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Postagem de Queiroz foi recado; ex-assessor de Flávio Bolsonaro quer cargo

Conforme noticiamos ontem aqui no Blog, matéria de Juliana Dal Piva, do Uol, autora da excelente série de reportagens “A Vida Secreta de Jair”, confirma que o recado de Queiroz era mesmo para o clã Bolsonaro, mais precisamente para o patrão Jair.

Interlocutores do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), contaram à coluna que ele tem reclamado no círculo bolsonarista de um “abandono” e também da falta de ajuda para arrumar emprego.

Irritado, ele postou no último domingo (25) mensagens dizendo que “faz tempo que eu não existo pra esses 3 papagaios aí”. O texto era seguido de uma foto em que Queiroz estava com o presidente Jair Bolsonaro e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) e dois assessores da família Bolsonaro. Procurado, Queiroz não retornou aos contatos.

Um deles é Max Guilherme de Moura, assessor especial da Presidência, e o outro é Fernando Nascimento Pessoa, funcionário do gabinete do senador Flávio Bolsonaro. A foto é de três anos atrás. Após a postagem, Queiroz ainda disse a um amigo: “minha metralhadora tá cheia de balas. kkkk” (sic). Max deve ser candidato a deputado federal na eleição do ano que vem e Pessoa segue como assessor de confiança de Flávio.

Com a repercussão das mensagens, Queiroz passou a defender Bolsonaro e mais tarde ainda postou que só fez uma “estratégia” para identificar “petistas” em sua rede. Em seguida, apagou as postagens.

No entanto, interlocutores de Queiroz relataram que há tempos ele reclama da situação financeira da família. Até o fim de 2018, boa parte da família dele tinha cargos no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). O policial foi assessor de Flávio Bolsonaro entre 2007 e outubro de 2018.

Queiroz foi exonerado em outubro de 2018 junto com a filha mais velha, Nathália Queiroz, que era lotada como funcionária do então deputado Jair Bolsonaro. Mas Evelyn Queiroz, outra de suas filhas, e Evelyn Mayara Gerbatim, sua enteada, seguiram nomeadas no gabinete de Flávio até fevereiro de 2019, quando ele assumiu o mandato no Senado.

Renda da família Queiroz

O MP apurou que Nathália, que era funcionária fantasma de Flávio, ficava com uma mesada de cerca de R$ 1 mil. A situação era semelhante com as demais funcionárias. Com isso, a família ainda tinha essa renda. Desde janeiro de 2019, porém, os Queiroz tiveram uma considerável redução de renda já que três pessoas da família e o policial perderam os cargos no gabinete de Flávio.

A família Queiroz passou a depender quase exclusivamente do salário de policial aposentado. Ele recebe cerca de R$ 9,5 mil líquidos do estado do Rio. Desde então, Nathália Queiroz, que é personal trainer, também tenta retomar sua clientela. Os outros filhos também trabalham com serviços temporários.

Em abril deste ano, logo depois de ser liberado da prisão domiciliar, o ex-assessor de Flávio tentou emplacar sua filha Evelyn em um cargo no governo do Rio de Janeiro, mas ela foi exonerada quando o governador Cláudio Castro descobriu a nomeação.

No ano passado, ao pedir a prisão de Queiroz, o MP-RJ também apontou que Queiroz e a família recebiam dinheiro vivo para pagar despesas. Só para o Hospital Albert Einstein, no tratamento de câncer, Queiroz obteve R$ 174 mil em espécie. Também foram identificadas mensagens de Márcia Aguiar, mulher do policial, em setembro de 2019 perguntando para a filha Evelyn Mayara, se “deram o dinheiro do mercado”. A filha respondeu: “deram”. No entanto, elas não identificaram quem entregou o dinheiro.

Desde que voltou a estar livre, Queiroz tenta retomar os contatos políticos. Ele ajudou a eleger grande parte das bancadas federal e estadual do PSL no Rio de Janeiro. Ele disse à coluna, em junho deste ano, que era uma “boa ideia” se candidatar a deputado federal na eleição de 2022. Alguns amigos tem chamado ele de “meu federal”.

Além da necessidade financeira, há tempos, Queiroz reclama de ficar nos bastidores da política e do entorno bolsonarista. Em 2019, ele falou que existiam “cargos no Congresso” que podiam ser usados para nomeações sem envolver a família Bolsonaro diretamente.

