Categorias
Política

Pela instalação da Comissão Nacional de Verdade para as vítimas da covid

Por Roberto da Justa

Há exatos 5 anos teve início uma das maiores catástrofes sanitárias de todos os tempos. A pandemia de covid-19 assombrou o mundo trazendo pânico, sofrimento, vidas perdidas e impactos sociais e humanos que perduram até hoje.

Em nosso país, foram milhões de pessoas gravemente impactadas, mais de 700 mil vidas perdidas, milhões de sobreviventes sequelados, famílias enlutadas, crianças órfãs.

Ainda que a memória de tudo o que a humanidade passou esteja presente, é necessário e urgente que já falemos de sua preservação. Uma memória que vá além dos números e das mortes invisibilizadas, que valorize as vidas e suas histórias, familiares, amigos e vivências individuais e coletivas.

Que se construam memoriais vivos e acolhedores que celebrem a vida das pessoas que faleceram pela Covid-19. Que se construam também espaços para homenagear trabalhadoras e trabalhadores que se dedicaram a atenuar o sofrimento e salvar vidas.

Que se preservem documentos, avanços científicos e registros da importância do Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e que teve papel crucial na pandemia.

Em um país como o Brasil, os efeitos da pandemia foram complexos. Parcelas mais vulneráveis da população, vivendo em territórios com saneamento e habitações precárias, em trabalho informal, foram bem mais afetadas por mortes e impactos socioeconômicos.

Infelizmente, todo esse cenário secular de injustiças e desigualdades sociais foi palco para a necropolítica perpetrada pelo governo Bolsonaro, que adotou estratégia deliberada de espalhamento do vírus e disseminação da covid-19.

Ações e narrativas articuladas, negacionistas, sistemáticas voltadas para desinformar e manipular, possibilitaram a exposição desnecessária de pessoas ao vírus. O objetivo sempre foi alcançar a chamada “imunidade de rebanho” por contágio, estratégia eticamente inaceitável e sem respaldo científico.

As condutas anticiência e as graves violações de direitos humanos contribuíram de forma decisiva para mortes evitáveis e configuraram crimes contra a humanidade. São, portanto, crimes imprescritíveis.

A justiça, ainda que tardia, será feita. De preferência pelo poder judiciário brasileiro, mas também pelo Tribunal Penal Internacional.

Que uma Comissão Nacional de Verdade e Justiça para as vítimas da covid-19 seja instaurada e permita reparação e indenização a todos/as que morreram por ação ou inação do Estado.

Uma mensagem para o futuro é necessária. A comunidade global precisa estar preparada para um mundo em que novas pandemias ocorrerão em uma frequência cada vez maior.

O modelo econômico de destruição da natureza, desmatamentos, aquecimento global, desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas propicia o contato do homem com microrganismos emergentes.

Uma nova sociedade, portanto, mais justa e solidária e respeitosa com relação ao planeta e à natureza, é urgente e necessária.

“Tomara que não voltemos à normalidade, pois, se voltarmos, é porque não valeu nada a morte de milhares de pessoas no mundo inteiro.” Ailton Krenak.

*Roberto da Justa é médico, vice-presidente da ADUFC, docente do Departamento de Saúde Comunitária/Faculdade de Medicina (UFC).

*BdF

Categorias
Opinião

Eduardo Bolsonaro, ex-funcionário fantasma de Roberto Jefferson, resolveu fazer chacota com as 700 mil vítimas fatais por covid, produzidas por seu pai

Eduardo Bolsonaro declarou que a tragédia humana, produzida por seu pai, com os seus atos criminosos em prol do vírus contra a população, seria pior se o presidente fosse Lula.

É interessante que Lula, reconhecido no mundo, como presidente que tirou 33 milhões da miséria absoluta e o Brasil do mapa da fome, enquanto o pai do ex-funcionário fantasma de Roberto Jefferson, devolveu o país ao mapa da fome e, junto, 33 milhões de miseráveis.

