Nacional do MST, “o atentado faz parte de uma ação coordenada, com apoio de grupos bolsonaristas a nível local e nacional, que financiam e recrutam milicianos, com objetivo específico de atacar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”.
Um boletim de ocorrência foi registrado, a Secretaria de Segurança Publica da Bahia prometeu acompanhar os fatos e a Polícia Militar foi ao local. Segundo o movimento, alguns dos envolvidos foram já identificados e integram grupos bolsonaristas que frequentam o Casarão Brasil de Teixeira de Freitas (BA), uma espécie de clube de “articulação bolsonarista e de promoção fake news na região”.
Confira fotos e vídeo divulgados pelo MST:
🚨🚨🚨 FAMÍLIA SEM TERRA NA BAHIA SOFREM ATENTADO DE GRUPOS BOLSONARISTAS!!!
Na manhã deste domingo (31), famílias Sem Terra do Assentamento Fabio Henrique, no município do Prado (BA), foram surpreendidas por mais de 20 homens encapuzados e fortemente armados (…)+ pic.twitter.com/0IieOWuo01
Alguns indivíduos que participaram do atentado foram identificados. São indivíduos ligados aos grupos Bolsonaristas na região que frequentam o Casarão Brasil, em Teixeira de Freitas (BA), espaço de articulação bolsonarista e de promoção fake news na região. (…)+ pic.twitter.com/uRURENKubu
Fizeram alguns trabalhadores reféns com armas de fogo apontadas na cabeça, exigiam que os mesmos localizassem os dirigentes do MST. (…)+ pic.twitter.com/vmXRLjMnvr
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A reportagem do DCM mergulhou no submundo das comunidades bolsonaristas do Telegram. Um mundo quase sem lei onde impera a desinformação e o ódio.
Em milhares de áudios e mensagens de texto, eles pregam a morte de jornalistas, advogados, ministros do STF e professores pela mão do Estado, além de mentir sobre a vacinação contra covid-19.
Um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aponta que o Telegram pode desempenhar nas próximas eleições o mesmo papel que o Whatsapp teve no último pleito: o principal canal de disseminação de notícias falsas.
O próprio Presidente da República e seus apoiadores estimulam a migração para o Telegram.
O aplicativo tem mais recursos que o Whatsapp, permite grupos de até 200 mil usuários – enquanto o Whatsapp restringe o tamanho das listas a apenas 256 membros.
Uma prova da adoção do Telegram pela militância bolsonarista é a conta oficial do presidente. Em janeiro ela tinha 145 mil usuários cadastrados.
Hoje, mais de 1 milhão de pessoas seguem Bolsonaro. Apesar de não ser o aplicativo de mensagens mais usado no Brasil, posto que fica com o Whatsapp, o Telegram despertou o alerta entre pesquisadores e autoridades eleitorais do país.
O aplicativo não tem representantes no Brasil, não modera conteúdo e nem impede que um post ou meme viralize. Durante uma semana o DCM mergulhou nas entranhas das redes bolsonaristas no aplicativo Telegram. Há de tudo.
O aplicativo tem mais recursos que o Whatsapp, permite grupos de até 200 mil usuários – enquanto o Whatsapp restringe o tamanho das listas a apenas 256 membros.
Uma prova da adoção do Telegram pela militância bolsonarista é a conta oficial do presidente. Em janeiro ela tinha 145 mil usuários cadastrados.
Hoje, mais de 1 milhão de pessoas seguem Bolsonaro. Apesar de não ser o aplicativo de mensagens mais usado no Brasil, posto que fica com o Whatsapp, o Telegram despertou o alerta entre pesquisadores e autoridades eleitorais do país.
O aplicativo não tem representantes no Brasil, não modera conteúdo e nem impede que um post ou meme viralize. Durante uma semana o DCM mergulhou nas entranhas das redes bolsonaristas no aplicativo Telegram. Há de tudo.
Disseminação de informações falsas, teorias da conspiração e lutam para sabotar a vacinação, o isolamento social, o uso de máscaras, além do apoio incondicional ao Presidente da República.
Vacinas com microchips e grafenos que transformam o corpo dos vacinados em redes wi-fi que podem ser acionadas para controle da mente. Uma elite global imaginária que controla governos, judiciário e a mídia com intenção de implantar um regime comunista a fim de promover o aborto e a pedofilia.
