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Procuradores da “lava jato” criticaram denúncia do MP-SP contra Lula

A denúncia e o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula feitos pelo Ministério Público de São Paulo em março de 2016 foram criticadas por integrantes da força-tarefa da “lava jato”. Segundo os procuradores, as acusações eram frágeis e poderiam prejudicar a operação no Paraná.

A informação consta de uma troca de mensagens entre procuradores à qual a ConJur teve acesso. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso da chamada operação “spoofing”, que mira hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

O MP-SP denunciou Lula por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por ocultar bens, como o tríplex no Guarujá (litoral paulista). Ao pedir a prisão preventiva do ex-presidente, os promotores afirmaram que a medida era necessária porque ele demonstrava “ira contra as instituições do sistema de Justiça”, inflamando a população e reclamando de medidas judiciais.

A Justiça de São Paulo discordou do Ministério Público estadual e decidiu que cabia ao então juiz federal Sergio Moro analisar a denúncia contra Lula. Moro condenou o petista a nove anos e seis meses de reclusão. A pena foi aumentada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para 12 anos e um mês de prisão. Posteriormente, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reduziu a penalidade para oito anos e dez meses.

Ao comentar a denúncia e o pedido de prisão em grupo de mensagens, o procurador Diogo Castor de Mattos diz ter “vergonha alheia” da petição. O chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, afirma que não sabe nem se a denúncia vai ser recebida. “Se for rejeitada a denúncia e a prisão, e depois recebida denúncia aqui, Lula falará que era o mesmo fato e que Moro recebeu por perseguição”.

O pedido de prisão feito pelo MP-SP já havia sido motivo de chacota à época em que foi divulgada. Por exemplo, os promotores, ao afirmarem que os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels teriam vergonha do petista, acabaram por confundir este último com Hegel, outro intelectual alemão.

A ConJur manteve as abreviações e eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

Mas há pontos positivos na ação do MP-SP, ressalta a procuradora Laura Tessler. São eles: “I) o fato de o cara ter pedido a prisão do Lula mostra que somos comedidos ao pedir apenas a condução coercitiva; II) vão esquecer da gente por um tempo”.

“O pedido de prisão já está virando piada. Não sei se essa lambança do mpsp não vai respingar em nós. Creio que talvez fosse bom que essa denúncia fosse rejeitada e a juíza se manifestasse pela incompetência. Alguma coisa precisamos fazer para não passarmos por incompetentes junto com eles”, declara o procurador Andrey Borges de Mendonça.

Mattos questiona se o MP-SP está do lado de Lula: “Será q não foi de propósito esta denúncia ridícula pra melar tudo?”.

O procurador Vladimir Aras aponta que “a coisa é tão absurda e escancarada que vários membros do MP de todo o Brasil estão publicamente atacando essa sandice nas redes sociais. Silenciar diante de um absurdo desse tamanho é compactuar com um modelo de MP fadado ao opróbrio e ao desdém. Estou com vergonha”.

Ele lembra que não é a primeira vez que critica “absurdos” do MP-SP e anexa artigo publicado na ConJur em que mostrou os erros de competência do órgão em denúncia por lavagem de dinheiro contra membros da Igreja Universal do Reino de Deus.

Prevendo que os erros do MP-SP iriam se voltar contra a “lava jato”, o procurador Orlando Martello sugeriu plantar notícia na imprensa de que eles ficaram incomodados com a ação dos promotores paulistas.

“Vai sobrar para nós. Soltaria em off para todos os jornalistas o ‘tremendo mal estar que a denúncia e sobretudo a prisão causou nos integrantes da FT, tendo alguns a qualificado de irresponsável’. É pesado, mas é a verdade. Diria mais ainda, mas deixo esta primeira parte para avaliação de vcs”.

Mendonça sugere enfatizar aos jornalistas “o cuidado que a lava-jato tem na condução das investigações, sem açodamento, mas segura e sem se intimidar. E que a Lava-jato manterá a serenidade neste momento, pois, como demonstrou os trabalhos da 24 fase, encerrados em menos de 5 horas, há necessidade de, a par da prosseguirmos na busca de provas dos crimes investigados, ter em conta a segurança e ordem pública”.

Ao comentarem a notícia de que o promotor do MP-SP Cássio Conserino queria pessoalmente cumprir o mandado de prisão de Lula, o procurador Januário Paludo recomendou: “Vixe. Internem ele”.

Os procuradores discutem emitir uma nota à imprensa, mas avaliam que ela poderia queimar a “lava jato”. Um manifesto de integrantes do MP sobre os abusos em prisões preventivas é compartilhado no grupo. Segundo Mendonça, “advogados vão usar isso pra enfraquecer a Lava Jato. E tome textão com mimimi lá no Conjur….”.

A ConJur foi mencionada 24.639 vezes nas mensagens apreendidas pela Polícia Federal. Sergio Moro e os procuradores atribuem as notícias e reportagens sobre eles a pretensos interesses escusos da empresa de comunicação que produz o conteúdo ConJur.

*Sergio Rodas/Conjur

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Miriam Leitão defende a Lava Jato mesmo sabendo que Dallagnol, numa absurda promiscuidade, revisou o livro do seu filho

Qual discurso a mídia fará nas eleições presidenciais se Moro, Bolsonaro e ela própria estão totalmente desmoralizados?

Por ora, a mídia martela diuturnamente que as mensagens da Lava Jato não inocentam Lula, mas não mostra qualquer prova dos supostos crimes cometidos por ele. Ao contrário do ela especula, o que ficou cristalino nos mais recentes vazamentos liberados pelo STF, é que tanto Moro quanto o bando de Curitiba tinham provas da inocência de Lula. Daí a sujeira armada que assombra qualquer um que ler as mensagens trocadas por Moro e Dallagnol e entre os procuradores da Força-tarefa de Curitiba.

O correto seria se a mídia fosse minimamente decente e colocar em garrafais na primeira página a pergunta que corre como um corisco na sociedade: quando Moro e Dallagnol serão presos?

Mas isso não acontecerá, e essa parceria entre Dallagnol e o jornalista Wladimir Netto, filho de Miriam Leitão, mostrando o nível de promiscuidade entre a mídia e a Lava Jato, só revela que, mais parcial que Moro na luta de classes, sempre desfavorável a quem produz a riqueza do país, ela está sempre contra os trabalhadores.

Por isso, pode-se afirmar que o problema da mídia não é com o PT, mas com os trabalhadores, pois jamais na sua história escreveu um editorial sequer a favor dos destes, mas dos patrões, pior, mesmo com a miséria se expandindo debaixo do nariz das grandes redações, alguém já leu em algum veículo da grande mídia um único editorial a favor dos pobres, dos miseráveis, dos desvalidos, dos sem teto ou dos sem terra?

Não, é claro, o que se vê o tempo todo são torrentes de amor do jornal ao patronato e, sobretudo ao mercado financeiro que, juntos, produziram o estado de coisas em que o Brasil se encontra depois dos golpes em Dilma e em Lula, do Partido dos Trabalhadores.

A grande mídia contribuiu de maneira definitiva com tudo o que vimos acontecer no Brasil nos últimos tempos, de forma fria e calculada, chegando a colocar na presidência da República um genocida, mesmo sabendo de sua história de crimes, e que tem no assassinato em massa, de forma indiscriminada por Covid, sua face mais cruel.

Tudo em nome do desmonte da economia que, hoje, precisa mais do auxílio emergencial para dar algum sinal de vida do que os pobres que recebem o benefício, já que, como é característico dos governos neoliberais, o varejo já deu sinais de que não tem pernas e, muito menos, fôlego para dar um passo sem o auxílio.

Tudo isso reflete um jogo sórdido que empurrou o Brasil para um buraco negro diante da geopolítica global que, para atender aos interesses dos EUA, o Brasil se colocou à margem do mundo civilizado, resultado de um conluio que contou com o comando das elites, do Ministério Público Federal, Judiciário, Polícia Federal e a mídia, principalmente a Globo, para a qual Miriam Leitão e seu filho trabalham.

Abaixo, Dallagnol, em mensagem, fala sobre a revisão que fez do livro de Wladimir Netto.

Deltan sobre livro de Vladmir Neto

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Quando a imprensa lavajatista, que cobrava autocrítica do PT, fará a sua por apoiar o bando de Curitiba?

Chamados de abutres por Dallagnol, jornalistas da grande mídia que foguetearam os heróis grandiloquentes da Lava Jato, não sabem aonde enfiar a língua.

Quando o Intercept vazou uma série de matérias mostrando a promiscuidade entre Moro e os procuradores da Lava Jato, com ênfase para Dallagnol, a mídia preferiu comprar a desculpa esfarrapada de que os crimes tinham sido revelados de forma criminosa e passaram a criminalizar a fonte, imagina isso.

