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Política

Filho 04 de Jair Bolsonaro tem se reunido com políticos de Santa Catarina de olho na candidatura a vereador em 2024

O filho 04 do ex-presidente Bolsonaro, Jair Renan, tem se movimentado entre políticos de Santa Catarina, especialmente de Balneário Camboriú – onde mora desde março deste ano, quando ganhou um cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL) -, com vistas ao lançamento de sua candidatura a vereador pelo partido do pai em 2024, segundo O Globo.

Jair Renan, de 25 anos, tem comparecido nos últimos dois meses, a uma série de reuniões com lideranças locais do estado, entre as quais prefeitos de cidades vizinhas, vereadores e os deputados Zé Trovão, Júlia Zanatta e Caroline de Toni.

No último fim de semana, quando Jair Bolsonaro cumpriu agenda no estado, o estudante de direito recebeu a benção do pai para concorrer. Em entrevista à Jovem Pan, o ex-presidente falou sobre os planos do filho. Já no almoço que teve com o governador Jorginho Mello agradeceu a receptividade dos catarinenses com Renan: “Que seja muito feliz aqui”, disse.

Nas redes sociais, o 04 também aderiu à cidadania catarinense. Em publicação, afirmou que as armas e o chimarrão são os “símbolos de sua nova jornada”. Ao postar registro com Bolsonaro, repetiu os votos: “Recebendo meu pai em minha nova terra, seja muito bem-vindo a Santa Catarina”, disse.

Ainda sem filiação, a expectativa é de que Jair Renan Bolsonaro passe a integrar o quadro do PL. O presidente do diretório municipal de Balneário Camboriú, o prefeito Fabricio Oliveira (PL), é grande entusiasta da candidatura do filho do ex-presidente. No ano passado, Bolsonaro teve 74% dos votos no segundo turno entre os cidadãos de Balneário Camboriú.

O filho do ex-presidente, no entanto, também teve encontros com lideranças locais de outros partidos. Na semana passada, esteve no diretório municipal do Progressistas em Gaspar junto ao vice-prefeito da cidade, filiado à sigla.

Em Criciúma desde sábado, Jair Renan esteve em escola nesta segunda-feira junto ao prefeito da cidade, Salvaro (PSD). No último mês também esteve nas cidades vizinhas de Chapecó, Itajaí, Nova Trento e Penha. As agendas são quase sempre acompanhadas pelo empresário Emílio Dalçoquio.

No início de julho, na festa de aniversário de Balneário, esteve com Zé Trovão, deputado federal que chegou a ser preso por suspeita de ter organizado manifestações golpistas no Sete de Setembro de 2021. Desde que Jair Renan se mudou para Santa Catarina, os dois tem se aproximado. Recentemente, foram juntos a um clube de tiros da região.

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Opinião

Bolsonaro: se um golpe falhou, o outro, para enriquecer, deu certo

Conto do vigário ou estelionato? O que melhor define a iniciativa de Bolsonaro de pedir doações em dinheiro, via Pix, para pagar multas, não pagá-las, investir em fundos de renda fixa e multiplicar por oito sua fortuna declarada à Justiça em 2022?

Conto do vigário é uma expressão usada em Portugal e no Brasil e significa uma história inventada para enganar alguém. O Artigo 171 do Código Penal diz que estelionato é enganar a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria das vezes em dinheiro.

Lava-se dinheiro apelando por ajuda via Pix nas redes sociais. Os entendidos no assunto respondem que é possível sim. Lavagem de dinheiro é a prática corrente de fazer de conta que é legal o dinheiro obtido por meio de atividades ilegais.

Joaquim Roriz, que governou o Distrito Federal quatro vezes, renunciou ao mandato de senador em 2007 por ter descontado dois cheques, no Banco de Brasília, no valor de 2,2 milhões de reais. Os cheques pertenciam ao fundador da Gol, Nenê Constantino.

Roriz sempre argumentou que o dinheiro fora emprestado para a compra de embrião de uma bezerra de raça. No entanto, renunciou ao mandato logo após a denúncia. O caso ficou conhecido como “O escândalo da Bezerra de Ouro”. Lavagem de dinheiro.

Na manhã de ontem, Nicolás Petro, filho mais velho de Gustavo Petro, presidente da Colômbia, foi preso, acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. A ex-mulher de Nicolás, Day Vásquez, também foi presa pelo mesmo motivo.

Dermato Online
Descoberto composto que rejuvenesce anos da pele em dias
No início deste ano, Vásquez acusou Nicolás de receber dinheiro de empresários que acreditavam estar contribuindo para a campanha presidencial do seu pai em 2022. Ela também garantiu que seu ex-marido era ligado a contrabandistas e narcotraficantes.

O crime não respeita fronteiras nem ideologias. Depois de perder a eleição, Donald Trump arrecadou 255 milhões de dólares em dois meses. Dizia que era para contestar o resultado das urnas. Gastou com isso um tico, embolsou cerca de 175 milhões.

É o conto do vigário ou estelionato perfeito, nos Estados Unidos e em toda parte. Aqui, Bolsonaro enganou a malta de patriotas que o segue com a conversa de que não poderia pagar multas no valor de menos de 1 milhão de reais. Os trouxas acreditaram.

Noblat/Metrópoles

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Política

“Tem trouxa que cai”, ironiza Rogério Correia após Bolsonaro usar doações de apoiadores para investir

O deputado Rogério Correia (PT-MG) ironizou os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que atenderam ao pedido de doações para o pagamento de multas impostas ao ex-mandatário. Correia chamou os bolsonaristas que doaram mais de R$ 17 milhões através de Pix de “trouxas”. “Golpe de mestre ou golpe de ‘mito’?”, perguntou o deputado.

De acordo com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões em transferências via Pix, e investiu quase a mesma quantia, R$ 17 milhões, em modalidades de renda fixa. Segundo o jornal O Globo, as movimentações financeiras ocorreram no período entre os dias 1 de janeiro e 4 de julho deste ano.

“Como todos já sabem, Bolsonaro arrecadou R$ 17 milhões em PIX dos seus apoiadores para supostamente pagar multas por diversas irregularidades. Por exemplo, só de multas por não usar máscaras de proteção à época da pandemia da Covid-19, ele deve ao Estado de São Paulo R$ 936.839,70. Deve também a outros estados. Mas sabe o que ele fez com o dindin arrecado? Segundo o Coaf, investiu em fundos de renda fixa. Golpe de mestre ou golpe do ‘mito’? Tem trouxa que cai!”, escreveu o deputado, vice-líder do governo na Câmara.

As transferências via Pix para Bolsonaro se intensificaram após uma campanha de arrecadação feita por aliados, com o objetivo de quitar multas que ele havia recebido durante seu mandato. Dentre essas multas, destacam-se aquelas relacionadas à circulação em vias públicas sem o uso de máscaras durante a pandemia de Covid-19.

Bolsonaro ainda não quitou cerca de R$ 1 milhão em multas aplicadas pelo estado de São Paulo devido ao descumprimento de normas sanitárias em 2021. Bolsonaro é alvo de cinco processos movidos desde o início do ano, resultando no bloqueio de R$ 164 mil em suas contas pelo Tribunal de Justiça estadual.

*247

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Aras vê fatos novos em relatórios sigilosos sobre pandemia e ordena envio à PGR e STF. Bolsonaro e Pazuello serão incriminados

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou na manhã deste sábado (29) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) enviem “com urgência” ao Ministério Público e ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes os relatórios sigilosos produzidos pelos dois órgãos de governo durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, em 2020 e 2021 (no período em que Jair Bolsonaro (PL) era presidente).

Os relatórios, divulgados nesta sexta-feira (28) pelo jornal Folha de S. Paulo, que chegou a eles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que Bolsonaro, assessores dele no Palácio do Planalto e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, agiram sempre contra avisos e advertências da Abin e do GSI quanto à determinação de políticas de distanciamento social, uso de equipamentos de segurança como máscaras e outros, destinados a dificultar o contágio e a disseminação do vírus; tais relatórios ainda demonstram que o colapso do sistema de saúde no Amazonas, por falta de oxigênio medicinal disponível para a população, podia ser antevisto desde os primeiros meses de 2020. Em novembro daquele ano, primeiro ano pandêmico, centenas (talvez um milhar) de pessoas morreram no estado do Amazonas em razão da falta de oferta de oxigênio.

“Estes relatórios da Abin e do GSI, revelados pela Folha de S. Paulo, jamais tinham sido enviados ao MP ou à PGR no curso das investigações e ações que tinham sido feitas”, disse Aras ao Brasil 247. “Eles são o ‘fato novo’ que determina, sim, a reavaliação de todos os casos”.

