Comecemos pelo começo: Várias fontes indicam que Ciro Nogueira é um dos principais candidatos a vice na chapa de Tarcísio.
A recém-formada federação União Brasil-Progressistas, o maior bloco no Congresso, considera Nogueira para o cargo de vice-presidente para fortalecer a campanha de Tarcísio, especialmente no Nordeste, onde Nogueira, natural do Piauí, tem influência.
Ciro Nogueira é um traidor contumaz. Isso até as pedrinhas do fundo do mar sabem.
A venenosa frase de Tarcísio, o mais graúdo candidato entre os quatro ratos que Carluxo espinafrou, foi sobre a possibilidade de conceder indulto a Bolsonaro, se for eleito presidente: “Concedo o indulto na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado.”
Ou seja, Tarcisio trai Bolsonaro antes mesmo de ser condenado e preso. Disse que, se for presidente, dará o indulto a ele, negando defender sua anistia, agora, por razões óbvias.
Em meio a essa trairagem de Tarcísio em que enfia um espeto de Pau Brasil no genocida para lhe devorar assado em brasa, como os antigos Caetés fizeram com o Bispo Sardinha, surge um personagem anônimo via ICL e entrega um tijolo que foi parar direto na testa de Ciro Nogueira, candidato a vice rato de Tarcísio.
A denúncia de recebimento de propina, dinheiro em espécie é muito detalhada e só poderia vir de dentro do próprio ninho de ratos bolsonaristas.
O fato é que, se Carluxo, o Pitbull favorito de Bolsonaro, chamou Tarcisio de rato, de forma escancarada, o que ele não faria de forma mais sutil contra o vice rato de Tarcísio, Ciro Nogueira.
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Em entrevista exclusiva, testemunha afirma que propina foi enviada ao senador, em Brasília
Por Leandro Demori, Cesar Calejon e Flávio VM Costa
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) recebeu uma sacola de papelão contendo dinheiro vivo enviado a ele por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Os dois são, segundo investigação da Polícia Federal, os chefes do esquema criminoso do PCC (Primeiro Comando da Capital) que envolve a gestão de fundos de investimentos na Faria Lima e fraudes bilionárias no setor de combustíveis.
É o que conta, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, uma fonte anônima que teve contato direto com os dois chefes do esquema. A revelação feita ao ICL Notícias foi oficializada em depoimento à Polícia Federal (PF). A pessoa afirma ter ouvido do próprio Beto Louco que uma sacola com dinheiro vivo seria entregue a Ciro Nogueira. Ainda de acordo com a fonte, o encontro ocorreu no ano passado, no gabinete do Senado.
“Sim, ele falou que [a sacola com dinheiro] era para o Ciro Nogueira. Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola”, afirmou a testemunha em conversa gravada com os jornalistas Leandro Demori e Cesar Calejon.
“Era uma sacola de papelão. Era uma sacola grampeada. De uma largura compatível com o tamanho de uma cédula.”
O encontro entre o senador e os chefes do esquema do PCC, quando a sacola de dinheiro vivo foi enviada, ocorreu no mês de agosto de 2024, de acordo com a fonte.
A identidade da testemunha será preservada. Aos agentes da Polícia Federal, a fonte confirmou as mesmas informações reveladas na entrevista gravada ao ICL Notícias.
A propina estaria relacionada à defesa dos interesses dos suspeitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei que tramitam no Senado. Na ANP, eles tentavam reverter a revogação das licenças da Copape e Aster, as principais empresas envolvidas no esquema criminoso, onde contariam com a interferência do senador
Procurado, o senador Ciro Nogueira respondeu com um ofício encaminhado por ele ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em que chamou o ICL Notícias de “site de pistoleiros”, negou as acusações e colocou seus sigilos à disposição da Justiça;
“Ao informar Vossa Excelência que essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete, que por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente, de qualquer forma, é absolutamente mentirosa, peço a Vossa Excelência que determine, com a máxima urgência, à Polícia Federal, que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas”, afirmou.
“Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição (a começar pelos de meu gabinete, de meu telefone e todos os demais) para comprovar que em tempo algum mantive qualquer ligação com qualquer facção criminosa.”
Contactados através de seus advogados, Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva também não responderam até o fechamento dessa reportagem. O espaço segue aberto.
Operação Carbono Oculto Primo e Beto Louco estão foragidos desde quinta-feira (28), dia em que foi deflagrada a Carbono Oculto, uma megaoperação que reuniu esforços simultâneos da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público paulista para desbaratar um esquema bilionário que envolve uso de fundos de investimentos sediados na Faria (avenida na zona oeste de São Paulo que reúne os principais operadores financeiros do país), fraudes fiscais no setor de combustíveis e lavagem de dinheiro para o crime organizado. Há suspeita de que houve vazamento dos mandados de prisão, o que possibilitou a fuga dos dois suspeitos.
Os dois suspeitos seriam os verdadeiros donos da Copape e da Aster. Outras empresas envolvidas no esquema seriam o Reag, um dos maiores fundos de investimento do país, que foi usado na compra de empresas, usinas e para blindagem do patrimônio dos envolvidos, e o BK Bank, fintech que movimentava dinheiro com uso das chamadas “contas bolsão” não rastreáveis.
Um dos políticos mais identificados com o Centrão, bancada suprapartidária de orientação conservadora conhecida por seu voraz apetite por verbas e cargos públicos, Ciro Nogueira foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, entre agosto de 2021 e dezembro de 2022. Nogueira é um dos principais defensores dos interesses do mercado financeiro no Congresso Nacional e é defensor ferrenho Jair Bolsonaro, de quem foi ministro.
O senador entrou, recentemente, em uma disputa interna pela indicação da chefia da ANP. Ao lado do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apadrinhou a candidatura de Daniel Maia. Mas o escolhido pelo presidente Lula foi o advogado Artur Watt, bancado por Otto Alencar (PSD-BA). O plenário do Senado aprovou a indicação de Watt para a diretoria-geral, no último dia 19.
Emendas de Ciro Nogueira ao projeto de “devedor contumaz” No ano passado, a atuação de Ciro Nogueira foi alvo de críticas de representantes do setor de combustíveis por apresentar emendas a projetos de lei que tramitam no Senado sobre a tipificação e punição do “devedor contumaz”. A avaliação era de que as propostas do senador atrapalham o andamento dos projetos.
O devedor contumaz é uma pessoa jurídica que, de forma reiterada e sem justificativa, deixa de pagar impostos, utilizando a inadimplência fiscal como parte do seu modelo de negócio para obter vantagem competitiva indevida sobre outras empresas que pagam seus tributos em dia. O objetivo dos projetos de lei é o de definir punições a quem recorre a essa prática fraudulenta.
As informações divulgadas sobre a Operação Carbono Oculto demonstram que o modelo fraudulento de negócios das empresas de Primo e Beto Louco é baseado justamente neste tipo de estratagema. Logo, não aprovar o projeto de lei era de interesse dos chefes do esquema do PCC.
Em 18 de junho de 2024, uma terça-feira, Ciro Nogueira apresentou duas emendas ao projeto de lei 125/2022, que tem a relatoria do senador Efraim Filho (União Brasil/PB). Ele rejeitou as duas propostas em seu relatório.
Como mostrou a colunista do UOL, Raquel Landim, a primeira emenda excluía da classificação de “devedor contumaz” os setores com influência estatal na formação de preço, caso dos combustíveis onde operam as empresas alvo da operação. A segunda emenda deixava a cargo da agência reguladora (no caso de combustíveis, a ANP) definir que firma se encaixa, ou não, no critério de “devedor contumaz”.
Em dezembro de 2023, o senador havia apresentado emenda a um outro projeto que trata do mesmo tema. A emenda também foi rejeitada.
