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Vídeo: Glauber Braga sobre as declarações de Bolsonaro: O medo está grande. Só não pode ser o Moro a fazer a perícia

Pelo jeito, Bolsonaro não confia na polícia que ele sempre disse defender, nem o santo Moro, capanga de miliciano, é confiável para ele.

Quer uma perícia independente nos 13 telefones celulares do comparsa Adriano da Nóbrega apreendidos pela polícia.

Mas quem faria essa “perícia independente” que Bolsonaro quer nos celulares de Adriano?

A do Rio das Pedras?

Glauber Braga disse o que está por trás dessa declaração idiota do idiota que preside esse país:

“O medo está grande. Só não pode ser o Moro a fazer a perícia.”

Bolsonaro foi desmascarado pelo próprio Glauber nesse vídeo que segue abaixo. É por isso que está com medo do que os celulares do miliciano podem revelar contra o clã da família de delinquentes.

Como disse o jornalista do Globo Miguel Caballero: ao decidir dizer que tomou “providências legais” para realizar uma “perícia independente” sobre a morte do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, o presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo invade atribuições de governos estaduais e ajuda a confundir, a pretexto de buscar solucionar, o caso do ex-policial.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Alô Moro, viu isso?: Bolsonaro confessa que Flávio condecorou o miliciano do escritório do crime a seu mando

Alô Moro, dá uma espiada nisso que disse Bolsonaro e prepara o lombo porque Glauber Braga vai sapatear nas suas costas. E convenhamos, com toda razão quando te chama de capanga de miliciano por proteger Bolsonaro e seu clã.

Bolsonaro disse que foi o responsável pela homenagem feita em 2003 por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, ao ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Adriano da Nóbrega, chefe do escritório do crime, milícia ligada ao Rio das Pedras, também conhecido como o esconderijo de Queiroz.

Lembrando também que Adriano estava envolvido com o assassinato de Marielle, junto com seu parceiro de crime, Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra.

“Eu é que pedi para o meu filho condecorar para que não haja dúvida. Ele era um herói [na época]. O meu filho, recém-eleito, eu que determinei, pode trazer para cima de mim isso aí. O meu filho condecorou centenas de policiais”, disse Bolsonaro em entrevista à imprensa no Rio.

Ou seja, Moro, o homem está confessando sua ligação direta com a milícia e que o filho é apenas testa de ferro. Como é que você fica agora diante dos seus súditos?

Isso, sem falar que o Uol expôs em matéria sua mentira denunciada por Glauber Braga e Marcelo Freixo sobre sua tentativa de aprovar o pacote anticrime com redução de pena para milicianos, tendo a cara de pau de acusar o Psol de não aderir ao seu “combate à milícia”.

Mas nada se compara a essa verdadeira rasteira que a língua de Bolsonaro te deu hoje.

Bolsonaro, ao menos desta vez, para livrar a cara do filho, teve que falar a verdade. Todo o esquema criminoso envolvendo os delinquentes que assumiram cargos no legislativo na carona do papai, são vítimas de um psicopata que não só tem tara por grupos de extermínio, como moldou as cabeças dos três filhos imbecis a imagem e semelhança do coiso.

Assim, não há mais desculpas. Moro, depois dessa calça arriada do chefe, ou você joga a toalha e pula fora do governo para manter as aparências ou fica desmoralizado de vez, dando total razão a Glauber ao te chamar de capanga de miliciano.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Após “queima de arquivo” do miliciano Adriano da Nóbrega ligado ao clã, Bolsonaro foge da imprensa

Bolsonaro, nesta segunda, está fugindo dos microfones e holofotes da mídia mais do que o diabo da cruz.

O motivo, até o mais pateta dos bobocas sabe qual é, não fazer comentário sobre a morte de um amigão de longa data da família Bolsonaro.

Como sabemos, Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, e sócio de Ronnie Lessa, era o principal elo entre a família Bolsonaro e a morte de Marielle.

Como disse o mais antipetista dos jornalistas da grande mídia, Josias de Souza: “Presidente e miliciano coabitam o mesmo noticiário” e seguiu: “Espantosa época a atual, em que o presidente da República, seu filho mais velho e um miliciano apelidado de Caveira coabitam a mesma notícia. Neste domingo, a coisa tornou-se ainda mais horripilante, pois aos nomes de Jair Bolsonaro, do primogênito Flávio Bolsonaro e do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega acrescentou-se uma expressão macabra: “Queima de arquivo.”

E Josias segue as pegadas de Bolsonaro

Chefe da milícia de Rio das Pedras, no Rio, Adriano era amigo de Fabrício Queiroz, o faz-tudo dos Bolsonaro. Trabalharam juntos na PM. A mãe e a mulher do miliciano foram enfiadas dentro da folha salarial ‘rachadinha’ do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.

A despeito das complicações penais, o Caveira foi condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes, a mais elevada comenda da Assembleia Legislativa do Rio.

Em 2005, Jair Bolsonaro, então deputado, subiu à tribuna da Câmara para criticar uma condenação imposta ao miliciano.

A polícia diz ter matado o Caveira numa troca de tiros.

A família do morto alega que ele não estava armado.

Josias de Souza fala também da participação de Moro nessa geleia miliciana do clã.

Curioso, muito curioso, curiosíssimo. No final do mês passado, o Ministério da Justiça divulgou uma lista dos bandidos mais procurados do Brasil. Excluiu-se o nome do Caveira Adriano. A equipe do ministro Sergio Moro alegou que o amigo dos Bolsonaro praticava crimes em âmbito local, não nacional.

Por mal dos pecados, havia na lista da Justiça um par de milicianos em condições análogas às de Magalhães. A esse ponto chegamos: o discurso de campanha de Bolsonaro em defesa da lei e da ordem, que já soava como conversa mole, vai ficando desconexo. Presidente e miliciano coabitando o mesmo noticiário não é algo trivial. diz Josias.

Por essa e por outra que hoje, Bolsonaro não quer papo com a imprensa porque sabe que vai se enrolar na hora de falar sobre a morte do miliciano envolvido na morte de Marielle Adriano da Nóbrega, amigo íntimo de longa data da família Bolsonaro.

 

 

*Com informações do Uol

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Seu Jair da casa 58 é o verdadeiro chefe de Queiroz

Em 2016, Donald Trump disse que nem um flagrante de homicídio abalaria a fidelidade de seus eleitores. “Eu poderia atirar em alguém no meio da Quinta Avenida e não perderia nenhum voto, ok? É incrível!”, gabou-se.

Ao que tudo indica, Jair Bolsonaro acredita dispor dos mesmos superpoderes. Só isso pode explicar o fato de o presidente ter se referido às investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio como “pequenos problemas”.

O presidente disse ontem que não tem “nada a ver” com o vaivém de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. É uma versão capenga, porque as principais decisões tomadas ali passavam pelo chefe do clã.

Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da “rachadinha” do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai.

“Conheço o senhor Queiroz desde 1984. Nós somos paraquedistas. Nasceu ali, e continua, uma amizade”, disse Bolsonaro quando o escândalo veio à tona. Em maio, ele contou que o amigo lhe pediu ajuda quando enfrentava “problemas” na polícia. “Aí ele começou a trabalhar conosco”, relatou, usando a primeira pessoa do plural.

Queiroz depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente atribuiu os repasses a um empréstimo informal. Nunca explicou por que o ex-PM precisaria de sua ajuda financeira — de acordo com o Coaf, ele movimentou R$ 7 milhões em três anos.

O amigo de Bolsonaro recebeu ao menos R$ 203 mil da mãe e da mulher do miliciano Adriano da Nóbrega, hoje foragido da polícia. As duas estavam penduradas no gabinete do Zero Um, que condecorou o ex-capitão do Bope quando ele estava preso por homicídio. O dinheiro passou por contas de Adriano antes de ser devolvido a Queiroz.

De acordo com o Ministério Público, Flávio usava uma loja de chocolates para lavar dinheiro da “rachadinha”. Ontem ele citou o negócio para justificar uma série de repasses suspeitos. Segundo o senador, o sargento que depositou R$ 21,2 mil em sua conta gastou tudo com doces. Se atirasse em alguém na rua, Trump teria uma desculpa mais criativa.

 

*Por Bernardo Mello Franco (O Globo)