O desrespeito às vítimas da covid por Eduardo nem é original, pois se pai, que é o presidente que mais produziu vítimas de covid no mundo, de forma consciente e calculada, com a justificativa funesta de imunidade de rebanho seria o suficiente para acabar com a pandemia no Brasil.

Por isso Bolsonaro não cansou de fazer eventos para acumular pessoas, a choldra da Jovem Pan parta, junto com ele, satanizar a vacina, o uso de máscara, oferecendo-se como lobista da Ivermectina e Cloroquina, chegando ao absurdo e mais de 4 mil mortes por dia, sem mostrar em palavras e ações um mínimo de empatia com a dor das vítimas ou de seus familiares.

Essa molecagem, dita por Eduardo, é típica de quem não tem o menor apreço pela dor e a vida de centenas de milhares de brasileiros, e explica, por que, proporcionalmente, o Brasil foi o país onde mais morreram pessoas por covid.

O que ninguém entende é como esse clã segue impune.

Categorias
Opinião

Por que Bolsonaro tem que ser preso

Bolsonaro tem que ser responsabilizado por 700 mil mortes provocadas por estimular o uso da cloroquina durante a pandemia de Covid. Não só isso. Tem que ser condenado e preso por usar o cargo contra a população.

Bolsonaro, além de não comprar as vacinas, ainda satanizou a CoronaVac, da China, vacina que o Butantã credenciou.

Mas a atitude criminosa do psicopata, que ocupava a cadeira da presidência, seguia sua natureza satânica.

Assim, criminalizou o uso de máscaras a ponto de mandar seus asseclas, pagos com dinheiro público, espalharem mentiras sobre as máscaras, e fazia questão de não usar.

Os seus crimes durante a pandemia não pararam aí. Bolsonaro fazia questão de aglomerar para contaminar o máximo de pessoas e chegar a uma suposta imunidade de rebanho que mataria mais de 10 milhões de brasileiros, incluindo crianças e jovens.. Ele dizia isso, como quem toma um copo de suco.

Em linhas Gerais, esse foi o mais bárbaro dos crimes de Bolsonaro, que se mantém impune, sem falar da tentativa de golpe, roubo das joias, a compra de 4 mansões para seus filhos, corrupção em ministérios, incitação ao terrorismo de extrema direita fascista, entre outras coisas.

Qualquer coisa diferente disso, é alimentar a ascensão de criminosos ainda piores que Bolsonaro.

Categorias
Saúde

Internações por Covid em São Paulo aumentam 35%

Doença passou a atingir mais pessoas nas últimas semanas, segundo professor.

Dados levantados pela plataforma SP Covid-19 InfoTracker —criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da pandemia— mostram um aumento de 35% no total de hospitalizados por Covid-19 no estado de São Paulo.

As informações levam em conta as enfermarias e UTIs públicas e privadas.

Em 5 de setembro, 665 pacientes estavam internados por Covid-19 no estado. Na última terça (3), o total subiu para 896.

Quanto à média móvel de internações, o número ficou estável –101 e 102 nos dias 5 e 12, respectivamente—, mas depois cresceu. No dia 19, chegou a 108. Em 26 de setembro, passou a 126 e, na última terça, chegou a 139, segundo a Folha.

A média móvel permite analisar se o número tem aumentado ou diminuído ao longo das semanas.

Na opinião do professor Wallace Casaca, coordenador da plataforma, o cenário mostra que a tendência de alta deverá permanecer ao menos nas duas próximas semanas.

“A doença passou a acometer as pessoas em ritmo mais acelerado nas duas últimas semanas de setembro, indicando uma intensificação na transmissão da Covid no país, possivelmente reflexo da circulação de novas subvariantes ômicron”, diz Casaca.

