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Trump dá acesso a Musk a informações privilegiadas contra a China

Bilionário, que comanda empresas rivais da indústria chinesa, recebeu informações privilegiadas sobre planos militares dos EUA para conter avanço de Pequim.

O Pentágono agendou uma reunião secreta para brifar (apresentar um relatório a) Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, sobre os planos de guerra dos Estados Unidos em um eventual conflito com a China. A informação, revelada pelo The New York Times, gerou polêmica devido aos amplos interesses comerciais de Musk no país asiático e seu papel como conselheiro do presidente Donald Trump. Enquanto o Pentágono negou que o encontro trataria de questões estratégicas militares, o fato de Musk, CEO da SpaceX e Tesla, ter acesso a informações tão sensíveis levanta preocupações sobre possíveis conflitos de interesse e os riscos de vazamento de dados vitais, normalmente de acesso apenas à alta diplomacia.

Musk, um dos maiores fornecedores para o Pentágono e com fortes interesses financeiros na China, teria sido convidado para avaliar como os planos de guerra dos EUA poderiam impactar a produção e os recursos militares do país. A análise dos planos de guerra, altamente confidenciais, tem o objetivo de ajustar orçamentos e determinar quais sistemas militares seriam utilizados em um cenário de confronto. No entanto, com sua empresa SpaceX fornecendo lançamentos de satélites para a defesa dos EUA, além de suas relações comerciais com a China, sua participação em tais discussões poderia gerar vazamentos de informações cruciais que favorecessem não apenas os interesses de Musk, mas também os da China.

Faca de dois gumes

Se por um lado, Musk pode se aproveitar das informações para benefício próprio junto ao governo chinês, por outro, essa informação privilegiada também é uma enorme vantagem para um empresário que compete com empresas chinesas, especialmente na área dos automóveis elétricos inteligentes, satélites e telecomunicações. A perda competitiva de suas empresas em relação às similares chinesas, e portanto o risco de se aproveitar como concorrente do que virá a seguir é algo que deve preocupar o governo da China, e um ponto que não foi levantado pelos jornalistas norte-americanos.

Musk, cuja SpaceX compete diretamente com o programa espacial chinês e fornece serviços críticos ao Pentágono, teria acesso a detalhes de operações militares classificadas como “O-plans” — planos estratégicos para conflitos de grande escala. Em contrapartida, o governo chinês vê o SpaceX como uma extensão da máquina de guerra dos EUA, o que poderia tornar o acesso de Musk a planos de guerra uma ameaça direta à segurança nacional da China.

A decisão levanta questões éticas: como um empresário com negócios bilionários na China pode ter acesso a informações sensíveis sobre estratégias para conter seu desenvolvimento? Outra pergunta não feita é o risco que suas empresas passam a ser, com o papel de elite econômica que exercem na China. Pequim já reagiu contra corporações norte-americanas que considera como risco a sua segurança nacional (como Google, Intel ou Nvidia), limitando sua atuação no país.

Falso dilema

A Tesla, por exemplo, depende de uma fábrica em Xangai para mais da metade de suas entregas globais, e Musk já fez elogios públicos ao Partido Comunista Chinês. É inegável, no entanto, sua filiação ao ideário de ultradireita e sua identidade atual com o governo de Donald Trump e sua política irredutível de ataque aos interesses chineses.

Apesar dessa ambiguidade e evidente conflito de interesses, Musk teria mais a perder na disputa por espaço comercial para seus carros elétricos ou satélites na concorrência chinesa, do que traindo seu país vendendo informação estratégica para o governo de outro país, como quer sugerir o NYT. Em última instância, seu papel no governo é passageiro e sua vocação e fonte de poder é como industrial e homem de negócios.

Por que Musk precisa dessas informações?

Após a divulgação da notícia, Trump afirmou em redes sociais que “a China não será mencionada” no encontro. Já o secretário de Defesa, Pete Hegseth, classificou o briefing como uma discussão informal sobre “inovação e eficiência”. Contudo, fontes oficiais confirmaram que o tema central seria a guerra com a China, incluindo opções de alvos e cronogramas de ataque.

Analistas apontam que Musk, nomeado para cortar gastos no governo, pode querer entender quais sistemas de armas são essenciais para os planos militares antes de propor reduções orçamentárias. Por exemplo, a possível eliminação de porta-aviões — que custam bilhões — poderia comprometer estratégias já definidas.

Riscos para a segurança nacional

Especialistas em ética alertam que o acesso de Musk a detalhes sobre defesa espacial e cibernética — áreas em que a China investe pesadamente — pode beneficiar a SpaceX. A empresa já recebe US$ 1,6 bilhão anuais do Pentágono para lançar satélites e opera o Starlink, sistema de comunicação considerado vital para operações militares.

A China, por sua vez, vê a SpaceX como uma extensão do aparato militar dos EUA. Em 2023, um estudo da Universidade de Defesa Nacional da China destacou a “militarização do Starlink” como uma ameaça à estabilidade global.

Musk está sob investigação do Pentágono por possíveis violações de seu nível de segurança. Em 2023, funcionários da SpaceX denunciaram que ele não reportou contatos com líderes estrangeiros. Além disso, o governo Biden negou a Musk uma autorização de acesso a programas ultrassecretos, citando “riscos de segurança”, de acordo com o Vermelho.

Um jogo de riscos e recompensas

A aproximação entre Musk e o governo Trump expõe uma linha tênue entre inovação privada e segurança nacional. Enquanto o Pentágono busca modernizar suas estratégias, a relação controversa de Musk com a China e seus negócios governamentais colocam em xeque a integridade de informações que podem definir o futuro das relações EUA-China ou da própria relação entre os conglomerados empresarias de Musk e da própria China.

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Mina de ouro descoberta na China pode ser a maior do mundo e mudar economia global

China já é líder na produção mundial de ouro; Nova jazida é avaliada em R$ 483 bilhões.

Uma mina de ouro descoberta na China no final de 2024 pode ser considerada a maior do mundo após ser revelado que a jazida contém mil toneladas do metal, localizadas a profundidades de até três mil metros. Inicialmente, foi anunciado que foram encontradas 300 toneladas de ouro.

O ouro é um dos metais preciosos mais valorizados e atualmente, a China já é líder na produção mundial do metal. Somente em 2023, o país extraiu 370 toneladas de ouro . De acordo com o Conselho Mundial do Ouro, cerca de 10% da produção global desse ano foi de origem chinesa.

China

Um relatório da agência estatal Xinhua estima que as milhões de toneladas de ouro da mina supergigante estão avaliadas em aproximadamente US$ 83 bilhões , o equivalente a R$ 483 bilhões. A mina apresenta uma média de 138 gramas de ouro por tonelada de minério, segundo reportagem do ICL.

A descoberta pode aumentar a oferta de ouro no mercado internacional e impactar a economia do planeta. Especialistas aponta que o volume pode afetar as economias que dependem da exportação de metal, os países que possuem reservas de ouro como último recurso financeiro e investidores que aplicam seus recursos nesse ativo.

Impacto na China
Por outro lado, há expectativas de que a descoberta provoque impactos positivos na macroeconomia chinesa e também beneficie as comunidades vizinhas da província de Hunan, onde está localizada a mina.

Um estudo sobre os impactos da mineração na pobreza e na desigualdade, realizado por Loayza e Rigolini, apontou que províncias com atividade mineradora tendem a ter maior consumo per capita e redução da pobreza. A mineração, porém, pode provocar problemas sociais, como deslocamentos populacionais e desigualdade econômica, além dos impactos ambientais.