Na sexta, a PGR fez um amplo trabalho de cotejamento das informações publicadas pelo jornal e as apurações dos atos de governo durante a Covid. Os relatórios da Abin e do GSI, agora revelados, tinham sido escondidos dos procuradores. >>> Além das diretrizes de saúde, Bolsonaro ignorou e escondeu relatórios de inteligência que previam caos no Brasil na pandemia

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes, do STF, já tinha determinado o desarquivamento de denúncia de leniência e prevaricação contra Bolsonaro, assessores e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que corria na Justiça Federal em Brasília.

Daí o pedido de Aras para que os relatórios sejam enviados também ao gabinete de Mendes. “O ministro Gilmar Mendes agiu com muita propriedade ao solicitar o desarquivamento daquelas ações, pois o arquivamento era impróprio”, disse Aras neste sábado. “Esses relatórios podem mudar o curso dos processos”, concluiu.

Os relatórios projetavam diferentes cenários de avanço da Covid-19, e os dados registrados durante a pandemia se aproximaram das estimativas feitas pela Abin. Bolsonaro, por sua vez, contrariou as recomendações dos técnicos de saúde e dos agentes de inteligência, minimizando a gravidade da doença e promovendo aglomerações.

*Com 247

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Política

Pix de R$ 17 milhões virou investimento em renda fixa de Bolsonaro, diz Coaf

Aportes foram feitos em títulos de CDB e RDB. Valorização ocorre atrelada à taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro aportou R$ 17 milhões de reais em investimento em renda fixa. O valor é semelhante aos recursos recebidos pelo ex-mandatário em operações de Pix ao longo do primeiro semestre deste ano, diz O Globo.

Os valores destinados a Bolsonaro por Pix, segundo documento obtido pelo GLOBO, referem-se “provavelmente” à campanha de arrecadação feita por aliados para pagar multas recebidas durante o seu governo, como a de circular na rua sem máscaras durante a pandemia de Covid-19.

O relatório mostra que o aporte milionário se deu em títulos de Certificado de Depósito Bancário (CDB) e RDB (Recibo de Depósito Bancário), duas das principais modalidades de investimentos de renda fixa. Em linhas gerais, a valorização, neste tipo de transação, ocorre atrelada à taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano.

Além de ter investido os R$ 17 milhões em títulos de renda fixa, Bolsonaro ainda não quitou quase R$ 1 milhão em multas aplicadas pelo estado de São Paulo por descumprimento de normas sanitárias em 2021. O ex-presidente é alvo de cinco processos movidos desde o começo do ano e, em junho, o Tribunal de Justiça estadual determinou o bloqueio de R$ 164 mil nas contas de Bolsonaro diante do não pagamento das quantias.

Já foram executados os bloqueios de R$ 88.938,96, no dia 12 de junho, e de R$ 75.921,42, no dia 13 de junho. Três ações instauradas no dia 11 de janeiro pedem que Bolsonaro pague R$ 370.008,00, R$ 55.501,20 e R$ 77.427,60 ao Estado de São Paulo. Há também um processo distribuído em 24 de abril, pedindo que o ex-presidente quite R$ 57.042,90; e outro, de 23 de maio, que cobra o pagamento de R$ 376.860,00.

Ao todo, Bolsonaro soma R$ 936.839,70 em multas por não usar máscara de proteção em atos públicos em São Paulo. Os casos foram levados à Justiça pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) diante da não efetuação dos pagamentos.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que os valores depositados têm origem “lícita” e criticou o que chamou de “inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário”.

“A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão. Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”, diz o texto, assinado pelos advogados Paulo da Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, ex-ministro de Bolsonaro.

Além da menção à arrecadação entre apoiadores de Bolsonaro para ajudá-lo a pagar as multas citada no próprio relatório do Coaf, aliados do ex-presidente também vêm usando a iniciativa para negar qualquer irregularidade nas transações. “Sabe o que assusta? O tamanho da vaquinha espontânea feita por milhões de brasileiros ao presidente mais popular do país para ajudá-lo a pagar multas milionárias por estar na linha de frente na pandemia salvando vidas e empregos”, alegou, por exemplo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.

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Opinião

É R$ 19 milhões pra lá, R$ 17 milhões pra cá, esse é o mundo encantado de Moro e Bolsonaro

Antes de entrar nas questões escandalosas que envolvem Sergio Moro e Bolsonaro, em que aparecem cifras monumentais como se fossem troco de balas, só é possível no mundo de Alice bolsomorista porque, em última análise, tudo não passa de fruto de ódio da Globo, fomentado por anos contra o PT. Ódio este que está longe de ter acabado, como foi divulgado durante esta semana, o linchamento que o Globo promoveu contra Marcio Pochmann.

Isso mostra que a leviandade segue sendo o produto principal da família Marinho, sem a Globo e congêneres, jamais esses dois medíocres e fascistas chegariam aonde chegaram.

Sim, porque esse mesmo monopólio midiático, que faz Carluxo parecer jornalzinho infantil é e sempre será o câncer do Brasil.

Como não há crime perfeito, como bem sublinhou Flávio Dino esta semana, os espantosos milhões que envolvem Moro e Bolsonaro, se não assustam mais ninguém, mostram a ousadia descarada dos picaretas, além da capacidade da mídia de transformar vigaristas em heróis da moralidade.

Não são os primeiros, lógico, que estão aí a céu aberto, os últimos dois grandes “ilibados” antipetistas, Collor e Aécio, deixam claro que a Globo e o restante da mídia industrial sempre apostaram no lixo mais cínico da moralidade pública.

Certamente, como Bolsonaro, Moro, Aécio, Collor e etc, outras biscas da mesma cepa virão, até porque Eduardo Cunha e Roberto Jefferson Ganharam a alcunha de salvadores da pátria pela mídia quando interessava atacar o PT, Lula e Dilma.

O fato é que Moro, por exemplo, está intimamente ligado à questão que envolve a tentativa de desvio por Dallagnol de um bilionário dinheiro da Petrobras para criar uma fundação privada em que os próprios, Dallagnol e Moro fossem os administradores.

Já o caso de Bolsonaro, segue padrão inconteste de todo e qualquer contraventor desse país, de bicheiro a miliciano, de traficantes de drogas a traficantes de armas. Ou seja, é outro que trabalha com método utilizado pela bandidagem nacional.

Assim, não há porque se espantar com as últimas notícias que envolvem cifras milionárias captadas por Moro e Bolsonaro, afinal, como se diz no futebol, não tem bobo nessa catedral dos homens de bem, representantes da família tradicional do Brasil.

Nesse universo ninguém joga para perder, muito menos para ganhar pouco.

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Política

Bolsonaro recebeu Pix de milionário e de ex-ministro do TSE, diz Coaf

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu pagamentos entre R$ 5 mil e R$ 20 mil de pessoas e empresas, que somam R$ 17,2 milhões

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu pagamentos via Pix com valores entre R$ 5 mil e R$ 20 mil de 19 pessoas e empresas, segundo o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido pela Folha de S.Paulo. Realizaram transferência ao ex-chefe do Executivo federal o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto e o empresário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim, segundo o Metrópoles.

Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em transferências via Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho. Em junho, o ex-presidente pediu pela abertura de uma vaquinha on-line para angariar dinheiro suficiente para pagar multas aplicadas pelo governo de São Paulo pelo não uso de máscara durante a pandemia de Covid-19.

s advogados de defesa do ex-presidente afirmam que os R$ 17,2 milhões são provenientes de “milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, de origem absolutamente lícita”.

Por meio de nota, os defensores disseram ainda considerar que o vazamento das informações bancárias de Bolsonaro em relatório do Conselho e Controle de Atividades (Coaf) é criminoso.

“A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão. Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”, disseram os advogados de Bolsonaro em nota.

comunicado é assinado por Paulo Amador Bueno, Fábio Wajngarten e Daniel Tesser. “A defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações”, ressaltaram.

20 maiores doadores
Segundo o Coaf, durante esses quase 200 dias houve 769 mil transferências via Pix para a conta bancária do ex-presidente Bolsonaro. O documento mostra apenas o nome dos 20 maiores doadores, mas não esclarece se todos os pagamentos foram realizados pelo Pix ou transferência bancária.

O ex-ministro do TSE Admar Gonzaga Neto, que atuou como advogado de Bolsonaro, transferiu R$ 5 mil para a conta do ex-presidente. O Metrópoles tentou entrar em contato com Admar Neto, mas não obteve sucesso.