Vacina ‘chipada’
A recente queda do Facebook, Instagram e WhatsApp não passou de um teste do ‘deep state’ para conectar os vacinados à rede 5G.
Um usuário afirma que a “queda das redes se deve ao fato de excesso de tentativas de conexão 5G das pessoas vacinadas”, se referindo a falha global. Para eles, a vacina contém grafeno, uma substância feita de cadeias de carbono ligadas em forma de colmeia.
A teoria conspiratória afirma que, uma vez dentro do organismo, o grafeno cria uma teia que faz com que o corpo do vacinado comece a transmitir e receber certas frequências de rádio.
Como prova, vários usuários postam vídeos que mostram o bluetooth de celulares ‘reconhecendo’ endereço digital dos vacinados.
A teoria digna filme B de ficção científica conta com milhares de adeptos. “Os vacinados precisam pedir perdão a Deus, pois colocaram o chip da besta em seus organismos”, afirma um usuário de um dos grupos acompanhados pela reportagem.
Os anti vacinas defendem também que outras substâncias como a ingênua luciferase, além de metais pesados e toxinas capazes de alterar o DNA humano, são ingredientes ativos das vacinas.
Luciferase é um termo genérico para um grupo de enzimas que desencadeiam uma reação química produzindo um brilho visível. A enzima interage com as luciferinas dos vagalumes, fazendo com que eles se acendam. Mas na ideia dos propagadores de fake news, luciferase quer dizer “Lucifer race” ou “raça de Lúcifer”.
“Os satanistas dos globalistas do Fórum Econômico Mundial, ONU, OMS, Dr. Anthony Fauci e Bill Gates querem marcar a humanidade e corromper seu DNA com as ‘vacinas’”, disse outro perfil se referindo ao grupo mundial que eles acreditam dominar os governos do mundo inteiro.
“A nanotecnologia existente no hidrogel (das vacinas) pode se conectar via transmissão das antenas 5G e satélites da Cabala”, afirma uma das mensagens postadas no grupo “QAnon – Aproveitem o show”.
Esse grupo de globalistas da chamada Cabala estaria comandando uma espécie de estado profundo integrado por membros dos três poderes, imprensa e grandes empresários. Uma organização que só é combatida por Donald Trump nos EUA e por Jair Bolsonaro no Brasil.
A teoria surgiu em 2017 no site 4Chan. Um usuário postou uma série de informações ditas ultrassecretas de nível “Q”, dando origem ao que se conhece hoje por ‘QAnon’, um grupo da ultra direita dos EUA que acredita que Trump lutava contra os pedófilos adoradores de Satanás.
Muitos têm se debruçado sobre a origem dos QAnon. À revista New Republic, a escritora e pesquisadora Talia Lavin, escreveu: “Sociólogos e jornalistas têm lutado para categorizar com precisão a teoria da conspiração caótica conhecida como QAnon. É um movimento político? Uma nova religião ? Um culto? Ele contém elementos de todos esses elementos”, diz o texto.
“Historiadores oferecem outra tese para o propósito que QAnon serve. É muitas vezes é politicamente útil. Distribuído pelos romanos contra os primeiros cristãos, por cristãos contra judeus, por cristãos contra bruxas, por católicos contra ‘hereges’, é um conjunto maleável de acusações que postulam que um grupo social foram dos muros está envolvido em comportamentos perversos e ritualísticos que visam inocentes – e que o grupo e todos os que tornam ele possível devem ser esmagados”.
QAnon BR
No Brasil, a versão dos QAnon importam teorias da conspiração e método de atuação do original norte-americano. Além da pauta anti vacina, os grupos bolsonaristas do Telegram também se valem de pautas como pátria, família, são contra as agendas igualitárias, como antiracista e a causa LGBTQIA+, pregam a eliminação de minorias e do comunismo.
“Todo advogado, todo jornalista, todo professor de história é formado para mentir, para ser um terrorista, um militante comunista. O Brasil vive em uma ditadura comunista desde 1985”. É necessária uma constituição que puna com pena de morte.
Frazão é dono de uma das comunidades mais virulentas do Telegram. “Doutor Marcelo”, como é conhecido, se diz engenheiro agronômico, cientista político, economista e professor universitário, embora nenhuma das informações possa ser checada.
Ele alega que ensina ciência política a seus seguidores, mas não há currículo Lattes em seu nome. Investigado no inquérito das milícias digitais, contou em depoimento à Polícia Federal que não falou da Covid ou de vacinas porque o “vírus não existe”.