Em uma troca de mensagens, em outubro de 2019, Márcia Aguiar falou sobre a vontade de Queiroz de voltar à cena política. O áudio é de outubro de 2019, período em que o policial militar reformado ficou escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“É chato também, concordo. É que ainda não caiu a ficha dele que agora voltar para a política, voltar para o que ele fazia, esquece. Bota anos para ele voltar. Até porque o 01, o Jair, não vai deixar. Tá entendendo? Não pelo Flávio, mas enfim não caiu essa ficha não. Fazer o quê? Eu tenho que estar do lado dele”, afirmou Márcia, em trecho exclusivo revelado pela coluna e que integra o podcast UOL Investiga: A vida secreta de Jair.

*Com informações de Juliana Dal Piva/Uol

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Queiroz ameaça Bolsonaro: ‘minha metralhadora está cheia de balas’

Pra quem sabe ler, pingo é letra.

Queiroz é um arquivo vivo, é uma caixa de pandora e, de tempos em tempos, lembra isso a Bolsonaro. Em suas ameaças cifradas, chama as três figuras que aparecem na foto ao lado dele e de Bolsonaro, de imprestáveis quando as classifica na gíria da malandragem, de água de salsicha, ou seja, não tem qualquer serventia.

Tempos atrás, Queiroz usou os jornalões para mandar um recado a Bolsonaro, deixando vazar um suposto diálogo que teve com alguém, mas que, na verdade, era com ele próprio em que reclamava abandono e fazia, como agora, um autoelogio, sugeria que, através do gabinete de Flávio Bolsonaro no Senado, poderia arrumar mais de 500 empregos. Naquela mesma mensagem, ele deixou dois recados para Bolsonaro, um dizendo que sabia o caminho das pedras na mídia para, se preciso fosse, abrir a matraca, a mesma que ele, agora, chama de metralhadora cheia de balas. A outra, é que, imitando Paulo Preto com José Serra, disse que não se abandona um amigo ferido e que não aceitaria ser abandonado pelos serviços prestados ao clã.

Certamente, alguma coisa no trato furou, como da vez anterior e, agora, Queiroz usa as redes sociais para fazer novas ameaças e, com certeza, será atendido pelos seus senhores, porque, como ele mesmo diz, tem muita bala em sua metralhador para detonar. Alguma dúvida de que ele é um arquivo vivo?

O fato é que essa ameaça chegou para o clã num momento bem inoportuno, já que Bolsonaro está às voltas com uma enxurrada de acusações pesadas, seja por crimes comuns ou contra a humanidade.

A mensagem foi resposta à publicação de mais cedo, quando o ex-assessor reclamou do abandono de três amigos.

Fabrício Queiroz, o ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, afirmou neste domingo (25/7) que sua “metralhadora está cheia de balas”. A frase foi compartilhada nas redes sociais de Queiroz em resposta a um amigo.

Mais cedo, o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, mostrou que o ex-assessor postou uma mensagem em que reclama do abandono por parte de três antigos amigos, hoje muito próximos do presidente Jair Bolsonaro: o deputado Hélio Negão, o assessor presidencial Max de Moura e o assessor de Flávio Bolsonaro, Fernando Nascimento Pessoa, investigado no inquérito das fake news.

“É! Faz tempo que eu não existo para esses três papagaios aí! Águas de salsicha literalmente! Vida segue…”, escreveu Queiroz.

 

Em resposta à publicação, um amigo provoca: “Quem é de verdade, você sabe”. Em seguida, Queiroz faz a declaração. Veja:

*Com informações do Metrópoles

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Esquema de Flávio Bolsonaro, Arthur Lira e Ciro Nogueira em transporte de vacinas é denunciado por Luis Miranda

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) encaminhou à CPI da Covid uma denúncia sobre um contrato para o transporte de vacinas com a empresa VTCLog. Entre os principais alvos das novas revelações estão o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). A informação foi publicada pela Revista Crusoé e reproduzida pelo site O Antagonista.

De acordo com as informações encaminhadas à CPI, o dono da VTCLog, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, pediu a ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo de Lira, Ciro e Flávio Bolsonaro. O objetivo era solucionar o impasse dentro do Ministério da Saúde.

A pressão política envolvendo o contrato teve início porque a gestão de Eduardo Pazuello na pasta da Saúde não queria atender aos pedidos de reajuste contratual feitos pela empresa e ameaçava rescindir o contrato. Atualmente, o general é investigado pela CPI.

O deputado Luis Miranda denunciou publicamente um esquema de irregularidades na importação de vacinas pelo governo Jair Bolsonaro. O parlamentar disse que o seu irmão Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística da pasta da Saúde, sofria pressão dentro da pasta para agilizar a aquisição da vacina indiana Covaxin.

A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.

Nessa quinta-feira (15), Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca.

Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 1, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati, confirmou que, segundo tratativas com o governo federal, US$ 3,50 era o valor da dose na primeira negociação sem propina. O militar afirmou que a propina só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

*Com informações do 247

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Quem desconfia que a internação de Bolsonaro é uma farsa, vendo a fala de Flávio, tem certeza

Para abastecer ainda mais o gado com fábulas conspiratórias sobre a cirurgia de Bolsonaro, o 01, Flávio Bolsonaro, foi entrevistado pelo pelotão mais bem pago pela Secom na Jovem Pan, o Pingo nos Is.

Flávio, com aquelas perguntas ensaiadas, pôde seguir dando asas à habitual arma do clã Bolsonaro nos momentos difíceis, a facada, o Adélio e toda aquela papagaiada que vai na embarcação.

Enquanto isso, Carluxo, que viajou para São Paulo com o pai, possivelmente se transformou na cabeça digital da farsa da facada 2, escrevendo no twitter do pai, culpando o Psol e o PT para seguir o culto à ideia já bastante puída de que os efeitos da tal facada atormentam o intestino de Bolsonaro até hoje.

O problema é que Flávio faz aquela mesma cara de quem está explicando como comprou a mansão com chocolate, como a verdadeira vítima de um complô contra a sua integridade, aquele jeito de quem explica os depósitos do Queiroz em sua conta e como acumulou tantos imóveis em tão pouco tempo apenas com sua loja de chocolate e o salário de deputado estadual.

Neste momento, quem tinha qualquer dúvida de que isso não passa de uma farsa, acredito que não mais dúvida alguma, porque nem fechando os olhos deixa-se de enxergar uma armação daquelas bem fuleiras para tirar Bolsonaro do olho do furacão que arrasta seu governo para o inferno e, junto, qualquer tentativa de se reeleger.

O problema é que, se a cara de Flávio confessa que tudo isso é uma exploração barata de uma outra farsa, uma multidão já denunciava nas redes sociais que tudo isso não passa de uma estúpida armação. Nesse caso, Flávio só colaborou para a única resposta sobre a veracidade desse repentino mal-estar que, imagina isso, fez com seu médico fosse à Brasília buscá-lo e levá-lo para São Paulo com direito a uma parafernalha midiática para dar a certeza de que aquilo não passou de uma mentira oficial, uma mentira sistemática, algo degradante para a instituição Presidência da República.

Acaba de chegar a notícia, pelo Globo, de que Bolsonaro não precisará ser submetido à cirurgia, como previsto e que está em tratamento clínico conservador. Ou seja…

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: A farsa da facada 2 viraliza nas redes sociais

Na época da farsa da facada em Juiz de Fora, avisado por um jornalista, Eduardo Bolsonaro, que se encontrava no Rio, não demonstrou qualquer sentimento de aflição ou pânico, o que seria natural e coerente com a gravidade do fato, ao contrário, o deputado falou de forma absolutamente serena e fria que seu pai “estava eleito”. Hoje, esse comportamento pouco cuidadoso com o estado de saúde do pai, foi percebido pelos que assistiam à CPI com a fala tranquila de Flávio Bolsonaro, ou seja, fala e semblante de quem não estava nem um pouco preocupado com o pai. Soma-se a isso o fato de, há meses, estar agendada uma cirurgia para correção de uma hérnia abdominal para o mês de agosto e mais o bilhetinho que ele escreveu, em pleno hospital, sem demonstrar qualquer stresse, o que seria normal numa situação como essa que, no final das contas, dá para ler, “a farsa da facada 2, o retorno”.

