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Acordo de Bolsonaro permite humilhação a brasileiros deportados dos EUA

Modelo de deportação que permite às autoridades dos EUA tratar brasileiros deportados com humilhação, racismo e maus-tratos foi anulado em 2006, mas retomado por Bolsonaro.

Muitos discutiram o caso dos brasileiros deportados dos Estados Unidos que chegaram ao Brasil algemados nos pulsos e nos tornozelos, além de terem denunciado humilhações, racismo e maus-tratos pelas autoridades americanas. Mas poucos se questionaram o porquê desse tratamento humilhante.

Alguns argumentaram que isso já era sintoma do fascismo implantado por Donald Trump em seu novo governo. Mas os agentes que algemaram e transportaram os brasileiros como escravos já estavam nas mesmas funções muito antes de Trump tomar posse. Além disso, Joe Biden deportou mais brasileiros do que Trump, inclusive sob as mesmas condições desumanas.

Também se poderia dizer que os americanos são supremacistas e consideram os latino-americanos seres inferiores. Isso já está mais próximo da verdade.

Mas o principal motivo é que o Brasil deixa os Estados Unidos tratarem os brasileiros como lixo. As deportações em voos fretados eram um procedimento comum e legal até 2006, quando o Brasil decidiu que não permitiria mais essa modalidade. Tal decisão dificultou a deportação de brasileiros dos EUA.

7,5 mil deportados sob Bolsonaro
Contudo, a paixão de Jair Bolsonaro pelos Estados Unidos fez com que o Brasil voltasse a aceitar essa humilhação. O primeiro voo fretado de brasileiros deportados dos EUA em 13 anos chegou em outubro de 2019, com 60 imigrantes. O segundo, em janeiro de 2020, com 80. Depois, em março. As denúncias de maus-tratos, assim, também voltaram. Até mesmo um menor de idade relatou ter sido acorrentado nos braços e pés.

Bolsonaro recebeu mais de 7,5 mil brasileiros deportados dos EUA, após concordar com a vinda de dois voos por mês – uma média de mais de 200 a cada mês retornaram ao Brasil. Em geral, sob essas condições subumanas. Segundo a imprensa, o Itamaraty teria tentado, tanto durante o primeiro mandato de Trump quanto no governo Biden, um acordo para liberar os brasileiros do uso humilhante de algemas pelo corpo. Mas outros relatos mostram que o aparato diplomático brasileiro nos EUA atuou contra os direitos de seus cidadãos para favorecer as autoridades norte-americanas.

O acordo de Bolsonaro para retomar as deportações humilhantes passou despercebido, ao contrário do escândalo que gerou a medida que acabou com a necessidade de visto para turistas americanos, sem a tradicional reciprocidade. Uma decisão, complementando a outra, evidencia a que o Brasil foi reduzido: uma colônia de onde bancos e indústrias dos EUA recolhem as riquezas, desgraçando o país, gerando miséria e êxodo, e cujos cidadãos são tratados como animais por tentarem uma nova vida na metrópole. Já os superiores estadunidenses vêm ao Brasil desfrutar de prostitutas e água de coco.

Fulgencio Batista sentiria inveja de Bolsonaro.

*Eduardo Vasco/Diálogos do Sul

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Política

Brasil pedirá explicações a Trump por ‘desrespeito aos direitos fundamentais’ de 88 brasileiros deportados algemados dos EUA

Este é o primeiro episódio de tensão entre os governos de Lula e do novo presidente dos Estados Unidos.

O Brasil pedirá explicações ao governo de Donald Trump pelo que chamou de “desrespeito aos direitos fundamentais” de 88 migrantes irregulares brasileiros deportados dos Estados Unidos, que foram algemados durante a viagem, informou o Ministério de Relações Exteriores brasileiro.

Este é o primeiro episódio de tensão entre os governos do novo presidente dos Estados Unidos e de Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou seu desejo de preservar a “relação histórica” entre Washington e Brasília no dia da posse de Trump, em 20 de janeiro.

Segundo o Itamaraty, será apresentado um “pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo” procedente dos EUA que aterrissou na noite de sexta-feira (24) em Manaus, afirmou a chancelaria brasileira em sua conta no X.

Um nota oficial do governo no sábado confirmou um total de 88 brasileiros a bordo da aeronave.

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, disse à imprensa que na aeronave também havia “crianças com autismo, com algum tipo de deficiência, que passaram por situações muito graves”.

“A gente ia amarrado no pulso, na cintura e na perna, não tinha água, a gente pedia para ir no banheiro e não deixavam”, declarou à AFP Edgar Da Silva Moura, um técnico de informática de 31 anos que chegou deportado no voo após sete meses detido nos EUA. “Estava muito quente, pessoas desmaiaram”, adicionou.

Luis Antonio Rodrigues Santos, um trabalhador autônomo de 21 anos relatou o “pesadelo” de pessoas com “problemas respiratórios” que passaram “quatro horas sem ar condicionado” devido a problemas técnicos, que também afetaram “uma turbina que não estaria funcionando”.

“Já mudou muita coisa [com Trump] (…), imigrantes tratados como criminosos”, afirmou.

‘Desrespeito aos direitos fundamentais’

O Ministério da Justiça ordenou “a retirada imediata das algemas” quando o avião chegou ao país, e repudiou o que chamou de “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais” dos seus cidadãos.