Frazão é youtuber e alega ganhar a vida com doações de seus alunos.
“A vacina é uma questão política e eu posso falar como jornalista que eu sou no Youtube, como cientista político, como professor e não vai ser um promotorzinho que vai me impedir. Eu sou a única pessoa na história do país ameaçada por dar uma aula de genética sobre a vacina”, diz.
Frazão é processado por dizer que a vacina provoca câncer, alterações genéticas, problemas de fertilidade e “homossexualismo” . Suas contas no Youtube foram encerradas por violação das diretrizes da plataforma.
Tudo isso é divulgado para seus seguidores, que são proibidos de contestá-lo. Uma postagem afirma que mulheres vacinadas estão dando a luz a “crianças monstros com rabos, chifres e múltiplos braços e pernas”.
Veja abaixo mais algumas amostras de negacionismo, antissemitismo, paranoia e pilantragem no Telegram de bolsonaristas:
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Os bolsonaristas querem mesmo saber quem está por trás daquela farsa da facada? Pois bem, Alexandre Frota entrou com pedido de CPI para que esse fato seja apurado. Vamos ver o que o clã fala sobre isso e o que os parlamentares bolsonaristas vão dizer essa proposta de CPI de Frota.
Dependendo da resposta dessa turma, saberemos de cara se tudo aquilo foi ou não uma grande armação, como mostra o excelente documentário de Joaquim Carvalho, “Bolsonaro e Adélio, uma fakeada no coração do Brasil”, disponível no Youtube.
Assista:
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Um fato bastante curioso no perfil do bolsonarista é a fotografia quase siamesa com a base historicamente tucana, sem jovens, negros ou pobres, o que confirma o que muitos já sabiam, o bolsonarismo é filho direto do tucanato, melhor dizendo, o tucanistão gerou o bolsonistão.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, USP, com o foco nas pessoas que estiveram na manifestação do 7 de setembro na Av. Paulista, apurou o perfil de quem foi às ruas para defender Bolsonaro: 77% são de direita, 61% são homens, 60% brancos; 42% tem mais de 50 anos e a maioria se diz cristã – 37% católicos e 36% evangélicos. Na entrevista, 65% disseram se considerar muito conservador quando o assunto é família, drogas e punição a criminosos.
Por que não há surpresa? Porque ainda em 2014, na campanha de Aécio Neves, as respostas dadas pelos aecistas sobre as questões políticas do país eram absolutamente idênticas às dos bolsonaristas característicos, chamados de bolsonaristas raiz.
Mas, na verdade, a raiz desse bolsonarismo vem do território fértil de fascistas criados e alimentados como gado pelos tucanos.
O mapa eleitoral dos tucanos de outrora é o mesmo do bolsonarismo. Não é sem motivo que os parlamentares tucanos votaram em todas as pautas patronais contra os trabalhadores que Guedes trouxe da cartilha fernandista, cartilha esta que levou o país, sob a batuta de FHC, a um desastre econômico idêntico ao que vivemos hoje, com direito a apagão e tudo. Tanto isso é verdade que as duas primeiras coisas feitas por Temer após o golpe em Dilma foi criar o teto de gastos, como já queriam os tucanos no passado, somado à internacionalização dos preços dos combustíveis pela Petrobras, que é a mola propulsora da inflação.
Política feita por Pedro Parente, mais conhecido pelos brasileiros, como o ministro apagão de FHC. Apagão que agora volta a assombrar os brasileiros no governo Bolsonaro. Até mesmo o número de desempregados se equivale, assim como o preço do dólar.
Por isso, Temer, que é o elo entre FHC e Bolsonaro, foi o homem da carta arrego de Bolsonaro.
Trocando em miúdos, o que aqui se quer deixar claro é que tudo o que o Brasil vive hoje é resultado da terceira parte do golpe que levou Bolsonaro a sentar na cadeira da presidência da República, num grande acordo nacional, com Supremo, com tudo. O resto é conversa mole.
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As declarações mais recentes de Bolsonaro, que passou valente a cordeiro, principalmente com o ministro Alexandre de Moraes, com quem está para ter um encontro, deixaram os bolsonaristas decepcionados com o “mito”.
