Instituições internacionais, Ministério da Saúde, Fiocruz e Conass alertam para o rápido avanço da Ômicron e da influenza no Brasil.
Com o avanço da variante ômicron e influenza, causando filas em hospitais e um número crescente de internações, não resta outra alternativa, é colapso no sistema de saúde.
Somente nessa quarta-feira, o Brasil registrou 87.471 novos casos confirmados de Covid-19. O número, que pode estar bastante subnotificado, é maior que o contabilizado no dia anterior, quando 70.765 contaminados foram notificados. Com isso, a média de casos chegou a 52.261 novos infectados ao dia, alta de 794% na comparação com 14 dias atrás.
Os números se refletem em filas gigantescas, com horas de espera, em diversos hospitais públicos e privados pelo país. O Metrópoles percorreu unidades de saúde por Brasília, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. O retrato era de lotação (com muitas horas de espera), dor e medo.
A preocupação com o crescimento das infecções no Brasil já foi relatada em pesquisas como a da Universidade de Washington, que prevê 1 milhão de casos de Covid-19 por dia no país até o fim de janeiro, se porventura medidas de contenção mais fortes não sejam retomadas; da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e do próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em entrevista coletiva, o chefe da pasta admitiu “perspectivas de colapsos”:
“Agora com o novo desafio da variante Ômicron, inicialmente identificada na África, que rapidamente se espalhou pelo mundo. Incertezas com novo surto de casos, novos impactos no sistema de saúde, perspectiva de colapsos e perda de vidas. Trabalhamos para evitar que isso aconteça”, afirmou, nessa quarta-feira.
Além disso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou nota afirmando que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país.
*Com informações do Metrópoles
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