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Política e Poder

CNN: Braga Netto teria debatido aplicação de Estado de Defesa após derrota

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro e de Anderson Torres disseram à CNN que o general liderou reuniões em Brasília em que foram discutidas alternativas para reverter o resultado eleitora.

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro e de Anderson Torres disseram à CNN que o candidato a vice na chapa e ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto liderou, após a derrota eleitoral, reuniões em Brasília nas quais foram discutidas alternativas para reverter o resultado eleitoral.

Dentre elas, a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal, que poderia ser, na prática, uma intervenção militar; e a possibilidade de decretação do Estado de Defesa no país.

Na última quinta-feira (19), uma minuta de um decreto presidencial estabelecendo o Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi encontrada na residência de Anderson Torres, ministro da Justiça de Bolsonaro.

Os advogados de Torres já afirmaram que ele diz não se lembrar a origem do rascunho, uma vez que ele recebia muitos documentos a serem remetidos ao presidente Jair Bolsonaro.

Os relatos de aliados de Bolsonaro são de que o decreto pode ser resultado desses encontros em que se buscou saídas jurídicas para a revisão do resultado eleitoral. Esses interlocutores diretos de Bolsonaro apontam que a fala de Braga Netto a apoiadores do presidente em frente ao Palácio da Alvorada em novembro ocorreu dentro desse contexto de busca por alternativas jurídicas ao resultado eleitoral.

Na ocasião, o então presidente disse: “Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar para vocês agora”.

Braga Netto era um dos aliados mais próximos de Bolsonaro que, assim como o então presidente, passaram a avaliar que a eleição foi fraudada e que era necessário agir.

Uma das teses na mesa era buscar até mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que liderasse esse processo.Também chegou-se a defender a convocação de forças de segurança para tentar ter acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas.

Até mesmo militares que integraram o Comitê de Transparência Eleitoral e que apontaram supostas falhas no sistema eleitoral também passaram a ser cogitados para uma convocatória para auxiliar na contestação eleitoral.

A articulação chegou, segundo fontes militares, às cúpulas das Forças Armadas, que promoveram reuniões para debater essas alternativas, em especial o Exército.

A maioria dos generais, porém, refutou qualquer sugestão e entendeu que o vencedor das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva, deveria assumir o cargo sem quaisquer sobressaltos.

Integrantes da Marinha e da Aeronáutica também rejeitaram qualquer questionamento em relação à vitória de Lula. A partir daí, foi constatado um movimento de apoiadores de Bolsonaro, principalmente nas redes sociais, de ataques a generais do Alto Comando do Exército e que foram apontados como responsáveis por liderar internamente o movimento legalista.

Os principais alvos foram os generais Tomás Ribeiro (Comando Militar do Sudeste), Valério Stumpf (Chefe do Estado Maior) e Richard Nunes (Comando Militar do Nordeste).

A CNN tenta desde segunda-feira (16) contato com Braga Netto para que ele se manifeste sobre o assunto mas ele não atendeu a reportagem.

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Alto escalão bolsonarista se esforça para manter discurso golpista

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado há três semanas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, têm dado declarações de apoio às manifestações antidemocráticas que ocorrem desde o resultado do segundo turno e seguem levantando, sem provas, dúvidas sobre a lisura das eleições.

Diferentemente do presidente, em silêncio há dias, integrantes do alto escalão bolsonarista —como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes e o general Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro— vêm empregando esforços publicamente para manter o discurso golpista.

Invalidar votos. Em vídeo divulgado nas redes sociais no fim de semana, Costa Neto afirmou que o PL vai buscar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar invalidar votos registrados em urnas produzidas até 2020. “Pelo estudo que nós fizemos, tem várias urnas que não podem ser consideradas”, disse ele no sábado (19).

Costa Neto garantiu que o PL vai apresentar essa análise à Corte eleitoral até amanhã (22). O dirigente negou, no entanto, que a sigla queira rever o pleito. “Não queremos nova eleição, não queremos agitar a vida do país, mas eles [TSE] têm que decidir o que vão fazer”, alegou.

Até o momento, foi divulgada apenas uma versão preliminar desse relatório. Após o texto vir à tona, o IVL (Instituto Voto Legal), contratado pelo PL para examinar o assunto, informou que a versão publicada até o momento, pelo site O Antagonista, é “obsoleta” e não foi validada pelos autores.

Com base nesse texto, especialistas em tecnologia da informação consultados pelo UOL Notícias afirmam que a queixa do partido não é relevante para determinar o resultado das eleições (leia mais abaixo).

Segundo apuração de Thaís Oyama, colunista do UOL Notícias, Bolsonaro continua inconformado com a derrota nas urnas e telefona praticamente todos os dias para Valdemar pressionando-o para que tome uma medida judicial contestando o resultado da eleição presidencial.

Não há qualquer indício de fraude ou problema técnico no pleito, conforme já atestaram o TCU e as próprias Forças Armadas. Três missões internacionais de observação eleitoral também emitiram relatórios preliminares atestando a segurança das urnas eletrônicas, logo depois do primeiro turno.

Braga Netto enigmático. Na sexta-feira (18), o ex-ministro da Defesa atendeu apoiadores de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em Brasília, e disse que o “presidente está bem, está recebendo gente, não tem problema nenhum”. Em seguida, declarou ao grupo: “vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar para vocês agora”.

*Com Uol

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Comitê de Bolsonaro vira sede de encontros de Braga Netto com políticos e militantes que defendem golpe

O endereço alugado no Lago Sul de Brasília para ser usado como comitê da campanha de Jair Bolsonaro em sua tentativa frustrada de ser reeleito transformou-se em uma espécie de central do golpe, de acordo com reportagem de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, publicada nesta sexta-feira (18).

Liderados pelo ex-ministro Braga Netto, que tem dado expediente de forma regular no local, conspiradores reúnem-se lá para discutir estratégias visando questionar o resultado das urnas.

Liderados pelo ex-ministro Braga Netto, que tem dado expediente de forma regular no local, conspiradores reúnem-se lá para discutir estratégias visando questionar o resultado das urnas.

De acordo com a apuração do jornalista, que tem acompanhado a movimentação no endereço, o deputado federal Osmar Terra foi um dos frequentadores do “QG do Golpe” nesta última quinta-feira (17).

Questionado, o paranaense reconheceu que foi tratar da auditoria contratada pelo PL que visa por em xeque a credibilidade do sistema eleitoral.

“(A reunião) foi para buscar informações, (saber) se tinha alguma novidade sobre o processo do PL”, disse ele, referindo-se à auditoria. “Queria ter a informação mais adequada”, emendou, acrescentando que segue no aguardo de “novidades”.

Além de Terra, outros parlamentares aliados do presidente têm frequentado a casa, como Marcel Van Hattem, do Partido Novo e o Senador Eduardo Girão, do Podemos. Além deles, o senador Guaracy Silveira, do PP, também participou da reunião.

O ex-tesoureiro da campanha de Bolsonaro,  coronel da reserva Marcelo Azevedo, é outro frequentador.

A casa tem um fluxo intenso de pessoas, que inclui manifestantes que participam dos protestos antidemocráticos. Isso acaba por ser uma evidência sobre a cadeia de comando das manifestações que vêm ocupando portas de quartéis e estradas com o objetivo de questionar o sistema eleitoral.

Decorada com uma bandeira do Brasil e dirigida por homem com camiseta com inscrições pedindo intervenção militar, uma camionete Amarok, avaliada em R$ 300 mi e com placa de Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, esteve no endereço na tarde desta sexta-feira (18). Indagado pelo jornalista sobre quem o receberia, o ‘patriota’ não respondeu. Braga Netto estava lá.

Outro veículo do mesmo modelo, de um empresário do Mato Grosso, também chegou ao QG pouco antes do general sair de lá.

Camionete Amarok que esteve no QG do golpe. Rafaela Felliciano/Metrópoles

Um terceiro veículo (registrado nas fotos acima e abaixo) que também passou por lá foi visto horas depois em uma manifestação no quartel-general do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

Camionete Amarok que esteve no QG do Golpe esteve horas depois na manifestação golpista. Rafaela Felliciano/Metrópoles

Ou seja, há vínculo claro entre as manifestações e o que se planeja no antigo comitê de Bolsonaro.

Braga Netto tem comparecido tanto a esse local quanto ao Palácio do Alvorada, onde tem visitado Jair Bolsonaro.

O general tem sido umas das principais vozes de incentivo aos golpistas, sempre deixando acesa a expectativa de que uma surpresa ainda pode ocorrer. A um prefeito do interior do Mato Grosso, ele disse que “algo muito bom” iria acontecer até o fim desta semana.

O prefeito Carlos Capeletti, do município de Tapurah, havia ido para comprar mantimentos para o acampamento. Logo depois, Capeletti fez um vídeo dizendo o que ouviu e publicou nas redes sociais.

“Eu falei que eu iria embora, que não acreditava em mais nada, e ele (Braga Netto) falou assim: ‘Fica tranquilo que vai acontecer’”, disse o prefeito ao Metrópoles.

O relato demonstra  que o general tem gerado expectativas golpistas entre os bolsonaristas que estão na rua.

Em outro vídeo ele saúda militantes bolsonaristas na frente do Alvorada. Ao ouvir apelos do grupo, que diz estar firme nos protestos, ele afirma: “Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”. Veja o vídeo:

*Com DCM

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Bolsonarismo

Vídeo – Braga Netto desmente jornal e diz que Bolsonaro não foi internado: “estão inventando histórias”

Na saída do Alvorada, Braga Netto ainda consolou uma apoiadora de Bolsonaro que reclamara que “a gente está na chuva, no frio”. “Eu sei que vocês estão. Então, fica firme”, disse o militar.

Candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 30 de outubro, o general Walter Braga Netto (PL), negou que Jair Bolsonaro (PL) tenha sido internado na noite desta quinta-feira (17), como divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que atribuiu a informação a fontes do Gabinete de Segurança Institucional.

Na saída do Palácio da Alvorada, após visita ao presidente, Braga Netto conversou com bolsonaristas e apenas respondeu com um grito aos jornalistas que perguntaram sobre a internação.

“Mas quê?”, gritou o militar. “Estão inventando histórias”, emendou, se voltando aos apoiadores de Bolsonaro, entre eles uma mulher que chorava perguntando do presidente.

“O presidente está bem, está recebendo gente, sem problema nenhum. Vocês não percam a fé. É só o que posso falar para vocês agora”, mantendo o suspense sobre o posicionamento de Bolsonaro diante da derrota eleitoral.

Braga Netto, então, consolou a bolsonarista que chorava dizendo que “a gente está na chuva, no frio”, em relação aos acampamentos mantidos por apoiadores radicais.

“Eu sei que vocês estão. Então, fica firme. Dá um tempo”, acrescentou.

https://twitter.com/revistaforum/status/1593626020283928581?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1593626020283928581%7Ctwgr%5E34a5199550cc9e8ddeae492d9cbef6061bbad1a1%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3172070301019215712.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Internação

Segundo fontes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ouvidas pelo Estadão, Bolsonaro teria dado entrada no Hospital das Forças Armadas na noite desta quinta-feira (17) com fortes dores abdominais.

Bolsonaro estaria passando por exames e os médicos avaliam a possibilidade de uma nova cirurgia.

Enquanto o marido está no hospital, Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática, com um versículo bíblico, nos stories de seu perfil no Instagram.

*Com Forum

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Braga Netto deixa o governo para ser vice e secretário exonerado por usar avião da FAB o substituirá

O general aposentado Walter Braga Netto deixou nesta sexta-feira, 1, o cargo de Assessor Especial do Gabinete Pessoal do Presidente da República. A exoneração “a pedido” foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta, informa o 247.

Jair Bolsonaro (PL) já confirmou Braga Netto como vice na sua chapa. Braga Netto também será um dos coordenadores da campanha do chefe de governo.

Quem fica no lugar do militar é José Vicente Santini, ex-secretário Nacional de Justiça e amigo pessoal dos filhos de Bolsonaro. Ele foi exonerado em janeiro de 2020 do cargo de secretário-adjunto da Casa Civil após ter usado um voo da FAB, não comercial, para acompanhar a comitiva presidencial em viagem oficial à Índia.

A saída de Braga Netto do cargo cumpre o prazo que o permite concorrer a cargo público nas eleições de outubro. Ele deixou o comando do Ministério da Defesa em 31 de março, também para cumprir a legislação eleitoral.

A convenção partidária do PL que deve confirmar a chapa Bolsonaro-Braga Netto está marcada para o dia 23 de julho, em Brasília.

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Opinião

Na hierarquia do clã Bolsonaro, Queiroz e Wassef têm patente de general e Braga Netto de recruta zero

Para começar a conversa, pergunta a ser feita sobre Braga Netto não é o que ele fala, mas quem se importa com o que ele fala.

