Adriano foi o último alvo da operação Os Intocáveis a ser localizado.
A operação prendeu 33 pessoas por envolvimento com milícia no RJ
A ação investigou grupos de comando que atuam em Rio das Pedras e Muzema atingindo o coração econômico dessas milícias.
Adriano chefiava uma das maiores milícias do Rio, a de Rio das Pedras, na Zona Oeste carioca.
A Intocáveis II é um desdobramento da Operação Intocáveis, realizada em janeiro do ano passado.
Os investigadores usaram informações da Operação Lume, de março do ano passado, quando foram presos Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. A partir de celulares e computadores apreendidos na época, os agentes puderam chegar aos 45 denunciados.
A operação contou com o apoio dos ministérios públicos do Piauí (estado em que foram presas quatro pessoas) e da Bahia (onde houve uma prisão). Também foram apreendidos armas, munições e R$ 13 mil.
As investigações conseguiram separar a quadrilha em diversos núcleos: policial, financeiro e até de pessoas usadas como laranjas.
Ainda segundo as investigações, policiais militares atuavam no comando da milícia, enquanto os policiais civis recebiam propinas para não darem continuidade nas investigações.
Adriano da Nóbrega ligado a família Bolsonaro, acabou sendo apanhado ao fazer contato com familiares e outros bandidos que vinham sendo monitorados. Nesses casos, tomava um cuidado: sempre trocava o chip do celular. “O contato com parentes e comparsas da milícia levaram a polícia civil carioca até ele.
Com Adriano foram encontrados 13 celulares que a polícia diz que falará muito mais sobre a milícia do que Adriano morto na operação na Bahia.
Dos treze telefones apreendidos na operação BR 101, como foi batizada a ação para localizar Adriano na Bahia, onze pertencem ao miliciano – os outros dois são do fazendeiro Leandro Guimarães.
Todos chegaram na terça 11 ao Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público do Rio.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios que investiga a participação de Adriano em diversos homicídios pediu o compartilhamento das informações que constam nos aparelhos na tentativa de elucidar alguns desses crimes.
Ou seja, é ridícula a tentativa de Bolsonaro de associar Rui Costa, do PT, a uma operação da Polícia Civil carioca e do MP-RJ. A PM baiana só entrou na operação depois que a Civil carioca chegou na Bahia e comandou o cerco para captura de Adriano, que reagiu e acabou sendo morto.
Bolsonaro sabe disso e, com medo do que pode vir contra a sua família nas investigações que seguem sobre o caso, apelou para sua costumeira vulgaridade para tentar desviar o foco da possível participação do cão nos negócios da milícia carioca.
*Da redação