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Política

Lula critica lucro recorde da Petrobras: “Agraciou acionistas”

Em cerimônia de lançamento do novo Bolsa Família, Lula criticou a Petrobras por pagar mais de R$ 215 bilhões em dividendos a acionistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (2/3), o lucro recorde da Petrobras, registrado no ano passado. Em discurso na cerimônia de lançamento do novo Bolsa Família, o petista disse que o programa não vai resolver sozinho os problemas do país, informa o Metrópoles.

“Nós não podemos aceitar a ideia da notícia de hoje, a Petrobras entregou de dividendos mais de R$ 215 bilhões, quando ela deveria ter investido metade no crescimento econômico deste país, na indústria brasileira, na indústria naval, na indústria de óleo e gás. A Petrobras, ao invés de investir, ela resolveu agraciar os acionistas minoritários com R$ 215 bilhões”, disse Lula.

Lula ainda disse que o investimento da empresa foi “quase nada” e criticou o fato de a companhia ser exportadora de óleo cru. “Não foi pra isso que nós descobrimos o pré-sal. O pré-sal era para que a gente tivesse um passaporte do futuro do nosso povo e que a gente exportasse derivados do petróleo e não óleo cru”, prosseguiu.

Segundo o presidente, as empresas devem “pensar primeiro nesse país, para depois pensar em seus lucros ou em seus acionistas”.

A estatal petroleira registrou R$ 188,3 bilhões de lucro líquido em 2022, um recorde. Serão R$ 215,7 bilhões em dividendos.

A companhia entrou no centro da discussão da reoneração dos combustíveis após diminuir o valor do diesel e gasolina, que estava acima do determinado pela política de Preço de Paridade de Importação (PPI).

Novo Bolsa Família

Lula participou de cerimônia no Palácio do Planalto para lançamento do novo Bolsa Família, com a expectativa de distribuir recursos da ordem de R$ 13,2 bilhões e atingir 21,86 milhões de famílias.

A medida provisória (MP) que oficializa a volta do programa tem vigência imediata, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso para ser convertida em lei de forma definitiva.

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Política

Lula tira Abin do GSI e oficializa transferência do órgão de inteligência para Casa Civil

Retirada da agência esvazia ainda mais o gabinete. Mudança foi oficializada nesta quinta-feira em um decreto publicado pelo Diário Oficial da União.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quinta-feira a transferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a Casa Civil da Presidência da República. O órgão de inteligência fazia parte até ontem do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A mudança foi oficializada nesta quinta-feira em um decreto publicado pelo Diário Oficial da União.

A agência de inteligência define sua missão como “antecipar fatos e situações que possam impactar a segurança da sociedade e do Estado brasileiro”. O GSI, por sua vez, é responsável pela segurança dos palácios presidenciais, inclusive o Palácio do Planalto. As invasões do dia 8 de janeiro fragilizaram a confiança do presidente no órgão.

A ideia de transferir a Abin para Casa Civil, no entanto, é ventilada por Lula desde a transição de governo. O ministério é hoje comandando por Rui Costa, homem de confiança do presidente. À época, a equipe de Lula já mostrava incômodo com a militarização da inteligência e avaliava que esse formato era um “resquício do período da ditadura militar”.

A saída da Abin do guarda-chuva do GSI esvazia ainda mais o ministério. Até a última gestão, a pasta era responsável também pela segurança do presidente da República. Lula, no entanto, designou essa função à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, criada no início da sua gestão e ligada ao seu gabinete pessoal no Palácio do Planalto.

Durante a transição, quando foi criada esta nova estrutura, um dos argumentos apresentados para a criação da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata era que havia uma desconfiança de que o GSI estivesse aparelhado pelos militares.

As invasões do 8 de janeiro fragilizaram ainda mais a confiança de Lula no GSI — que hoje é comandando pelo general Gonçalves Dias, homem de confiança do presidente e que já cuidou da sua segurança em outros momentos. Lula não escondeu a sua desconfiança com os militares que trabalhavam no governo após os ataques e acusou “gente das Forças Armadas” de ter sido conivente com a invasão do Palácio do Planalto.

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Política

Lula diz a aliados esperar explicação de ministro sobre uso de avião da FAB

Agenda do Poder – Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem que ele aguarda explicações do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, sobre o uso de avião da FAB e recebimento de diárias para uma agenda majoritariamente privada em São Paulo. A situação de Juscelino provoca constrangimento no Palácio do Planalto, mas a ordem de Lula é para que os ministros não comentem o assunto em público.

Em conversas reservadas, deputados e senadores da base aliada afirmam que Lula deveria demitir rapidamente Juscelino, após a série de reportagens publicadas pelo Estadão revelar esquemas envolvendo o titular das comunicações. A indicação está na cota do União Brasil, embora a bancada diga que não tenha tido qualquer influência nessa nomeação. Deputados da bancada disseram ao Estadão que Juscelino não conseguiria 30 assinaturas no partido hoje em apoio a ele.

“Ele tem que responder”, disse o deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A indicação de Juscelino deveria partir da Câmara, mas o senador Davi Alcolumbre (União-AP) o levou à pasta. O líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), pediu que os congressistas não comentassem sobre o ministro.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) diz esperar orientações do Palácio do Planalto sobre como lidar com a crise no Ministério das Comunicações.

De acordo com a reportagem, Juscelino Filho recebeu quatro diárias e meia e usou jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir e voltar de São Paulo entre os dias 26 a 30 de janeiro, onde dedicou três dos quatro dias da sua agenda para assistir leilão de cavalos, uma predileção pessoal sua.

O ministro também foi ao Oscar do Quarto de Milha, na qual foi homenageado, e inaugurou uma praça em Boituva (SP) em homenagem a um cavalo do seu ex-sócio. No discurso, disse que estava ali como integrante “da equipe do presidente da República”. Nenhum dos compromissos envolvendo cavalos está registrado na agenda de Juscelino. Procurado, ele não comentou o assunto.

Quando era deputado federal, pouco antes de virar ministro de Lula, Juscelino destinou recursos do orçamento secreto para o asfaltamento de uma estrada que passa na sua fazenda e de sua família no interior do Maranhão, onde mantém uma pista de pouso particular. Juscelino foi um dos principais beneficiados com o esquema de distribuição de dinheiro público montado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para cooptar o Congresso. Na campanha, Lula afirmou que se tratava de uma “excrescência”.

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Política

Lula recria Conselho Nacional de Segurança Alimentar e reafirma compromisso de combate à fome

Órgão desmontado por Bolsonaro volta aos trabalhos. Conselheiros foram reempossados no início desta tarde.

O presidente Lula (PT) anunciou nesta terça-feira (28), por meio da assinatura de dois decretos, a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), o programa de formulação e monitoramento de políticas públicas que tirou o Brasil do Mapa da Fome em 2014.

“Nós criamos o Consea para que fosse um instrumento de pensamento, de construção e de execução de políticas públicas que pudessem cuidar do combate a fome e da miséria e, lamentavelmente, ele foi exterminado. Hoje está de volta“, declarou Lula, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no início desta tarde.

“A verdade é que se nós produzimos alimento demais e tem gente com fome, significa que alguma coisa está errada. Significa que tem gente comendo mais do que deveria comer para que o outro pudesse comer pouco, significa que nós estamos desperdiçando alimento… e a coisa mais errada de todas é que as pessoas não tem dinheiro para comprar o que comer“, continou o presidente.

“Temos que manter a capacidade de nos indignarmos com as coisas que estão erradas, porque quando perdemos essa indignação, não temos forças para fazer as coisas que precisamos. E combater a fome é muito sério“, disse Lula, emocionado.

“O Brasil pode voltar a ser o país que sonhamos. Quando saí do governo, achei que nunca mais iria falar de fome, que o salário mínimo teria sempre aumento real. Anos depois, o país está pior. O tempo que temos agora é mais curto, mas nossa sabedoria é muito maior“, garantiu o petista.

Na ocasião foram reempossados os conselheiros e a presidente do Consea, a nutricionista Elisabetta Recine, que integravam o conselho quando ele foi desmontado no início da gestão do ex-líder do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), em janeiro de 2019.

“Ontem, quatro anos depois, voltamos pra rua comemorando. O Consea voltou, um prato cheio de justiça social. Uma ciranda maravilhosa que mistura gente, arte, cultura e comida boa. E não é só de militante raiz. É gente que entrou na roda pois sabe o lado bom da história“, disse Recine.

“Sem democracia não há soberania, não há fim da fome, não há vida. Anunciamos que não iríamos aceitar de forma passiva interrupção autoritária da construção participativa de políticas públicas, que geraram importantes resultados e inspiraram o mundo. Nós declaramos ontem, hoje e continuamos a declarar, nós defensoras e defensores do direito à alimentação estamos firmes, fortes, resilientes e não vamos nos render. Estamos presentes nas cidades, nos campos, nas florestas e nas águas, no espaço em que mobilizamos a sociedade em defesa da democracia e por direitos“, continuou a presidente.

“A erradicação da fome e a garantia da alimentação saudável requer o enfrentamento das desigualdades de gênero, de raça. Requer a produção de comida de verdade, produzida pela agricultura familiar, por povos indígenas, por quilombolas, por povos e comunidades tradicionais que respeite a cultura alimentar e a natureza“, completou a nutricionista.

Estrutura do Consea

O Consea, braço da participação e do controle sociais do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan), faz parte da estrutura da Presidência da República, sob o comando da Secretaria-Geral da Presidência, que terá como secretário-geral o ministro Márcio Macedo, que também participou da solenidade.

Ao todo, o órgão conta com 57 conselheiros, além de 28 observadores convidados, que não recebem remuneração por participarem do colegiado.

Desde a campanha eleitoral, Lula tem reafirmado o “compromisso número um” de seu terceiro mandato no combate a fome no país. Segundo ele, o Consea é “essencial” para “restabelecer o direito à alimentação para nosso povo” e “novamente, vencer a fome” no Brasil.

O histórico de luta do Conselho

Importante dispositivo no combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil, o Consea foi uma iniciativa do governo de Itamar Franco, em 1993. No entanto, ele foi desativado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e reativado por Lula em sua primeira gestão, em 2003, e extinto novamente por Bolsonaro em 2019.

Nos anos vigentes, o Consea foi um programa considerado fundamental na articulação e monitoramento de políticas públicas que promoveram a saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, ao reduzir em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

Após o desmonte do Consea, os dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) apontaram que Brasil voltou ao Mapa da Fome ainda em 2018, sob a gestão de Michel Temer (MDB), mas a situação piorou a partir de 2020, com a extinção autorizada pelo governo Bolsonaro.

Segundo o Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil, divulgada em junho de 2022, 33,1 milhões de brasileiros estão sob insegurança alimentar, o que corresponde a 15,5% da população.

De volta, o programa irá conduzir a participação social no diálogo com o governo na formulação de políticas para combater a fome; além de atuar sob a ótica da intersetorialidade, o que envolverá diversos setores do governo, liderados pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e levará as sugestões apresentadas pelo colegiado até o presidente Lula.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1630585839448145920?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1630585839448145920%7Ctwgr%5E7b5a8ee5d8a2d277280a71f6201be192efae3cdd%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fjornalggn.com.br%2Fpoliticas-sociais%2Flula-recria-consea-e-reafirma-combate-a-fome%2F

*Com GGN

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Economia

Lula quer contribuição maior da Petrobras para conter preços de combustíveis

O presidente considera os lucros extraordinários que a empresa teve nos últimos anos.