Se ele vem com o já exaurido fetiche de golpe, se Bolsonaro não vencer as eleições, sejamos francos, não vale a pena gastar uma banana com ele.

Braga Netto não pode sequer ser chamado de general água e sal pela sustança jurídica que seu extrato apresenta. Ele não é alguém considerado o verde Olavo e, muito menos um Hércules medalhonado que tenha força voz de verdade nas quatro linhas do comando das Forças Armadas.

Se hoje, Bolsonaro utiliza Braga Netto como agente químico para dar algum sentido à campanha, é a de neutralidade, ao melhor estilo “muito ajuda quem não atrapalha”.

Por isso, suas palavras a empresários na última sexta-feira têm valor politicamente nulo, para não dizer inútil e descartável.

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Surpresa zero: os generais Augusto Heleno, Mourão, Braga Neto e o próprio Bolsonaro ganham R$ 350 mil a mais após medida de Bolsonaro

Quem pensa que Bolsonaro aumenta somente o preço da gasolina, está redondamente enganado. O próprio assinou uma medida que lhe concede um benefício anual de R$ 350 mil reais, mas como é generoso com os generais cupinchas, Augusto Heleno, Braga Netto, Mourão e Ramos, também conhecido como o bonde do viagra ou da prótese peniana, também embolsam essa bagatela como um mimo de Bolsonaro a quem se mantém fiel à ridícula conspiração da urna eletrônica e da tal sala escura.

Se tem alguém que conhece bem a alma dessa turma, sobretudo no quesito desprendimento, é Bolsonaro e, por isso, ele não só é apoiado em suas teses patéticas, cheias de conspirações, sacis e duendes como em muitos casos recebe sugestão para apimentar ainda mais uma fake news e agradar o chefe, como é o caso de Ramos e Heleno a quem a Polícia Federal acusa de terem tramado com Bolsonaro a história fajuta das urnas vulneráveis.

O fato é que, cada dia que passa, o brasileiro vai descobrindo que tipo de gente cerca Bolsonaro e por que cerca. Não é sem motivos que a população brasileira vê Bolsonaro como um mentiroso e que não votaria nele de jeito nenhum.

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Política

Orçamento secreto de R$ 588 milhões da Defesa na era Braga Netto bancou até capela funerária

Recursos foram repassados pelo ministério por meio de emendas de relator, dispositivo usado pelo governo para contemplar aliados em troca de apoio no Congresso.

Em um lote de terra de 129 metros quadrados cravado em São Félix do Araguaia, no interior do Mato Grosso, a prefeita Janailza Taveira Leite (Solidariedade) acompanha cada passo da construção do velório público do município com quase 12 mil habitantes. A obra tem sido celebrada como a “primeira capela mortuária da cidade”, uma “forma de dar conforto aos moradores num momento de tanta dor”, destaca Janailza. O projeto só saiu do papel graças a um repasse de R$ 400 mil feito pelo Ministério da Defesa, então chefiado pelo general da reserva Walter Braga Netto, cotado para vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições deste ano. Os recursos foram liberados em outubro de 2021 por meio do orçamento secreto, dispositivo de emendas parlamentares utilizado para contemplar aliados do governo em troca de apoio no Congresso. O que não se sabia até hoje é que a pasta militar também utilizou esse mecanismo político sem transparência e critério. A informação só veio à tona recentemente graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obrigou a divulgação desses dados.

— Só tenho a agradecer à boa gestão do Braga Netto e ao senador Wellington (Fagundes, do PL do Mato Grosso), por essas obras. O senador é nosso campeão de votos aqui e vai ser de novo nessa eleição, se Deus quiser. Ele é nosso predileto — afirma Janailza, que também recebeu R$ 2 milhões da Defesa para asfaltar ruas da cidade. O parlamentar mato-grossense, que busca a reeleição ao Senado, integra o mesmo partido de Bolsonaro e é aliado fiel do governo.

As obras que a prefeita de São Félix do Araguaia atribui a Braga Netto e a Wellington Fagundes fazem parte de um pacote de R$ 588 milhões do orçamento secreto administrado pelo Ministério da Defesa. Desse valor, R$ 401 milhões atenderam a 11 senadores, sendo a maioria deles governista. Coube a esse seleto grupo de parlamentares próximos a Bolsonaro decidir como e onde esse dinheiro público seria aplicado, em geral em seus redutos eleitorais, sem necessariamente ter relação com a atividade da pasta militar.

A maior parte desses recursos foi desembolsada pelo Ministério da Defesa em 2021, sob a gestão de Braga Netto. O dinheiro foi repassado a municípios por meio do programa Calha Norte, criado na década de 1980 diante de uma preocupação dos militares com a Amazônia. O objetivo dessa ação é investir em projetos de infraestrutura básica, aquisição de equipamentos e compra de bens para quartéis na região, principalmente em áreas distantes dos grandes centros urbanos. Segundo levantamento do GLOBO, uma parte das emendas de relator destinadas pela pasta serviu a outro propósito — construir praças, passarelas de concreto e até para bancar obras de edifícios que vão abrigar as câmaras de vereadores em duas cidades do interior do Amapá (Tartarugalzinho e Cutias) e uma no Amazonas (Careiro), ao custo de R$ 1,5 milhão cada. Irrigado pelo orçamento secreto, o caixa do Calha Norte dobrou de tamanho em 2021 — e passou a atender redutos eleitorais de aliados do governo.

*Com O Globo

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Joaquim de Carvalho: Braga Netto assinou contrato para comprar armas da Glock America mesmo depois de informado sobre fraude

Compra foi feita nos últimos dias dele como interventor no RJ e beneficiou empresa dirigida por amigo de Eduardo Bolsonaro e irmã do ministro do Meio Ambiente.

Em seus últimos dias na função de interventor federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, assinou contrato de aquisição de armas no valor de R$ 46 milhões que apresenta indício veemente de fraude.

A empresa que vendeu pistolas semiautomáticas para o Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro se chama Glock America, representada no Brasil por Franco Giafonne, amigo de Eduardo Bolsonaro, e Fernanda Pereira Leite, irmã do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

A Glock America não fabrica armas. Ela é intermediária da austríaca Glock e informou ter escritório em Montevidéu, no Uruguai.

A fábrica de armas alemã Sig Sauer esteve no endereço fornecido pela concorrente e contatou que era falso.

Em ofício dirigido ao general de divisão Laélio Soares de Andrade, secretário de administração do Gabinete de Intervenção Federal e braço direito de Braga Netto, a Sig Sauder apresentou o resultado da diligência que fez, por meio do serviço do serviço notarial do Uruguai. O documento, de 12 de novembro de 2018, é assinado por Marcelo Silveira da Costa, procurador da Sig Sauer:

A licitante Glock apresentou neste edital documentos em que declara que sua sede sócia localiza-se em Plaza Independência, 831, of. 802, Montevidéu, Uruguai.

Há fortíssimos indícios de que informação é falsa.

Alertados pelo próprio website da licitante, que destaca que a representação da Glock na América Latina localiza-se no Paraná, e também por notícias da imprensa uruguaia dando publicidade ao fato de que a representação da Glock deixou o Uruguai (acessível em https://www.uypress.net/Politica/La-representacion-de-las-armas-Glock-se-fue-de-Uruguay-uc86057), nós solicitamos a um notário público do Uruguai que fizesse uma visita ao endereço declarado pela licitante.

O notário público uruguaio lavrou uma ata notarial em que descreve claramente que, segundo informações colhidas junto ao administrador do edifício:

I – A representação da Glock funcionou no local, mas já não funciona lá há cerca de um ano e meio;

II – O mobiliário da empresa foi retirado em fevereiro deste ano.

Existem, portanto, indícios muito convincentes no sentido de que a conduta da referida licitante pode ser enquadrada no crime de falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal) e fraude à licitação (artigo 93 da lei 8.666).

A Sig Sauer, que tinha interesse legítimo de vencer a licitação, sugere ao Gabinete de Intervenção Federal que envie o adido militar no Uruguai para conferir os fatos relatados.

Ao mesmo tempo, o representante da empresa alemã junta ao ofício a ata notarial e uma tradução juramentada (abaixo).

Em vez de verificar a denúncia, o Gabinete chefiado por Braga Netto avança no processo de compra e, nos últimos dias de seu funcionamento, o próprio interventor assina o contrato, com “dispensa de licitação”.

Entrei em contato com o representante da Sig Sauer no Brasil quando ele participava de uma feira em Las Vegas.

Expus o caso e pedi uma entrevista.

“Bom dia”, respondeu ele. “Vi seu e-mail. Posso lhe ajudar muito mais do que imagina, mas estou em Las Vegas em uma feira de negócios e tratar isso por telefone vai ser complicado”, acrescentou.