O que estão achando do gado arrependido? Está sendo meu entretenimento nesta quinta a tarde. Vendo perfis como o do Constantino ou o do Allan dos Santos está sensacional, recomendo! pic.twitter.com/NtpPsikn7D
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão desde o início da tarde desta quarta-feira (8) tentando intimidar caminhoneiros para pressioná-los a realizar uma paralisação. Vídeos mostram bolsonaristas jogando pedras em veículos para forçar locaute.
As cenas mais sérias foram vistas em Santa Catarina. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o estado é o que mais possui bloqueio de vias.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, há ações de interrupções do fluxo rodoviário em ao menos 8 estados. Estes seriam Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul.
A Fórum teve acesso a um levantamento do gabinete do deputado Alencar Braga (PT-SP) feito a partir de um mapa que circula entre caminhoneiros bolsonaristas com todos os pontos de bloqueio. Além dos estados já citados, há paradas em Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. Dessa maneira, seriam 19 estados.
A PRF do Tocantins disse aos jornalistas Tácio Lorran e Galtiery Rodrigues, do Metrópoles, que o movimento de bloqueio não é feito só por caminhoneiros.
O deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros e Celetistas, cobrou da Direção da Polícia Rodoviária Federal a proteção de motoristas diante das ações de bolsonaristas. No ofício, obtido pelo colunista Chico Alves, do Uol, Crispim pede para a PRF “cumprir e fazer cumprir a legislação brasileira, garantir a liberdade dos caminhoneiros, conter e evitar intercorrências do tipo e sua evolução”.
Um vídeo difundido pelo portal Nd+ mostra pedras sendo lançadas contra motoristas. Confira no fim da matéria.
Associação dos transportes reage a bloqueios
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou nota na noite desta quarta repudiando as ações. “Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, afirma a entidade.
“Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá causar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamentos, combustíveis etc”, afirma.
A NTC cobra o Governo Federal e governos estaduais a repelirem esses bloqueios. “A NTC deixa claro que não apoia esse movimento, repudiando-o, orientando as empresas de transporte a seguirem em sua atividade e orientando os seus motoristas para em caso de bloqueio ao trânsito dos seus veículos acionarem imediatamente a autoridade policial solicitando sua liberação”, finaliza a nota. Confira na íntegra no fim da reportagem.
Confira o vídeo:
FLAGRA! 🔴
“Bolsonaristas ameaçam caminhoneiros catarinenses com pedras!
Sem adesão da categoria pequenos grupos bolsonaristas estão agindo com violência nas rodovias catarinenses e tentando espalhar o caos nas estradas.”#NãoPassão#ForaBolsonaro Via: PT/Itapema-SC pic.twitter.com/HUPa1Q2fgF
Se a intenção de Bolsonaro era a de fazer queda de braço com o ministro Alexandre de Moraes, não só perdeu como saiu com o braço quebrado em três partes.
Enquanto a manifestação de Brasília não produziu nem a fumaça dos tanques mata mosquito que desfilaram no dia 10 de agosto na Praça dos Três Poderes, Moraes reinou absoluto no 7 de setembro prendendo mais bolsonaristas do que manifestantes pró-Bolsonaro em Brasília.
O fiasco que sela o caixão do mito foi de fato frustrante, porque, além de tudo e para o desespero dos adoradores de PMs, a bomba de gás lacrimogênio comeu solta para os mercenários que receberam R$ 100, mais transporte e estadia para engrossar o coro dos barrigudos bolsonaristas raiz.
O enxerto não foi suficiente e resultou em fracasso generalizado.
A greve dos caminhoneiros anunciada pela tias do zap, jamais existiu. Zé Trovão que enfrentaria Moraes durante a manifestação, deu linha na pipa e se arrancou do Brasil e a invasão do STF flopou e virou piada.
Já Alexandre de Moraes pegou até o peixe graúdo do trumpismo na hora de seu embarque para os EUA.
Na verdade, com Bolsonaro saindo totalmente enfraquecido, varado e murcho das manifestações que prometiam atropelar as instituições e, por outro lado, Moraes exibindo gente graúda em sua caça aos golpistas, o espaço entre a prisão e o Palácio do Planalto, mas sobretudo das mansões do clã, ficou bem mais curto.
Se eu fosse Eduardo Bolsonaro, que comandou a invasão na Praça dos Três Poderes, não dormiria de touca, já que seu convidado de honra, o golpista ex-braço direito de Trump, Jason Miller, sentiu a mão pesada do Lord Voldemort, do STF.
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