Em abril deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei. Logo após a deflagração da Carbono Oculto, o presidente do Senado David Alcolumbre (União Brasil-AP) colocou o projeto na pauta de votação do plenário, prevista para ocorrer nesta terça-feira (2).
Processos da Copape e da Aster na ANP De acordo com a investigação do MP-SP e da PF, Primo e Beto Louco comandam uma intrincada rede criminosa presente em todas as etapas da cadeia produtiva do açúcar, álcool e combustíveis, e que é formada por uma miríade de empresas que atuam no transporte, fabricação, refino, armazenagem, além de redes de postos de combustíveis e lojas de conveniências.
As empresas Copape e Aster são instrumentalizadas há anos, afirma o MP, “para o desempenho de fraude fiscal estruturada, fraudes contábeis, falsidades diversas e lavagem de capitais.”
As investigações apontam que o grupo criminoso “inflava” artificialmente os preços dos insumos nas transações entre a Copape e a Aster com o objetivo de sonegar impostos e obter créditos tributários indevidos.
O esquema era dividido entre a gestão operacional das usinas e a gestão financeira e patrimonial, utilizando fundos de investimento e empresas de participações para ocultar a origem e destino dos recursos ilícitos.
As suspeitas sobre a Copape e Aster remontam há pelo menos cinco anos, quando as duas empresas experimentaram um crescimento exponencial no mercado de combustíveis.
Em 3 de agosto de 2021, a ANP cancelou autorizações de importação de gasolina e de solventes da Copape. Na época, ocupava a segunda posição no mercado brasileiro.
A Copape é uma formuladora, isto é, compra derivados de petróleo para fabricar gasolina e diesel. Já a Aster, é uma distribuidora de combustíveis.
Uma nota técnica da Secretaria de Fazenda de São Paulo divulgada na época apontou que, no período entre janeiro de 2020 até abril de 2021. a Copape havia sonegado R$ 1,38 bilhão de ICMS para o estado paulista.
O processo na ANP foi marcado por disputa judicial e culminou na revogação definitiva das licenças da Copape e da Aster referendada pela diretoria colegiada da agência, em 29 de novembro de 2024. Uma reunião do colegiado manteve a suspensão, em fevereiro deste ano.
Com a denúncia feita pela fonte ao ICL Notícias, a Polícia Federal abre uma nova linha de investigação sobre o esquema que envolve o principal grupo criminoso no Brasil – desta vez, nos salões da alta política em Brasília. Nossa reportagem segue apurando mais histórias relacionadas ao caso.
*Matéria publicada com exclusividade pelo ICL
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Fernandin OIG comprou três apartamentos em edifício construído pela empresa da família de Ciro Nogueira
Novos detalhes sobre a ligação do senador Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), com Fernando Oliveira Lima, o Fernandin OIG, dono de empresa de bet associada ao Jogo do Tigrinho, vieram à tona em reportagem da revista Piauí, assinada pelos jornalistas Alessandra Medina e João Batista Jr.
A matéria revela um relatório enviado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à CPI das Bets sobre Fernandin: ele comprou três apartamentos em Teresina em edifício construído pela Ciro Nogueira Agropecuária e Imóveis, empresa que tem o senador como sócio.
A empresa tem como sócios-administradores Gustavo e Silva Nogueira Lima e Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima, irmãos do senador. Eles já atuaram como secretários parlamentares de Ciro Nogueira.
Ao ser questionado sobre a negociação, o senador disse: “Nunca ouvi falar dessa compra”. Para justificar o desconhecimento da negociação, ele alegou que a empresa é administrada pelo irmão.
A reportagem também afirma que Fernandin repassou R$ 625 mil, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, a Victor Linhares de Paiva, ex-assessor de Ciro Nogueira. Hoje, Victor é secretário do prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União).
Ciro Nogueira afirmou à revista que perguntou ao ex-assessor sobre o valor recebido do empresário das bets e foi informado que se referia à venda de um relógio de luxo da marca Richard Mille “e que estava tudo no Imposto de Renda dele e do Fernandin”.
O assessor também repassou mais de R$ 30 mil ao senador entre 2023 e 2024. Nogueira, no entanto, diz que foi reembolso de um hotel na luxuosa Ilha de Capri, na Itália. “Eu desisti da viagem [para Capri, na Itália] e transferi para Victor a reserva [do hotel] que já estava paga, e ele me ressarciu”, respondeu o presidente do PP.
Empresário do Tigrinho poupado ao fim da CPI Piauí traz a público que os documentos do Coaf não entraram no relatório final da CPI, feito pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que foi reprovado por 4 a 3, em 12 de junho.
Soraya explica que não colocou a íntegra do documento no relatório em razão das ameaças que vinha sofrendo. Ela afastou Ciro Nogueira da CPI, em que era membro suplente, após a divulgação da informação que o senador viajou para a França, onde acompanhou o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1, em uma aeronave pertencente a Fernandin.
Os relatórios financeiros mostram que o patrimônio do empresário, que negou à CPI ser dono do jogo do Tigrinho, saltou de R$ 36 milhões em 2022 para R$ 143 milhões em 2023 – um crescimento de 300%.
Apesar de ter começado com muito alarde e imensa expectativa, os trabalhos da comissão chegaram ao fim do dia 12 de junho passado com resultado frustrante. Pela primeira vez na última década, o relatório final de uma cpi foi rejeitado no Senado. Quatro senadores votaram contra. São eles: Angelo Coronel (PSDB-BA), Efraim Filho (União-PB), Professora Dorinha Seabra (União-TO) e Eduardo Gomes (PL-TO), ex-líder do governo de Jair Bolsonaro. Três votaram a favor: Eduardo Girão (Novo-CE), Alessandro Vieira (MDB-SE) e a relatora Soraya Thronicke.
Boa parte do relatório era dedicado a sugestões para conter os avanços e os efeitos nocivos das bets sobre os brasileiros — incluindo a proibição de jogos caça-níqueis, como o Fortune Tiger, conhecido como o Jogo do Tigrinho. Havia também o pedido de indiciamento de Fernandin OIG, por suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
*ICL/Revista Piauí
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O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), viajou para a Europa na quinta-feira (22) a bordo de um jatinho privado do empresário piauiense Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, que é proprietário de empresas de apostas online, incluindo o popular jogo Fortune Tiger, também chamado de “jogo do tigrinho”.
A Folha de S.Paulo confirmou a viagem do senador com ao menos três fontes, além de informar que Fernando Oliveira levou também sua esposa, a influenciadora Pamela Drudi.
O voo teve origem no aeroporto executivo São Paulo Catarina, em São Roque, localizado a 60 km da capital paulista, após Ciro ter chegado de helicóptero do hotel Grand Mercure Ibirapuera.
Essa informação foi originada da revista piauí e foi corroborada pela Folha de S.Paulo. Embora o senador tenha sido procurado pela Folha para comentar a respeito, ele optou por não se manifestar.
Fernando Oliveira, por sua vez, também foi questionado pela reportagem, mas não forneceu resposta.Fernando é um dos alvos da CPI das Bets, que foi instaurada no Senado no final de 2024 com o objetivo de investigar irregularidades em casas de apostas e possíveis esquemas de manipulação em eventos esportivos.
Até o momento, a CPI já realizou 15 sessões, e, conforme os registros do Senado, Ciro Nogueira se pronunciou em duas oportunidades — ele é membro suplente da comissão. Na primeira delas, quando seu amigo Fernando foi ouvido, Ciro defendeu o empresário, afirmando que o conhecia “há muito tempo” e o descrevendo como um “grande empresário” de seu estado.
Em contrapartida, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que atua como relatora da CPI, revelou as dificuldades enfrentadas para intimar Fernando a prestar depoimento, afirmando: “Temos problemas para encontrá-lo”. Ciro, por sua vez, respondeu que se comprometeria a ajudar a localizá-lo, caso fosse convocado formalmente:
“Eu me comprometo aqui com a CPI, caso nós decidamos trazer ele de volta e encontrá-lo. É uma pessoa que reside no meu estado”.