Os abutres da mídia, como disse Dallagnol, deixando claro que ele os alimentava de carniça, como quem alimenta cachorros magros, com vazamentos criminosamente seletivos, e nunca se leu que aquilo era uma prática ilegal, mafiosa.

Mas quando os lavajatistas foram vítimas de vazamentos, a turma do balcão jornalístico se esqueceu até do crime contra a Segurança Nacional quando Moro vazou um grampo ilegal contra Lula e Dilma e, cinicamente, ele e os procuradores da Força-tarefa de Curitiba partiram para dizer que o crime era o conteúdo conversa, ou seja, outra gigantesca mentira que teve que ser esquecida pelas redações para não ficar ainda pior.

Agora, que estão diante de um gigantesco impasse, têm que admitir duas coisas inseparáveis, que Moro jamais foi juiz da Lava jato e sim que foi um policial que investigou, além de procurador que acusou.

Assim, não houve julgamento algum, a coisa já veio julgada pelo faz tudo da Lava jato.

Isso significa que toda aquela marmota espetaculosa que a mídia cobriu com carga dramática, que cheirava a um folhetim barato, foi para o ralo.

E agora, que rompeu de vez a barragem da lama que estava por trás da república de Curitiba, a grande mídia ficou com a brocha na mão, tentando ridiculamente sustentar, através de uma inversão de valores, que não ficou provado nas mensagens que Lula é inocente, sem dizer que, menos ainda, ficou provado que ele tenha cometido algum delito.

Em outras palavras, a mídia, que abraçou Moro, Dallagnol e cia., está inapelavelmente afogada no mesmo rio que correu solto numa interfecundação entre os heróis de Curitiba e as redações dos jornalões. Não tem como um se livrar do outro, porque se transformaram em um troço só e, para salvar ao menos um caco de unha da honra, terão que assumir que foram partícipes de um crime em que o judiciário foi saqueado pela república de Curitiba com o apoio irrestrito das redações da mídia industrial.

Diferente disso, é somente lero lero e conversa mole de quem está com as mãos absolutamente sujas, mas vazias.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo – Carol Proner: “República de Curitiba cometeu crime de lesa-pátria”

Em entrevista à TV 247, a jurista Carol Proner evidenciou a ocorrência do crime de lesa-pátria pelos condutores da Operação Lava Jato, que, além de condenações indevidas, levou ao total desmonte da economia nacional, principalmente dos setores de construção civil e petróleo.

A jurista explicou detalhadamente a legislação para o enquadro: “De acordo com a Lei de Segurança Nacional, Art. 8º, ocorreu sim o crime de lesa-pátria. A lei fala em ‘entrar em entendimentos com grupo estrangeiro para provocar ato de hostilidade contra o país’”, disse.

Proner cobrou a responsabilização de figuras como o ex-juiz Sergio Moro: “Se tivéssemos hoje força política para poder cobrar responsabilidades, o que estas pessoas fizeram com o país, há sim de ser responsabilizado, não somente com a perda da sua função pública. O próprio ex-juiz Moro, percebendo isso, já atua nessa lógica ao ter ido para os Estados Unidos”.

A jurista completou notando a necessidade de reforma na legislação brasileira de combate à corrupção: “O Brasil tem sua soberania subordinada hoje a uma rede internacional importante, que envolve a hegemonia do sistema financeiro e bancário. Diversos países estão revendo suas legislações de combate à corrupção, mas nós continuamos à mercê de um novo Dallagnol, de um novo Sergio Moro”, lamentou.

*Com informações do 247

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Josias de Souza e o bonde dos inconformados com a inocência de Lula

A gente tem que ler cada coisa dos contorcionistas tucanos da mídia que são de lascar.

Josias de Souza cunhou um termo tipicamente vigarista, dizendo que Moro pode não valer nada, Dallagnol idem, porque tramaram e viciaram todo o processo contra Lula, porém Lula não pode ser sacralizado, porque, segundo ele, existem claras evidências de que Lula, era sim dono do muquifo do Guarujá.

Não acredito que um sujeito vivido como Josias de Souza tenha dado um tropeço linguístico dessa monta por descuido. Acredito mesmo ser desespero.

É ele mesmo que está dizendo que o que existe contra lula são meras e não claras evidências, mostrando que Josias andou colando as argumentações de Dallagnol no powerpoint que virou piada no país, quando disse que não tinha provas contra Lula, mas sim convicção.

Sejamos francos, o último romântico do tucanistão, Josias de Souza, poderia ser um cadico mais criativo e não descambar de forma descarada para um borralho de quem decalcou o termo de Dallagnol de maneira tão primária e ridícula.

Mas quem continua enxergando o Brasil de forma mofa pelo buraco da fechadura do castelo dos bandeirantes, enxerga lombrigas e aposta no ocultismo literário para plagiar um medíocre como Dallagnol.

Só faltou Josias bancar o papel carbono de Roberto Jefferson e dizer que Moro é seu malvado favorito.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Para ministros do STF não restam dúvidas sobre crimes de Moro e procuradores da Lava Jato

Dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), é cada vez maior a convicção de ministros sobre as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, liderados por Deltan Dallagnol.

A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, afirmou pelo Twitter que os gabinetes dos ministros estão analisando as trocas de mensagens entre Moro e os procuradores que compõem o acervo da operação Spoofing, e já identificaram pelo menos cinco ilegalidades cometidas pela Lava Jato.

Segundo Lima, a análise de técnicos do STF sobre as mensagens aponta indício de antecipação de decisão e combinação de jogo processual; compartilhamento contínuo de informações sigilosas; interferência na produção de provas; falhas na cooperação com autoridades estrangeiras e falhas nas ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse em entrevista à CNN Brasil que a Lava Jato não tinha agentes públicos atuando dentro de suas competências, mas “transgressores da lei”. “Quem é o chefe/coordenador da Lava Jato segundo esses vazamentos, esses diálogos? É o [Sergio] Moro, que eles [procuradores] chamavam de russo”, criticou.

*Com informações do 247

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Mensagens mostram que Dallagnol trocava figurinhas com o filho de Miriam Leitão, Wladimir Netto

De acordo com a matéria de Sérgio Rodas, do Conjur, a conversa entre procuradores da força-tarefa da “lava jato” mostra como eles usavam vazamentos para aumentar a pressão contra investigados na operação.

A informação consta de uma troca de mensagens entre procuradores à qual a ConJur teve acesso. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso da chamada operação “spoofing”, que mira hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

Em 5 de março de 2016, um dia após o ex-presidente Lula ter sido conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal por ordem do então juiz Sergio Moro, procuradores discutem em grupo de mensagens a redação de uma nota da força-tarefa da “lava jato” explicando que a medida era necessária, uma vez que o petista foi intimado, mas se recusou a comparecer a um posto da PF.

No debate, o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, sugere argumentar que, se a ordem não foi executada, Lula foi voluntariamente depor, e não houve condução coercitiva.

“Vcs sabem se a condução ontem foi executada ou se ele foi voluntariamente? Não consegui falar com Luciano [Flores, delegado da PF]. Se foi voluntariamente, não tem do que reclamar. Se não foi, ele mentiu que sempre está à disposição pra depor. Poderia fazer o raciocínio: se ele disse ontem que sempre se dispôs a depor, então sequer houve condução coercitiva… mas tenho receio de suscitar novas críticas quanto ao ambiente de coação. Acho vou colocar nas entrelinhas”, diz Dallagnol.

A ConJur manteve as abreviações e eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

O procurador Andrey Borges de Mendonça desaprova a ideia. “Não gosto do raciocínio. 15:38:46 Acho que parece entender que ele [Lula] tinha opção. E ele não tinha. Cuidado.”

Deltan Dallagnol enviou rascunho da nota para análise de Vladimir Netto, repórter da TV Globo que, em junho de 2016, lançaria o livro Lava Jato: o juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil (Primeira Pessoa). O jornalista diz a Dallagnol, segundo o relato deste, que não valeria a pena soltar uma nota, a não ser que fosse “para não deixar Moro sozinho”. “A nota é pra acalmar e não comprar briga” foi o conselho de Netto, conforme o procurador.

“Mas ele [Netto] acha que teria que ser muuuuito serena pq estamos mais expostos do que o Moro na avaliação dele”, conta Dallagnol. Mendonça apoia a intenção: “Por mim, soltamos pq não deixo amigo apanhando sozinho rs. Independentemente de resultado, soltaria por solidariedade ao Moro”.

Após chegarem a um acordo sobre a redação da nota e a enviarem à imprensa, o procurador Athayde Ribeiro Costa avisa os colegas que o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou o posicionamento da força-tarefa da “lava jato”.

O procurador Orlando Martello comenta que, se continuasse a escalada contra a operação, a solução seria vazar conversas interceptadas de Lula.

“Se a escalada continuar, a solução é soltar os áudios, cf sugerido por CF [Mendonça]. Aí jogamos problema no colo deles, com algumas maldades (pq lula usa cel de terceiros!; proximidade de lula e JW [Jaques Wagner, então ministro da Casa Civil], bem como JW responsável pela nomeação do novo ministro; convocação de deputados; movimentos sociais, etc.”

Em resposta, Mendonça diz o vazamento das gravações “é nossa carta na manga”. “Mas é preciso que seja com autorização judicial. E talvez haja problemas”, ressalta. O procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho então lembra que já haviam feito consultas sobre a liberação dos áudios, mas elas foram negadas.

Divulgação de grampos
Em 16 de março de 2016, Sergio Moro divulgou conversas telefônicas de Lula, recém-empossado ministro da Casa Civil, com a então presidente Dilma Rousseff e outros políticos.

Na semana seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavaski — que morreu em acidente aéreo em 2017 — afirmou que o fim do sigilo dos grampos foi ilegal e inconstitucional. Primeiro porque foi o resultado de uma decisão de primeiro grau a respeito de fatos envolvendo réus com prerrogativa de foro no Supremo. Depois porque, ao divulgar o conteúdo dos grampos, Moro violou o direito constitucional à garantia de sigilo dos envolvidos nas conversas.

No dia da divulgação dos áudios, os procuradores discutiram se o ato de Moro era legal ou não. Afinal, o diálogo entre Lula e Dilma foi captado após o juiz federal ter enviado comunicados às operadoras de telecomunicações pedindo a suspensão dos grampos. O procurador Januário Paulo classifica a medida como “filigrana”. “Quem decide o que vai para os autos e o juiz. Se ele podia interromper também pode mandar juntar aos autos e validar.”

Andrey Mendonça discorda. “Januario, desculpe, eu nao vejo assim. Isso esta longe de ser filigrama na minha visão. Se ele suspendeu a interc[eptação], juridicamente nada vale dps. Eu espero q vcs estejam certos, mas nao eh tao tranquilo assim.”

Deltan Dallagol então intervém: “Andrey No mundo jurídico concordo com Vc, é relevante. Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”. “Concordo Deltan. Isso tera q ser enfrentado muito em breve no mundo juridico. O estrago porem esta feito. E mto bem feito”, responde Mendonça.

Dois dias depois, em 18 de março, o ministro do STF Gilmar Mendes cassou a nomeação de Lula como chefe da Casa Civil. No embalo da decisão, os procuradores discutem se é hora de pedir a prisão de Lula e apresentar denúncia contra ele. Para Roberson Pozzobon, não faz diferença se a captação da conversa foi ilegal ou não. Afinal, a própria Dilma tinha admitido o diálogo.

*Com informações do Conjur

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Novela da Globo: Vazamentos escancaram que Lava Jato foi 100% midiática e 0% jurídica

Vendo nos vazamentos das conversas em que os procuradores se divertiam com seus preconceitos contra Lula quando não encontravam provas e partiam para a galhofa, ao invés de ficarem em pânico, entende-se que todo esse sossego era alicerçado pela certeza de que eles não precisavam produzir provas, apenas formular uma narrativa fantasiosa para que, recebendo uma maquiagem das redações da Globo, fossem para o Jornal Nacional a partir de imagens grandiloquentes da PF em cada prisão efetuada.

Isso bastaria para convencer uma parte ávida da sociedade disposta a ver a todo custo o sangue de qualquer integrante do PT, depois de anos de campanha de ódio da própria Globo.

O mesmo vale tudo contra o PT, que marcou a Globo desde a farsa do mensalão, varou todos esses anos e se intensificou na Lava Jato, assim como na campanha que elegeu Bolsonaro.

A Lava Jato jamais se preocupou em de fato apresentar provas contra Lula ou alguém do PT, por isso viu-se tanto “kkkkkk” das gargalhadas que os procuradores davam na troca de mensagens, felizes da vida, mesmo sem conseguir um cisco de provas contra as suas vítimas.

Foram sete anos sem umazinha sequer, mas sempre souberam usar a garupa da Globo para vampirizar Lula e o PT.

Se eles não colhiam provas, como não colheram nenhuma, mesmo grampeando, de forma ininterrupta, os telefones dos advogados e do próprio Lula, e não conseguindo ao menos um assovio que incriminasse Lula, não tinha problema, a equitação vampírica estava garantida no Jornal Nacional. Era ali que os miolos do ninho fascista se remexiam para transformar as mãos furadas dos procuradores da Lava Jato em mãos heroicas na base da velha máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras”.

Por isso foi preciso transformar Moro e Dallagnol em canastrões da Globo, como a emissora faz com seus galãs e, logicamente, transformar Lula no pior vilão da história da humanidade.

Assim, a ópera bufa jamais precisou ter qualquer relação com a constituição, com as leis ou coisa que o valha. Tudo foi feito de forma azeitada pela mídia para transformar um inquérito furado num grande espetáculo de “combate à corrupção”.

Também por isso, a Globo não dá um pio sobre os vazamentos, porque é a parte principal da criminosa Lava Jato.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dallagnol chama barões da grande mídia de ‘abutres’

A confissão de Dallagnol de que precisava alimentar os abutres da grande mídia, não tem preço.

Dallagnol: “Temos que pensar se não é bom jogar esta informação para os jornalistas abutres para fazer o papel deles”.

Este de fato é um capítulo à parte dos novos vazamentos que o STF oficializou e está deixando Moro em desespero total.

O arroto de Dallagnol chamando de abutres os jornalistas da grande mídia, foi um tapa na cara do baronato midiático que desabotoou a batina e atirou-se de ponta cabeça em todas as pilantragens berradas de Moro e Dallagnol contra Lula.

Se mesmo por uma fresta a língua grande de um sujeito pode causar estupor em seus próprios aliados, o cretino que comandava a Força-tarefa de Curitiba, que hoje tem a imagem pra lá de surrada, nos calabouços da Lava Jato, mostrou que era um diplomata às avessas com a turma do cipó que vivia com a faca entre os dentes em busca de notícias que acusasse Lula e o PT de qualquer coisa.

Hoje, certamente nas redações, a beatitude do procurador que se apresenta no twitter como “discípulo de Jesus”, foi defenestrada pelos abutres que ele alimentava com carniça de rato jurando que era filé para nutrir os coleguinhas que montavam campana às 5 horas da manhã para flagrar mais uma ação espetaculosa da PF da empresa de marketing Lava Jato.

Sim, esse caso se torna grave, porque Dallagnol era o próprio relações públicas que fazia ponte entre os vigaristas da Lava Jato com os da mídia, o que, certamente ninguém imaginava é que o excremento midiático era considerado excremento pelo próprio patife que alimentava a escória de notícias como banquete para os abutres.

O pior foi, depois de chamar os jornalistas de beija-pé de chulé, ainda colocou uma risadinha, o que não deixa de provocar gargalhadas ao ver o pudico desmontar a armadura e arrotar na cara de uma mídia que presta tanto quanto ele. Mas que, por incrível que pareça, estava com a coleirinha bem posta no pescoço como uma gargantilha bordada com os nomes de Moro e Dallagnol.

Só essa passagem já merece um livro, tal o desprezo que Dallagnol dispensava aos cachorros magros da mídia. Mas não um livro como de Wladimir Neto em que a mamãe Miriam Leitão tem que fingir que não leu que o filhote foi chamado de abutre para sustentar a farsa da farsa escrita sob medida para o manequim heroico de Sergio Moro. A cara dura teve a coragem de dizer que a Lava Jato acabou não pelos seus erros, mas pelos seus acertos.

Se considerar somente a frase de Dallagnol classificando jornalistas como Miriam Leitão e seu filhote como abutres, acaba por dar razão à Leitão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Enfim, Globo joga a toalha e faz coro contra Moro e Lava Jato

Hoje, quem viu na GloboNews, Natuza Neri e Mônica Waldvogel tratando Moro e a Lava Jato com desdém, adotando um discurso oposto ao que sempre marcou a relação entre Globo e Moro, entendeu que, impulsionada pelas novas revelações de diálogos entre Moro e Dallagnol, a principal aliada do califado de Curitiba pediu o boné, chutou o pau da barraca e deu linha na pipa, deixando Moro sozinho com a brocha na mão.

Mesmo de maneira ainda envergonhada, os diálogos revelados entre procuradores e, em especial, entre Moro e Dallagnol, os comentaristas da GloboNews, chamados de abutres por Dallagnol, agora torcem o nariz para falar dos ex-heróis dos Marinho.

A fatura chegou, e a mentira, que teve duração de sete anos, recebeu como recompensa a praga de quem deu asas de gansos aos urubus da Força-tarefa, porque, por mais falsificado que a Globo tentasse vender o ex-herói, seu destino rumo ao lixo da história, já estaria traçado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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