“Se houver novas subvariantes com alto potencial de transmissão, haverá novos repiques. Daí a importância da vacinação para evitar manifestações mais severas da doença”, afirma o docente. “Embora menos crítico do que em anos anteriores, o momento atual requer precauções como evitar contato por longos períodos com pessoas com sintomas gripais, vacinação e uso de máscaras em locais fechados com grande trânsito de pessoas.”

Apesar da curva ainda ascendente, os números não superaram os registrados no dia 24 de novembro de 2022, quando a média móvel de novas internações estava em 476, com 3.222 hospitalizados.

Categorias
Saúde

Dengue e HIV: a partir de hoje você pode realizar 40 exames em farmácias, saiba quais

A flexibilização foi autorizada pela Anvisa em maio e passa a valer em 1° de agosto.

A partir desta quarta-feira, 1°, os brasileiros poderão realizar mais de 40 exames médicos em farmácias, entre eles de dengue, HIV e de nível de vitamina D. A flexibilização foi autorizada por uma decisão da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio, segundo O Globo.

A norma substitui uma resolução da Anvisa de 2005 e permite que farmácias realizem exames de análises clínicas (EAC) no país. Antes, a possibilidade se restringia aos exames de Covid-19 e de glicemia.

Conforme a agência, a “evolução do setor de diagnósticos” e a “evidente defasagem da norma frente à realidade tecnológica” motivaram a abertura do processo de revisão da resolução, ainda em 2017.

A Anvisa realizava audiências e consultas públicas sobre o tema desde 2019. As mudanças no acesso da população aos sistemas de saúde, “impulsionadas pelas estratégias de enfrentamento à pandemia de Covid-19, que demandou novas formas de acesso à saúde e à ampliação do diagnóstico”, foi um dos pontos observados.

A reguladora reforça, contudo, que os exames realizados em farmácias possuem “caráter de triagem”, por isso, “não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas”. “O resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”, diz nota da agência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Aras vê fatos novos em relatórios sigilosos sobre pandemia e ordena envio à PGR e STF. Bolsonaro e Pazuello serão incriminados

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou na manhã deste sábado (29) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) enviem “com urgência” ao Ministério Público e ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes os relatórios sigilosos produzidos pelos dois órgãos de governo durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, em 2020 e 2021 (no período em que Jair Bolsonaro (PL) era presidente).

Os relatórios, divulgados nesta sexta-feira (28) pelo jornal Folha de S. Paulo, que chegou a eles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que Bolsonaro, assessores dele no Palácio do Planalto e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, agiram sempre contra avisos e advertências da Abin e do GSI quanto à determinação de políticas de distanciamento social, uso de equipamentos de segurança como máscaras e outros, destinados a dificultar o contágio e a disseminação do vírus; tais relatórios ainda demonstram que o colapso do sistema de saúde no Amazonas, por falta de oxigênio medicinal disponível para a população, podia ser antevisto desde os primeiros meses de 2020. Em novembro daquele ano, primeiro ano pandêmico, centenas (talvez um milhar) de pessoas morreram no estado do Amazonas em razão da falta de oferta de oxigênio.

“Estes relatórios da Abin e do GSI, revelados pela Folha de S. Paulo, jamais tinham sido enviados ao MP ou à PGR no curso das investigações e ações que tinham sido feitas”, disse Aras ao Brasil 247. “Eles são o ‘fato novo’ que determina, sim, a reavaliação de todos os casos”.

Na sexta, a PGR fez um amplo trabalho de cotejamento das informações publicadas pelo jornal e as apurações dos atos de governo durante a Covid. Os relatórios da Abin e do GSI, agora revelados, tinham sido escondidos dos procuradores. >>> Além das diretrizes de saúde, Bolsonaro ignorou e escondeu relatórios de inteligência que previam caos no Brasil na pandemia

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes, do STF, já tinha determinado o desarquivamento de denúncia de leniência e prevaricação contra Bolsonaro, assessores e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que corria na Justiça Federal em Brasília.