As autoridades brasileiras enfatizaram que “a dignidade da pessoa humana” é “um dos pilares do Estado Democrático de Direito” e configura “valores inegociáveis”.

A aeronave tinha como destino Belo Horizonte, mas devido a um problema técnico teve que aterrissar em Manaus, cidade prevista originalmente como escala. “Os brasileiros que chegaram algemados foram imediatamente liberados das algemas”, informou a PF, “em garantia da soberania brasileira em território nacional”.

As autoridades forneceram colchões, atendimento médico e água para os passageiros, que precisaram permanecer a noite toda em uma sala do aeroporto.

O presidente Lula ordenou no sábado que um avião da Força Aérea fizesse o transporte dos deportados para o seu destino final. O voo chegou às 21h10 a Belo Horizonte segundo a Força Aérea. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na capital mineira, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

Na manhã de sábado (25), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou Lula sobre uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o Brasil. O ministério tomou conhecimento da situação dos brasileiros pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues.

Ao tomar conhecimento da situação, o presidente determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final

Política anti-imigrante

Nos primeiros dias de seu mandato, Trump ordenou várias medidas contra os imigrantes em situação irregular no país, incluindo deportações, o envio de tropas à fronteira com o México e a prisão de 538 pessoas em situação irregular, conforme relatado pela Casa Branca.

Na sexta-feira, 265 pessoas foram deportadas dos Estados Unidos para a Guatemala.

Trump atacou durante sua campanha os imigrantes ilegais, descrevendo-os como “selvagens”, “animais” e “criminosos”. O republicano prometeu a maior campanha de deportações da história dos Estados Unidos, onde vivem cerca de 11 milhões de pessoas em situação irregular.

Uma fonte do governo brasileiro disse que os deportados que chegaram a Manaus viajaram “com seus documentos pessoais”, o que mostra que estavam “de acordo” com o retorno ao país. Eles poderão “permanecer em liberdade” no Brasil, após terem sido detidos nos Estados Unidos com “decisão final de deportação sem possibilidade de recurso”, detalhou a fonte.

*BdF

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Bolsonaristas dão nó de marinheiro na língua para “explicar” a deportação de brsileiros por Trump

Sem o apito de cachorro soprado pelo clã, sobre as deportações, inclusive de bolsonaristas residentes nos EUA, a malta fascista está totalmente atônita.

Por ora, sem explicar se Biden estava certo ou errado, dizem que Trump só está fazendo o que seu antecessor fez.

É uma forma de escapismo covarde, claro.

Mas essa atitude de barata tonta, tende a piorar quando gente do núcleo sagrado do bolsonarismo for algemada, tomar uns cascudos e ser arremeçada no camburão voador que os rebocará para o Brasil. Muitos direto pra prisão.

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O Brasil quer saber quando chegará o avião de deportados dos EUA trazendo Allan dos Santos e Monark

Taí uma deportação que muitos brasileiros esperam.

Allan dos Santos e Monark, dois bolsonaristas raiz fugitivos da justiça no Brasil que escaparam certamente com ajuda de gente do governo Bolsonaro.

Tudo indica que o “amor imortal” que tinham por Trump, vai acabar de estalão.

Infelizmente para os dois, a deportação imposta por Trump se transformará em cadeia pra eles no Brasil.

Esse é um caso típico dos “mistérios da vida.”

A lenda Trump, está cobrando caro das tietes e virou um pedregulhento mundo pra bolsonaristas que moram nos EUA.

Nos EUA, Bolsonaro em 2022, venceu com 65,48% dos votos.
O mesmo Bolsonaro trai seus eleitores e não dá pio sobre deportação como certamente fará com Allan e Monark

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Moro se cala sobre brasileiros deportados tratados como ratos em prisão nos EUA

O silêncio covarde do ministro da justiça, Sergio Moro, sobre cerca de 80 brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos depois de serem mantidos em uma prisão denunciada pelas más condições no estado do Novo México, é vergonhoso.

Os relatos recebidos denunciam o tratamento desumano na prisão de Otero, como fornecimento de água amarela e uso de técnicas de “tortura mental”, como confinamento, que seriam utilizadas para convencer os detidos a não tentarem voltar aos Estados Unidos depois de deportados, não mereceu sequer um comentário no Twitter de Moro.

Enquanto faz marketing 24 horas por dia, no seu twitter, de olho na eleição presidencial de 2022, Moro faz de conta que um ministro da justiça não deve se meter em casos em que brasileiros são humilhados e algemados numa deportação covarde nos EUA.

Bolsonaro, para defender Trump, achou achou por bem comparar os brasileiros deportados e algemados a terroristas e Moro, se acovardar e fingir que nada disso aconteceu.

Na verdade, os dois, Moro e Bolsonaro, cada qual a seu modo, aplaudiram a primeira vez que houve uma deportação em massa de brasileiros nos EUA com a aprovação do governo brasileiro.

Bolsonaro afirma que jamais pediria a Trump para mudar o tratamento dado a deportados brasileiros.

Já o ministro da justiça, achou por bem se omitir enquanto estadunidenses podem entrar no Brasil a hora que quiserem e sem visto, e brasileiros são deportados dos EUA com algemas nos pés e nas mãos.

Reciprocidade é uma regra internacional, mas não para os sabujos Bolsonaro e Moro, para eles o que vale é ficar de joelhos para Trump.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas