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Vídeo: O melhor momento de Lula no debate

Tenho por hábito entender que as análises feitas por Merval Pereira e Gerson Camarotti, da GloboNews, têm sentido diametralmente oposto ao que eles querem de fato dizer.

Os dois costumam colocar carvão naquilo que lhes interessa, e o que sempre interessou aos dois, cada um a seu modo, é usar as palavras que endereçam em linha reta aos interesses da direita brasileira.

Muito foi comentado na GloboNews que aquela figura de baixo nível, que se fantasiou de batina de padre, não passa de um impostor, não simplesmente por ser indicado por Roberto Jefferson, mas por ser abraçado por Bolsonaro como boia salva-vidas na reta final das campanhas eleitorais.

Na verdade, o falso padre Kelman traz muito mais na sua fórmula do que parece. Ele sintetiza a própria história de Bolsonaro, que foi um péssimo militar, o que lhe custou a expulsão do exército, acompanhado de um manifesto do comando em que fez questão de dar ao capitão, que tentou produzir uma baderna interna nas Forças Armadas, a mais profunda e humilhante desonra, deixando claro que os demais militares não deveria jamais ser o que Bolsonaro é.

Quando se mete na política, todo o tipo de trapaça, das mais vis, baixas que um político que habitava o esgoto do baixo clero poderia produzir, Bolsonaro produziu durante 28 anos.

Quando chegou à presidência da República, depois de uma farsa montada entre ele e Moro, que levou Lula à prisão, Bolsonaro foi um presidente que não ficou um único dia sem mentir, manipular e se comportar como um verdadeiro impostor.

O resultado trágico das 700 mil mortes por covid e os 33 milhões de miseráveis, somados à generalização da informalidade, do bico, em síntese, traduzem a própria imagem desse cafajeste de batina ao qual Bolsonaro, covardemente se agarrou para não ter que enfrentar Lula no púlpito.

Lula entendeu perfeitamente o que essa figura representa e, com isso, assumiu como em todos os debates, o protagonismo de quem precisava pôr um fim naquela farsa armada por Roberto Jefferson, Bolsonaro e Carluxo, e assim foi feito.

Na GloboNews, Camarotti e Merval viram um escorregão de Lula ao espinafrar o falso padre. Nas redes, leu-se o oposto, o padre mandrak foi defenestrado em 100% e nem os bolsonaristas tiveram como defender o impostor que, na realidade, sintetiza com perfeita precisão a história de vida de Bolsonaro.

Confira:

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Debate na Globo: A aula de Lula sobre inclusão à elite brasileira

“Lei de Cotas é pagamento de uma dívida que o Brasil tem de 350 anos de escravidão”, diz Lula na Globo.

O tema era “cotas raciais”, e o candidato Felipe D’Avila (Novo) decidiu chamar Lula (PT) para a pergunta, contorcionando para atacá-lo com a pecha corrupção, no último debate presidencial. A estratégia de D’Ávila teve o efeito contrário, garantindo a Lula desmentir a corrupção e uma aula sobre racismo e inclusão social, na mesma resposta.

“Presidente Lula, no seu governo 120 bilhões de reais se perderam na corrupção, e isso afetou muito a questão de cotas. (…) Eu gostaria que o senhor explicasse um pouco para o povo brasileiro, como o senhor, se eleito presidente, vai governar o país?”, perguntou o candidato do Novo.

A fonte? E a Lei de Cotas

“Felipe, você pode pelo menos me dar a fonte sua? Porque eu to vendo aqui uma citação de números sem nenhuma fonte, me dê uma fonte”, introduziu, delicadamente, Lula.

De forma mais firme, continuou: “Deixe eu lhe falar uma coisa, Felipe, e eu quero que você preste a atenção. De vez em quando, as pessoas vêm aqui e falam com uma facilidade de números, etc, sem nenhuma experiência concreta de saber o que é uma máquina pública, o que é gerir uma máquina pública.”

Pausadamente, mas desta vez com rigor visível, Lula prosseguiu a explicar a D’Ávila: “Eu queria que você, apenas, compreendesse que a Lei de Cotas é o pagamento de uma dívida que o Brasil tem de 350 anos de escravidão.”