Assista:

*Da redação

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Uol – Investigações sobre Flávio conectam Jair Bolsonaro ao esquema

Da jornalista Juliana Dal Piva, Uol – O quarto e último episódio do podcast “UOL Investiga – A vida Secreta de Jair” conecta todas as histórias da família Bolsonaro e do esquema ilegal de devolução de salários nos gabinetes. O programa traz bastidores da prisão de Fabrício Queiroz e um resumo das provas contra ele e Flávio Bolsonaro. Também revela o que se descobriu para conectar o presidente Jair Bolsonaro diretamente ao esquema.

Ouça:

*Da redação

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Vídeo: Bolsonaro, cada vez mais longe do Planalto e mais perto da cadeia

Hoje, na CPI, a coisa azedou ainda mais para Bolsonaro. O silêncio de Carlos Wizard ontem disse muito mais sobre a participação de Bolsonaro e do próprio Wizard na questão que envolve a propina no caso da compra das vacinas, somado à armação do PM depoente e a inclusão de Carluxo e Flávio Bolsonaro na investigação do STF sobre fake news, comandada por Alexandre de Moraes, mostram que o chão de Bolsonaro, que já era um atoleiro, ficou ainda mais mole.

Assista:

*Da redação

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Flávio Bolsonaro abriu as portas do BNDES para dono da Precisa

Veja – Filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) abriu as portas do governo em pelo menos uma ocasião para Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que fechou o contrato de venda da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde. Em 13 de outubro de 2020, Flávio participou de uma videoconferência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, de quem é amigo, e com Maximiano, que na ocasião representava formalmente outra das empresas dele, a Xis Internet Fibra. A reunião constou da agenda oficial do BNDES. Dela também participou Danilo Fiorini Jr, descrito com “CEO” da Xis Internet Fibra. Conforme dados da Junta Comercial de São Paulo, Fiorini Jr já foi dos quadros de diferentes empresas de Maximiano — entre elas, a própria Precisa.

VEJA perguntou à assessoria do BNDES o assunto tratado na videoconferência e por que o senador participou da reunião. “O presidente Gustavo Montezano se reuniu em 13/10/2020 com executivos da XIS Internet Fibra, que buscavam alternativas de financiamento para seus investimentos”, respondeu a assessoria do banco. “Após esse encontro virtual, ocorreu nova reunião da equipe técnica do banco para explicação mais detalhada das alternativas de apoio ao setor de telecomunicações, a qual não contou com a participação do presidente Montezano ou do senador. Não ocorreu nenhuma contratação do BNDES com a XIS Internet Fibra e nem existe trâmite para isso atualmente”.

A assessoria não explicou a razão da presença do senador. Apenas registrou: “Conforme indica a publicação transparente da agenda no site do BNDES, o senador Flávio Bolsonaro participou da reunião.” Em nota divulgada agora há pouco, o senador informou que não tem qualquer relação com o dono da Precisa, ressaltando que “tem apenas conhecidos em comum”. “A tentativa de criar conexões entre o parlamentar e a empresa causa estranhamento e parece ser parte de um esforço para criar uma narrativa falsa”, disse o filho do presidente.

A Precisa se tornou o principal objeto de investigação da CPI da Pandemia desde que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), apoiador declarado de Bolsonaro, afirmou que seu irmão Luis Ricardo, que era chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, sofreu pressão indevida de superiores para executar o contrato firmado com a empresa para compra de 20 milhões de doses de Covaxin, a um custo de 1,6 bilhão de reais. Miranda contou que foi com o irmão a uma audiência com o presidente da República, em 20 de março, quando os dois alertaram Bolsonaro das suspeitas de irregularidades. Uma delas seria o pedido de pagamento antecipado, o que não está previsto em contrato, para importar três lotes de vacina com data próxima do vencimento.

