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OAB pede que STF garanta vacinas aprovadas por agências internacionais se Anvisa for omissa

Em pedido ao Supremo, organização ainda diz que Bolsonaro não pode escolher a nacionalidade do imunizante.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou no Supremo Tribunal Federal com um pedido para que o governo seja obrigado a comprar vacinas aprovadas por agências internacionais, caso a Anvisa seja omissa e não dê celeridade ao pedido de registro.

A petição lembra que pela lei 14.006/2020, a Anvisa tem 72 horas para liberar o uso emergencial de uma vacina que tenha sido aprovada por uma das quatro agências de referência: FDA(Food and Drug Administration), dos Estados Unidos; EMA (European Medicines Agency), da União Europeia; a PMDA (Pharmaceuticals and Medical Devices Agency), do Japão; e NMPA (National Medical Products Administration), da China.

O pedido ainda diz que Bolsonaro não pode, como presidente, escolher uma vacina em detrimento da outra em função de sua nacionalidade. O ex-militar tem demonstrado resistência à Coronavac, que demonstra potencial de ser aprovada antes da vacina de Oxford.

“A plena garantia do direito à vida e à saúde, nesse contexto, se dá com a possibilidade de que se oferte aos brasileiros TODAS as vacinas que já tenham atingido fases avançadas de testes e demonstrado a segurança e eficácia necessária. Não pode o governo federal eleger alguns imunizantes em detrimento de outros sem a devida motivação técnico-científica necessária à publicidade, moralidade e impessoalidade que devem permear todos os atos administrativos”, afirma a OAB.

 

*Com informações do GGN

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Política

Bombardeado por todos os lados, Bolsonaro recua e diz que vacinação pode começar em dezembro

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que a vacinação emergencial contra a covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, com doses da vacina da Pfizer/Biontech. No entanto, o general elencou uma série de condições para que isso aconteça —todas elas, neste momento, bastante improváveis, o que torna remota a possibilidade de imunização ainda em 2020.

Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello também afirmou que o plano nacional de imunização pode começar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, o que seria uma terceira data diferente sugerida em duas semanas. Ontem, o ministro falou que o início de uma campanha nacional de vacinação estava previsto para o final de fevereiro, com doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. Na semana passada, a expectativa era que o plano começasse em março, embora o governo não tivesse oficializado uma data.

Uso emergencial

Para dar a previsão de vacinação emergencial ainda em dezembro, Pazuello considerou a possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceder uma autorização de urgência para o uso do imunizante. Ele falou especificamente sobre a vacina desenvolvida pela Pfizer, a mesma que começou a ser aplicada ontem no Reino Unido.

“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, por exemplo, em hipótese, se nós tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer”, disse Pazuello, em entrevista à CNN Brasil

Se a Pfizer conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial.

As condições citadas por Pazuello, porém, são improváveis neste momento. Isso porque:

  • até agora, nenhuma vacina fez pedido de uso emergencial para a Anvisa;
  • o Brasil está em tratativas, mas ainda não concluiu as negociações com a Pfizer (leia mais abaixo);
  • apesar da negociação, a Pfizer vê como improvável a chance de disponibilizar doses ao Brasil antes de janeiro (leia mais abaixo).

O ministro lembrou a intenção do governo brasileiro de fechar um contrato com o laboratório Pfizer para receber inicialmente 500 mil doses da vacina. O imunizante recebeu uma autorização emergencial no Reino Unido no início de dezembro e a vacinação no país foi iniciada ontem para grupos prioritários. A vacina também fez pedidos de uso emergencial nos Estados Unidos e na Argentina.

O UOL questionou a Anvisa, por email, se seria viável, ainda neste ano, a aprovação emergencial em dezembro de uma vacina cuja autorização não foi pedida. A reportagem ainda não obteve retorno.
Vacinas de Oxford e Sinovac

Apesar de Pazuello falar sobre a vacina da Pfizer, até agora, a grande aposta do governo brasileiro é a vacina de Oxford, com a qual o país já fechou um acordo de quase R$ 2 bilhões, que prevê a disponibilização de mais de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca. No país, a produção da vacina ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal.

Pazuello ainda considerou a possibilidade de contar para o PNI (Programa Nacional de Imunização) com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista. O imunizante tem sido motivo de discussões entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou um plano estadual de vacinação para janeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Vacinação geral entre janeiro e fevereiro

Sobre o plano efetivo de imunização, esse feito a partir de um registro definitivo de vacinas na Anvisa, Pazuello disse que a expectativa agora é iniciar a vacinação entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

“Os quantitativos dependem da entrega. O que tem de previsão? 15 milhões da AstraZeneca e 500 mil doses de previsão inicial da Pfizer em janeiro. Em relação ao Butantan, ainda não tenho o número de disponibilidade em janeiro”, disse o ministro.

É bem provável que entre janeiro e fevereiro nós estejamos vacinando a população brasileira.
ministro Pazuello

Pazuello assumiu a Saúde de forma interina ainda em maio, após as saídas de Luiz Henrique Mandetta e depois Nelson Teich. O general não tem formação médica e é considerado um especialista em logística. Em setembro, ele assumiu de forma definitiva o ministério. O ministro chegou a ficar internado com covid-19, mas se recuperou.

Vacina da Pfizer só em janeiro

Apesar da previsão mais otimista de Pazuello, ontem o presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, afirmou não enxergar mais a possibilidade de o laboratório fornecer vacinas contra a covid-19 ao Brasil antes de janeiro. Ele falou em vacinar 2 milhões de brasileiros com o imunizante até março de 2021.

Segundo Murillo, a Pfizer e o governo brasileiro negociam um acordo para a disponibilização de 70 milhões de doses.

 

*Com informações do Uol

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Para criar cortina de fumaça para os crimes de Flávio, Bolsonaro diz que suicídio pode ser ‘efeito colateral’ da vacina

Durante live semanal nas redes sociais, Jair Bolsonaro espalhou desinformação, ao relacionar o suicídio do voluntário com os testes da vacina chinesa. Nesta quinta-feira, 12, o IML divulgou que a causa da morte está ligada ao uso de opioides e sedativos.

Jair Bolsonaro afirmou, em live desta quinta-feira, 12, que um “efeito colateral” da CoronaVac pode ter causado o suicídio de um voluntário dos estudos da vacina. Segundo ele, é preciso “investigar” as causas da morte antes de retomar os testes do imunizante – o que já ocorreu.

“Pode ser o efeito colateral da vacina também. Tudo pode ser. Não sei se já chegaram à conclusão, mas esclarece e volta a pesquisar a vacina, a Coronavac, da China”, disse.

“Estão tentando investigar, porque quando um pessoa comete suicídio, geralmente tem um histórico de depressão, a mulher largou ele, o marido largou ela. Uma série de coisas: histórico familiar, perdeu o emprego, perdeu tudo. Vamos apurar a causa do suicídio e daí, obviamente, em sendo suicídio, não tem nada a ver com a vacina”, continuou.

Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a morte foi causada por overdose de medicamentos. A análise detectou a presença de opióides, sedativos e álcool no sangue da vítima. De acordo com o IML, o voluntário morreu, portanto, de “intoxicação exógena de agentes químicos”.

 

*Com informações do 247

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IML confirma, voluntário brasileiro da vacina CoronaVac cometeu suicídio

Informação foi obtida com exclusividade pelo Jornal da Tarde nesta terça (10).

A morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac se deu por causas não relacionadas a vacina e, conforme confirmação do IML, o voluntário de 33 anos tirou a própria vida. A informação foi obtida com exclusividade pelo Jornal da Tarde e divulgada nesta terça (10), na TV Cultura.

“O que os médicos não podem dizer em nome da ética medica mas nós, jornalistas, devemos dizer em nome do interesse público e do combate às informações falsas é o seguinte: o evento adverso, que como explicado na coletiva de imprensa [do Instituto Butantan], é uma forma da literatura médica se referir a acontecimentos não relacionados ao que está em testes, não tem necessariamente relação com a vacina, diz respeito a um voluntário que tirou a própria vida”, afirmou o âncora Aldo Quiroga.

A morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac se deu por causas não relacionadas a vacina. A informação foi obtida com exclusividade pelo Jornal da Tarde e divulgada nesta terça (10), na TV Cultura.

“O que os médicos não podem dizer em nome da ética medica mas nós, jornalistas, devemos dizer em nome do interesse público e do combate às informações falsas é o seguinte: o evento adverso, que como explicado na coletiva de imprensa [do Instituto Butantan], é uma forma da literatura médica se referir a acontecimentos não relacionados ao que está em testes, não tem necessariamente relação com a vacina, diz respeito a um voluntário que tirou a própria vida”, afirmou o âncora Aldo Quiroga.

A previsão é de que o laudo do IML que confirma a causa da morte seja divulgado às 17h desta terça.

Na noite desta segunda (9), a Anvisa anunciou a suspensão dos testes da vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech. No mesmo dia, o governo de São Paulo havia anunciado a chegada de milhares de doses do imunizante no próximo dia 20.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça, o Instituto Butantan reforçou que a vacina é segura e que o óbito não está ligado ao imunizante. “Nós estamos tratando aqui de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Essa informação está disponível à Anvisa desde o dia 6, quando foi notificado o evento adverso grave”, afirmou Dimas Covas, diretor do órgão.

 

*Com informações do Uol

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Psicopata, Bolsonaro comemora a suspensão da CoronaVac pela Anvisa e diz que “ganhou” de Dória

Todos os que apoiaram Bolsonaro, incluindo a mídia, o PSDB e congêneres, banqueiros, grandes empresários, Moro e Lava Jato, sabiam da natureza bruta de Bolsonaro, sabiam estar diante de um monstro psicopata revestido em forma humana, mas sobretudo, sabiam que. junto com diabos menores, ele afundaria o país no inferno.

Sua comemoração no twitter escancara a manipulação da Anvisa para barrar os estudos da vacina chinesa CoronaVac, quando diz que “ganhou de Dória” e que, ao contrário daquele apologista da tortura, do assassinato, que colocou a própria família no mundo do crime em sociedade com a milícia, não se diluiria ou evaporaria como um lobisomem qualquer. Desde que foi tenente do exército, Bolsonaro viveu mergulhado no escuro, nas sombras, no crime, no garimpo ilegal, copiando seu próprio pai, e quer seguir essa dinastia com seu clã.

Agora, vem com a piada de que é um nacionalista em defesa da Amazônia para não permitir que Biden não atrapalhe seus planos de décadas de solapar a região.

Quem aposta no recuo de Bolsonaro na devastação da Amazônia, erra, porque sua psicopatia não é retórica, é doença, e essa doença arrasta consigo o mal.

Fica a pergunta para o próprio Dória, quando criou o slogan BolsoDória, não sabia que tipo de demônio estava estimulando para o pesadelo de milhões de brasileiros? Dória poderia até não saber que o mundo enfrentaria uma pandemia, mas certamente, ele e toda a cúpula do PSDB sabiam que estavam diante de alguém que tem na tortura e nos assassinatos da ditadura a grande apoteose do golpe de 1964.

Bolsonaro é psicopata, mau-caráter, envolvido com a alta bandidagem carioca e não me venham dizer que alguém se surpreende com isso, pois todos sabiam, inclusive o herói do “combate à corrupção” que, para ser ministro, prendeu Lula sem provas, mostrando bem o seu caráter.

Não há a menor surpresa na manipulação da Anvisa para os fins do genocida. Estranho seria se Bolsonaro colocasse freio no seu instinto, mas ninguém pode esquecer que, se hoje o Brasil vive essa tragédia, muita gente pegou garupa na trajetória eleitoral desse monstro que tem tara pela morte.

Não deixa de ser também um tapa na cara de um STF hipócrita que preferiu colocar um fascista genocida no poder, ao invés de julgar a inocência de Lula por falta de provas, mas principalmente pela manipulação grosseira de Moro.