Antes da viagem, Ciro e Fernando se reuniram em São Paulo. A agenda do senador na capital incluiu um ato de filiação ao PP do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que teve a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O evento ocorreu em uma casa noturna na Vila Olímpia e contou com a presença de diversas lideranças de partidos, incluindo Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD) e Antonio Rueda (União Brasil). Durante seu discurso, Ciro Nogueira falou por alguns minutos, elogiou Derrite e comemorou o crescimento do PP em São Paulo.
Logo após a cerimônia, o senador se retirou rapidamente do palco e evitou a imprensa. Por volta das 20h25, ele entrou em um carro acompanhado por assessores e, em apenas dez minutos, chegou ao hotel para então embarcar no helicóptero. Às 21h20, ele já estava no aeroporto São Paulo Catarina, pronto para a decolagem para a Europa.
Ciro utilizou seu telefone até às 22h30, momento em que o avião do empresário partiu para Nice, na França. O celular só foi acessado novamente às 8h54, um minuto após a aterrissagem na Riviera Francesa. Tanto o empresário quanto a influenciadora social postaram ativamente nas redes sociais momentos antes do voo e retomaram suas publicações por volta das 9h35.
Após chegarem a Nice, viajaram para Mônaco para acompanhar o Grande Prêmio de Fórmula 1.Ciro é um defensor da legalização dos jogos de azar no Brasil desde 2016. Ele já relatou projetos sobre a regulamentação desse mercado e tem dialogado com setores interessados na temática.
Em seus discursos, Ciro argumenta que a legalização poderia gerar receitas adicionais ao Estado e melhorar a fiscalização sobre as atividades de apostas. No entanto, o tema é controverso no Congresso, enfrentando resistência de parte da bancada evangélica e de setores do Judiciário.Recentemente, a CPI das Bets ganhou destaque com o depoimento midiático da influenciadora Virgínia Fonseca, embora o Senado tenha demonstrado desinteresse no assunto desde sua instalação.
As apostas esportivas foram liberadas pela primeira vez no Brasil no término do governo de Michel Temer (MDB), em 2018, através de uma articulação no Congresso. Essa lei permitiu as apostas, estabelecendo que a regulamentação do setor deveria estar pronta até 2022. O governo de Jair Bolsonaro (PL), no entanto, não avançou com essa pauta.A ausência de regulamentação fez com que as apostas proliferassem em um limbo jurídico, sem fiscalização, tributação ou exigências para operação.
Além disso, a falta de regulamentação permitiu o surgimento de cassinos virtuais, como “tigrinho”. No início do governo Lula (PT), em 2023, o Ministério da Fazenda enviou um projeto de lei ao Congresso para regulamentar o setor de uma vez por todas. O texto em tramitação introduziu a legalização de “jogos online”, englobando os cassinos virtuais e jogos como o “tigrinho”.
A nova regulamentação prevê que apenas empresas autorizadas pelo governo federal possam operar no Brasil a partir de 2025. A OIG Gaming, de Fernando Oliveira Lima, obteve autorização para operar três casas de apostas: 7games, Betão e R7.
Curiosamente, Fernando Oliveira Lima também é proprietário do avião que transportou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques para a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima na Grécia, em 2024. Naquela ocasião, o magistrado declarou que estava em Roma para atividades acadêmicas e que fez uma parada na Grécia para cumprimentar o cantor.
Em resumo, a análise da trajetória de Ciro em relação à legalização de jogos de azar evidencia seu compromisso com a regulamentação em um ambiente de resistência política, enquanto a evolução e as controvérsias em torno das apostas no Brasil revelam um mercado emergente em busca de estrutura legal.
Para Bolsonaro, o lugar de Tarcísio em sua milícia será sempre o de comandado, nunca o de comando. Será um eterno carona e, assim, sempre sairá na foto.
Tarcisio quer um bolsonarismo sem Bolsonaro, sem influência e escolha de Bolsonaro.
O comportamento de Tarcísio, que estava nublado, agora está escancaradamente claro. Ele montou seu próprio picadeiro.
O Frankenstein engoliu seu criador
Tarcísio pode ter caixa em São Paulo, mas não tem no Brasil.
Se Tarcísio tem melhor aderência do fascismo paulista, Bolsonaro tem o mesmo peso no fascismo nacional
Bolsonaristas de ocasião, que sabem que Bolsonaro não será candidato e não vai apoiar candidato fora do seu círculo familiar, por não confiar em ninguém sem esses laços, não querem mais esperar pelo que nunca acontecerá. Ou seja, Bolsonaro jamais apoiará Tarcisio e sua tropa. Inclui-se aí nessa lista negra de ex bolsonaristas Waldemar Costa Neto e Ciro Nogueira.
Certamente as pesquisas internas que estão comento soltas dos dois lados, dão suporte de esperança a ambos, Bolsonaro e Tarcísio. Isso significa mais um racha na direita, já que Tarcísio não será o candidato da suposta 3ª via.
O fato é que a direita nunca teve projeto de país, e sim de poder.
A classe dominante brasileira é fisiológica e preguiçosa. Qualquer coisa de trabalho, ela se esquiva e vai tocando suas adições conforme o ponto do bolo.
O racha na direita é um reflexo natural de um movimento que, sem uma liderança unificada, tende a se fragmentar entre personalidades e interesses distintos.
Nada define tão bem a cara da elite nativa do que isso.
Quando um senador bolsonarista se encontra com uma turma de ricaços para tramar contra os pobres e o governo Lula.
A “Vale Tudo” versão 2025 deveria ter um núcleo dramático na Faria Lima, a avenida de SP que representa a especulação financeira.
O que são os pequenos golpes de Maria de Fátima e a aporofobia (aversão, rejeição e maus-tratos aos pobres) da vilã Odete Roitman diante do sincericídio dos banqueiros e seus capachos da política?
Odete só entra no capítulo 24 da novela da Tv Globo, mas tem seus diversos dublês já em ação nos auditórios dos banqueiros paulistas. Não falta também uma centena de personagens como Marco Aurélio, o ricaço picareta que dá uma banana para o Brasil no final da trama original de Gilberto Braga (1988).
O ICL Notícias trouxe essa semana um roteiro pronto sobre a perversidade contra a população mais pobre. Com direito a “cenas do próximo capítulo” de puro terrorismo — o complô entre a bancada da Direita prevê a liquidação total, incluindo Petrobrás, em caso de triunfo eleitoral de Tarcísio de Freitas ou outro representante do bolsonarismo.
“Vale Tudo” é papo de coroinha de igreja e noviça de quermesse diante do que ouvimos nos áudios do encontro entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Daniella Marques, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, em conversa para uma plateia de endinheirados no evento da Legend Invest, no auditório do BTG Pactual.
No país campeão mundial de desigualdades, a confraria do “aprendiz” Roberto Justus (um dos donos da Legend) prega contra o “excesso de proteção social” do Brasil e ataca os necessitados do BPC — o benefício de proteção continuada que paga um salário mínimo aos sem-nada do Brasil.
É uma obra-prima do escárnio burguês.
A sorte (a plateia do BTG vibra mais do que nunca nesse momento) é que Ciro Nogueira decreta a morte política do presidente Lula da Silva. “Até no Nordeste ele pode perder. O povo não vê mais esperança”, diz.
O epitáfio de Lula foi aplaudido pelos banqueiros e investidores em várias ocasiões da conversa. Sem se falar nas gargalhadas quando ressaltam o orgulho de todos naquele ambiente serem “taxáveis” na compensação do projeto de isenção de Imposto de Renda (até R$ 5 mil) do ministro Fernando Haddad.
Força, guerreiros!
Comovido, Ciro Nogueira promete uma proposta no Congresso para tentar livrá-los — o máximo que puder —, de algum imposto do governo federal. É o eleito pela gente humilde do Piauí na guerra pelos super ricos paulistas.
Deu vontade até de invadir a cena dos bacanas e cantar “Eu vim de Piripiri”, o sucesso de Paulo Diniz que exalta a brava terra piauiense.
Coitada de Maria de Fátima diante dessa gente. Odete Roitman e Marco Aurélio serão xingados de “românticos” caso compareçam a um colóquio na área. Reles aprendizes da “elite do atraso”.
Senador disse que Tarcísio está eleito com apoio de Bolsonaro e que o Congresso já opera contra o governo.
Em evento fechado com investidores promovido pela Legend Investimentos nesta segunda-feira (31), no auditório do BTG, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) construiu uma narrativa de desgaste irreversível do governo Lula e antecipou o cenário de 2026 com uma certeza: “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”. A afirmação não foi isolada. Ao longo de quase duas horas de conversa, o ex-ministro da Casa Civil desenhou um roteiro que aponta para o enfraquecimento da base do governo e para a consolidação da direita como principal força política nacional nos próximos anos.
Congresso como contenção e fragilidade do governo Logo na abertura da conversa, Ciro definiu o papel atual do Legislativo como uma contenção do governo: “Não vai haver rompimento institucional, mas o Congresso vai segurar. Vai ser a contenção até 2026”. Para ele, o governo Lula perdeu tração política e está velho. “O eleitor está pronto para migrar. Esse governo já deu o que tinha que dar”, afirmou. Segundo Ciro, o governo hoje se sustenta apenas no simbolismo de Lula, mas já não possui capacidade de mobilizar entusiasmo. “Tudo é ‘nova’ farmácia popular, ‘novo’ Minha Casa Minha Vida, mas ninguém diz que tem uma nova avó. É um governo velho.”
Ciro afirmou que Lula não será candidato à reeleição. “Ele não tem mais capacidade de dialogar com as pessoas”, disse, apontando o que considera uma perda de conexão do presidente com a base popular e com o sentimento de esperança que o caracterizou em eleições anteriores. “Até no Nordeste ele pode perder. O povo não vê mais esperança.”
O senador também fez comparações com o processo de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com ele, as condições para um afastamento de Lula não estariam dadas, mas o cenário de contenção já está em andamento. “O impeachment só foi possível porque ela tinha 7% [de aprovação]. Lula ainda tem 30. Seria traumático. Mas o Congresso está lá, funcionando como dique.”
Críticas econômicas e recepção da elite financeira As críticas ao governo se estenderam à política econômica. O senador afirmou que o aumento nos preços de medicamentos atingirá em cheio a população idosa, único grupo onde Lula ainda mantém algum apoio. “Quem está acabando com o governo é a inflação”, disse. Para ele, qualquer tentativa de ajuste fiscal ou racionalização dos gastos é inviável com o PT no poder. Ciro afirmou que o país vive uma paralisia econômica e institucional, e que a resposta do Planalto tem sido recorrente e ineficaz: “O governo reage com aumento de gasto público e slogans reciclados”.
O auditório reuniu empresários, investidores e representantes do setor financeiro, público diretamente beneficiado pelo atual modelo de tributação. Uma das participantes expressou preocupação com uma eventual tributação mais progressiva: “aqui está todo mundo taxado acima dos 50 mil”, disse, em referência às propostas que miram faixas mais altas de renda. A frase evidenciou o temor da elite econômica com possíveis mudanças nas regras. Ao ser questionado, Ciro Nogueira evitou entrar no mérito da tributação dos mais ricos. Limitou-se a afirmar que é preciso “ver a questão da compensação”, sem indicar de onde sairiam os recursos para bancar a isenção na base.
O senador também ressaltou que a proposta do seu partido precisa ser “politicamente viável”, o que, no contexto da conversa, soou como um aceno à manutenção dos interesses dos setores representados na plateia. Ao longo da exposição, ficou claro que a principal preocupação dos presentes não era enfrentar as distorções do sistema tributário, mas sim proteger os benefícios acumulados por quem ganha mais. Ciro reforçou que os três itens da proposta não poderiam ser divulgados por enquanto e que o apoio do presidente da Câmara é essencial para avançar. O tom reservado reforçou a percepção de que o projeto busca evitar conflitos com setores privilegiados.
Tarcísio como sucessor e a transferência de Bolsonaro Na avaliação de Ciro, a direita está articulada e já possui sua estratégia definida para 2026. A candidatura de Tarcísio de Freitas, segundo ele, representa uma continuidade do bolsonarismo com maior capacidade de diálogo institucional. “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”, disse. Ele descartou qualquer possibilidade de terceira via e reforçou que a eleição será polarizada. “Vai ser o candidato do Lula contra o candidato do Bolsonaro. E se for o Tarcísio, a eleição já acabou.”
Ciro também deixou claro que o bolsonarismo não precisa mais da candidatura do próprio ex-presidente para vencer. O apoio de Bolsonaro, segundo ele, é suficiente para consolidar uma vitória no primeiro turno, especialmente se a oposição se mantiver unificada em torno de nomes mais palatáveis ao centro. “A força do Bolsonaro está na transferência. Ele aprendeu com os erros e vai fazer uma campanha diferente.”
Direita organizada e aposta no Congresso Por fim, Ciro garantiu que a centro-direita já está pronta para assumir o protagonismo institucional e eleitoral do país. Caso Bolsonaro cumpra os compromissos assumidos com os partidos de centro, o senador prevê “a maior vitória da direita da história”. “Essa campanha já está estancarada. Estamos organizados. O governo vai até 2026, mas a mudança já começou no Congresso.”
A fala de Ciro foi recebida com atenção por investidores e agentes do mercado financeiro presentes no evento. Ao adotar um tom direto e sem rodeios, o senador se posiciona como um dos principais articuladores do novo bloco conservador que se desenha para o próximo ciclo eleitoral. A aposta é clara: usar o Congresso como freio do governo Lula e preparar o terreno para um reposicionamento completo do campo da direita em 2026.
Portaria assinada pelo atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, revoga a proibição do presidente venezuelano de entrar em solo brasileiro.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, virá ao Brasil para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1°), em Brasília. As informações são de Lauro Jardim, O Globo.
Depois de uma forte insistência do futuro governo, Jair Bolsonaro cedeu. Será publicada ainda hoje uma portaria assinada pelo ministro Ciro Nogueira revogando a proibição de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pisar em solo brasileiro.
Maduro, portanto, desembarcará em Brasília no domingo para a posse de Lula.
O veto à presença de Maduro no Brasil existe desde agosto de 2019, meses depois de Bolsonaro ter assumido o poder. Foi assinado pelo então ministro da Justiça, Sérgio Moro.
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Ciro Nogueira deu um tchau querido em Bolsonaro, tipo, a fila anda e tem que respeitar as urnas.
Ciro Nogueira pode ter todos os defeitos do mundo, mas sabe ler e interpretar a mensagem que veio das urnas com a vitória de Lula.
Mais que isso, Ciro Nogueira, um dos ícones do Centrão, sabe identificar a diferença entre uma página inicial que chega com o novo governo, de uma página virada com a derrota de Bolsonaro.
Esse é o perfil do Centrão pragmático, coerente com seu histórico de funcionar como filtro ou bomba de um governo a partir de uma lista de reivindicações que devem ser negociadas dentro do mundo da política.
Por isso o desembarque explícito nesse fio, que segue abaixo, publicado por Ciro Nogueira no twitter:
A PEC da Transição, como o próprio nome diz, é para a TRANSIÇÃO. Deve garantir somente os pontos comuns das duas candidaturas: 600 reais de auxílio e aumento real do salário mínimo em 2023.
Todos os parlamentares que compõem a base do atual governo e apoiam uma agenda econômica diametralmente oposta à que foi eleita e ainda é desconhecida nos detalhes têm o direito de se posicionar livremente.
O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada.
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