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CPI investiga por que chefe de Operações da PMDF preso após 8/1 recebeu Pix de subordinados e empresa

A CPI dos Atos Antidemocráticos avalia dados da quebra do sigilo bancário do coronel Jorge Eduardo Naime e deve enviá-los à PCDF e à PMDF.

O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime recebeu Pix de policiais militares subordinados a ele e de uma empresa de segurança privada. As operações financeiras foram efetuadas durante o período analisado, desde pouco antes das eleições de 2022 até janeiro deste ano.

Os dados constam na quebra de sigilo bancário solicitada pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A coluna apurou que a CPI deve enviar as informações para que a Polícia Civil do DF (PCDF) e a corregedoria da PMDF investiguem a origem das transferências bancárias.

Naime era comandante de Operações da PMDF e, no dia da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, estava de licença. Ele está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de conivência ou omissão com os atos.

Foram levantadas as informações de movimentações financeiras referentes ao período que começa antes das eleições de 2022 e até depois da invasão e depredação da sede dos Três Poderes: de julho de 2022 a fevereiro de 2023.

Os dados revelam que Naime recebeu dinheiro de pelo menos três subordinados no Departamento de Operações da PMDF.

Um deles, o segundo-sargento André Felipe Monteiro Myles, transferiu R$ 6,7 mil para a conta do coronel no dia 11 de agosto de 2022. Ele era motorista do Naime e, naquele mês, recebeu salário líquido de R$ 8,9 mil, conforme aponta o Portal da Transparência do DF.

O segundo-sargento Leonardo Victor Batista fez Pix de R$ 5 mil e mais um depósito de dinheiro, também de R$ 5 mil, totalizando R$ 10 mil, no dia 10 de outubro de 2022. Naquele mês, a remuneração líquida do militar foi de R$ 8,4 mil.

O primeiro-sargento André Luis de Oliveira Jorge mandou R$ 5 mil, via Pix, para o coronel no dia 27 de setembro de 2022. Ele recebeu salário de R$ 12 mil naquele mês.

Ao longo de cinco meses, a empresa H&F Vigilância de Segurança Ltda. repassou ao coronel R$ 15.635,88. A empresa de Goiás fez Pix de R$ 3 mil mensalmente a Naime. O dinheiro foi transferido para a conta bancária do coronel em 13 de setembro, 14 de outubro, 9 de novembro, 6 de dezembro de 2022 e 10 de janeiro de 2023. No dia 7 de dezembro de 2022, foi feito um Pix adicional de R$ 635,88.

O outro lado

De acordo com a advogada do coronel Jorge Eduardo Naime, Izabella Borges, a “defesa esclarece que não teve acesso a esses documentos ainda, mas é importante que se torne público nesse momento que o coronel Naime é pai de um adolescente com hidrocefalia, que já realizou diversas cirurgias para a manutenção de sua vida, com a reposição de válvulas cerebrais”.

“Uma equipe multidisciplinar atende o adolescente e, como todos sabem, manter uma vida nessas condições não é barato. Amigos e familiares já realizaram empréstimos de valores baixos e irrelevantes para auxiliar a família, como é o caso da ajuda familiar de Mariana Fiúza, que girou em torno de R$ 2.000 por alguns poucos meses”, afirmou. De acordo com Izabella, a empresa H&F pertence aos tios da esposa do coronel.

Em contato com a coluna, Mariana disse que o filho “nasceu de 26 semanas, com hidrocefalia, e tem diagnóstico de várias más-formações neurológicas”. “Ele já passou por mais de oito cirurgias e, em razão de todos esses

custos, minha família me apoia há alguns anos”, declarou.

A H&F, por meio do diretor administrativo, Gabriel Fiúza, disse que o coronel possui relação direta de parentesco com os diretores da empresa, “de modo que há mais de 10 anos auxilia no tratamento de saúde do filho, agora com 14 anos”.

“A criança possui um histórico de complicações de saúde como hidrocefalia, síndrome de Arnold-Chiari e outros, devido ao seu nascimento de prematuridade extrema após um estado de pré-eclâmpsia de sua mãe, Mariana”, afirmou.