O que Bolsonaro está fazendo é um bundalelê na cara dos brasileiros e das instituições cooptadas pela direita, inclui-se aí a mídia e o sistema de justiça brasileiro. Todos estão com as mãos sujas de sangue.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Morte de voluntário faz Anvisa suspender testes com CoronaVac no Brasil

O motivo da suspensão dos testes é a morte de um voluntário brasileiro durante o estudo. Segundo informações obtidas pela CBN, ele não tinha Covid-19. Ainda não se sabe a causa da morte. Um comitê será formado para analisar o caso.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu os testes com a CoronaVac no Brasil por tempo indeterminado por causa da morte de um voluntário. O brasileiro não tinha Covid-19, segundo informações obtidas pela CBN. Após a veiculação da reportagem, a Anvisa enviou nota confirmando a interrupção.

Não foi informada, ainda, a causa da morte do participante da pesquisa. A Agência vai montar um comitê para analisar o caso.

Esse tipo de interrupção é previsto pelas normativas da Anvisa e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas, esperado para estudos clínicos conduzidos no Brasil, segundo nota da Anvisa.

A vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech vinha sendo testada em São Paulo pelo Instituto Butantan em mais de 9 mil voluntários na área da saúde com idades entre 18 e 59 anos. Mais cedo, o governador João Doria anunciou que as primeiras 120 mil doses chegariam ao Brasil no próximo dia 20. O Instituto Butantan já começou a construir a fábrica para produzir o imunizante no Brasil.

 

*Deborah Fortuna/CBN

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Política

Impasse sobre CoronaVac pode atrasar vacinação no Brasil

É o que o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o impasse com o governo federal a respeito da CoronaVac pode atrasar o processo de vacinação de brasileiros contra a COVID-19.

“Isso [prazo] vai depender dessas discussões. Esse é o grande problema. Se nós não tivéssemos essas discussões em curso, era possível que já no início de janeiro nós estivéssemos iniciando esse esquema vacinal. Frente a todas essas adversidades, talvez nós tenhamos um atraso para iniciar essa vacinação”, afirmou.

O secretário disse que o conflito entre João Doria e o presidente Jair Bolsonaro é um “gol contra”.

“Quando isso acontece, é como se tivéssemos um gol contra no primeiro tempo. Nós estamos indo ainda para o segundo, tem muito jogo pela frente”, comentou.

O médico afirmou que o governo de São Paulo foi procurado por outros estados para a possibilidade de compra de vacinas da CoronaVac.

“Por questão de reserva, não podemos falar os estados, mas não são poucos”, disse.

Nesta sexta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a importar seis milhões de doses prontas, preparadas pela chinesa Sinovac.

Gorinchteyn disse que não há possibilidade de a vacina ser aplicada sem a autorização da Anvisa.

“Ninguém será vacinado se essa chancela de vacinação, de segurança, estiver cravada. Não colocaremos nenhum cidadão em risco”, disse o médico.

 

*Com informações do Sputnik

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Depois de humilhar publicamente Pazuello, Bolsonaro diz que ele não sairá do governo

A frase “foi um mal entendido” existe para ser usada, mas lógico, essa gentileza evapora e vira hostilidade, como virou para justificar a lambança de um Bolsonaro covarde que tem medo dos bolsonaristas.

Então, como ele resolve essas desavenças? Eliminando ou humilhando pessoas e, assim, elimina os problemas. Foi exatamente isso que aconteceu com Pazuello quando o assunto ganhou dimensão num grau bolsonarista.

Bolsonaro não quis saber de poupar Pazuello de constrangimentos, tratando-o como adversário a partir do ponto de vista dos bolsonaristas, tentando produzir a percepção de que Bolsonaro não tinha nada a ver com o documento do Ministério da Saúde e palavras do ministro com a afirmação de que o governo compraria 46 milhões de unidades da vacina CoronaVac da China em parceria com o Butantan.

Pois bem, Bolsonaro desautorizou o general Pazuello, humilhando, com isso, um quadro do comando da ativa das Forças Armadas e, agora, diz que tudo foi um mal entendido, uma fofoca, quando, na verdade, não passou de um inconfessável e cruel ataque à honra de Pazuello e, consequentemente, da instituição que representa, as Forças Armadas.

Mal entendidos podem acontecer por não serem bem explicados, mas neste episódio não há mal explicados, porque o ministro da Saúde esteve com Bolsonaro em circunstâncias claras, dando a ele explicações sobre a decisão do Ministério da Saúde em relação à vacina chinesa. Mas Bolsonaro, agora, no primeiro grito de um bolsonarista tresloucado, diz que foi pego de surpresa, potencializando ainda mais a humilhação imperdoável que impôs a Pazuello.

O que ele não quer é complicar ainda mais a sua imagem diante dos bolsonaristas e das Forças Armadas, depois de jogar o general aos leões, seguir em frente com sua postura arrogante, dizendo-se decepcionado com a atitude do ministro da Saúde.

Na verdade, Bolsonaro, ao invés de esclarecer, embaraça ainda mais o sinal pela falta de prudência de queimar publicamente um ministro que é parte do exército e que foi espinafrado por uma atitude mesquinha e irresponsável do presidente da República.

A essa altura do campeonato, não tem mais como devolver a pasta de dente ao tubo ou, diante de uma ambiente tenso, querer solucionar essa humilhação com a mentira do “mal entendido”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Desde o fim de semana, Bolsonaro sabia da compra da vacina chinesa, mas cedeu à pressão de apoiadores

Assessores do Planalto e da Saúde informam que o presidente não só sabia, como também autorizou Pazuello a fechar o acordo, mas recuou após a grita de apoiadores nas redes sociais de que ele estaria beneficiando politicamente João Doria.

A desautorização de Jair Bolsonaro à compra da vacina chinesa produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo do estado de São Paulo, foi motivada não por uma preocupação com relação à segurança do imunizante, que obviamente terá que ser aprovado pela Anvisa antes de ser distribuído, mas por pura e simples pressão de apoiadores nas redes sociais.

Assessores do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde revelaram a jornalistas da Folha de São Paulo e também da Globo que o presidente já sabia do acordo entre a pasta e o governador de São Paulo, João Doria, para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, desde o último final de semana. Ele teria, inclusive, autorizado o ministro Eduardo Pazuello a fechar o acordo, exatamente nos termos em que ele foi consumado.

Após João Doria, na noite desta terça-feira (21), no entanto, ter feito o anúncio sobre a aquisição da vacina por parte do governo federal, apoiadores de Bolsonaro começaram uma forte campanha nas redes sociais contra o imunizante, acusando o tucano de querer lucrar politicamente com a vacina e Pazuello de estar beneficiando o governador, que atualmente é visto como adversário do presidente na eleição de 2022.

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro frita Pazuello: Ministério da Saúde nega compra da CoronaVac e diz que vacina não tem eficácia

E o complexo de vira-lata segue firme com Bolsonaro, assim como a absurda subserviência aos Estados Unidos, colocando a população toda em risco.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse no fim da manhã desta quarta-feira (21), em coletiva de imprensa, que não houve compromisso com o governo de São Paulo para adquirir vacinas contra a covid-19 e que não há intenção de compra de imunizantes chineses.

“Não houve qualquer acordo com o governo de São Paulo, ou na aquisição de vacinas chinesas, mas sim uma conversa com o instituto Butantan”, declarou o secretário de Eduardo Pazuello na coletiva, desmentindo o anúncio do ministro.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. Hoje, no entanto, Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde e afirmou que o governo brasileiro não comprará da vacina. O ministro não participou da coletiva.

O ministério ignorou testes do bom desempenho da imunização da vacina e disse que não há eficácia comprovada da CoronaVac. A pasta declarou que só irá sinalizar a aquisição da vacina quando a Anvisa comprovar a eficiência do munizante.

Pazuello não participou da coletiva, sob alegação de estar com sintomas da Covid-19 e recluso.

Na coletiva, a pasta também informou que a vacinação não será obrigatória.

Governadores e parlamentares da oposição ao governo já denunciam posicionamento de Bolsonaro em politizar o tema e reivindicam a presença de Eduardo Pazuello no Congresso Nacional.

 

*Com informações do 247

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