De acordo com a agência Reuters, embora a China já seja o maior produtor de ouro do mundo, responsável por cerca de 10% da produção global em 2023, sua demanda supera amplamente a produção interna. O país consome cerca de três vezes mais ouro do que é capaz de extrair, o que o obriga a depender significativamente de importações de nações como Austrália e África do Sul.

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China está furiosa com os ataques recebidos pelo G7

Comentando a declaração conjunta da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G7 e a Declaração sobre Segurança Marítima e Prosperidade, o porta-voz da Embaixada da China no Canadá rebateu que tais documentos estão repletos de arrogância, preconceito e intenções maliciosas de atacar e suprimir a China.

A China expressa profundo descontentamento e oposição a essas declarações e apresentou uma representação formal ao governo canadense, afirmou o porta-voz da embaixada em um comunicado publicado no site oficial na sexta-feira, horário local. Segundo a nota, “essas declarações repetem a mesma retórica ultrapassada, ignoram os fatos e a posição solene da China, interferem grosseiramente nos assuntos internos chineses e difamam abertamente o país”.

De acordo com o comunicado da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G7 em Charlevoix, Quebec, divulgado pelo Global Affairs Canada na sexta-feira, os membros do G7 fizeram várias acusações contra a China em temas que incluem a guerra na Ucrânia, a segurança e a resiliência da chamada região “Indo-Pacífico”.

Essas declarações conjuntas dos ministros do G7 claramente carregam a intenção de fortalecer a unidade interna do bloco por meio da amplificação das chamadas “ameaças da China”. Isso demonstra mais uma vez que o G7 não passa de um pequeno grupo que promove divisão, confronto e caos mundial, em vez de atuar como um agente de estabilidade global, como afirma, disseram analistas chineses.

Na declaração conjunta, o G7 também reiterou seu apoio à participação “significativa” de Taiwan em organizações internacionais apropriadas, ao mesmo tempo em que expressou “preocupação com as situações no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China” e afirmou que se opõe fortemente a “tentativas unilaterais de mudar o status quo, especialmente por meio da força e coerção”.

A China defende firmemente sua soberania territorial e seus direitos e interesses marítimos, e se opõe veementemente às ações do G7 que prejudicam sua soberania, afirmou o porta-voz da embaixada no comunicado.

Taiwan é parte inalienável do território chinês. A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China e não admite interferência externa. A chave para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan está no respeito ao princípio de uma só China e na oposição firme ao separatismo da “independência de Taiwan”. A participação da região de Taiwan em atividades de organizações internacionais deve ser tratada exclusivamente de acordo com esse princípio, destacou o comunicado.

Atualmente, a situação no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China é amplamente estável. O Mar do Sul da China é uma das rotas marítimas mais seguras e livres do mundo. “Quero enfatizar que a região Ásia-Pacífico é uma terra promissora de paz e desenvolvimento, não um tabuleiro de xadrez para rivalidades geopolíticas. O G7 deve respeitar os esforços dos países regionais pela paz e estabilidade, abandonar a mentalidade da Guerra Fria e parar de criar confrontos de blocos e alimentar tensões na região”, instou o porta-voz.

Os membros do G7 também acusaram a China, sem provas, de fornecer armas e componentes de uso duplo à Rússia, chamando-a de um “facilitador decisivo da guerra da Rússia e da recomposição das Forças Armadas russas”.

“Quero reiterar que a China não é criadora nem parte da crise na Ucrânia e nunca forneceu armas a qualquer parte do conflito”, refutou o porta-voz da embaixada chinesa. “Pelo contrário, são os membros do G7 que continuam alimentando o fogo do conflito, portanto, não estão em posição de culpar a China.”

A China rejeita as acusações infundadas do G7. Enquanto o G7 abandonou os princípios básicos de manutenção da estabilidade estratégica global e minou o regime internacional de desarmamento e não proliferação nuclear, escolheu atacar e desacreditar as políticas nucleares de outros países. Essa postura apenas intensificará os confrontos e criará obstáculos para o progresso global no desarmamento nuclear, afirmou o porta-voz.

Criticando as alegações do G7 de que “a China não deveria conduzir ou apoiar atividades que comprometam a segurança de nossas comunidades e a integridade de nossas instituições democráticas”, o porta-voz enfatizou que a China nunca interferiu nos assuntos internos de outros países e não tem interesse em fazê-lo. “O rótulo de ‘interferência em assuntos internos’ jamais deve ser atribuído à China”, afirmou.

Atualmente, as discussões do G7 não estão mais restritas a questões econômicas. Originalmente criado para tratar de assuntos financeiros, o grupo agora direciona seu foco para crises internacionais e grandes questões políticas, como o Mar do Sul da China, Taiwan e o conflito Rússia-Ucrânia. Isso demonstra que o G7 se tornou um bloco que sustenta sua existência – e até fortalece seu papel – por meio da fabricação de ameaças externas. Tal abordagem é, sem dúvida, uma bomba-relógio para a segurança e prosperidade globais, ou, em outras palavras, um fator de desestabilização, afirmou Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, ao Global Times no sábado.

Ao mesmo tempo, é importante notar que as acusações do G7 contra a China refletem a visão de certas elites ou facções dentro da política ocidental. No entanto, em alguns países ocidentais, como os EUA e a Itália, forças políticas anti-establishment vêm ganhando influência. Isso sugere que o G7 está enfrentando divisões internas profundas, apontou Li.

Essa fragmentação foi deliberadamente ocultada na recente reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 por meio da amplificação de ameaças externas, observou ele. “Não importa o quanto o G7 exagere ameaças externas para fortalecer sua própria existência e função, ele não pode esconder o aprofundamento de suas divisões internas nem a resistência global a sua tentativa de impedir a prosperidade mundial e gerar desordem internacional”, afirmou.

A China enfatiza ao G7 que uma mentira, mesmo repetida milhares de vezes, não se tornará um fato. O mundo não será enganado por tentativas de difamação contra a China. Suprimir e atacar a China não é uma “solução milagrosa” para resolver as divisões internas do G7. Instamos mais uma vez o G7 a abandonar a mentalidade da Guerra Fria e os preconceitos ideológicos, parar de ir contra a tendência mundial e os tempos atuais, cessar as declarações infundadas e arrogantes e a interferência grosseira nos assuntos de outros países, para evitar criar confrontos e divisões na comunidade internacional, concluiu o porta-voz da embaixada chinesa, segundo o Cafezinho.

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Vídeo: Apavorado e com parafusos a menos, Bolsonaro diz que Brasil e China estão construindo bomba atômica e pede interferência dos EUA

Demonstrando confusão mental, ex-presidente ataca parcerias com o gigante asiático e atenta contra a soberania nacional ao clamar por interferência dos EUA.

Dando claros sinais de confusão mental, Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (7) que o Brasil teria feito um acordo com a China para a construção de bombas atômicas e que, por isso, pediu intervenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A informação sobre suposto acordo dos governos brasileiro e chinês para a construção de bombas atômicas, obviamente, é falsa.

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Negócios entre Brasil e China é o que envolve a conspiração de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Entreguista, deputado deixa claro que um de seus objetivos é minar parcerias sino-brasileiras para beneficiar o governo dos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está praticamente morando nos Estados Unidos e já cogita não retornar ao Brasil. Desde que Donald Trump reassumiu a presidência em janeiro, o deputado federal viajou três vezes ao país norte-americano, onde tem permanecido para articular ataques ao governo brasileiro e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O filho de Jair Bolsonaro tem se aliado a parlamentares da extrema direita estadunidense para pressionar o governo dos EUA a adotar retaliações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a trama golpista, e até mesmo sanções contra o Brasil.

O objetivo é claro: constranger Moraes e o governo Lula com o respaldo dos EUA, tentando influenciar o curso da investigação sobre a tentativa de golpe. A intenção final é livrar Jair Bolsonaro da prisão e reabilitá-lo politicamente para um eventual retorno ao Palácio do Planalto. Além disso, Eduardo Bolsonaro aposta na imposição de sanções norte-americanas contra o Brasil como forma de enfraquecer a gestão de Lula e pavimentar o caminho para que seu pai volte ao poder.

Diante dessas articulações, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo que Eduardo seja investigado e tenha o passaporte apreendido. O petista argumenta que as ações do parlamentar configuram crime de lesa-pátria e tentativa de interferência no curso das investigações conduzidas pelo Judiciário brasileiro.

A conspiração de Eduardo Bolsonaro, no entanto, não se limita a pressões contra Moraes e o STF. O deputado também tem se movimentado para minar as relações comerciais entre Brasil e China, favorecendo os interesses de Washington. O fortalecimento das parcerias sino-brasileiras representa uma ameaça à influência dos EUA no país, e Eduardo busca barrar acordos estratégicos firmados entre os dois governos, diz a Forum.

Em entrevista a um canal de extrema direita dos EUA nesta terça-feira (4), o deputado afirmou que a representação de Rogério Correia tem como objetivo impedir que ele assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Creden) da Câmara dos Deputados. O comando das comissões será definido na próxima semana pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e parlamentares governistas se articulam para impedir que Eduardo assuma o colegiado.

Na mesma entrevista, Eduardo Bolsonaro deixou claro que, caso presida a Comissão de Relações Exteriores, trabalhará para dificultar a aprovação dos acordos firmados entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping. Sua estratégia envolve barrar esses tratados dentro da comissão, enfraquecendo as relações sino-brasileiras e beneficiando diretamente o governo Trump.

Ao compartilhar a entrevista em seu canal no Telegram, Eduardo Bolsonaro deixou clara essa intenção:

“Entre os 37 acordos assinados por Lula com Xi Jinping no G20, que precisam ser aprovados na Comissão, estão temas sensíveis como tecnologia nuclear, fornecimento de urânio, telecomunicações, controle digital e mídia. Seria coincidência que agora querem me impedir de assumir a comissão que irá avaliar esses acordos tecnicamente e que pode barrá-los caso identifique eventuais obstáculos ao interesse nacional brasileiro? O que está em jogo pode não ser apenas o meu passaporte, pode ser a própria soberania do Brasil”, escreveu o deputado.

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China dá resposta forte e decisiva as ameaças de Trump: ‘Se você quer guerra, estamos prontos’

Ministério das Relações Exteriores chinês rejeitou questão do fentanil como justificativa para aumentos de tarifas.

A Embaixada Chinesa nos EUA respondeu às tarifas impostas pela administração Trump sobre a questão do fentanil.

Em uma declaração publicada no X, a embaixada enfatizou que os EUA devem se envolver em consultas iguais com a China para abordar o assunto. “Se os EUA realmente querem resolver a questão do fentanil, então a coisa certa a fazer é consultar a China, tratando-se como iguais. Se a guerra é o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária , uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”, dizia o post da embaixada.

China rejeita acusações dos EUA
O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou a questão do fentanil como justificativa para aumentos de tarifas sobre importações chinesas. Um porta-voz do ministério declarou que as ações da China para salvaguardar seus direitos e interesses eram legítimas e necessárias.

“Os EUA, e não mais ninguém, são responsáveis ​​pela crise do fentanil. No espírito de humanidade e boa vontade para com o povo americano, tomamos medidas robustas para ajudar os EUA a lidar com a questão. Em vez de reconhecer nossos esforços, os EUA buscaram difamar e transferir a culpa para a China e estão buscando pressionar e chantagear a China com aumentos de tarifas. Eles estão nos PUNINDO por ajudá-los. Isso não vai resolver o problema dos EUA e vai minar nosso diálogo e cooperação antinarcóticos”, acrescentou a declaração.

Tarifas entram em vigor
A administração Trump impôs uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, somando-se aos 10% já em vigor. Essas tarifas entraram em vigor na terça-feira. Tarifas semelhantes também foram aplicadas a importações do Canadá e do México sobre o mesmo problema, segundo o ICL

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China responde a Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA

Taxação de produtos agrícolas de 10 e 15%, proibição de exportações e de comercialização são as novas contramedidas da China.

China volta a responder Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA
Presidente chinês Xi Jinping e primeiro-ministro Li Qiang participam da cerimônia de abertura da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) no Grande Salão do Povo em Pequim, em 4 de março de 2025 – Pedro Pardo / AFP

No dia seguinte à decisão anunciada por Donald Trump de dobrar a taxação a todos os produtos chineses de 10% para 20%, a China implementou uma série de medidas sobre produtos e empresas dos Estados Unidos (EUA).

O Ministério do Comércio da China emitiu três anúncios que afetarão os negócios de 26 empresas estadunidenses na China. Já a Comissão Tarifária do Conselho de Estado anunciou que, a partir de 10 de março de 2025, a China implementará uma tarifa de 15% para frango, trigo, milho e algodão dos EUA, e outra de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios.

A China já havia reagido ao primeiro tarifaço de 10%. “A imposição unilateral de tarifas pelos EUA prejudica o sistema de comércio multilateral, aumenta a carga sobre empresas e consumidores americanos e prejudica a base da cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”, afirmou a Comissão em um comunicado.

Novas proibições para empresas estadunidenses
Em um primeiro documento do ministério chinês emitido nesta terça (4), a China incluiu dez empresas estadunidenses no sistema de Listas de Entidades Não Confiáveis, o que significa que as empresas não poderão comercializar com a China e nem investir.

O sistema é utilizado, de acordo com o governo chinês, para garantir “as regras econômicas e comerciais internacionais e o sistema de comércio multilateral, se opor ao unilateralismo e ao protecionismo comercial e salvaguardar a segurança nacional da China, os interesses públicos sociais e os direitos e interesses legítimos das empresas”.

Em comunicado à parte, a corporação Illumina Inc. também foi incluída nesse mesmo mecanismo, mas com a medida específica de proibição de exportação de sequenciadores genéticas (máquinas que identificam a sequência de informações genéticas de organismos) para a China.

A terceira medida colocou outras 15 empresas na Lista de Controle de Exportação.

Quais são as companhias
As primeiras dez vendem armamento ou fornecem serviços de vigilância ou análise de dados para Taiwan. De acordo com o Ministério do Comércio chinês, a decisão tem base em diversas leis, como a de Segurança Nacional, a de Sanções Antiestrangeiras.

As ações, ainda segundo o ministério, prejudicam “seriamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”.

As companhias são da indústria armamentista e/ou aeroespacial (Cubic Corporation, TCOM, L.P, Teledyne Brown Engineering,Inc., S3 AeroDefense e ACT1 Federal); aviação (Stick Rudder Enterprises LLC ); da construção naval e defesa (Huntington Ingalls Industries Inc; de análise de dados (Exovera e TextOre), e de engenharia (Planate Management Group)

Algumas destas empresas já tinham sido objeto das chamadas contramedidas em setembro de 2024. Elas foram implementadas em resposta ao anúncio do Departamento de Estado dos EUA de uma aprovação de venda de armamento militar a Taiwan em um valor de US$ 228 milhões , que acabou se confirmando em outubro por um valor muito maior, US$ 2 bilhões.

Já a Illumina, de acordo com o Ministério do Comércio, “violou os princípios normais de negociação do mercado, interrompeu transações normais com empresas chinesas, adotou medidas discriminatórias contra empresas chinesas e prejudicou seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

As outras 15 empresas possuem todas laços (em maior ou menor grau) com o Complexo Militar Industrial dos EUA. As medidas implementadas pela China nesta terça proibiram as empresas chinesas de exportar para essas empresas os chamados bens de dupla utilização (que podem ser utilizados tanto para fins pacíficos como militares).

Veja a lista abaixo:

  • Leidos
  • Gibbs & Cox, Inc.
  • IP Video Market Info, Inc.
  • Sourcemap, Inc.
  • Skydio, Inc.
  • Rapid Flight LLC
  • Red Six Solutions
  • Shield AI, Inc.
  • HavocAI
  • Neros Technologies
  • Group W
  • Aerkomm Inc.
  • General Atomics Aeronautical Systems, Inc.
  • General Dynamics Land Systems
  • AeroVironment

*BdF

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Dilma Rousseff passou mal e foi internada às pressas em hospital de Xangai, na China

Ex-presidente teve pressão alta, tontura e vômito na sexta-feira (21).

A ex-presidente Dilma Rousseff foi internada em Xangai, na China, depois de passar mal na sexta-feira (21). Ela tem 77 anos e apresentou sintomas de pressão alta, vômito e tonturas.

O Shangai East International Medical Center confirmou que Dilma está internada no hospital.

Ela comanda o Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, com sede na China, desde 2023. A instituição é responsável por apoiar projetos de desenvolvimento sustentável e infraestrutura dos integrantes do bloco.

Dilma participaria de reunião com membros do conselho do banco dos BRICS nos próximos dias em Cape Town, na África do Sul. Ela cancelou sua ida. A reunião teria ministros da fazenda e presidentes de bancos centrais.

Dilma preside o Banco dos BRICS
O Brasil assumiu a presidência do Brics em 1º de janeiro.

Dilma (2011-2016) assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics, em abril de 2023. O mandato do Brasil na presidência do banco, que funciona em esquema de rotação de países, terminaria em julho de 2025.

O governo brasileiro negociou uma exceção para as regras do banco para que ela continue à frente da instituição por mais cinco anos.

O acordo foi negociado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no fim do ano passado. A partir de julho, Dilma se reportará a Putin.

O BRICS é um grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Com ICL.

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Trump pipocou e Xi Jinping sorriu

Trump perdeu o rebolado e o rumo de casa depois do troco arrumado que levou na fuça da China.

Está zonzo, perdido e fugindo da prosa sobre a guerra comercial que promoveu com a China sem conseguir segurar o repuxo.

Na verdade, é moeda corrente hoje nos EUA, que dessa lambança que Trump arrumou, só a China riu.

Trump ficou no vácuo e agora tá empepinado sem saber como sai dessa;

Disse que não tem pressa em resolver suas pendengas com o presidente chinês.

Questionado sobre a decisão da China de emitir tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA, Trump respondeu “tudo bem”.

Para quem roncou valentia, rodopios e rodamoinho contra Xi Jinpin, fica escancarado que o malvadão americano, deu uma senhora pipocada pra China.

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Tarifas da China sobre o petróleo dos EUA são oportunidade para o Brasil

A decisão da China de impor tarifas de 10% sobre as importações de petróleo bruto dos EUA abre uma “janela de oportunidade” para o Brasil aumentar as exportações de petróleo para o país asiático, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) nesta terça-feira.

O Brasil foi o sétimo maior fornecedor de petróleo para a China no ano passado, com uma média de 720.000 barris por dia, de acordo com dados da StoneX até setembro.

“Pode acontecer realmente um incremento”, disse Roberto Ardenghy, do IBP.

Cerca de 30% das exportações de petróleo da Petrobras foram para a China no quarto trimestre do ano passado, disse a empresa na segunda-feira, ante 44% no mesmo período de 2023.

As tarifas criam uma “assimetria de mercado” que pode levar ao aumento das vendas “oportunisticamente” para a Petrobras na China, disse o diretor de Logística Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, a repórteres no evento.

Mas a mudança não é estrutural e pode ser revertida, observou ele.

Na China, tarifas sobre os produtos dos EUA entram em vigor na próxima segunda-feira.