Troca de mensagens obtidas por VEJA -

O presidente, conforme o relato do deputado, teria respondido que determinaria à Polícia Federal a investigação do caso. Não há notícia de que isso tenha ocorrido. Hoje, por determinação do Palácio do Planalto, a PF investiga os irmãos Miranda, por suposta denunciação caluniosa. Quando pediu a audiência, o deputado Miranda escreveu o seguinte para um ajudante de ordens de Bolsonaro: “Avise o PR que está rolando um esquema de corrupção pesado na aquisição de vacinas dentro do Min. da Saúde. Tenho as provas e as testemunhas”. Em 22 de março, dois dias após a conversa com o presidente, o deputado volta a se comunicar com o ajudante de ordens: “Pelo amor de Deus, Diniz…Isso é muito sério. Meu irmão quer saber do PR como agir”. Os irmãos Miranda prestam nesta sexta-feira à CPI da Pandemia um depoimento. Não se sabe se por informações ou por torcida, a cúpula da comissão avalia que o depoimento será capaz de fazer “desmoronar o governo”, conforme expressão usada pelo presidente do colegiado, senador Omaz Aziz (PSD-AM), ao tratar do tema.

Francisco Maximiano também terá de prestar depoimento nos próximos dias. As empresas dele são clientes antigas dos cofres públicos — e de investigações do Ministério Público. A Global Gestão em Saúde recebeu 20 milhões de reais adiantados para fornecer medicamentos ao Ministério da Saúde na gestão de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara, mas não entregou os medicamentos. O caso está sob análise da Justiça. Barros é investigado. Uma apadrinhado dele era superior hierárquico do irmão do deputado Luis Miranda. Já a Precisa vendeu testes de Covid-19 superfaturados para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal no ano passado, em uma licitação fraudulenta. A negociata resultou na prisão do então comandante da secretaria, Francisco de Araújo Filho.

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CPI da Covid: mansão de Flávio Bolsonaro é palco de encontros para orientar bolsonaristas antes dos depoimentos

Lauro Jardim, O Globo – Flávio Bolsonaro não tem atuado na CPI da Covid apenas invadindo certas sessões para provocar confusão e atrapalhar o andamento dos trabalhos.

O filho zero um de Jair Bolsonaro tem usado sua própria casa — a mansão de R$ 6 milhões que comprou recentemente no Lago Sul, em Brasília — para reuniões estratégicas de ajuda aos bolsonaristas convocados a depor.

Na noite de quinta-feira, por exemplo, uma dessas reuniões juntou dois advogados e o enrolado médico Francisco Cardoso, o defensor da cloroquina e do tratamento precoce que depôs ontem na CPI. Os advogados o orientaram sobre o que falar e o que calar diante dos senadores.

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Wilson Witzel: “O dono dos hospitais federais do Rio é Flávio Bolsonaro”

Otávio Guedes, G1 – Após levantar suspeitas sobre a gestão de hospitais federais do Rio na CPI, Witzel revelou que o ‘dono’ deles é Flávio.

Ex-governador não esperou a reunião secreta na CPI da Covid para revelar o nome de quem teria poder de mandar e desmandar nos hospitais fluminenses. Ele e Flávio discutiram durante depoimento na comissão.

O ex-governador Wilson Witzel (PSC) não esperou a reunião secreta na CPI da Covid para revelar o nome de quem ele aponta como dono dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Logo após o depoimento nesta quarta-feira (16), numa conversa com integrantes da CPI, ele nominou: “O dono é o Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ)”.

À CPI, em público, Witzel disse ontem que os hospitais “tem um dono, e esta CPI pode descobrir quem é o dono”. Depois, em privado, afirmou que o dono é Flávio. O ex-governador insinuou que filho do presidente manda e desmanda, inclusive indicando fornecedores.

Os dois discutiram durante o depoimento de Witzel à CPI. Enquanto o senador acusou o ex-juiz de usar a comissão como palanque político, Witzel chamou Flávio de “mimado” e acusou o governo federal de perseguir governadores e interferir no enfrentamento da Covid (veja no vídeo abaixo).

Aliás, as iscas que Witzel ofereceu para investigação de supostos desvios na rede federal hospitalar do Rio foram considerados importantes pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM): “Muito senadores governistas clamam por investigações de desvios de verbas federais. Está aí um bom caminho”.

Horas depois de revelar o nome (que não casou surpresa para quem conhece os meandros da política do Rio), a defesa do ex-governador Witzel pediu à CPI que providenciasse segurança para ele. A ex-primeira-dama, Helena Witzel, ficou preocupadíssima com o tom adotado pelo marido no depoimento. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão irá solicitar escolta para o ex-governador.

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