A Petrobras anunciou uma redução de preços de combustíveis nas refinarias a partir de amanhã, quando entrará em vigor a cobrança de impostos diferenciados cujas alíquotas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciará hoje às 19 horas. Mas, segundo auxiliares, o presidente Lula quer uma colaboração maior da Petrobras para a contenção dos preços (e por decorrência, da inflação), considerando os lucros extraordinários que a empresa teve nos últimos anos.

Os preços praticados atualmente pela Petrobras estão 8% acima dos preços internacionais, que são a referência da atual política de preços, a PPI. A redução anunciada, entretanto, não queima toda esta gordura. O preço da gasolina para as distribuidoras cairá de R$ 3,31 para R$ 3,18 (-3,9%) e o do diesel, de R$ 4,10 para R$ 4,02 (-1,9%). E com isso, o consumidor não terá na bomba um aumento de preços muito impactante. Só será possível precisá-lo após a divulgação das alíquotas. Sob argumento ambiental, a da gasolina será maior que as de etanol e biodiesel.

Por conta desta “gordura” que a Petrobras ainda tem para queimar, mesmo dentro da política de paridade internacional, Lula quer uma contribuição maior da empresa, o que pode significar a não ocorrência de novos aumentos até que a paridade esteja zerada. Isso diluirá o impacto da reoneração, livrando o governo de um de seus maiores riscos de desgaste com a classe média.

Nos últimos anos, com a vinculação do preço domésticos aos preços internacionais e ao câmbio, Petrobras teve lucros elevados e fez fartas distribuições de dividendos aos acionistas privados. Relativamente ao ano passado, o desembolso total em dividendos será de quase R$ 200 bilhões. A empresa acaba de anunciar o pagamento de R$ 35 bilhões, relativos ao último trimestre de 2022. Quem garantiu estes ganhos aos acionistas fomos nós, os consumidores.

*Com 247

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Saúde

Brincando de sentir dor, Lula é vacinado por Alckmin e diz que se imunizar é gesto de responsabilidade

Presidente recebeu dose bivalente contra Covid; campanha nacional começa com meta de mudar cenário de queda nas coberturas vacinais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi vacinado, nesta segunda-feira (27), pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele recebeu a dose bivalente contra Covid, informa a Folha.

O ato ocorreu durante o lançamento da campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde.

Em seu discurso, Lula pediu que as pessoas não acreditassem em negacionismos e defendeu que se imunizar é gesto de responsabilidade.

“Não querer tomar vacina é direito de qualquer um, mas tomar vacina é gesto de responsabilidade, muita garantia que você vai passar para sua família”, disse, após ser imunizado, no centro de saúde do Guará, no Distrito Federal.

“Na hora que vocês verem um aviso, verem na televisão, que está dando vacina no bairro de vocês, na vila de vocês, pelo amor de Deus, não sejam irresponsáveis. Se tiver vacina, vai lá tomar vacina. A vacina é uma garantia de vida. Por isso, hoje tomei a quinta vacina, se tiver a sexta vou tomar a sexta, se tiver a sétima vou tomar”, completou.

Lula participou de ato de lançamento da campanha nacional pela vacinação, realizado em um centro de saúde do Guará, unidade federativa do Distrito Federal a 20 minutos de Brasília.

O mandatário estava acompanhado, além do vice-presidente, da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

Também participou a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que acabou vaiada pelo público presente.

A Folha antecipou na semana passada que o presidente havia decidido se vacinar com o objetivo de mostrar a volta à normalidade e confiança na imunização, uma das principais bandeiras da campanha à presidência do então candidato do PT.

O gesto do novo mandatário acontece após anos da defesa de práticas negacionistas pela parte do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente chegou a afirmar que quem se imunizasse iria “virar jacaré”.