*Patrícia Farmann/GGN

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Opinião

Por que Lula venceu o debate?

Lula venceu o debate tanto na bola quanto na botinada.

Todos os candidatos presentes no debate tinham a mesma intenção, desidratar Lula para levar o pleito para o segundo turno. Lula teve que lutar com um por um para deixar as coisas às claras. Foi assim com o apagado e medrado Bolsonaro, que não teve coragem de enfrentar Lula no púlpito. Foi assim com o falso padre que Bolsonaro arrumou e que acabou o arrastando para o mesmo inferno.

Ciro flopou. Não estava preparado para enfrentar um contragolpe de Lula, que sempre lhe dispensou palavras gentis, muitas vezes afetuosas. E Lula percebeu que Ciro sentiu o repuxo, tanto que aproveitou o ensejo para dizer a Ciro que ele estava nervoso. Na verdade, Ciro estava com medo de Lula.

Daí em diante, Ciro desapareceu do debate, só apareceu na telinha da Globo para falar frivolidades, completamente diferente daquele Ciro roncador, cheio de bravatas e números inventados. Ficou murcho no restante do debate e com a cabeça pendida para o lado.

Tebet não conseguiu fugir de sua própria limitação, mantendo sua imagem em banho maria. É verdade que atacou mais Bolsonaro que Lula. Quando questionou Lula sobre gastos públicos, o obrigou a recobrar a memória da candidata que, quando prefeita em Mato Grosso do Sul, recebeu grandes benefícios do governo Lula para sua gestão, tanto que ela se calou diante da exposição de investimentos ao seu estado apresentados por Lula.

É fato que, por ter tomado um contragolpe de Lula no debate da Band, Soraya Thronick fez perguntas a Lula de forma lateral, não quis confronto direto, preferiu crescer, o que de fato aconteceu, nas costas da dupla combinada formada por Bolsonaro e o falso padre.

O janota tardio do instituto Millenium, Felipe D’Ávila, que tem como proposta a privatização da própria mãe, tomou um sacode de Lula que o enquadrou como bravateiro que não tem a menor experiência de administração pública e, de lambuja, levou um carimbo na testa como filho da elite mesquinha desse país.

Padre Kelmon achou que poderia cutucar a onça com vara curta, o que fez Lula sair da condição de candidato para assumir uma postura pessoal para desancar o falsário, tanto que o padre charlatão não parava de repetir que Lula o chamou de laranja, querendo jogar a igreja católica contra Lula quando todos já sabiam, que ele sequer foi coroinha e que arrumou um título de padre de uma suposta igreja ortodoxa do Peru como quem apresenta diploma de curso por correspondência.

Lula colocou o impostor abaixo de cachorro e, junto, Bolsonaro plantou no debate um padre vigarista para lhe servir de escudo para não enfrentar Lula no Tête-à-tête. Covardia que está sendo uma das coisas mais comentadas nas redes e na mídia.

Mas uma coisa de extrema importância que ninguém comentou, foram as chamadas pesquisas qualitativas que aconteceram durante o debate em que a sociedade pede que os candidatos mudem o rumo da prosa, porque não aguenta mais o ramerrão sobre corrupção, mostrando que a resposta que Lula sobre o tema quando foi atacado por Ciro, D’Ávila, Bolsonaro e seu padreco, Lula colocou um ponto final no assunto com respostas claras e objetivas, não deixando margem para que ficasse qualquer coisa no ar.

Isso também não deixou de ser um basta que ele deu na mídia e que a sociedade o apoiou.

Sobre as propostas de Lula dentro do limite do tempo, ele soube explorar muito bem a memória afetiva do povo lembrando dos seus feitos e como o Brasil era feliz e respeitado internacionalmente. Ou seja, o oposto do que o Brasil vê e vive hoje.

Certamente, sua vitoriosa participação no debate refletirá a seu favor nas urnas na votação do próximo domingo.

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Pesquisa

Datafolha: Lula cresce e Bolsonaro continua estacionado

A três dias das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida com 50% dos votos válidos, o que mantém aberta a possibilidade de vencer já no primeiro turno. Em busca da reeleição, Jair Bolsonaro (PL) tem 36%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 5%.