*Matéria publicada com exclusividade no Metrópoles

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Política

Rogerio Correia: ‘Bolsonaro terá sigilos quebrados na CPI e pode até ser preso’

Em entrevista ao 247 desta segunda-feira, o deputado Rogério Correia abordou diversos assuntos relacionados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que será instaurada para investigar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Correia ressaltou que a CPI é um importante instrumento para fazer prevalecer a verdade, especialmente em um momento em que a democracia está sendo ameaçada. Para isso, ele afirmou que a Comissão contará com deputados e senadores experientes para fazer o embate político e descobrir quem financiou e articulou intelectualmente as ações golpistas.

O deputado ainda destacou que o governo não queria inicialmente a realização da CPI, já que outras instâncias estavam apurando as denúncias. “A Comissão será importante para apurar a atuação dos mentores intelectuais e dos financiadores do golpe e culminar com a inelegibilidade e a prisão do ex-presidente Bolsonaro, apontado como o mais importante articulador de toda a artimanha golpista.”, diz ele.

Durante a entrevista, o deputado também afirmou que a expectativa é que a CPI também ajude a descobrir provas concretas para punir a participação das Forças Armadas na tentativa de golpe. Ele acredita que isso ficará mais claro e mais fácil de ser comprovado com a investigação da Comissão.

Por fim, Correia enfatizou que a tentativa de golpe em 8 de janeiro foi uma ação grave que tem que ser apurada a fundo. Ele espera que a CPI possa trazer respostas concretas para a sociedade brasileira e ajudar a restabelecer a confiança nas instituições democráticas.

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Dono do arroz Prato Fino financiou campanha de deputado que propôs criação de CPI do MST

Empresário doou R$ 60 mil à campanha de Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), que também recebeu de CEO da Gerdau.

Brasil de Fato – O empresário gaúcho Celso Rigo, dono da indústria de beneficiamento de arroz Pirahy Alimentos, fez a maior doação individual à campanha do deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), nas eleições de 2022. O montante de R$ 60 mil foi destinado à campanha do congressista, que é o autor do pedido de criação da CPI do MST.

A doação de Rigo chama a atenção, já que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou destaque nos últimos anos por ser o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. O fato foi tema de discussões na campanha eleitoral, inclusive em debates presidenciais e entrevistas concedidas pelo então candidato presidencial Lula (PT).

De acordo com Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina há mais de 10 anos. Comandada por Rigo, a Pirahy Alimentos é dona da marca de arroz Prato Fino e terceira maior beneficiadora do grão no Rio Grande do Sul.

Além do empresário do ramo do arroz, André Gerdau, CEO da Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, também doou R$ 25 mil à campanha de Zucco. A relação do MST com a Gerdau tem episódios marcantes, como quando, em 2016, uma fábrica da Gerdau/Açonorte, em Recife (PE), amanheceu fechada por cerca de 200 militantes sem-terra.

As doações individuais são permitidas por lei e não configuram uma ilegalidade. Os montantes doados por Rigo e Gerdau foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estão disponíveis para consulta na plataforma DivulgaCandContas, administrada pela Corte.

A criação da CPI do MST foi proposta por Zucco e pelos também deputados federais Kim Kataguiri (UB-SP) e Ricardo Salles (PL-SP) com o objetivo de criminalizar ocupações de terra feitas pelo movimento. Na quarta-feira (15), alcançou o número mínimo de assinaturas para ser instalada, em uma ação coordenada pela bancada ruralista.

O requerimento de abertura já foi protocolado no sistema da Câmara dos Deputados depois que os defensores do pedido decidiram não esperar por nenhuma nova assinatura além do mínimo exigido (172 deputados federais).

O Brasil de Fato tentou entrar em contato com o gabinete do deputado federal Tenente Coronel Zucco, com a indústria de beneficiamento de arroz Pirahy Alimentos e com a Gerdau. Até o momento, nenhuma das partes envolvidas respondeu aos contatos. O espaço segue aberto para manifestações.