Daí o pedido de Aras para que os relatórios sejam enviados também ao gabinete de Mendes. “O ministro Gilmar Mendes agiu com muita propriedade ao solicitar o desarquivamento daquelas ações, pois o arquivamento era impróprio”, disse Aras neste sábado. “Esses relatórios podem mudar o curso dos processos”, concluiu.

Os relatórios projetavam diferentes cenários de avanço da Covid-19, e os dados registrados durante a pandemia se aproximaram das estimativas feitas pela Abin. Bolsonaro, por sua vez, contrariou as recomendações dos técnicos de saúde e dos agentes de inteligência, minimizando a gravidade da doença e promovendo aglomerações.

*Com 247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Bolsonaro e a banalização do mal

A declaração de Eduardo Bolsonaro contra os professores revela que a morte de mais de 700 mil brasileiros por Covid, por culpa exclusiva de Bolsonaro, foi algo banal para seu clã e adoradores.

Essa banalização não é aleatória, trata-se de um conceito de uma doutrina macabra que está embutida no pacote bolsonarista.

Bolsonaro e seu partido nazista foram responsáveis ​​pela morte e pelo massacre de centenas de milhares de brasileiros por Covid. O genocídio bolsonarista foi uma medida brutal seguida, como doutrina, pelo governo Bolsonaro.

Foram cerca de 700 mil mortos por Covid naquele período.

Bolsonaro, o principal responsável por essa atrocidade, não foi julgado, mesmo depois da CPI do genocídio escancarar a sua total culpa nesse morticínio.

Essa foi a principal obra do governo Bolsonaro. As famílias das 700 mil vítimas do nazismo brasileiro, que sofrem até hoje pela perda de entes queridos, parecem esquecidas pela justiça, mas também pela grande mídia.

O mal que Bolsonaro praticou, foi um mal constante em que ele, além de se negar a comprar as vacinas, usava o aparato estatal para propagar suas sandices a favor da disseminação do vírus, indo pessoalmente às ruas para aglomerar e dar um péssimo exemplo para a sociedade.

Com isso, Bolsonaro, por conta e risco, transformou-se no maior responsável por mortes por covid no mundo. Nenhum outro governante chegou perto do número macabro de mortes que Bolsonaro produziu.

Então fica a pergunta: COMO É POSSÍVEL COMBATER A BANALIDADE DO MAL QUE O BOLSONARISMO CAUSOU SEM PUNIR SEU PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO GENOCÍDIO?

A falta de reflexão crítica sobre essa tragédia, provocada pelo clã Bolsonaro, é assombrosa. O problema é que a ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal, nos reiterados crimes cometidos por bolsonaristas, como o de Eduardo Bolsonaro contra os professores.

Eduardo quer reviver o clima de ódio que levou seu pai ao poder e tentar remontar as cenas macabras daquele período.

Algo mais efetivo precisa ser urgentemente feito para que o ódio não ganhe asas novamente em pleno governo de Lula.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Saúde

Dias Toffoli é internado com Covid, em Brasília

Segundo STF, ministro ‘passa bem e está sendo tratado com antiviral e sintomáticos’.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi internado, nesta quarta-feira (17), após diagnóstico de Covid-19. A informação foi confirmada pela assessoria do Supremo, segundo o G1.

De acordo com a nota, “o ministro passa bem e está sendo tratado com antiviral e sintomáticos”. O hospital em que Dias Toffoli foi internado, em Brasília, não se manifestou sobre o estado de saúde do ministro.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Saúde

Marina Silva é internada em São Paulo com covid-19

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi internada hoje com quadro de covid no Incor (Instituto do Coração), em São Paulo.

O quadro não é grave e ela deve ter alta ainda hoje, informou sua equipe. O Incor também confirmou que o estado de saúde dela é estável.

Diagnóstico é de infecção respiratória por coronavírus. O hospital diz haver quadro pulmonar simples, sem pneumonia viral.