Sugeri videochamadas, e ele comentou:

“Vou ver com a segurança e te falo, espero que você tenha peito para ir até o fim”.

Como ele não entrou mais em contato, mandei nova mensagem quando os repórteres Igor Mello e Eduardo Militão publicaram reportagem no UOL sobre suposto favorecimento à própria Sig Sauer na compra de fuzis para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com verba de R$ 3 milhões do Ministério da Justiça.

O dinheiro foi liberado após gestão do senador Flávio Bolsonaro, conforme ele mesmo havia contado em sua rede social. O processo, segundo a reportagem, foi marcado “por uma série de indícios de direcionamento e conflito de interesses”.

Na época, ao ser procurado, Flávio comentou que não tinha atuado em defesa da Sig Sauer, mas esse negócio é coerente com a versão da fonte que me passou os documentos sobre a venda de armas à Glock America pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.

“A Sig Sauer denunciou a maracutaia, mas depois recuou, quando os militares lhe ofereceram compensação, em contratos futuros”, afirmou. Um dos contratos teria sido destinado ao fornecimento de armas para o Estado do Ceará. O outro pode ser este viabilizado com verba liberada por Flávio.

O caso reforça a suspeita de que Bolsonaro, desde sua campanha a presidente em 2018, é financiado pela indústria de armas, que tem seu núcleo de poder instalado nos Estados Unidos.

A propósito, esta semana o site “Seeing Red”, de Nebraska, Estados Unidos, publicou reportagem com título “Royce Gracie, o homem que apresentou os Bolsonaros para a NRA e Donald Trump Jr.”.

ob a causa da liberação de armas, a NRA defende os interesses dessa indústria, que, como se vê no caso do Rio de Janeiro, faz um jogo pesado.

A se confirmar o patrocínio político, fica mais claro por que Braga Netto foi escolhido por Bolsonaro para ser candidato a vice em sua chapa.

O que poderia unir os dois não é a defesa do golpe de 1964, nem ao papel da Forças Armadas na república. Mas algo bem mais concreto: o dinheiro da indústria de armas.

.x.x.x.x

Procurei a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa, e pedi posição de Braga Netto. Até agora, não houve resposta.

*Publicado originalmente no 247

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Carluxo e a caricatura do Brasil na Rússia

A cena registrada pela mídia, em que Carlos Bolsonaro (Carluxo) aparece no centro da mesa de negociação com autoridades russas, é de estarrecer.

A primeira coisa que vem à cabeça é que o Brasil acabou.

O pai de Carluxo, Jair Bolsonaro, resolveu honrá-lo com o assento central numa mesa de negociação com uma das maiores potências mundiais.

Para tanto, teve que mandar o general Augusto Heleno sentar seus divinos fundilhos fora da mesa, num sofazinho de espectador atrás de Carluxo.

Mais deprimente e constrangedora que a posição humilhante que Bolsonaro impôs ao medalhonado general Heleno, foi a imagem da mesma cena bizarra em que o secretário geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, que está sutilmente em pé, num canto da sala sem repuxar um único músculo facial e com os olhos vagos, como se tivesse sido sugado por um Saci. Murcho e de cabeça pendida, com o pescoço laçado por um cachecol.

Já o general Braga Netto, conseguiu uma pontinha no final da mesa em que Carluxo era a peça central e se comportou como um ganso, esticando o pescoço de forma desonrosa para ver se pescava alguma coisa dita por Bolsonaro ou seu filho Carluxo.

Não foi sem motivos que o general Azevedo e Silva deixou nesta quarta-feira o TSE atirando em Bolsonaro, acusando-o de fazer uso político da imagem das Forças Armadas, vampirizando a marca da instituição.

Azevedo se desafivelou não só das picuinhas brejeiras que tinha que aturar dentro das próprias Forças Armadas, mas da malandragem velha de um velhaco que está sentado na cadeira da Presidência da República.

Um sujeito que ontem mostrou mais uma vez como colocou o Brasil na beira do barranco.

Putin, vendo a cena de Carluxo sentado no centro da mesa e sabendo de quem se tratava, deve ter mandado retribuir a coroa de flores, depositada por Bolsonaro no túmulo do soldado comunista, com um rosário de capim para ser pendurado no pescoço do imbecil que governa o Brasil.

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