É o que revela a mais recente pesquisa do Datafolha, que ouviu 6.800 pessoas em 332 cidades de terça (27) a esta quinta (29). Ela foi encomendada pela Folha e pela TV Globo e registrada com o número BR-09479/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O instituto passa a divulgar o resultado dos válidos, que exclui da conta de intenção de votos brancos, nulos e indecisos, pois esse é o critério usado pelo TSE para contabilizar o resultado do pleito.

Assim, se mantém no limiar da vitória no primeiro turno, que demanda 50% dos válidos mais um voto ao menos, numa onda de recuperação: chegou a ter 54% em maio, descendo em setembro para 48%, patamar em que permaneceu até a semana passada, quando oscilou para 50%. Assim, o ex-presidente pode ter de 48% a 52% dos válidos.

Ou seja, a situação é de estabilidade —Bolsonaro tinha 35% dos válidos na semana passada e passou para 36%.

A campanha petista intensificou sua busca por votos, particularmente de Ciro, cuja reação energética contra a ofensiva resultou num comunicado à nação na segunda (27), quando disse que não deixaria a disputa. Não foi muito ouvido pelos eleitores: neste levantamento, ele oscilou negativamente ante o da semana passada, de 7% dos válidos para 6%.

A senadora Tebet, por sua vez, manteve-se estável, provando que, se a campanha não lhe trouxe uma candidatura viável, ao menos a mostrou inoxidável em seu patamar. O Datafolha havia mostrado que 1 em cada 5 eleitores dela e de Ciro estava disposto a votar útil em Lula.

Quando o critério é a totalidade dos votos, incluindo brancos, nulos e indecisos, Lula oscilou de 47% para 48% ante a pesquisa anterior. Bolsonaro foi de 33% para 34%, Ciro, de 7% para 6% e Tebet manteve seus 5%.

Os resultados tornam ainda mais importante para Lula e para Bolsonaro o debate desta quinta na TV Globo, o último grande evento da campanha. Qualquer escorregão mais grave pode atrapalhar; empates ou vitórias por pontos são o que usualmente se espera desses encontros, cuja mística é algo exagerada na crônica política.

Com efeito, a ausência de Lula no encontro do SBT no sábado passado (24) em nada lhe prejudicou a intenção de voto. Assim como a algo folclórica apresentação ao mundo das redes sociais de Padre Kelmon não ajudou o candidato do PTB, que não pontuou.

Problema maior para o PT é a questão da abstenção, que atinge tradicionalmente mais eleitores de baixa rende que compõem a força de Lula nesta campanha. Não há como prever essa taxa, dada a imprevisibilidade de fatores, e segundo o Datafolha havia apurado na semana passada, 3% dos eleitores admitiam não ir às urnas.

Problema maior para o PT é a questão da abstenção, que atinge tradicionalmente mais eleitores de baixa renda que compõem a força de Lula nesta campanha. Não há como prever essa taxa, dada a imprevisibilidade de fatores, e segundo o Datafolha havia apurado na semana passada, 3% dos eleitores admitiam não ir às urnas.

Entre os eleitores que ganham até 2 salários mínimos, 50% dos ouvidos neste levantamento, o petista mantém dianteira de 31 pontos sobre o presidente: 57% a 26% dos totais. Lula já havia ganho cinco pontos na pesquisa anterior, e manteve o patamar.

Significativamente para Bolsonaro, que investiu tudo em medidas econômicas populares, como a queda forçada de preços administrados de energia e o aumento do Auxílio Brasil para 20 milhões de famílias mais necessitadas, quem recebe o benefício que substituiu o Bolsa Família criado por Lula segue votando mais no petista: 58%, enquanto 26% declaram apoio ao presidente.

Em outro grupo expressivo, o das mulheres (52% da amostra populacional em questão), Lula mantém também vantagem, com 50%, ante 29% de Bolsonaro. A mais alta rejeição do atual mandatário entre elas é o preço de anos de discurso machista que a sua campanha tentou alterar na reta final, sem sucesso até aqui.