O advogado já havia dito que transferiu o montante ao ex-presidente para ajudá-lo a pagar a multa relacionada ao uso da máscara. “Lamentável é o vazamento de dados financeiros para a imprensa. Vocês obtiveram autorização judicial? Estamos vivenciando uma inquisição moderna”, completou o ex-ministro do TSE.

O empresário Marcos Ermírio de Moraes realizou uma transferência de R$ 10 mil para conta de Bolsonaro. Questionado sobre a transação, o bilionário declarou que a informação não acrescenta em nada na vida dos brasileiros.

O herdeiro do Grupo Votorantim concorreu como suplente na chapa do ex-governador Marconi Perillo nas eleições de 2022. Na época, o empresário declarou ao TSE R$ 1,2 bilhão em bens.

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Política

TSE manda Bolsonaro demonstrar origem de recursos de atos no 7 de Setembro e aplica multa de R$ 55 mil

Braga Netto também foi multado; governadores e ex-ministros terão que depor.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu então candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto, demonstrem a origem de recursos usados em atos de campanha realizados no feriado do 7 de Setembro de 2022, em Brasília e no Rio de Janeiro, e aplicou uma multa de R$ 55 mil a cada um deles por manterem no ar publicações do evento. As decisões são do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, segundo O Globo.

As decisões foram dadas nesta sexta-feira em duas ações de investigação judicial eleitoral (aije) apresentadas ainda no ano passado por Soraya Thronicke, à época candidata à presidência pelo União Brasil, e pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No mês passado, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE em uma outra ação. Os ministros consideraram que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por fazer ataques ao sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores no ano passado. Apesar da decisão, outras 15 ações sobre a campanha de Bolsonaro ainda tramitam no TSE.

Nas decisões desta sexta, Gonçalves marcou uma série de depoimentos de autoridades que estiveram de alguma forma envolvidas na realização dos eventos, como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o senador Ciro Nogueira, que à época era o ministro-chefe da Casa Civil, e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Além disso, também será ouvido o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Todos os depoimentos foram marcados para o mês de agosto, em horários e dias definidos pelo TSE. No caso de Daniel Silveira, Gonçalves observou que o ex-deputado não tinha “vínculo com o governo federal”, mas ainda assim “subiu à tribuna de honra do evento oficial realizado no Rio de Janeiro, no Forte de Copacabana”.

“No vídeo, também é possível ver que, além de três autoridades militares, mais de uma dezena de pessoas, sem trajes formais, estiveram na tribuna no mesmo momento em que o então Presidente da República, sem a faixa presidencial, lá estava”, explica o ministro.

No ano passado, durante a campanha, o TSE proibiu Bolsonaro de utilizar imagens do 7 de Setembro no horário eleitoral. Depois, contudo, a coligação de Lula apontou que o ex-presidente teria descumprido a decisão, porque manteve diversas publicações no ar.

Na decisão desta terça-feira, Gonçalves afirmou que houve “afronta objetiva à decisão judicial”. Por isso, aplicou uma multa de R$ 50 mil a Bolsonaro e a Braga Netto.

Além disso, o ministro considerou que os dois cometeram “litigância de má-fé” por terem dito em juízo que todos os materiais relacionados já haviam sido excluídos. Gonçalves afirmou que isso “poderia ter induzido o juízo em erro” e aplicou mais R$ 5 mil de multa em cada um.

Uso eleitoral
No feriado de 7 de setembro do ano passado, em meio à campanha eleitoral, Bolsonaro, após o evento oficial em Brasília, seguiu em direção a um trio elétrico que o aguardava a poucos metros de distância, atraindo o mesmo público para um comício eleitoral.

Nas ações, tanto Soraya quanto o PT acusam Bolsonaro de abuso de poder político ou econômico nos atos realizados em 7 de Setembro.

Nesse segundo ato em Brasília, o então ocupante do Palácio do Planalto criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), comemorou a redução do preço da gasolina e o pagamento do Auxílio Brasil para a população pobre, além de defender a “luta do bem contra o mal”, em referência a Lula.

De tarde, Bolsonaro seguiu para o Rio de Janeiro e participou de um terceiro evento, discursando em palanque montado na Praia de Copacabana.

As decisões de Gonçalves, dadas ainda durante o recesso do Judiciário, ocorrem a três meses de sua saída da corregedoria do TSE, que em novembro passará para as mãos de Raul Araújo. Conforme informou O GLOBO, integrantes do TSE avaliam que as ações com maior chance de condenação de Bolsonaro são justamente estas que apuram se houve abuso de poder político, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante os eventos realizados em Brasília e no Rio de Janeiro para celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 2022.