Em 2008, em seu segundo mandato presidencial, Lula também participou do início de uma campanha de vacinação, mas contra a gripe. À época, o petista recebeu a dose uma enfermeira, mas o petista também pousou ao lado de José Serra (PSDB), então governador de São Paulo, que simulou aplicar uma injeção nele.

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Brasil

Lula agenda uma viagem internacional por mês para recolocar Brasil no cenário mundial

Ponto alto desse giro pelo mundo deve ser a participação no próximo encontro do G7. “Reconstrua pontes”, orientou o presidente, ao conversar com o chanceler Mauro Vieira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desenhou uma agenda com praticamente uma viagem internacional por mês. O objetivo é reforçar a presença do Brasil no exterior e recolocar o País como protagonista geopolítico.

Como lembra a coluna Painel, da Folha, o ponto alto deve ser a ida ao Japão em 18 e 19 de maio, para participar da cúpula do G7, que acontece em Hiroshima.

O convite ainda precisa ser formalizado, embora já tenha a participação do Brasil já tenha sido sinalizada pelos líderes das maiores economias do Ocidente mais o Japão.

A participação no encontro do grupo que reúne as maiores potências do mundo é um sinal de prestígio global.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi nenhuma vez durante seu mandato e ainda trocou farpas públicas com o presidente francês Emmanuel Macron, que faz parte do colegiado.

A próxima parada do petista será em março na China, onde Lula pretende aprofundar o diálogo para a construção de um grupo para negociar o fim da guerra na Ucrânia.

Em abril, vai a Portugal, o primeiro país europeu nesta sua nova gestão. Terá uma agenda extensa que prevê até um discurso no Parlamento.

O ministro de Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, esteve no Brasil nesta quinta-feira (23) adiantando os detalhes da viagem.

Em julho, deve ir ao encontro da cúpula da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e fazer um giro na África; em agosto, deve ir à África do Sul.

Em setembro, Lula volta à Assembleia Geral da ONU para fazer o discurso de abertura, prerrogativa dada ao Brasil. Em outubro deve haver reunião dos presidentes do G20 na Índia e, em novembro, o presidente deve participar da COP, nos Emirados Árabes, até para reforçar a candidatura brasileira para sediar a cúpula em 2025.

O roteiro foi esquadrinhado seguindo uma diretriz dada por Lula ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, ainda na primeira quinzena de dezembro, quando ele foi convidado para comandar o Itamaraty. “Reconstrua pontes”, pediu o petista ao futuro ministro na época.

Lula esteve no início do mês na Casa Branca, a convite do presidente Joe Biden.

*Com 247

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Opinião

Nas entrelinhas: Lula agarrou a bandeira da paz com as duas mãos

Os principais líderes União Europeia estão alinhados aos Estados Unidos e à Inglaterra no esforço de apoiar Zelensky e botar para correr da Ucrânia as tropas russas de Putin

Luiz Carlos Azedo*

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que pretendia formar um clube para negociar a paz na Ucrânia quase ninguém levou muito a sério, com exceção do chanceler brasileiro Mauro Vieira, que viu na proposta uma grande oportunidade para a nossa diplomacia, reconhecidamente competente, principalmente nas negociações multilaterais. A desconfiança em relação à viabilidade da proposta decorre do fracasso do acordo nuclear com Irã negociado pelo Brasil e pela Turquia, mas rejeitado pelo então presidente norte-americano Barack Obama. Sim, existe a velha e legítima ambição de conquistar o Nobel da Paz por parte de Lula, mas isso é um prato feito para a maledicência. No Brasil, “o sucesso é um atentado ao pudor”, como diria Tom Jobim.

