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Bolsonaro só entregou o vídeo quando soube que Celso de Mello mandaria a PF bater na porta do planalto

Fontes no Supremo não descartavam ontem que o ministro Celso de Mello autorizasse a Polícia Federal a cumprir mandados de busca e apreensão na sede do Executivo.

Bolsonaro, sabendo disso, deu logo um jeito de não complicar ainda mais a sua vida com o decano porque já percebeu que ele não está para brincadeira.

A Presidência teria até o fim desta sexta-feira (8/5) para cumprir a determinação do ministro Celso de Mello e entregar a íntegra do vídeo gravado durante a reunião do dia 22 de abril, no Palácio do Planalto.

Dois pedidos da Advocacia Geral da União (AGU) tentaram suspender a entrega do material ou enviar à Corte um vídeo editado. Não colou.

De acordo com a fonte do Correio Braziliense no Supremo, a decisão de momento do magistrado foi ignorar esses pedidos e deixar o prazo vencer.

Caso a AGU não enviasse o vídeo, Celso de Mello poderia solicitar que a Polícia Federal fosse até o Planalto recolher o arquivo da gravação, se precisasse, com a apreensão de computadores, pen drives e fitas de vídeo.

A operação seria realizada nos arquivos da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), onde se avalia que estava armazenado o conteúdo que foi registrado para posterior divulgação e, por isso, não teria caráter de sigilo.

As imagens entregues ao STF, referem-se à reunião entre Moro, Bolsonaro e demais ministros do governo.

No encontro, de acordo com o ex-ministro da Justiça, o presidente pediu acesso a relatórios de inteligência policial e exigiu a troca na superintendência da PF no Rio, ameaçando demitir Moro se a determinação não fosse cumprida.

 

 

*Da redação

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Moro sai do governo, detona Bolsonaro e diz que, com Lula e Dilma não houve interferência na PF

Moro cai atirando, acerta vários tiros em Bolsonaro, mas não erra o próprio pé.

O Brasil inteiro acaba de ouvir o, agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comparar a autonomia que a Polícia Federal teve nos governos Lula e Dilma e a interferência que Bolsonaro sempre quis impor à mesma PF.

Moro foi mais longe ao afirmar que Bolsonaro queria saber das investigações sigilosas da PF, dizendo que isso é um absurdo, voltando a citar Lula e Dilma como exemplo de conduta ética.

“Imagina se Dilma e Lula ligassem para o comando da PF para saber sobre investigações”, disse Moro.

Lógico que, vigarista como é, tentou fazer aquela retórica de corrupção do PT, beirando ao ridículo, já que acabara de dizer que os dois ex-presidentes não interferiam em nada nas investigações. Mas Moro só não falou da conduta desonesta de policiais federais da Força-tarefa da Lava Jato que, admitiam sim a interferência de Moro nas investigações.

Moro vale tanto quanto Bolsonaro. Por isso, em seu discurso, usou a língua como chicote da própria bunda e tomou uma rasteira de suas próprias contradições.

Nada como ouvir da boca de um vigarista o quanto ele é vigarista. Grande dia!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas