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Política

Lula afirma que relação do Brasil com a China entra “em outro patamar”

Presidente volta de viagem à Ásia com contratos de parceria assinados com os chineses e com os Emirados Árabes Unidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil após cumprir agenda e assinar diversos acordos de cooperação com a China e os Emirados Árabes Unidos.

“Bom dia! Retorno ao Brasil hoje com a certeza de que estamos voltando à civilização. Nos Emirados Árabes, fechamos acordos que somam R$ 12,5 bilhões. Na China foram 50 bilhões. E, mais importante, reabrimos as portas do mundo para mais avanços para o nosso país”, afirma o presidente nas redes sociais.

Entre as possibilidades a serem abertas na relação com a China, o presidente brasileiro citou o aumento da presença de chineses nas universidades brasileiras e de brasileiros nas instituições de ensino chinesas.

Outros pontos destacados foram as parcerias no processo de transição energética, com o potencial brasileiro de produzir energia limpa, e na área de conectividade, considerando o compromisso do governo de universalizar o acesso à internet banda larga nas escolas públicas de todo o país.

“Não temos escolhas políticas ou ideológicas. Temos escolha de interesse nacional, do povo brasileiro, da indústria nacional, de nossa soberania”, disse Lula, ao afirmar que o Brasil precisa buscar seus interesses e necessidades para construir acordos possíveis.

Ao deixar a China rumo aos Emirados Árabes Unidos, Lula afirmou que sai do país satisfeito e que sentiu “uma extrema vontade” do presidente Xi Jinping e dos ministros em melhorar a interação com o Brasil.

“Eu acho que nossa relação estratégica vai se aperfeiçoando cada vez mais. E nós não precisamos romper e brigar com ninguém para que a gente melhore”, disse.

*GGN

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Política

“Fontes americanas” dizem à Folha que Lula desafiou os Estados Unidos na China

Segundo o jornal, o Brasil passou a ser visto como adversário.

A jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, reporta que o Brasil passou a ser visto como adversário dos Estados Unidos, após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. “As fontes americanas afirmam não pressionar o Brasil a não ter relações com o regime de Xi Jinping ou a escolher um dos dois países —os próprios EUA têm grande intercâmbio com a China, argumentam. Mas entendem que o presidente brasileiro e sua equipe de política externa, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial de Lula, Celso Amorim, adotaram um tom aberto de antagonismo aos EUA”, escreve a jornalista.

“Um dos aspectos mais problemáticos, na visão de Washington, é Lula enxergar os EUA como um obstáculo para o fim da guerra na Ucrânia —e a China e a Rússia como os países que vão levar a paz ao conflito”, prossegue.

O presidente Lula avalia que os Estados Unidos precisam parar de fornecer armas à Ucrânia e tem defendido a criação de um clube de países interessados na paz. Ele também afirmou não ser antiamericano. “Quando converso com os Estados Unidos, não me preocupa o que a China vai pensar. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando converso com a China, também não me preocupa o que os Estados Unidos estão pensando. É assim que fazem todos os países”, afirmou.

*Com 247

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Opinião

A China estendeu o tapete vermelho para Lula. O Brasil voltou

A visita foi um sucesso.

“Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, disse Lula a poucas horas do fim de sua visita àquele país. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, a milhares de quilômetros de distância dos Estados Unidos, o segundo.

“É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”, disse Lula, acrescentando: “É preciso que a União Europeia comece a falar em paz para a gente convencer Putin e Zelensky” que a guerra só interessa a eles.

Putin é Vladimir, presidente da Rússia. Zelensky é Volodymyr, presidente da Ucrânia. O acréscimo feito por Lula não mereceu tanto destaque no noticiário quanto a frase inicial “É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra”.

Mas, tudo bem. Deixa pra lá. Até Donald Trump, que não tem nenhuma afinidade com Lula, e toda afinidade com Bolsonaro, já disse que seu país estimula a guerra na Ucrânia; e Trump não é chinês, nem comunista, nem mesmo suspeito de ser.

Lula também não é comunista, nunca foi. Não importa, porém: seus adversários o acusam de ser – os bolsonaristas porque acreditam nisso, outros porque não gostam dele por mil razões. Em 2002, Bolsonaro votou em Lula para presidente.

O comunicado conjunto assinado por Lula e o presidente chinês Xi Jinping faz uma defesa generalista da paz na Ucrânia, poupa a Rússia de críticas e reafirma que a China é uma só, e não duas – a outra, Taiwan, uma ilha e espécie de protetorado americano.

Olhe aí outra prova de que Lula é vermelho! A Organização das Nações Unidas reconhece que China só existe uma. Em 1974, em plena ditadura militar, ao restabelecer relações diplomáticas com a China, o Brasil concordou com a premissa de uma só China.

“Penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que precisamos trabalhar juntos para que a relação Brasil-China não seja meramente de interesse comercial. Queremos que a relação transcenda a relação comercial”, afirmou Lula.

O governo chinês estendeu o tapete vermelho para Lula. Recebeu-o com pompa. A conversa privada de Lula com Jinping durou duas horas, muito além do previsto. Por mais duas horas, durante o banquete oferecido por Jinping, os dois conversaram.

Negócios são negócios, e foi atrás deles que, recentemente, o presidente da França visitou a China, empresários americanos têm negócios com a China, e Lula quer ampliar os negócios de mão dupla entre a China e o Brasil. Sem desprezo aos Estados Unidos.

Os Estados Unidos não parecem interessados em incrementar suas relações com a América Latina, onde cresce a influência da China, nem com a África, onde a influência da China é cada vez maior. Os Estados Unidos tratam a América Latina como quintal deles.

Em seus quatro anos de governo, Trump não pôs os pés na América Latina. Joe Biden, até aqui, também não. Como vice do presidente Barack Obama, Biden veio ao Brasil acalmar a presidente Dilma Rousseff que fora espionada por seu país.

*Blog do Noblat

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Política Uncategorized

Após inúmeros acordos de US$ 50 bilhões com a China, Lula vende alimentos brasileiros aos Emirados Árabes

Agência Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita neste sábado (15) Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Lula irá se reunir com o presidente e emir de Abu Dhabi, xeique Mohammed bin Zayed Al Nayhan. É a segunda vez que o presidente visita o país. A primeira foi em dezembro de 2003, durante o primeiro mandato presidencial.

No encontro, os chefes de Estado devem tratar de acordos comerciais, investimentos bilaterais e meio ambiente. A comitiva brasileira é composta por representantes de 30 empresas, de diversos setores, como mineração e carne, segundo a Presidência da República.

Em 2022, o comércio bilateral movimentou US$ 5,7 bilhões, alta de 74% na comparação ao volume do ano anterior. Os produtos agropecuários brasileiros respondem por quase 60% das exportações aos Emirados Árabes Unidos.

Carne bovina e de frango estão entre os itens mais vendidos aos árabes. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango halal, produzida conforme os preceitos e tradições do islamismo.

Além do fluxo comercial, os Emirados Árabes Unidos são os maiores investidores do Oriente Médio no mercado brasileiro, na ordem de US$ 10 bilhões.

Em relação à pauta do meio ambiente, o país árabe tem investido em energias renováveis e no compromisso de zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, em consonância com estratégia adotada pela gestão do presidente Lula. O país irá sediar a 28ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28).

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Política

Com uma viagem, Lula colhe mais que Bolsonaro em 4 anos na relação com a China

A viagem do presidente Lula à China foi de êxito completo, por mais que alguns procurem cabelo em ovo, sugerindo que ao criticar a hegemonia do dólar nas transações internacionais, ou ao reconhecer a soberania da China sobre Taiwan, o presidente brasileiro tenha se arriscado a colher em troca a insatisfação dos Estados Unidos ou a má vontade do Ocidente. Com uma viagem, Lula colheu muito mais frutos da relação com a poderosa China do que Bolsonaro em seus 4 anos de mandato, em que só fez atrasar as relações bilaterais.

Aos que sugerem ter Lula se afastado da neutralidade global em direção a um maior alinhamento com o eixo China-Rússia, vale recordar que na diplomacia, mais que a retórica, contam os documentos oficiais emitidos. E, neste sentido, a Declaração Conjunta de 49 pontos (contrastando com o lacônico comunicado emitido após o encontro com Biden) não deixa fio desencapado. Nele, os dois países reiteraram “o compromisso com a defesa do direito internacional, inclusive os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas como sua pedra angular indispensável, e com o papel central da ONU no sistema internacional”. Na mesma linha, reconheceram o papel da OMC como reguladora do comércio internacional. Ou seja, tudo dentro dos conformes.

Para o Brasil, para a diplomacia de resultados de Lula, o que conta são os ganhos que o país terá com o aprofundamento das relações bilaterais, sem exclusão das outras parcerias, seja com os EUA, seja com a União Europeia, sem esquecer a prioridade nas relações com a América Latina, em busca da integração.

E, neste sentido, Lula volta ao Brasil com a cesta cheia. Os 15 acordos assinados são importantes mas o longo Comunicado Conjunto explicita muitas outras oportunidades de cooperação, que ainda não estão maduras para a assinatura de acordos ou até prescindem deles.

Um dos principais acordos assinados é o que busca incrementar, mais ainda, o comércio bilateral, assinado por Itamaraty e Fazenda com o ministério do comércio exterior chinês. Em 2022, o Brasil exportou pouco mais de US 10 bilhões para os EUA, cerca de US$ 13 bilhões para a União Europeia e pouco mais de US$ 22 bilhões para a China. O acordo busca ampliar ainda mais estes números, mencionando esforços imediatos para remover barreiras, burocracias, abrir canais para as empresas dos dois lados e a adoção de boas práticas regulatórias. Este último ponto se aplica, por exemplo, ao assunto tão excitante no Brasil neste momento, o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50. A isenção existente, apenas para trocas entre pessoas físicas, vem sendo manipulada pelos sites chineses de e-commerce. Não é uma boa prática, deve reconhecer a China. Haddad está certo.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, foi talvez a que mais usou a caneta para assinar documentos na viagem, num sinal de que a nova parceria irá muito além da exportação de produtos primários, evoluindo para a cooperação tecnológica e científica. O acordo maior com a pasta de Luciana envolve projetos em nanotecnologia, inteligência artificial, biotecnologia, cidades inteligentes, novos materiais e muitas destas áreas que estão na fronteira do futuro. O Brasil só tem a ganhar recebendo transferências nestas áreas.

Foi também assinado, nesta linha, um acordo específico na área de Tecnologia da Informação, envolvendo todo este mundo virtual/digital que ainda nos assusta com suas possibilidades, mas pautarão a vida das próximas gerações: big data, novos usos do 5-G, do armazenamento em nuvem, algoritmos e aplicações diversas da inteligência artificial. Nisso, a China está muito à nossa frente.

*Tereza Cruvinel/247

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Política

Na China, Lula se reúne com montadora de veículos elétricos que negocia fábrica na Bahia

A companhia chinesa negocia uma fábrica de automóveis elétricos em Camaçari, na Bahia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se nesta quinta-feira, 13, em Xangai, com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu. A companhia chinesa negocia uma fábrica de automóveis elétricos em Camaçari, na Bahia.

Na reunião, acompanhada por ministros e governadores que estão na comitiva, o CEO da empresa falou sobre as políticas chinesas que permitiram o desenvolvimento, na China, de uma indústria de veículos elétricos, tanto de carros de passeio como de ônibus de transporte público.

O governador da Bahia, Jeronimo Rodrigues, participou do encontro com Lula na tarde desta quinta-feira (pelo horário chinês).

Rodrigues chegou na China antes da comitiva de Lula e visitou no domingo, 9, duas fábricas da BYD, uma que produz carros elétricos e outra que faz ônibus elétricos. As duas unidades produzem mais de 400 mil veículos por ano. “Vamos batalhar para levar essa indústria para Bahia”, declarou o governador.

A empresa chinesa negocia com a Ford para assumir a planta industrial da montadora americana no polo industrial de Camaçari.

*Com Exame

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Política

Após mais de 30 horas de viagem, Lula desembarca em Xangai, na China

Lula não falou com os jornalistas na chegada, que contou com um forte esquema de segurança montado pela polícia chinesa.

Xangai — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pousou na China pouco depois das 11h (horário de Brasília) desta quarta-feira (12/4) e seguiu com a primeira-dama, Janja da Silva, e os demais integrantes de sua comitiva direto para o hotel, próximo à região central de Xangai.

Lula não falou com os jornalistas na chegada, que contou com um forte esquema de segurança montado pela polícia chinesa. Apenas acenou. Ele aparentava cansaço depois de uma viagem que, contando com as conexões em Lisboa e em Abu Dhabi, durou mais de 30 horas.

O presidente foi recebido no hall do hotel por uma banda de jazz que tocava músicas brasileiras — no exato momento da chegada, a banda tocava a melodia de “Se essa rua fosse minha”, uma das canções populares mais conhecidas do país.

A ex-presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também acompanhavam Lula na chegada ao hotel.

Cercada por jornalistas, Dilma, que nesta quinta-feira (13/4) contará com a presença de Lula em uma solenidade para marcar sua posse como presidente do Banco dos Brics, evitou longas declarações.

O Metrópoles perguntou à ex-presidente se ela está feliz com a volta à cena pública. Dilma respondeu que sim e, bem ao seu estilo, tentou encerrar a conversa: “It’s the end of the ‘quebra-queixo’”, disse, referindo-ao jargão usado por jornalistas para definir entrevistas de improviso como aquela.

“Eu tenho certeza de que todos vocês estão muito felizes de estar aqui em Xangai”, emendou logo depois, diante da insistência dos repórteres. Perguntada se está gostando da China, onde está morando agora em razão do novo cargo, Dilma respondeu: “Eu sempre gostei muito da China”.

*Metrópoles

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Mundo

Vazam documentos secretos de inteligência dos EUA sobre Ucrânia, Oriente Médio e China

Um novo conjunto de documentos secretos que revelam os segredos de segurança nacional dos Estados Unidos em temas que vão da Ucrânia ao Oriente Médio e à China apareceu em sites de mídia social nesta sexta-feira (7).

Segundo o jornal The New York Times, os documentos classificados detalham planos estadunidenses e da OTAN para fortalecer as forças armadas ucranianas antes de uma ofensiva planejada contra as tropas russas.

Analistas ouvidos pelo jornal dizem que mais de 100 documentos podem ter sido obtidos. Junto com a sensibilidade dos próprios documentos, podem ser extremamente prejudiciais, disseram autoridades americanas.

“Um alto funcionário da inteligência chamou o vazamento de ‘um pesadelo para os Cinco Olhos’, em uma referência aos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, as chamadas nações dos Cinco Olhos que compartilham amplamente inteligência”, afirmou o NY Times.

*247

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Política

Lula participa da posse de Dilma no banco dos BRICS no dia 13 e se encontra com Xi um dia depois

Agenda da viagem à China já está confirmada.

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para a China em 11 de abril para uma visita que incluirá uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, informou nesta sexta-feira o Palácio do Planalto, viagem remarcada após Lula ser diagnosticado com pneumonia leve na semana passada.

Segundo o Planalto, Lula deve se encontrar com Xi no dia 14. Antes disso, desembarca no dia 12 em Xangai, onde participa, no dia 13, de cerimônia oficial de posse da ex-presidente Dilma Rousseff como nova chefe do New Development Bank, o banco dos Brics, sediado na cidade chinesa. No mesmo dia 13, segue para Pequim, segundo o 247.

A intenção de Lula é manter a maior parte da agenda programada para a viagem que seria esta semana, com a assinatura de pelo menos 20 acordos entre os dois governos, de acordo com fontes com conhecimento dos planos.

As agendas com empresários brasileiros, no entanto, não vão ocorrer, uma vez que boa parte deles manteve a viagem no cronograma original, mesmo sem Lula, e diversos acordos privados já foram assinados.

Deve ser mantido o rito da visita de Estado, com encontro com Xi, com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita a Assembleia Nacional Popular, o Congresso do país. Também deve acontecer a visita a fábrica da Huawei, a gigante chinesa da área de telecomunicações e um dos principais alvos dos boicotes norte-americanos na área.

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Mundo

A Política Externa dos EUA para a China, por Pedro Costa Júnior

Os Estados Unidos demoraram demasiadamente para perceber o tamanho do desafio chinês. Foi tão somente neste século que começaram a despertar.

“O ciclo, que é interminável, se desenvolve do desequilíbrio para o equilíbrio e daí novamente para o desequilíbrio. Cada ciclo, contudo, conduz a um nível mais alto de desenvolvimento. O desequilíbrio é normal e absoluto, enquanto o equilíbrio é temporário e relativo.” Mao Tsé-Tung

A Política externa norte-americana, neste século XXI, apresenta dois pilares estruturantes muito bem definidos. Ambos partem de uma agenda bipartidária consensual, de republicanos e democratas. O primeiro, de caráter estrutural, pautado no “excepcionalismo histórico”, a saber, a crença fundamental de que não existe nem pode vir a existir nem uma nação acima dos Estados Unidos em termos de poder no Sistema Internacional. O que se traduz em uma política deliberada de sua supremacia militar inconteste. O segundo, intimamente ligado ao primeiro, é a contenção da China nas disputas pelo poder global no Sistema Mundial Moderno.

Os Estados Unidos demoraram demasiadamente para perceber o tamanho do desafio chinês. Foi tão somente neste século que começaram a despertar, tardiamente, para o elefante na sala.

Foi só no o governo Obama/Biden, que se intenta uma reformulação na política externa americana, para priorizar não mais o Médio Oriente, entrementes o “desafio asiático”. A China, naquele momento, era um desafio evidente como sol do meio-dia. O então presidente democrata formulou assim, o “pivô para Ásia” e a “Aliança para o Pacífico” (TPP). Ambos fracassos retumbantes. O pivô asiático não saiu do papel porque os Estados Unidos não conseguiram sair do Oriente Médio. As “Guerras Gêmeas”, no Afeganistão e Iraque, se tornaram infinitas. Posteriormente, veio a “Guerra na Líbia”, o Iraque da Hilary. E ainda a “Guerra na Síria”, humilhante para o governo Obama. Além do surgimento do grupo terrorista ISIS. Tudo isto, no contexto da Primavera Árabe. Já o TPP (Trans-Pacific Partnership), o tratado de livre comércio que reuniria os EUA e as principais encomias da Ásia e do Pacífico, numa tentativa clara de isolar a China, foi implodido pelo governo Trump.

A Política Externa de Trump foi marcada por um isolacionismo arrogante. Com o desprezo às “Organizações Multilaterais” e até mesmo a aliados tradicionais dos EUA, como Alemanha e França. No entanto, foi na administração Trump que se iniciou a nominada “Guerra Comercial a China”. A partir da eleição de Trump, em 2016, formou-se um consenso no Departamento de Estado dos EUA, sejam democratas, sejam republicanos, militares, políticos, congressistas de alto e baixo escalão, secretários de Estado, diplomatas, think tanks, diversas universidades e grupos de pesquisa, intelectuais a serviço do Estado, jornalistas e a mídia em geral, etc… que o grande desafio dos EUA não são mais o “terror” ou “terrorismo”, e sim, a China, e que é preciso contê-la tenazmente.

O governo Biden/Harris, após a desastrosa retirada dos EUA do Afeganistão, começou finalmente a realizar o outrora esboçado pivô para o Pacífico, a fim de conter a expansão da China. Biden passou a movimentar as peças no tabuleiro geopolítico. Criou o “QUAD” (Parceria Quadrilateral sobre Segurança entre Estados Unidos, Índia, Austrália e Japão), e posteriormente, a “AUKUS”: uma aliança de cooperação tecnológica e militar, envolvendo Estados Unidos, em conjunto com Reino Unido e Austrália. Ambos, uma evidente estratégia de contenção da China no Indo-Pacífico.

Um ponto decisivo na reorganização da geopolítica do poder, que está ocorrendo no sistema-mundo, é o envolvimento umbilical dos EUA na “Guerra da Ucrânia”. O enfrentamento à Rússia alcançou proporções sistêmicas, implicando as grandes potências globais, o que desencadeou no estreitamento de uma “aliança sem limites” sino-russa – que acabou de completar um ano neste mês de fevereiro – segundo Henry Kissinger, o pior dos cenários para a Política Externa Americana.

Os dois países anunciaram uma aliança de nível superior e sem precedentes na história do Sistema-Mundo: “As novas relações interestatais entre Rússia e China são superiores às alianças políticas e militares da época da Guerra Fria. A amizade entre os dois Estados não tem limites, não há áreas ‘proibidas’ de cooperação”, diz o documento.

O Governo Biden deu passo decisivo na contenção ao poder chinês. A “Guerra Tecnológica” contra a China. Biden divulgou um amplo conjunto de controles de exportação que proíbem as empresas chinesas de comprar chips avançados. As recentes sanções dos EUA contra a China são sem precedentes nos tempos modernos. Autoridades dos EUA falaram sobre a medida como um ato a fim de proteger os interesses de segurança nacional. Os chips que os Estados Unidos tentam controlar são semicondutores, os processadores que movem celulares, carros autônomos, computação avançada, drones, equipamentos militares – e se tornaram essenciais para a disputa tecnológica desta década.

Em síntese, a gestão Biden não só continuou a “Guerra Econômica” com a China, iniciada por Trump, como a elevou a uma “Guerra Tecnológica” e ainda a uma “Guerra Humanitária”, bem ao estilo dos democratas. Trata-se de um caminho sem volta.

Pedro Costa Júnior é doutorando do Departamento de Ciências Políticas (DCP) da USP e autor do livro “O Poder Americano no Sistema Mundial Moderno: Colapso ou Mito do Colapso?”, Curitiba: Appris, 2019.

*GGN

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