Na região mais populosa do país, o Sudeste (43% do eleitorado), Lula seguiu na dianteira, com 43% a 35% dos totais. O petista oscilou dois pontos ante a semana passada, e o presidente, um para baixo, perdendo metade do avanço que havia conseguido na rodada anterior. No segundo maior colégio regional, o Nordeste com seus 27% do eleitorado na amostra, o petista tem 41 pontos de vantagem (63% a 22%).

Se esta fosse uma eleição decidida apenas levando em conta o critério renda, contando da classe média baixa para cima, Bolsonaro estaria em situação melhor: ele empata com Lula ou tem vantagem sobre o antecessor em todos os segmentos a partir dos R$ 2.440 de renda média mensal no lar do entrevistado.

O fato é que esta é uma eleição definida nos detalhes, sem variações dramáticas nos números gerais. Com o voto cristalizado pela maioria dos eleitores há mais de um mês, tudo sugere que a propaganda gratuita teve impacto reduzido no resultado que se aproxima —todos os quatro principais candidatos aumentaram o tom dos ataques entre si, com Bolsonaro chamando Lula de ladrão diuturnamente.

O mesmo marasmo relativo se viu no fim da tabela, com os candidatos que ou nunca pontuaram, ou ficaram na margem de erro do nada. Neste levantamento, Soraya Thronicke (União Brasil) tem 1%, empatada com Vera (PSTU), Leo Péricles (UP), Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (DC) e Kelmon, todos sem sair do traço.

*Com Folha

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Opinião

Vitória de Lula tem dimensão histórica. Amplitude das alianças ajuda a reconciliar o País

Luis Costa Pinto – Cada um de nós, democratas brasileiros, saberá exatamente onde estava por volta das 8 horas da noite do próximo domingo. A lembrança ficará guardada no museu personalíssimo de experiências históricas de nossas memórias por anos a fio. Ao redor desse horário, talvez um pouco antes das 8 e meia, o Tribunal Superior Eleitoral terá concluído a contabilização dos votos presidenciais e vai divulgá-los de imediato.

Marque onde estará. Você lembrará desse 2 de outubro de 2022 como a geração de meus avós lembrava da invasão alemã à Polônia e à Tchecoslováquia, em 1939, do bombardeio à esquadra norte-americana do Pacífico em Pearl Harbor, em 1942 e, também, da entrada triunfal do Exército Soviético na Berlim devastada de 1945. Ou como a minha geração lembra do que fazia em 24 de abril de 1984, quando a emenda das Diretas Já foi derrotada no Congresso Nacional; do 25 de janeiro de 1985, quando Tancredo Neves foi eleito no Colégio Eleitoral derrotando a ditadura militar com as próprias ferramentas esgrimidas por elas contra nós; do 5 de outubro de 1988 quando se promulgou a Constituição que pôs fim ao entulho e à barbárie dos ditadores.

A sensação que teremos por todo o País, espraiando-se em rompantes descoordenados de alegria esfuziante e ruidosa, será a de que empurramos o espectro demoníaco e viscoso do fascismo bolsonarista de volta para a fossa de onde emergiu violentamente em 2018 depois dos vazamentos de gases tóxicos ocorridos a partir de 2013. Tapar a cloaca que permitiu a nuvem maligna de ódios gratuitos, preconceitos bizarros, reacionarismo torpe e “anticientificismo” (acho que criei o termo) atroz com um monólito imaginário terá a força de estar do lado dos vencedores em enredos de séries contemporâneas como Dark, Stranger Things, Years and Years e O Conto da Aia.

Desde 1º de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro desfilou pelo Eixo Monumental de Brasília a bordo do rolls royce presidencial tendo o filho Carlos, o doidivanas 02, inapropriadamente dentro do veículo bancando o segurança do pai; até a noite da última terça-feira, quando um presidente surtado e apoplético, trajando uma camisa amarela ornada por um adesivo com a efígie dele mesmo, com cenário ambientado na vybe estética de uma caverna afegã da Al Qaeda, o Brasil preencheu positivamente todos os itens do roteiro descritivo de “Como as Democracias Morrem”. Vencemos e superamos todas as ameaças. E isso não é pouco, nem foi simples. Orgulhemo-nos, pois (nós, democratas e terrarredondistas que acreditamos na força e no poder das maiorias e na força gravitacional do Sol que faz os planetas, entre eles a Terra, cumprirem movimentos de rotação e de translação em torno de si e isso explica como e por que os dias se sucedem às noites, os anos vêm depois de 365 dias e 6 horas e a primavera brasileira desabrocha depois do inverno devastador da ignorância e da boçalidade).

Em 2018, há escassos quatro anos, éramos minoria e estávamos derrotados. Sabíamos dos erros e dos vícios do processo jurídico que havia levado o ex-presidente Lula à cadeia com o propósito de apartá-lo do processo eleitoral. O projeto de um grupo majoritariamente integrado por militares e mantido por empresas e empresários cansados de perder sucessivas eleições disputadas sob as regras do jogo democrático era eleger Bolsonaro e tutelá-lo. Criam ter capacidade e competência para governar usando o ex-capitão expulso do Exército por má conduta e flertes com terrorismo de extrema-direita. A aventura se revelou rapidamente insana e lançou o Brasil numa quadra distópica.

A distopia brasileira custou caro. Num dos primeiros atos de seu mandato assustadoramente desumano e vergonhosamente nefasto, Jair Bolsonaro praguejou contra o Código Nacional de Trânsito e a Lei Seca. Como se estivesse a testar os limites institucionais do País – e eles foram elásticos demais naqueles tempos em que assistíamos espantados ao desabrochar de Todo o Mal dos casulos onde dormia imóvel, mas não inerte, A Grande Peste – falou-se em revogar a obrigatoriedade de crianças menores de cinco anos andarem em cadeirinhas de segurança nos automóveis, em dobrar o número de pontos necessários para que infratores contumazes passassem por reciclagem dos Departamentos de Trânsito e, até, em permitir certo teor alcoólico nos motoristas. Aquilo era, já, as vesperais da morte.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e posto para funcionar efetivamente pelo ex-presidente Lula, foi vilipendiado em suas finalidades, destroçado em suas ferramentas e transferido para dentro do Banco Central onde se converteu em algo burocrático. A razão para se destroçar o Coaf, nos primeiros meses do mandato nefasto deste presidente demoniacamente vagabundo, foi o fato de o Conselho ter rastreado as primeiras de muitas operações irregulares do clã Bolsonaro com dinheiro vivo. O Coaf havia desvendado o esquema das “rachadinhas”, a corrupção insidiosa e vil pela qual o pai – Jair Bolsonaro – e seus filhos parlamentares extorquiam funcionários dos gabinetes e lhes roubavam o salário pago com dinheiro público em troca de não lhes exigir presença nas repartições. Com o beneplácito do então ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, que havia operado o Poder Judiciário para prender Lula usurpando a Constituição e burlando a regra consagrada do Juiz Natural, o Coaf e depois a Polícia Federal foram subjugadas e se mantiveram acadelados sob a mão pesada e tosca de um presidente da República corrupto e despreparado.

Abateu-se sobre o mundo – e, obviamente, sobre o Brasil – a pandemia por coronavírus Covid-19. Caso houvesse uma nesga de boas intenções ou um traço de inteligência naquele espectro de torpeza e de vilania infernais de Jair Bolsonaro, O Idiota teria aproveitado para dar um susto na História e governar. O Congresso Nacional concedeu-lhe uma bazuca de ouro para fazê-lo, o Orçamento de Guerra, ou seja, a possibilidade de gastar o que houvesse em caixa a fim de erguer defesas no País contra o avanço da praga desconhecida e mortal. Ignorante, despreparado, canalha, desalmado, ele escalou governadores de estado, o Supremo Tribunal Federal e a Ciência em geral para justificar seus desmandos que se revelaram letais para os brasileiros: com menos de 3% da população mundial, vimos morreram aqui mais de 11% das vítimas de Covid-19 em todo o planeta. Essa estatística não é feita por números frios. É, isto sim, resultado de uma agenda mortífera alinhada com o que há de mais diabólico e nocivo. Qual jagunços reunidos em torno do líder do bando que tomava de assalto as pequenas propriedades do interior e currava as mulheres que encontrava pelo caminho, os militares associados ao bolsonarismo subscreverem esse roteiro perverso e chancelaram os ataques às instituições.

O Poder Judiciário, por meio de sua Corte Suprema, que havia posto um cacife sobre a mesa em 2016, abaixando a cabeça e fechando os olhos aos atalhos que os aventureiros pegaram naquele momento, de carona na jamanta desgovernada pilotada pela dupla de facínoras Eduardo Cunha e Aécio Neves, dobrou a aposta em 2018 ao fazer vista grossa às ilegalidades e inconstitucionalidades do ex-juiz Moro. Houve interferência direta no processo eleitoral e na vitória de Bolsonaro há quatro anos, eivada de ilegitimidade só por isso, mas, não apenas por isso. Contudo, assustado e acantonado ante os avanços da marcha de insensatos que seguia o presidente da República e se locupletava com os assaltos, as marretagens e os escombros ruinosos espalhados pelo Brasil como um cortejo de fim de mundo a ficar para trás à passagem do ungido pelo diabo, o Judiciário ensaiou reações.

E reagiu.

Primeiro, desfez a infâmia Histórica da condenação de Lula. A partir dali as forças de resistência foram se organizando e a resiliência heroica de alguns – como os advogados de defesa do ex-presidente, a força enternecedora do acampamento Lula, Livre, em Curitiba, a fortaleza resistente das bases do Partido dos Trabalhadores, o único dos grandes partidos que vinham desde a redemocratização. Nenhum deles sobreviveu às bombas atômicas desferidas pela Lava Jato a partir do roteiro ficcional forjado por procuradores, delegados federais e Sérgio Moro em Curitiba (com o auxílio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região sediado em Porto Alegre).

Depois de desfazer o irreparável erro jurídico que foi a condenação de Lula, e a partir disso reconhecer, implicitamente, sem fazer meas culpas explícitos, seu papel decisivo para a eleição de Bolsonaro em 2018, o STF ofereceu à mídia tradicional brasileira uma porta de saída da armadilha do lava-jatismo. Ela havia construído para si os dispositivos com os quais acabou caçada e despida. Resistentes a autocríticas, porém, escassas empresas e raríssimos jornalistas admitiram seus erros e o co-protagonismo que tiveram nessa tragédia do Brasil contemporâneo. Não vejo heróis entre eles quando os miro a partir da perspectiva de cá – de quem estava desde sempre do lado certo da História.

Por fim, chegamos ao momento em que a virtude reencontrou a fortuna no Brasil: o Lula que deixou os 580 dias de infâmia e abuso judicial em Curitiba revelou-se ao País alguém melhor e ainda mais amplo do que o ex-presidente encarcerado pelos adversários que não conseguiram vencê-lo dentro da lei e das regras do jogo democrático. Lula viu a cena política nacional voltar a convergir para a figura gigantesca e carismática que ele é desde os tempos do movimento sindical.

Em que pese ter cumprido dois mandatos presidenciais inclusivos e dinâmicos, e de jamais ter abandonado a Constituição e os limites institucionais para chegar ao Poder ou para se preservar como “intocável” (porque jamais se viu assim), arquivou ressentimentos e costurou alianças. Uniu-se a Geraldo Alckmin, contra quem havia tido embates eleitorais e pálios políticos em tempos recentes.

A dupla Lula-Alckmin terminou por se revelar uma arma poderosamente eficaz contra as maledicências – deu match! – e permitiu que sonhos singulares fossem sonhados em conjunto. Na esteira desta semana que antecede o pleito do 1º turno, o ex-presidente da República e o ex-governador paulista exibem para o País e para o mundo a mais ampla, vistosa e vitoriosa (já, sim, admitamos. Há 85% de chances de tudo se resolver no 1º turno, posto que um 2º turno é mais inútil do que arriscado) aliança democrática formada por estas bandas. O imenso e generoso arco dessa aliança é revolucionariamente necessário porque a missão dada a estes dois homens, a partir das 8 horas da noite de domingo, quando cada um de nós se lembrará por anos a fio onde estava e o que fazia ao sair o resultado das urnas presidenciais de 2022, é a reconciliação do Brasil e dos brasileiros.

É preciso reconstruir a Nação, e isso só pode fazer quem nasceu para somar, como Lula, como Alckmin, e não quem vive para dividir, como o espectro demoníaco posto de volta no portal do inferno – devolvido por nós da mesma forma como Yemanjá rejeita as oferendas malsãs que lhe são feitas.

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Mais um apoio de peso: ex-ministro do STF Carlos Velloso declara: ‘meu voto é para Lula’

Velloso afirma que Bolsonaro ameaça o estado Democrático de Direito ao questionar sistema eleitoral brasileiro.

O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso declarou, nesta quarta (28), voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito deste domingo (2). As informações são de Mônica Bergamo.

“Diante das ameaças do candidato Bolsonaro [PL] contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente contra as urnas eletrônicas, reconhecidas aqui e no exterior como seguras e confiáveis, o que redunda em ameaça ao Estado Democrático de Direito, meu voto, no próximo domingo, será para o Lula”, afirmou Velloso, que é ex-presidente do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A declaração está sendo comemorada na campanha de Lula: de perfil conservador, o magistrado aposentado sempre foi um entusiasta da operação Lava Jato, defendendo as medidas tomadas pelos procuradores de Curitiba (PR) e pelo ex-juiz Sergio Moro.

Ele enviou a mensagem a pedido dos advogados Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Marco Aurélio de Carvalho, ambos do grupo Prerrogativas.

Na segunda (26), o também ex-ministro do STF Joaquim Barbosa declarou voto em Lula e fez críticas a Bolsonaro.

Em um dos vídeos gravados em apoio à campanha do ex-presidente, ele diz que Bolsonaro não é um homem sério e que é visto por grandes democracias como “um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada”.

O ministro aposentado foi indicado à cadeira na corte pelo próprio Lula, mas depois tornou-se algoz do PT. Barbosa presidiu o STF e foi relator do mensalão, processo que atingiu em cheio o governo petista.

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Pesquisa

PoderData: Rejeição a Lula recua na reta final na campanha

Pesquisa PoderData feita com 4.500 entrevistas de 25 a 27 de setembro mostra que 36% do eleitorado dizem que não votariam “de jeito nenhum” em Luiz Inácio Lula a Silva (PT). A margem de erro é de 1,5 ponto percentual.

A taxa recuou 5 pontos percentuais em 15 dias: em 11 a 13 de setembro, estava em 41%. Na pesquisa feita nos dias 18 a 20 do mesmo mês, era de 38%.

Para aferir as taxas de rejeição e potencial de votos, o PoderData faz uma pergunta sobre cada candidato, individualmente; o entrevistado pode dizer que aquele nome é 1) o “único em quem votaria”, 2) que “poderia” votar nele ou 3) que não votaria nele “de jeito nenhum”. Nesta rodada, foram testados por essa métrica Lula e Jair Bolsonaro (PL).

O presidente da República segue com uma taxa rejeição mais alta do que seu principal oponente: hoje, 53% negam a possibilidade de votar nele. O percentual vem oscilando perto dos 50% desde março.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360Jornalismo, com recursos próprios. Os resultados são divulgados em parceria editorial com a TV Cultura. Os dados foram coletados de 25 a 27 de setembro de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 4.500 entrevistas em 323 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-01426/2022.

Para chegar a 4.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

“ÚNICO EM QUEM VOTARIA” Hoje, 44% consideram Lula como a única opção de voto para presidente, enquanto 36% dizem o mesmo de Bolsonaro. As taxas registram estabilidade desde agosto.

POTENCIAL DE VOTO Eis os números de potencial de voto dos 2 candidatos nesta rodada da pesquisa PoderData.

*Com Poder360

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Após Joaquim Barbosa e Celso de Mello, Lula recebe apoio de Nelson Jobim e espera Britto

Petista soma declarações públicas de quatro ex-presidentes do STF a favor de sua candidatura.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim reafirmou nesta quarta-feira (28) seu apoio à candidatura Lula/Alckmin.

Lula aguarda também para esta quarta outro suporte na campanha: do também ex-presidente do STF Ayres Britto, que deve reafirmar em vídeo estar com o petista na eleição presidencial.

A declaração se somará à de Celso de Mello, outro ex-ministro do STF e que foi decano do Tribunal. Na manhã desta quarta, Mello disse que seu voto “será dado em favor de Lula no primeiro turno”.

A articulação para obter fala pública de Ayres Britto conta com participação do grupo Prerrogativas, composto por advogados aliados de Lula – e responsáveis pelo primeiro encontro do petista para fechar o acordo e ter Geraldo Alckmin como vice em sua chapa.

Foi Alckmin quem obteve o vídeo de apoio feito por Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, em defesa da eleição de Lula em 1º turno.

*Com G1

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Ex-ministro do STF, Celso de Mello, declara apoio a Lula

O ex-decano do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello se soma ao ex-colega Joaquim Barbosa e é mais um ex-presidente da mais alta corte do país a declarar voto em Lula no primeiro turno.

Segundo Vera Magalhães, a declaração, à qual o blog teve acesso com exclusividade, foi feita por escrito na noite desta terça-feira por Mello ao coordenador do grupo de juristas Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, que procurou Mello em busca de um vídeo similar ao de Barbosa.

Em tom duríssimo, que já vinha adotando em declarações e artigos recentes, como por ocasião dos manifestos em defesa da democracia, Celso de Mello classifica Jair Bolsonaro como “a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial , de elevado coeficiente de mediocridade , destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República”. E é pela repulsa ao presidente que ele justifica a opção por Lula no primeiro turno.

O ex-ministro alegou razões de saúde para não gravar o vídeo, mas manifestou entusiasmo com a ideia de se somar a um grupo crescente de personalidades do meio jurídico e de outras áreas que têm declarado voto em Lula pela necessidade de derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

O apoio de Celso de Mello foi comemorado porque, assim como Barbosa, ele foi muito duro com o PT na época do julgamento do mensalão. Portanto, sua declaração de voto é vista como capaz de sensibilizar a parcela da sociedade que ainda hesita em votar em Lula por conta dos escândalos de corrupção dos governos petistas, pela enfática maneira com que ele aponta a incapacidade de Bolsonaro de governar.

Marco Aurélio de Carvalho disse ao blog que Celso de Mello é “um exemplo de retidão, de caráter, compromisso com o país, de espírito público”. Para ele, o apoio do ex-ministro é “uma honra” para a campanha de Lula. “É alguém que nunca se acovardou nem se escondeu na conveniência do silêncio. Uma inspiração para todos os operadores do direito”, disse o advogado.

Leia a seguir a íntegra da nota de Celso de Mello:

“A atuação de Bolsonaro na Presidência da República revelou a uma Nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial , de elevado coeficiente de mediocridade , destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República, e cujo comportamento vulgar, de todo incompatível com a seriedade do cargo que exerce , causou o efeito perverso de vergonhosamente degradar a dignidade do ofício presidencial ao plano menor de gestos patéticos e de claro ( e censurável ) desapreço ao regime em que se estrutura o Estado Democrático de Direito! Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno.” (CELSO DE MELLO, ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, biênio 1997-1999)

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Clima na campanha de Bolsonaro é de conflitos e acusações

A cinco dias da eleição, o clima nas campanhas de Lula e Jair Bolsonaro é totalmente distinto um do outro.

A campanha de Lula está confiante com a vitória no primeiro turno, porém com um pé atrás, pois, em se tratando de eleição e embora difícil para Bolsonaro, de acordo com os números divulgados pelas pesquisas.

Segundo Lauro Jardim, O Globo, os arraiais bolsonaristas, sobram acusações de erros na condução do marketing, de reclamação de parcialidade da imprensa e da falta de engajamento de alguns ministros. Os comandantes da campanha de Bolsonaro não jogaram a toalha, mas o clima é mais de voluntarismo do que de estratégias definidas.

A pesquisa divulgada ontem pelo Ipec só reforçou o clima em cada uma das campanhas, mas ele está assim pelo menos desde a semana passada.

De acordo com reportagem da jornalista Bela Megale, do Globo, “a leitura na campanha é que uma maior migração de votos úteis para Lula deve acontecer às vésperas da eleição, a partir de quinta e sexta-feira. Com isso, há a expectativa de que o petista consiga superar os 50% dos votos. Hoje este índice está em 52%, segundo o Ipec”, diz trecho da reportagem.

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