Ministra pede que contatos recentes façam teste em caso de sintomas. Ela publicou uma nota nas redes sociais informando que está recebendo “adequado tratamento médico e os sintomas apresentados estão sob controle”.

Comunicado da ministra Marina Silva

Comunicado da ministra Marina Silva

Informo que testei positivo para COVID-19. Estou recebendo o adequado atendimento médico e os sintomas apresentados estão sob controle.

A todas e todos que tiveram contato comigo nos últimos dias, em especial nos casos de aparecerem…

— Marina Silva (@MarinaSilva) May 6, 2023

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Saúde

Pesquisa confirma prejuízos de memória em infectados por covid-19

Agência Brasil – Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) descobriram que a proteína Spike do SARS-CoV-2, quando injetada no cérebro de camundongos, induz alterações de memória. Essas mudanças ocorrem de forma tardia, em torno de 20 a 30 dias após a infecção, tal como acontece com seres humanos infectados pelo vírus da covid-19.

“Imita bem o que acontece na doença. Quando isso ocorre, a gente está na frente de um bom modelo experimental”, disse nesta segunda-feira (10) à Agência Brasil a neurocientista Claudia Figueiredo, da Faculdade de Farmácia da UFRJ, uma das líderes da pesquisa. O artigo foi publicado no periódico internacional Cell Report.

Pesquisas clínicas com pacientes que tiveram covid-19 mostraram que, depois que passa a fase aguda da doença, eles têm um prejuízo da memória que aparece meses depois. Segundo Claudia Figueiredo, o experimento mostrou que não era necessário ter o vírus replicado nos camundongos, mas bastava a proteína estar disponível no cérebro para causar prejuízo de memória.

“A gente avançou na caracterização do mecanismo. E isso é superimportante porque, quando a gente descobre o mecanismo, abre portas para fazer terapias mais direcionadas”. Para a avaliação da função de memória dos camundongos, os pesquisadores usaram diferentes estratégias comportamentais, incluindo testes de reconhecimento de padrões e do labirinto aquático.

Bloqueio

Ao mesmo tempo, os 25 pesquisadores das duas instituições identificaram moléculas que, quando estão inibidas, não há esse prejuízo de memória. Para bloquear as moléculas que causavam as perdas de memória, foram usados animais geneticamente modificados que tinham deleção, ou remoção, de uma proteína.

“Nós vimos que animais que tinham uma deleção nessa via não desenvolviam o prejuízo de memória. Foi usado então um inibidor dessa via e viu-se que, quando se inibe a via, a proteína Spike não exerce essa patogênese sobre a memória, através dessa proteína. Essa descoberta pode ser um caminho para a prevenção desse prejuízo de memória”, explicou Claudia.

A neurocientista informou que já existem medicamentos no mercado, usados para tratar artrite reumatoide, que poderiam ser testados em pacientes com covid-19 ou que já tiveram a doença, para ver se é possível prevenir essa perda de memória. “Pode ser uma situação de reposicionar fármaco”, apontou. Ela advertiu, no entanto, que para que esses medicamentos sejam usados em seres humanos, é preciso que se realizem ensaios clínicos nos pacientes.

Testes clínicos

A ideia, a partir de agora, é que outros grupos de cientistas que trabalham com pesquisa clínica se dediquem a testar essas ferramentas, para que fiquem disponíveis para os pacientes, uma vez que os fármacos disponíveis no mercado para outras doenças já passaram pela fase de avaliação de toxicidade.

“Deve ser testado em pacientes que tiveram covid e têm maior chance de desenvolver prejuízo de memória ou em pessoas que têm fatores de risco para desenvolverem essas perdas de memória”. Segundo Claudia Figueiredo, é importante que os testes sejam feitos logo depois de o paciente ter covid-19, como maneira de prevenir. “Não dá para esperar o prejuízo de memória se instalar”, ressaltou.

O estudo foi financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição