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O próximo da fila

Vendo a justiça punir Bretas, Moro pede colo para a mídia e a Folha dá.

Não há um sujeito mais desmoralizado nesse país do que Sergio Moro, para dizer o mínimo. Sua desmoralização foi carimbada na testa pelo próprio judiciário, ao dizer em sentença que Moro não só pode, como deve ser chamado de corrupto. Mas poderia ser carimbado em qualquer lugar até mais apropriado como o traseiro do ex-juiz herói da mídia brasileira.

Como Moro gosta de um vexame, mas também sabe que está a dois passos de ter o mesmo destino de Bretas, com risco, inclusive, de perder o mandato, por comandar, segundo o New York Times, o maior escândalo da história.

Moro, vendo que a chapa esquentou para Bretas, automaticamente morrerá afogado na mesma lagoa, ou seja, recorrer à imprensa e nada conseguir, virou o tatibitati de quem hoje é mais decadente do que Roger do “A gente somos inútil”.

Quem lê a entrevista de Moro na mídia, da primeira à última linha, não vê o menor sentido a não ser para afirmar que é o único lugar que ainda mantém um ritual de tratá-lo como herói, e não como o corrupto que a justiça diz ser.

Todas as sabotagens armadas por Moro contra o país, usando a justiça para agir politicamente, até hoje não foram claramente sentenciadas pela mídia, por motivos óbvios.

Então, quando Moro procura a Folha para cavar uma entrevista sem pé nem cabeça, o faz num ato de confissão de culpa, porque, vendo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promover um saneamento no poder judiciário, sentenciando o juiz Marcelo Bretas, também conhecido como Moro Carioca, por sua atuação política parcial e manipuladora, sobretudo para beneficiar o seu afilhado político, Wilson Witzel, Moro sabe que é o próximo da fila a ser punido.

Espero eu que seja com cadeia.

Sim, porque, como disse Leonardo Boff, Moro precisa de uma punição severa da justiça pelas iniquidades que praticou como juiz corrupto.

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Não haveria neoliberalismo se não existisse a mídia

Bem antes da guerra de narrativa virar modinha, o escândalo da manipulação econômica, nesse país, foi levada a ferro e fogo.

Nossos “estadistas fardados” absolutamente sem miolos no cérebro, cercaram-se de penduricalhos miseráveis, do ponto de vista econômico, daí a bancarrota, a horrível miséria do povo brasileiro. Miséria tanta que uma massa de segregados foi jogada a um favelamento inédito no Brasil.

Na verdade, a grande massa do povo perdeu por inteiro qualquer sentido de civilização, tal a involução que a ditadura trouxe a esse país. No entanto, não sem motivos, foi na ditadura militar que proliferaram teorias jocosas de ministros da Economia ou da Fazenda que jamais ofereceram por escrito ao menos uma doutrina que lhes rendesse fama para que as futuras gerações os estudassem.

Não por acaso o maior bravateiro, arrogante, foi Roberto Campos, vovô do atual do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foi ele quem se destacou entre as primeiras criaturas de rabo que dirigiram a economia brasileira, no seu caso, Campos era um piadista de carreira. Por isso, em sua inepta passagem pela pasta da Economia, só deixou piadinhas de salão contra a esquerda.

Na realidade, a administração pública, quando esteve nas mãos da direita, isto é, dirigida a transformar os ricos em milionários, a nação foi jogada aos urubus, mas a mídia vendia esses economistas como verdadeiros cientistas, que tinham na palma da mão a sabedoria de como plantar e colher as safras da evolução econômica, queimando milhões e milhões e dólares do FMI, deixando o país numa escandalosa roubada de desgerenciamento.

o tapa-olho da mídia resolvia tudo. Não se falava em crise, ou seja, em hiperinflação, não existia problema econômico, enquanto milhões de brasileiros eram jogados no limbo, numa concepção curiosa de ciência.

Na verdade, os homens da ciência econômica eram verdadeiras bestas que apoiaram as piores formas de exploração humana, desgraçando a vida do povo, transformando a vida dos pobres num inferno.

Em pleno 2023, Roberto Campos Neto, o netinho querido do Roberto, mostrou-se absolutamente perdido para rebater a crítica de Lula sobre a taxa de juros e ficou desnudado em pleno Roda Viva, que tinha embarcado na defesa de que, para os pobres, juros bons eram juros altos. Essa teoria foi tirada de subsolo do cérebro dessas figuras famosas da economia, que ninguém conhece, para dar aquelas explicações ininteligíveis.

Mas a essência desse texto não é oferecer adjetivos amontoados e enganadores que fazem jorrar preciosas substâncias fedorentas quando abrem a boca, na mídia, para defender um monte de besteiras, como se fosse alguém sincero e responsável.

Sim, porque o último refúgio dos patifes da economia brasileira sempre foi a mídia.

De fato, a mídia criou uma constituição neoliberal, que sempre comprou como verdade os maiores absurdos econômicos do Brasil, vide as privatizações da era FHC, que levariam o Brasil às terras de Alice no país das maravilhas, na base do tudo ficará perfeito depois da entrega das estatais.

O resultado, todos sabem, o Brasil ficou praticamente impedido de desenvolver sua indústria para atender a interesses ocultos que funcionavam com um piscar de olhos.

Não é de se estranhar que a Folha, uma das principais compradoras do perpétuo pensamento do mercado, cravou que a crítica de Lula aos juros altos do BC eram infundadas e que os maravilhosos juros de 13,75%, impostos pelo BC, eram o maior achado.

Ou seja, comprou a delinquência “conceitual” do presidente do Banco Central, Campos Neto.

Hoje, alguns milhões de brasileiros, na própria Folha, estão lendo que tudo não passa de um conto de fadas e que o melhor a se fazer agora é prestar mais atenção ao que Lula criticou.

Agora, borbulha na imprensa artigos críticos à taxa de juros que tanto animou os reinos, vegetal e animal, diante da formidável queda da atividade econômica, do endividamento recorde das famílias e o consequente recorde de inadimplência.

Agora, a mídia exige a queda substancial dos juros no próximo Copom.

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Os juros do BC são mais uma teoria neoliberal vendida como fábula

No Brasil, se a inflação oficial foi, em 2022, de 5,79%, o que justifica, de forma concreta, o Banco Central manter a taxa de juros em 13,75%? Que manual econômico defende isso?

Essa é a questão central que a mídia parece querer somar silêncio com o próprio presidente do BC.

Aliás, os tecnocratas neoliberais desse país jamais revisitaram suas lambanças, a maior delas, a privataria de FHC.

Na verdade, a direita, no Brasil, odeia o passado. odeia a própria história e, consequentemente. vive de rótulos para que o conteúdo de determinados resultados atualizados não venha à tona. Isso acontece em todos os campos da política.

Não é sem motivos que a mídia reagiu mal em favor dos mitos que justificaram o golpe do impeachment m Dilma, quando Lula revisitou o assunto e tirou do Bolso uma verdade cristalina, foi golpe.

Isso também ocorre com a Lava Jato, um produto muito mais da direita, mais precisamente da grande mídia, do que do sistema judiciário brasileiro.

Até hoje o colunismo se pega na suposta devolução de dinheiro, sobretudo a de Pedro Barusco que, na CPI da Petrobras, disse que montou o seu esquema de corrupção ainda no governo FHC, em 1996, seis anos antes da chegada de Lula ao poder.

Para isso, a mídia fecha os olhos, os ouvidos, mas principalmente para a história real de cada personagem utilizado na Lava Jato para descrever o “mar de corrupção” na Petrobras. Isso, sem falar que jamais cobrou provas concretas de Moro que justificasse a condenação e prisão, porque sabe que elas não existem, porque jamais existiu crime do atual presidente da República.

O mesmo se dá agora quando a mídia ataca Lula em defesa do presidente do BC, o bolsonarista ideológico de extrema direita, Roberto Campos Neto.

A disparidade entre o valor do dólar e a inflação, é gritante. Por isso, a mídia passa a léguas desse que é o ponto nevrálgico da questão, reduzindo tudo a um suposto populismo de Lula que, segundo as redações, não tem responsabilidade com a meta oficial da inflação e, muito menos com o equilíbrio fiscal, ou seja, o oposto do que ocorreu nos 8 anos do governo Lula, quando a meta fiscal foi para lá de respeitada por Lula. A inflação oficial caiu de forma vertiginosa, assim como a dívida pública.

Lula não estourou qualquer meta, ao contrário, acumulou garantias para o mercado de que não existiria qualquer risco para o investidor.

Não foi sem motivos que Lula encerrou seus governos com o fiel da balança, tendo 87% de aprovação da sociedade brasileira.

O que aqui se quer dizer é que, até agora, a questão central não foi respondida pelos burocratas do Banco Central “independente”, porque um índice de 5,79% de inflação mereceu como remédio que, na verdade, é um veneno para a economia brasileira, a taxa de juros de praticamente 14%.

E mais, esqueçam as taxas mensais pornográficas dos bancos que chegam a 1.000% ao ano. Lembrem-se que as taxas chegam aonde chegam porque a matriz desse pensamento que, não tem sequer palavras para descrever, é a fonte, é a base, é a própria ideologia de exploração que assola a economia brasileira e o bolso dos trabalhadores.

Ou seja, fazer discussão política sem discutir o cerne da questão, é tudo o que interessa aos que ganham muito com essas taxas nas alturas, os barões do sistema financeiro para quem os tecnocratas sempre trabalharam verborragicamente e efetivamente para fazer o papel de Robin Hood às avessas.

Está na hora do Brasil dar um basta na fábula neoliberal e ir para a vida concreta, a vida como ela é para o povo brasileiro, depois da desastrosa política monetária de Paulo Guedes no governo Bolsonaro, em parceria siamesa com o bolsonarista ideológico que preside o Banco Central, Roberto Campos Neto.

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Roberto Campos Neto, do BC, virou a nova vaca sagrada da mídia

Não se fala de outra coisa nos blogs, sites da imprensa corporativa que não seja em defesa do presidente do Banco Central, Roberto Campos, por sua política de juros altos.

Nada de novo no front, todo e qualquer tecnocrata, neoliberal é, de antemão, visto com os olhos da mídia, como quem está enxergando a própria divindade. Mas por enxergar nele um oponente de Lula, ela já o colocou num pedestal mais alto de intocável.

As duas mais recentes vacas sagradas, sobretudo para as Organizações Globo, foram Collor e Moro. Deu no que deu.

Ainda agora, Sergio Moro, em última análise, foi considerado um juiz corrupto e ladrão em seu próprio território, Curitiba, considerado curral jurídico do ex-xerife da Lava Jato.

Collor, dispensa comentário.

A única coisa que a mídia esquece quando critica Lula por reclamar do Banco Central praticar juros astronômicos, que faz o Brasil ter taxa real mais cara do mundo, é que se dentro de três meses a economia não atender às expectativas da mídia, ela não cobrará de Roberto Campos, mas de Lula.

Ou seja, o homem do mercado não pode ser criticado justamente por representar a cartilha da plutocracia. Assim, a mídia cairá de pau em cima de Lula e não do presidente do Banco Central que insiste numa taxa de juros pornográfica para qualquer mortal nesse país, o que é absolutamente proibitivo para o país retomar o crescimento.

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A pergunta que a mídia não faz sobre o Banco Central

É escandaloso o fetiche que os colunistas da grande mídia levam a ferro e fogo quando o assunto é economia.

Já no prefácio de suas limitadas análises, o escândalo aparece com uma literatura em série que, de forma geral e de cara, limita o debate sobre temas que são caros ao país. Pior, acham mesmo que determinados assuntos não devem fazer parte do debate na sociedade, eles têm que estar restrito e reservado à publicação das redações.

É só fazer um retrospecto de toda a literatura que serve a interesses de grandes grupos econômicos no Brasil, que se observará que os primeiros mártires do neoliberalismo brasileiro, a começar pelo ministro da Fazenda da ditadura, Roberto Campos, como prova de que o malabarismo para se pregar um determinado conto econômico, é nota primeira dos editores.

Ou seja, independente de democracia ou ditadura, o jornalismo econômico sempre priorizou a defesa dos interesses das classes economicamente dominantes no Brasil.

Seja que ministro for, do governo que for, a conclusão dos editorialistas precisa introduzir falsos depoimentos, porque não vêm acompanhados de prova que mostrem ao menos um traço concreto que conclua que o que está em jogo é o interesse do país e da população.

Assim, o que se pode dizer com a mão na consciência, sem medo de errar, é que essa linha de ação da mídia brasileira é a mais acentuada característica de quem sempre se colocou contra os sacrificados, aonde tudo se arranja para que o algoz sempre vença.

E é bom lembrar que não é um artigo aqui, outro acolá, é campanha acirrada em que as forças contrárias ao desenvolvimento do país e ao bem-estar da população, estes são violentamente atacados numa luta de classe em que a mídia jamais teve a grandeza de abrir mão de uma irredutível posição a favor da oligarquia para dar peso equivalente aos dois lados da moeda. Ao contrário, agiu como um supremo tribunal, condenando o povo em benefício da elite.

É assim em todos os temas delicados desse país, em que, de um lado, os interesses da coletividade são tratorados por um pedacinho privilegiado do país nas penas do colunismo sabujo do grande capital.

Nesse exato momento, a pergunta a ser feita é: Em 25 de fevereiro de 2021, a lei, que tornou o Banco Central independente, entrou em vigor. O que mudou na vida concreta dos brasileiros nesses dois anos?

A mídia não vai responder por que a economia brasileira está no fundo do poço. E a independência do Banco Central é apenas uma parte perfurada pelos golpistas que Bolsonaro, via Guedes, sublinhou.

Mas nesse particular, abriu-se todas as portas do tesouro nacional para a plutocracia e, no mesmo processo, fechou para todo o restante do Brasil.

Daí que, na marra, tentando baixar a temperatura política, a mídia não aceita sequer a opinião de Lula, o atual chefe da nação, só porque Lula rompeu, como feixe de luz, a verdade absoluta de que o Banco Central deve ser independente, como martela a mídia, e jamais questionado por suas taxas de juros.

Na contraposição a Lula, qual é a resposta que a mídia dá à população? O futuro dirá.

Todo o sacrifício do povo fica sem resposta. E o futuro prometido, como se sabe e viu-se em todas as reformas, cai em total esquecimento, como se de fato a solução da economia brasileira dada pelos neoliberais fosse a certa.

É a velha onipotência de uma mídia que acha que manda no país, em que a segunda parte das questões, ou seja, a parte que interessa à população é, literalmente, abolida da cartilha dos senhores doutores da economia midiática, o que demonstra que essa gente não faz outra coisa senão uma campanha pueril em favor dos interesses de uma minúscula parcela da população, os muito ricos, que formam o cordão dos felizes, banqueiros e rentistas.

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O fascismo tropical só se sustenta e de forma residual com o apoio da mídia

Uma pergunta que sempre se deve fazer nesse momento, como chegamos a isso?

Esta pergunta se destina à ascensão e queda de Bolsonaro, assim como a prisão política e glória de Lula.

Bolsonaro não é em si a referência principal de um processo que desembocou nessa coisa inominável que foram os seus quatro anos de comando da nação, ladeado a uma junta militar palaciana que sonhava em nos devolver ao século passado, mais precisamente a 1964, quando o império midiático não tem mais sombra do poder que tinha naquela época.

Assim, a mídia segue como um grande poder, mas não manda mais em nada.

Bolsonaro surgiu num daqueles momentos em que a direita tradicional, para produzir dois golpes, em Dilma e em Lula, acabou por pagar o preço amargo da implosão, ficando aquém de uma personalidade medíocre até para o baixo clero, como é o caso de Bolsonaro.

Ou seja, Bolsonaro é fruto e não a semente do fascismo no Brasil, semente esta que teve como vítima primeira os próprios criadores.

Ainda assim, isso levou quase duas décadas de uma campanha doentia na mídia contra o PT, com miras apontadas para Lula e Dilma.

Todo esse processo sintetiza, de forma fidedigna, a herança escravocrata brasileira em que os barões da casa grande da atualidade enxergam nos trabalhadores, escravos, e no Partido dos Trabalhadores, uma insurreição que merece ser punida com os piores castigos de uma colônia escravocrata.

Isso dá conta de como a classe dominante brasileira, herdeira dessa mentalidade, não saiu dos anos oitocentistas.

De forma objetiva, a pergunta que anda sendo feita nos quatro cantos do país, é se o bolsonarismo, que foi criado por uma cúpula fascista de cunho militarista, com ramificações na milícia e congêneres, conduziu uma massa de zumbis vinda da direita tradicional e catequizada pela mídia industrial.

Existem pormenores fáceis de identificação para explicar o nível de indigência intelectual dessa gente em que se sobressaem pessoas da classe média e alta.

O fato concreto é que a saída de Bolsonaro do governo, de maneira tão humilhante, não dá procuração para a direita brasileira se aventurar numa substituição automática do mito de barro.

As referências que esses zumbis têm da direita são as piores possíveis. A própria mídia está muito desgastada, sem falar que hoje não goza mais da força que gozava duas ou três décadas atrás.

Ainda são desconhecidos os rumos que tomará a direita no Brasil, quais serão suas referências e literatura voltada a seu papel tradicional.

Na verdade, a direita ficou viciada em dar golpes, acomodando-se de maneira inacreditável, ao passo que a esquerda, ao contrário do que se diz, mantém acesa a chama simbólica que foi derradeira para decidir o reencontro de Lula com a cadeira da presidência.

O que se pode dizer com isso é que a sociedade caminhou muito mais no sentido proposto pelos governos Lula e Dilma do que os caminhos golpistas propostos pela nostálgica direita brasileira.

Por isso a direita tradicional terá um gigantesco trabalho pela frente, enquanto esse grupo militaresco que orbita em torno de Bolsonaro, terá cada vez menos ambiente institucional para impor seu molde fascista num mundo cada vez mais globalizado e, consequentemente, mais vigiado pela população global, que tem atitudes cada vez mais repulsivas contra ditadores e fascistas.

Daí que poderemos ouvir alguns ruídos do bolsonarismo daqui por diante, mas aqueles chiqueirinhos jamais voltarão à cena central da política nacional, até porque a mídia já entendeu que esse caminho só trará tragédias como a do governo Bolsonaro que, com certeza, deixará uma fatura pesada para toda a direita pagar.

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Mídia quer para a pasta da Economia um queixo duro com os pobres e um bunda mole com o mercado

Se depender da mídia brasileira, a palavra “porém”, que imprime hoje a principal narrativa de proteção aos ricos, é o principal produto verborrágico para manter a máscara da hipocrisia em riste.

Quando um colunista de economia começa a construir uma narrativa de fisionomia inconfundível, dizendo que é preciso salvar os pobres da miséria, porém não há uma grana extra para isso, fica escancarado o coeficiente individual da Faria Lima sobre a média da coletividade nacional.

Na verdade, esse estilo arquitetônico de palavrório varia conforme o grau de inteligência e compreensão do sentimento humano a quem esse discurso, rígido com os pobres e molenga com o mercado, vende este como a ação divina, símbolo da grandiloquência da economia nacional, tendo, lógico, a mídia como um tribunal supremo que julga o que é mais ou menos importante para a economia do país.

É aí que a coisa toma aquele ar digno de religião, de veneração ao estilo bolsonarista para Bolsonaro. Então, o falso realismo ganha as mais pitorescas falácias sobre a economia de uma nação para reduzir tudo ao humor interesseiro dos especuladores.

O que o mercado quer hoje é o que sempre quis, fartar-se em lucros cada vez maiores, prosperidade relâmpago para os podres de chique e flecha nos pobres.

Sim, porque esse projeto cerca frango que a mídia tenta imprimir para dissuadir Lula de fazer uma política econômica a partir dos pobres, os chiliques e faniquitos do mercado são dados como a pedra de toque. Quanto mais Lula ceder para a Faria Lima, segundo a gloriosa mídia, mais os pobres terão chance de ascender na velha, manja e puída cascata de fazer o bolo crescer para dividir.

O fato é que esse discurso é tão manjado que já virou instituição no Brasil. E o resultado, todos sabem qual é, os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres, e o país anda de lado, quando anda.

Por isso, não passa um dia sequer em que a mídia e seus barões não fazem carga para naturalizar a miséria dos pobres e a riqueza dos milionários.

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A mídia brasileira tem que lembrar que a primeira batalha que Lula venceu foi contra ela e sua 3ª via

A seu modo e gosto, a mídia brasileira segue metendo a borracha em Lula, para surpresa de ninguém. Afinal, ninguém mais que a mídia tentou emplacar uma cambada de pangarés, que ela chamou de 3ª via, para ao menos produzir uns cinco mata-burros para impedir que Lula avançasse, mas a 3ª via acabou cirando pó.

Todos os candidatos, Dória, Moro, Mandeta e Simone Tebet hora nenhuma apresentaram sustança, todos com uma candidatura semi-desnatada, aguada e que, mesmo com a proteção da mídia, tentando levar suas candidaturas debaixo do braço, nenhum dos candidatos da 3ª via deixou de ser um zero à esquerda, ou seja, ninguém chegou a 2 dígitos na pontuação das pesquisas.

Isso mostra que Lula teve uma margem de segurança muito folgada que lhe deu musculatura capaz de liderar uma frente ampla para enfrentar todas as cores radiantes de um bolsonarismo cada dia mais reacionário e embalado com dinheiro privado, mas sobretudo com muita, mas muita grama pública, usada sem consultar o pudor.

Então, essas histórias que Merval e Miriam Leitão, por exemplo, tentam emplacar que a vitória não foi de Lula, mas sim da democracia, beira o ridículo. Mais ridículo ainda é a tentativa, a mando do mercado, para que ele vire as costas para quem de fato o elegeu, que foram as camadas mais pobres da população.

A mídia está jogando com o famoso, ganha quem perde ou perde quem ganha, tanto faz.

A vitória de Lula, ao contrário do que a mídia prega, é muito mais consagradora, autônoma e carregada de símbolos do grosso da população.

O que não faltou foi tentativa de Bolsonaro de fazer com os pobres o que faz com parcela da classe média, transformada em gado cego do bolsonarismo acrítico. Isso, sem falar que o grosso do empresariado serrou fileira em prol de um serial killer responsável pela morte de 700 mil brasileiros.

Aliás, a mídia pode até ter se colocado contra Bolsonaro, mas não contra a agenda econômica de seu governo. Essa política nefasta de Paulo Guedes, que levou 33 milhões de brasileiros à miséria absoluta, é altamente benquista nos meios chiques do Brasil, seja do baronato da Faria Lima, seja no baronato midiático. Afinal, esses dois baronatos caminham sempre juntos e misturados e, por isso dão a sinopse do que Merval e Miriam Leitão, entre outros, comentam em suas colunas diárias.

Assim, para informação ampla, geral e irrestrita, é bom colocar as coisas em seus devidos lugares.

Lembrar que Lula obteve a vitória porque contou com a massa do povo com quem ele não abre mão de se manter de braços dados, porque, nesse caso, são dois compromissos que Lula não aceita negociar, a dele com o povo e a dele com ele próprio, como fez em seus dois governos, porque é parte da história de sua vida.

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A Lava Jato, a mídia e a honra nacional

Não há fraqueza moral maior do que uma mídia que não pode passar a limpo uma operação policial como a Lava Jato, porque, junto com Sergio Moro, Dallagnol e cia. fica exposta na sua própria defesa. Afinal, nada é mais vil em termos de corrupção do que a grife jurídica criada pela república de Curitiba.

Aqui, nem vamos falar dos atentados cometidos contra a constituição, os interesses privados e a felicidade de banqueiros e rentistas que, de roldão, sagraram-se campeões com a prisão de Lula contra os interesses do próprio país.

A probidade e a decência da mídia quando o assunto é Moro, não chega a segunda página, melhor dizendo, não consegue dar um passo além das manchetes sensacionalistas.

A coisa pública e a honra nacional são totalmente desfocadas ou achatadas debaixo de um rolo compressor com que, até os dias atuais, a mídia trata uma operação da qual foi coadjuvante, para não dizer comparsa.

Por isso até hoje, diante de tudo o que já se sabe de Moro, a mídia segue passiva numa humilhante submissão ao herói de Curitiba, e só mantém assim dentro das quatro linhas das grandes redações.

O que essa denúncia sobre o jatinho em que Lula viajou para o Egito quis dizer? Que estávamos diante de uma questão moral, já que o empresário, dono do jatinho foi delator da Lava Jato?

Ora, todas as ações nefastas que o imperialismo lavajatista impôs ao país sem combater de verdade a corrupção, e a eleição de Bolsonaro deixa isso bem claro, escancaram que todas as ações diretas dessa espécie de truque jurídico, foram escandalosas e, mesmo que se passe dias falando sobre todos os absurdos cometidos por essa organização criminosa, instalada dentro do sistema de justiça, estaria longe de esgotar o papel negativo que esses bandoleiros, em conjunto com a mídia, produziram de maneira deliberada contra os interesses nacionais.

Essa advertência é importante, sobretudo para aqueles que, num simplismo primário, querem sustentar uma honra utilizando a velha malícia que personalizou a Lava Jato, para se manifestar a modo e gosto contra ou a favor de quem eles elegem como aliado ou inimigo.

Esse código ético da mídia parece ser o único capital que lhe sobrou,  porque não consegue fundamentar uma tese moral qualquer para assanhar a direita nativa sem utilizar a Lava Jato como código absoluto da moral nacional.

Esse é apenas o resultado de como a mídia e a Lava Jato se apossaram do Brasil que produziu o golpe contra Dilma, a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro, num processo escandaloso frequentemente esquecido pela mídia, que desembocou na entrada oficial de Moro na política com sua super pasta no governo Bolsonaro, depois da prisão de Lula.

A pergunta é simples, até onde a mídia brasileira vai usar o carvão moral da Lava Jato para queimar suas vítimas em praça pública?

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Desta vez, cerco da mídia a Lula começou antes da posse

De quem é este avião? Quanto custou? Quem está pagando?

Em todas as campanhas anteriores de Lula, esta era a primeira pergunta que os repórteres me faziam quando a gente chegava no aeroporto num avião executivo.

Na primeira, em 1989, ainda viajando em avião de carreira, um passageiro ficou indignado ao ver Lula a bordo:

“Olha aí, o Lula, o metalúrgico… Agora só quer saber de viajar de avião…”

Fui perguntar ao elemento se ele queria que Lula fizesse a campanha para presidente de ônibus ou montado num cavalo.

A esta altura, Fernando Collor, o candidato empresário, já cruzava os céus do país só viajando em aviões particulares e ninguém queria saber quem pagava o voo.

Nessa época, Lula não podia jantar num bom restaurante, mesmo que fosse a convite de alguém (ele nunca foi de botar a mão no bolso), que logo começavam os comentários nas mesas ao lado.

“Olha aí, o Lula, o metalúrgico, agora só quer saber de comer camarão…”

A pedido do próprio, parei de querer tirar satisfações quando ouvia essas coisas, mas aquilo me incomodava profundamente.

Uma vez presidente, eleito e reeleito, esse preconceito de classe nunca deixou de existir, mesmo depois dele ser recepcionado com tapete vermelho nos mais elegantes palácios do mundo.

Durante o governo de transição de FHC para Lula, em 2002, certa vez os assessores dele estavam jantando num restaurante na Academia de Tênis, às margens do Lago Paranoá. Os repórteres que nos seguiam vieram me perguntar o que a gente estava comendo, que vinho era aquele, quanto custava, quem estava pagando.

Ali eu vi que esse preconceito se estendia também à equipe do presidente eleito. Na verdade, era dirigido não às pessoas físicas, mas ao PT, o Partido dos Trabalhadores, que ousou chegar ao poder neste país de uma elite ainda fortemente escravocrata, dividido entre quem manda e quem obedece, como bem sabe o general Pazuello.

Na campanha deste ano, as coisas mudaram um pouco. Notei que, à medida em que a eleição se aproximava, Lula contou com uma cobertura mais simpática de setores importantes da imprensa, até porque, a terceira via não deu certo e o único adversário que sobrou era simplesmente indefensável.

Vimos nas redes sociais, certamente publicado por bolsonaristas, um vídeo mostrando como a redação da Globo vibrou com a vitória de Lula na noite de 30 de outubro. A imprensa em geral, principalmente no exterior, recebeu o resultado com um misto de alívio e satisfação por ter evitado o pior.

Mas essa lua de mel durou muito pouco, não chegou nem até a posse. Como se tivesse um comando unificado, a mídia brasileira inteira caiu matando num discurso que Lula fez na semana passada, ao priorizar a responsabilidade social sobre a responsabilidade fiscal, para atender às emergências da miséria e da fome, um drama que ele conhece bem de perto, e o fez chorar.

Não havia nada de novo no discurso. Desde a sua primeira campanha, o presidente eleito sempre disse que o mais importante era garantir três refeições por dia a todos os brasileiros, algo que foi alcançado nos seus dois mandatos. Vinte anos depois da primeira posse e às vésperas da terceira, o Brasil tinha voltado ao Mapa da Fome.

A questão nem é ideológica, política, econômica. Esta relação neurótica da mídia com Lula, entre o amor e o ódio, vem desde que ele deixou de ser mero líder do novo sindicalismo para criar um partido político de baixo para cima, e se tornar a maior liderança popular do país em todos os tempos.

O dólar subiu, a Bolsa caiu, foi um fuzuê danado no “mercado” nervoso, que simplesmente não se conforma com o relevo que Lula conquistou na cena política mundial, como estamos vendo agora mesmo na sua viagem ao Egito para participar da COP-27.

É uma questão de classe social. Será que esse tal de Lula não se enxerga? Quem ele pensa que é? Nunca será do nosso clube.

Como é que um pau-de-arara, sobrevivente dos sertões nordestinos, e ainda por cima operário, que perdeu um dedo trabalhando no torno de uma metalúrgica, sem ter diploma universitário e sem saber falar inglês, se atreveu a furar a fila dos nobres brasileiros do andar de cima, militares e civis, que ocuparam a Presidência desde a Proclamação da República, festejada neste 15 de novembro?

Dois dias depois de recepcionar a Janja, mulher de Lula, numa entrevista amistosa no Fantástico, o braço impresso do império global fez um editorial criticando a proeminência que ela assumiu na campanha do marido. A mídia invocou até com a blusa que Janja usou na entrevista, que custou mais de R$ 2 mil, vejam só, que absurdo!, logo a mulher de Lula, o ex-metalúrgico.

Para completar, Lula viajou ao Egito de carona no avião particular de um empresário amigo enrolado com a Justiça, um assunto que ganhou mais espaço no noticiário do que as propostas do presidente eleito para trazer o país de volta ao protagonismo na discussão do clima.

Queriam que ele viajasse num avião de carreira, para ser hostilizado pelos fanáticos bolsonaristas em transe patriótico após a derrota, que atacaram os ministros do Supremo Tribunal Federal em plena Nova York?

Assim voltamos ao início dessa história: de quem é o avião, quem pagou?

Pois é, se Lula tivesse um jatinho particular como João Doria e tantos outros políticos, não haveria esse problema. No Brasil, só tem avião executivo quem manda, quem tem pedigree e muita grana, não quem obedece. Por nunca obedecer, não nomear quem o mercado quer e não manter o teto de gastos que nem existe mais, Lula vai continuar apanhando sempre, estando certo ou errado.

Quem manda ninguém do PT ter um jatinho para oferecer a Lula?

Eles não roubaram tanto, a maior corrupção mundial, segundo o probo juiz Sergio Moro, e suas viúvas na grande imprensa?

Vida que segue.

*Kotscho/Uol

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