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Política

Oswaldo Eustáquio promete depoimento bombástico em CPI

A CPI dos Atos Antidemocráticos aprovou convocação do bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que já foi preso por ordem do STF.

O bolsonarista Oswaldo Eustáquio disse que vai prestar depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, que aprovou o requerimento para convocá-lo, nesta quarta-feira (15/3).

À coluna Oswaldo disse que está à disposição da CPI “para falar a verdade”. O deputado distrital Fábio Felix (PSol) fez a sugestão para convocar o jornalista, sob justificativa de que o bolsonarista “incentivou e participou diretamente de atos de questionamento ao resultado das eleições, tendo, inclusive, entre suas pautas o pedido de intervenção federal, para impor à força a permanência de Bolsonaro no Poder”.

Oswaldo ia frequentemente ao acampamento montado por extremistas contra a eleição de Lula (PT), na frente do Quartel-General do Exército, em Brasília.

“Possivelmente o deputado do PSol sofrerá pressão da própria esquerda para retirar meu nome da oitiva, porque meu depoimento pode ser determinante para queda do ministro Flávio Dino, que solicitou na quarta-feira, 5 de janeiro, que a guarda presidencial assumisse o comando da segurança daquela área devido a manifestação que estava sendo programada”, afirmou Oswaldo.

“Eu afirmo categoricamente que a PMDF e a Guarda presidencial abriram de propósito caminho para ocupação dos espaços públicos sem oferecer resistência, sobretudo no Planalto. Além disso, já havia pessoas dentro do Congresso antes mesmo de ele ser ocupado pelos patriotas que carregavam bíblias e terços. Temos vídeos que comprovam que havia pessoas diferentes do nosso convívio dentro do Congresso”, disse o bolsonarista.

Oswaldo nega que tenha participado da organização do movimento que depredou o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto em 8 de janeiro. “Ou seja, Dino foi condescendente com os atos, que foram promovidos por basicamente dois grupos: infiltrados e aqueles que estavam junto com Ana Priscila Azevedo, uma intervencionista que nada tem a ver com a gente”.

*Com Metrópoles 

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Política

Em primeira reunião CPI dos Atos Antidemocráticos prepara convocações

Pauta com 17 itens prevê oitivas de personagens importantes como o ex-secretário de Segurança Anderson Torres e os comandantes da Polícia Militar coronéis Fábio Augusto Vieira e Jorge Eduardo Naime.

De acordo com o Correio Braziliense, após quase duas semanas desde sua criação e idas e vindas na escolha de seus principais postos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa terá sua primeira reunião, nesta terça-feira (14), às 10h, no Plenário da Casa. No cardápio, com 17 itens — sendo cinco da pauta e 12 extrapauta —, convocações e pedidos de compartilhamento de dados sobre os ataques às instituições de Estado nos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023.

Em um primeiro momento, a pauta pré-acordada prevê a convocação do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal coronel Fábio Augusto Vieira, o ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) Fernando Sousa e a ex-subsecretária de Inteligência do mesmo órgão Marília Ferreira Alencar. Nesta, não consta a convocação do ex-secretário de Segurança Anderson Torres, que foi acrescido aos debates apenas na extrapauta.

De acordo com o presidente da comissão, Chico Vigilante (PT), todos os itens, o que inclui a extrapauta, entrarão em debate. “Como os gabinetes possuem muitas pessoas novas, tivemos que fazer algumas correções. Por isso, precisamos incluir alguns itens depois.”

Anderson Torres é pivô de debate ideológico acalorado, não apenas sobre sua possível responsabilidade nas ações que culminaram na desastrosa ação das forças de segurança, em especial no dia 8 de janeiro, e sua ausência em território nacional, mas também por suposto envolvimento em um plano para anular as eleições para presidente do último pleito. A suspeita aumentou após ter sido encontrado em sua casa uma minuta — classificada como golpista — prevendo a intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além do depoimento de Torres, os membros pedirão a quebra do sigilo bancário do ex-secretário de Segurança e ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), sob o argumento de avaliar a possibilidade de financiamento.

Entra na lista o ex-comandante de operações da PMDF coronel Jorge Eduardo Naime. O pedido feito pelo deputado Fábio Felix (PSol) tem como foco saber como atuou o oficial nos dias dos ataques e na ausência de prisões, em especial, em dezembro do ano passado.

Consta, ainda, nos pedidos de convocação o nome de Antônio Cláudio Alves, identificado como o responsável por vandalizar o relógio trazido para o Brasil pelo rei Dom João VI, no ano de 1808. A peça é rara, existindo apenas mais um exemplar do mesmo modelo em todo o mundo.

Por fim, foram requisitados, também na extrapauta, a lista de todos os policiais militares que atuaram no dia 8 de janeiro. O pedido da deputada Jaqueline Silva (Agir) tem como escopo saber se foram abertos procedimentos de investigação disciplinar e, também, o papel de cada um no dia dos ataques.

Na contramão

Diferente do que tem sido a tônica no governo federal, a CPI dos Atos Antidemocráticos no Distrito Federal começa a caminhar. No Congresso, governistas entendem que, neste momento, a investigação dos ataques dentro das casas pode desviar o foco dos primeiros dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silve (PT), que tem procurado sinalizar, no início de sua terceira gestão, pautas propositivas.

Apesar do paralelo e da proximidade do legislativo distrital e do federal, o presidente da CPI na CLDF, reforça que não foi procurado por seus companheiros para conversar sobre o assunto. “Para nós não terá nenhum tipo de problema. A mim ninguém procurou para falar sobre o assunto. Vou coordenar os trabalhos de maneira isenta para revelarmos a verdade sobre os fatídicos dias 12 e 8”, completa o deputado.

Reuniões

Chico Vigilante afirma que proporá os encontros da CPI dos Atos Antidemocráticos semanalmente, sempre as quintas-feiras. De acordo com o presidente da comissão, seu trabalho será de não permitir blindagens durante o processo. “Tudo virá à tona doa quem doer.”

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Reeleito no Senado, Pacheco fala em instalar CPI para apurar atos golpistas

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que o tema vai ser levado para discussão entre os líderes partidários.

Após a eleição que reconduziu Rodrigo Pacheco ao cargo de presidente do Senado Federal, a possibilidade da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os atos golpistas voltou à tona. Em coletiva de imprensa, Pacheco disse que o tema vai ser levado ao colégio de líderes da Casa Alta.

“Esse é um assunto que vai ser discuto durante a reunião de líderes. Mas, tendo em vista que os fatos determinantes existem, concluindo a coleta de assinaturas e havendo um entendimento, nós vamos ler o requerimento em plenário. Depois, os partidos vão decidir o melhor momento para a instalação do colegiado”, disse.

O pedido de CPI foi apresentado pela ex-senadora Soraya Thronicke (União-MS) e, até o final do último ano legislativo, já havia recolhido o número mínimo de assinaturas para instalação, ou seja, 27. A situação, no entanto, pode mudar, já que alguns senadores que apoiam o requerimento de Soraya tiveram seus mandatos encerrados e foram substituídos por novos parlamentares.

Com isso, há expectativa de que seja necessária uma coleta adicional de assinaturas. O colegiado teria o objetivo de investigar as invasões ao Congresso, STF e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A comissão deverá apurar ao longo de 130 dias a responsabilidade pelos atos praticados contra os prédios da Praça dos Três Poderes.

*Com Metrópoles

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Todas as respostas que Bolsonaro quer em CPI estão no site da Petrobras

Governo Bolsonaro trabalha por uma CPI contra a estatal; alta dos preços é reclamação constante do Planalto.

As dúvidas do governo Bolsonaro sobre a formação de preços da Petrobras, que têm levado os governistas a trabalhar por uma CPI, poderiam ser resolvidas acessando o site da estatal, diz Guilherme Amado, Metrópoles

No portal, a Petrobras deixa claro que os reajustes seguindo o preço internacional, chancelados no governo Temer, estão de acordo com a lei. Também divulga gráficos nacionais e estaduais com o detalhamento dos centavos dos litros de gasolina e diesel, além do botijão de gás de cozinha. Os dados incluem impostos federais, estaduais, custo do etanol, parcela da Petrobras, distribuição e revenda.

Há também uma seção “mitos e verdades”, com exemplos práticos. A afirmação “A Petrobras é responsável pelo preço final da gasolina” foi carimbada de “mito”, seguida da “verdade”: “Grande parte do preço vem da carga tributária e varia de acordo com o estado”.

Entre outros mitos apontados pela empresa estão “A Petrobras define sozinha o preço final da gasolina” e “A Petrobras tem o monopólio da produção de gasolina”. São discursos recorrentes entre os bolsonaristas.

Na última sexta-feira (17/6), disse Jair Bolsonaro, defendendo a CPI: “É inconcebível conceder reajustes com o combustível lá em cima e os lucros exorbitantes da Petrobras”, acrescentando: “A CPI é o caminho para colocar a nu todos os que comandam esse processo irracional de reajuste de combustíveis no Brasil”.

O foco no preço do combustível também fica claro em falas do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o líder do governo na Casa, Ricardo Barros, que já recolheu 65 das 171 assinaturas necessárias para instaurar a apuração parlamentar.

No domingo (19/6), Lira afirmou que “o Brasil vai enfrentar a Petrobras. E não é uma ameaça. É um encontro com a verdade”. Um dia depois, Barros declarou que o objetivo da CPI será “avaliar o preço dos combustíveis e as razões de serem tão altos”.

Por trás de tudo isso, somente um motivo, PRIVATIZAÇÃO.

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Bolsonaro lançou o programa Escola sem Escola

No intuito de personalizar um programa voltado à educação por um governo que nunca existiu, porque temos um presidente vagabundo que não saiu do coreto e passou esses três anos tocando berrante para o seu gado, os gênios do pensamento bolsonarista resolveram personalizar o produto , um presidente que não governa, só podia mesmo lançar o programa Escola sem Escola, depois do escândalo dos pastores de ouro do MEC que, simplesmente ganharam o Ministério da Educação como prêmio pelos serviços prestados ao governo campeão de corrupção.

Sejamos justos, não dá para colocar a culpa da corrupção somente no MEC, sobretudo porque soubemos, através da CPI, de quase tudo o que ocorreu no Ministério da Saúde em termos de corrupção que contribuiu enormemente para o morticínio provocado por esse governo genocida, que já passa de 660 mil vítimas fatais  e milhões de sequelados com os mais variados graus de gravidade.

Na verdade, não há uma única pasta do ministério de Bolsonaro que não tenha virado hotel de corruptos, hotel com quartos duplos, triplos e quádruplos para encher as burras dos picaretas que prometem a Bolsonaro a trilha da vitória em 2022.

Portanto, esse que não levará o título definitivo do maior esquema de corrupção desse governo, abusou da criatividade. Se os pastores do trem da alegria do MEC utilizavam as bíblias para fazer propaganda do ministro e do próprio Bolsonaro, os fascistas, no caso das escolas que nunca existiram, mais uma penca que nunca existirá, não teve desconto, é osso com osso, mostrando que essa turma não brinca em serviço e as escolas fake com obras paradas ou sequer iniciadas, recebem o auxílio luxuoso de uma mentira maior, mostrando que esse poço de iniquidade não tem nem sinal de fundo.

Mas seja como for, nada retrata melhor esse governo apoiado, ali de perto, por Collor, Waldemar da Costa Netto, Eduardo Cunha, Roberto Jefferson, e outros bichos soltos.

Certamente, no caso da escola sem escola, Queiroz, que confessou que sua relação com Bolsonaro está mais unha e carne do que nunca, deve fazer a coordenação de cargos fantasmas para as escolas de ficção.

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Governo monta força-tarefa para barrar CPI do MEC e evitar desgaste eleitoral

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido da CPI, disse ter reunido as 27 assinaturas necessárias.