A bandeira da paz estava na lata do lixo do Ocidente. Todos os principais líderes da União Europeia estão alinhados aos Estados Unidos e à Inglaterra no esforço de botar para correr do território ucraniano as tropas invasoras do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Por isso, perderam condições de neutralidade para mediar o conflito. No começo da guerra, acreditava-se que a Rússia conquistaria Kiev e destituiria o governo ucraniano em dez dias. Joe Biden chegou a oferecer asilo ao presidente Vladimir Zelensky, mas teve essa oferta rejeitada: “não preciso de asilo, preciso de armas”, disse o líder ucraniano. A guerra completou um ano, o Exército russo teve que recuar para as províncias de sua fronteira e Zelensky, que se tornou o líder mais popular da Europa, agora, prepara uma contraofensiva para retomar a Crimeia.

As possibilidades de Lula ter êxito decorrem de que a defesa da paz sempre foi um movimento de opinião muito forte, inclusive nos Estados Unidos, e das consequências da guerra para a economia mundial, principalmente para a União Europeia. Gostem ou não seus adversários, Lula é um líder respeitado no mundo. Sua aliança com os presidentes Joe Biden e Emmanuel Macron, da França, com os quais tem em comum a forte oposição de extrema direita, reposiciona o Brasil no Ocidente, depois de 4 anos como pária internacional, devido à política do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua projeção no Sul globalizado facilita o trânsito na África e na Ásia, o que pode resultar na criação do tal Clube da Paz, por iniciativa conjunta com a China, a Índia, a África do Sul e a Indonésia.

Lula já se reuniu com 15 chefes de estado e o pretende se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, no dia 28 de março. Os chineses apresentaram um programa de 12 pontos para a negociação da paz entre a Rússia e a Ucrânia, se colocam acima da disputa entre ambos. Não apoia a invasão russa nem as sanções econômicas do Ocidente contra Putin. Entretanto, a tensão com os Estados Unidos está aumentando. A economia chinesa ameaça a hegemonia norte-americana na globalização e força o surgimento de uma nova ordem mundial multipolar. A resposta norte-americana está sendo reduzir progressivamente a participação chinesa nas suas cadeias globais de valor, principalmente na área eletrônica, e fortalecer sua presença militar no Índico e no próprio Mar da China.

Não morrerão em vão

A escalada das tensões entre as potências provocada pela guerra da Ucrânia é uma nova “marcha da insensatez”. Os ucranianos decidiram se incorporar definitivamente ao bloco militar do Ocidente, a Otan, que sustenta sua resistência. Os russos, cuja estratégia de defesa se baseia na profundidade do território, fracassaram no propósito de derrubar o governo pró-Ocidente de Zelensky, porém, insistem em anexar os territórios da rica bacia carbonífera do Donbass, onde a presença ortodoxa russa sempre foi muito forte.

A situação lembra um pouco a da Itália na I Guerra Mundial, em 1915, ao lado da Entente, quando os políticos e militares italianos acreditaram que seria fácil tomar Trento e Trieste do Império Austro-Húngaro. Centenas de milhares de jovens foram recrutados e lançados à batalha. No primeiro confronto, porém, o ataque foi contido. Morreram 15 mil italianos. Na segunda batalha, foram 40 mil mortos; na terceira, 60 mil. Os italianos lutaram “por Trento e por Trieste” em mais oito batalhas; em Caporetto, na décima-segunda, foram derrotados fragorosamente e empurrados às portas de Veneza pelas forças austro-húngaras, que fizeram 200 mil prisioneiros. Ernest Hemingway se inspirou nessa batalha para escrever o livro Adeus às armas (Record).

O episódio ficou conhecido como a de Síndrome “Nossos rapazes não morreram em vão”, porque foram contabilizados 700 mil italianos mortos e mais de 1 milhão de feridos ao final da guerra. Segundo Yuval Noah Harari em Homo Deus (Companhia das Letras), os políticos italianos tinham duas opções. A primeira era admitir o erro após a primeira batalha. Um tratado de paz seria aceito pelo Império Austro-Húngaro, que enfrentava outros três exércitos poderosos. Prevaleceu a segunda, porque a primeira tinha o ônus de ter que explicar para os pais, as viúvas e os filhos dos 15 mil mortos de Izonso porque eles morreram em vão. Era mais fácil exacerbar o nacionalismo e continuar a guerra. Essa é a situação de Putin, mas também de Zelensky, mesmo tendo razão. Os Estados Unidos e da União Europeia empunham a bandeira da democracia e da independência da Ucrânia para defender a continuidade da guerra, “até a derrota militar de Putin”, graças ao heroísmo ucraniano. O conflito deve se prolongar. As negociações de paz da Guerra do Vietnã, em Paris, consumiram cinco anos.

*Correio Braziliense

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Política

O PodCast de Lula será um ponto fora da curva extremamente benéfico

Todos sabem que o trunfo de Bolsonaro, que lhe garantiu capital político foi feito dentro de um sistema industrial de mentiras, que ganhou caráter consistente a partir da orientação profissional de Steve Bannon, deixando não só a esquerda, mas toda a sociedade em posição de desvantagem, sempre pela deliberada fabricação de fake news.

Na verdade, a única atitude tomada por Bolsonaro em quatro anos de governo.

Mas estamos longe de entender completamente como trabalham os manipuladores e como grande parcela da sociedade lê e abraça, de forma ardente, essa que é a mais cruel guerra de informação jamais vista no mundo, a digital, a da internet, que usa as redes sociais como, Facebook, Youtube, Twitter, Instagram, Tik Tok, entre outros, para fazer uma rede de manipulação.

Na realidade, não é só a política que usa essas plataformas, o Youtube, por exemplo, é usado por um número sem fim de professores, médicos, músicos farmacêuticos, marombeiros, os chamados influencers de maneira geral, o que dá a impressão de que é um novo big band, só que digital.

Basta elaborar um assunto e tomar as devidas atitudes para que um vídeo viralize através da evolução dos algoritmos. O resultado é uma grande orgia cibernética aplicada universalmente no tempo e no espaço das redes, sem que as pessoas tenham condição de, individualmente, enfrentar essa enxurrada de informações manipuladas ou propor algo que, mesmo de forma tímida, oponha-se a essa espécie de manada digital.

Os blogs progressistas lutam bravamente para desmentir fake news, com um adendo, muitas vezes as fake news saíram das próprias redes de comunicação tradicionais, adquirindo, na sequência, nas redes uma deformação ainda mais potencializada.

Quem achava que a internet seria a libertação da humanidade, errou. Há sempre algum muito rico patrocinando a desinformação, como acabamos de ver a relação promíscua entre Bolsonaro e a Jovem Pan, para tentar lhe conceder a perpetuação no poder.

Com a derrota de Bolsonaro, a Jovem Pan perdeu mais de 80% de sua musculatura e seus articulistas, agora, em carreira solo, não conseguem nem 1% da audiência que tinham naquela catarse diuturna que a emissora mantinha no ar a um custo elevado aos cofres públicos.

Segundo informação que rola nas redes, Lula criará seu próprio PodCast, o que faz muito bem, pois acabamos de ver uma mídia perfilada pela manutenção dos juros pornográficos do BC.

E não adianta exigir dos grandes meios de comunicação por que diabos os barões querem sustentar esse absurdo sem qualquer explicação plausível. Estes, da mídia, querem simplesmente que Lula não critique o disparate dos maiores juros do mundo.

Com o seu PodeCast semanal, Lula poderá tranquilamente colocar na mesa questões como a do BC e, com a ajuda de blogs progressistas, como o Antropofagista, fazer uma guerrilha digital que fure essa muralha que as grandes corporações fazem para colocar a sociedade, ou parte dela, para debater assuntos delicados, mas fundamentais ao país.

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O fato é que a guerra da informação nunca esteve tão acirrada e, pelo visto, ela está nessa nova fase, apenas começando.

Daí a necessidade de todo e qualquer apoio, inclusive de compartilhamentos para chegar ao máximo possível de pessoas uma informação anti-hegemônica.

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