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Política

Bolsonaro fez uma remessa bancária de R$ 800 mil para os EUA 3 dias antes de embarcar para Miami e evitar a posse de Lula

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 800 mil em uma transferência para os Estados Unidos, numa única data no fim de 2022, segundo o Agenda do Poder.

Naquele período, o então presidente deixou o Brasil e se dirigiu a Orlando, onde passou as férias na casa de um ex-lutador de MMA.

De acordo com o documento do Coaf, o repasse é apontado como o principal débito de Bolsonaro em uma conta que ele mantinha em um banco público. A data da transação é de 27 de dezembro de 2022. Três dias depois, o então presidente embarcou para os Estados Unidos.

Procurado por meio de sua assessoria, Bolsonaro não se manifestou. Nas redes sociais, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, que defende o ex-presidente, disse que “são inadmissíveis os vazamentos de quebras de sigilos financeiros de investigados no inquérito de 8/1 e ou de qualquer outra investigação sigilosa”.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 800 mil em uma transferência para os Estados Unidos, numa única data no fim de 2022.

Naquele período, o então presidente deixou o Brasil e se dirigiu a Orlando, onde passou as férias na casa de um ex-lutador de MMA.

De acordo com o documento do Coaf, o repasse é apontado como o principal débito de Bolsonaro em uma conta que ele mantinha em um banco público. A data da transação é de 27 de dezembro de 2022. Três dias depois, o então presidente embarcou para os Estados Unidos.

Procurado por meio de sua assessoria, Bolsonaro não se manifestou. Nas redes sociais, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, que defende o ex-presidente, disse que “são inadmissíveis os vazamentos de quebras de sigilos financeiros de investigados no inquérito de 8/1 e ou de qualquer outra investigação sigilosa”.

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Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix neste ano, aponta relatório do Coaf

Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões via Pix nos seis primeiros meses do ano. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que as movimentações atípicas podem ser consequência da “vaquinha” (campanha por doações) feita para o pagamento de multas com a Justiça. O valor foi divulgado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O órgão afirmou que, só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-ocupante do Planalto recebeu mais de 769 mil transações via Pix que totalizaram R$ 17.196.005,80. O montante representou quase todo o valor movimentado por ele no período, de R$ 18.498.532, segundo o 247.

De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (27) pelo jornal Folha de S.Paulo, o Coaf disse em relatório que “chamou a atenção o montante de PIXs recebidos em situação atípica e incompatível”. “Esses lançamentos provavelmente possuem relação com a notícia divulgada na mídia”.

O órgão informou somente depósitos a partir de R$ 5 mil e não é possível saber se eles foram feitos via Pix ou transferência. Além do PL, que enviou R$ 47,8 mil a Bolsonaro em dois lançamentos, outros 18 nomes pagaram de R$ 5 mil a R$ 20 mil ao ex-chefe do Executivo federal. A lista inclui empresários, advogados, militar, pecuarista, agricultor, estudante e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há três empresas. Uma delas depositou R$ 9.647 na conta de Bolsonaro em 62 lançamentos.

No dia 13 de junho, a Justiça do estado de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 87,4 mil das contas de Bolsonaro pelo não pagamento de multa por não ter usado máscara durante a pandemia do coronavírus. Outra decisão desbloqueou mais de metade desse valor. Em 20 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral manteve uma multa de R$ 90 mil contra Bolsonaro por propaganda irregular contra o presidente Lula (PT), então candidato.

No começo do mês, Bolsonaro afirmou que tinha recebido o suficiente para o pagamento de todas as multas que recebeu em processos judiciais e eventuais novas punições. Disse que o montante seria divulgado “brevemente”, sem dar detalhes. “Foi algo espontâneo por parte da população. O Pix nasceu no nosso governo. Já foi arrecadado o suficiente para pagar as atuais multas e a expectativa de outras multas. O valor a gente vai mostrar brevemente. Agradeço a contribuição, mesmo sem ser a pedido. A massa contribuiu entre R$ 2 e R$ 22.”

O Coaf também apontou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, movimentou R$ 3,2 milhões entre 26 de junho de 2022 e 25 de janeiro de 2023, um período de sete meses. A defesa do militar alega que “todas as movimentações financeiras” dele “são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”.

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