Com o crescimento das pressões por uma investigação no Congresso e o temor do desgaste durante a campanha eleitoral, o governo de Jair Bolsonaro montou uma força-tarefa comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para barrar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC). A estratégia do Palácio do Planalto é a de convencer senadores a retirar o apoio antes de o requerimento para a criação do colegiado ser protocolado. Ontem, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido da CPI, disse ter reunido as 27 assinaturas necessárias. Governistas, por sua vez, afirmaram que ao menos três já haviam desistido.

O movimento a favor da apuração sobre um suposto esquema de liberação de verbas do MEC a prefeituras indicadas por dois pastores tem ganhado fôlego com o surgimento de novas revelações. Levantamento do GLOBO identificou que o pastor Arilton Moura, acusado por prefeitos de pedir propina, visitou ao menos 90 vezes a Câmara entre janeiro de 2019 e março de 2022. Dentre os destinos registrados no sistema de segurança, estão dez gabinetes de parlamentares de diferentes legendas, do PL ao PSB — incluindo o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente.

Moura se recusou a comparecer ao Senado nesta semana para explicar as suspeitas envolvendo o lobby no MEC, o que levou o presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a indicar que também vai apoiar a CPI. “A CPI do MEC é certa. Vamos aguardar a assinatura de outros senadores, na próxima semana, para garantirmos a sua abertura. É claro que eu irei assinar, sou o presidente da Comissão de Educação do Senado, onde as apurações das denúncias começaram”, postou Castro no Twitter.

Revés no STF

O congressista que mais recebeu Moura na Câmara foi João Campos (Republicanos-GO) — ao menos cinco vezes. O parlamentar também foi o anfitrião das duas oportunidades em que o pastor Gilmar Santos esteve na Câmara. Ao GLOBO, Campos afirmou que Santos lhe pediu recursos de emenda parlamentar para uma fundação ligada a uma igreja.

— Ele falou que tinha um projeto social lá, (perguntou) se eu poderia ofertar uma emenda para isso. Mas a entidade dele não preenchia os requisitos para receber os recursos. Então, acabei não fazendo, mas, se estivesse regularizada, eu faria — disse o deputado.

A interlocutores, o presidente da Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já relatou que não pretende dar aval à iniciativa, para evitar que a Casa se transforme em ringue eleitoral. Na CPI da Covid, porém, apesar de ele ter protelado o pedido, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que o colegiado fosse autorizado. Por isso, o governo tenta “matar” a iniciativa na origem, impedindo que Randolfe consiga reunir o apoio necessário.

Ministros e aliados de Bolsonaro incumbidos de evitar o novo revés ponderam que não há um “fato determinado” para justificar a abertura da CPI. Alegam, ainda, que o governo está colaborando com a Comissão da Educação e que a Polícia Federal e órgãos de controle também já investigam o caso. Além disso, ressaltam que o ministro da Educação envolvido nas suspeitas de irregularidades, Milton Ribeiro, foi afastado do cargo. Diante disso, apostam que, ao contrário da CPI da Covid, o STF não determinaria a abertura.

*Com O Globo

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Planalto é alertado que CPI do MEC pode ser “fatal” para Bolsonaro

Temor de aliados é de que comissão desgaste a imagem do presidente em plena campanha eleitoral deste ano.

Aliados de Jair Bolsonaro avisaram ao Palácio do Planalto que a possível instalação no Senado de uma CPI para investigar um esquema de corrupção no MEC pode ser “fatal” para a reeleição do presidente este ano.

O conselho foi para que o governo aja rápido para barrar a comissão. A avaliação desses aliados é de que a realização dos trabalhos da CPI em plena campanha eleitoral pode desgastar muito a imagem de Bolsonaro.

O requerimento para instalação da CPI já foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Até essa quinta-feira (7/4), ele já havia colhido 26 das 27 assinaturas mínimas necessárias para a criação do colegiado.

O governo estava sem líder no Senado há quase quatro meses. Nessa quarta-feira (6/4), o senador Carlos Viana (PL-MG) anunciou que deve assumir o posto, pelo menos até julho. A nomeação, porém, ainda não foi oficializada.

*Com Metrópoles

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