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Opinião

Dallagnol cada dia mais desesperado, não esconde o pavor de ter que enfrentar a justiça

Dallagnol, todos sabem por que o tagarela marqueteiro se transformou, na Lava Jato, no porta-voz de Moro na mídia por ser um falastrão midiático.

Agora que a Lava Jato não está mais sob o controle de suas mãos, para literalmente manipular a justiça em nome de um projeto de poder, anda vendo assombração em Cristiano Zanin que, no STF, provou a manipulação tosca da Lava Jato para prender Lula e, junto, o incômodo de quem sabe o que o novo juiz da Lava Jato pode descobrir contra ele e Moro, através de Alberto Youssef e Tacla Duran.

Hoje, o deputado boquirroto Dallagnol, em seu palavrório habitual, numa entrevista ao Uol, parecia que alguém tinha lhe jogado pó de mico. Em sua acelerada e confusa fez de tudo para ser confusamente compreendido.

O assunto era a ação da Polícia Federal, comandada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, que desbaratou e prendeu integrantes do PCC que pretendiam matar Moro e sua família, entre outros agentes do Estado.

Com o microfone e as câmeras do Uol, Dallagnol não mediu esforços para criar uma espécie de power point 2, o falastrão.

A impressão que deu é que ele estava num self service misturando maionese com strogronoff com caviar para tentar emplacar suas ridículas teses baseadas em “convicções”, com uma fala corrosiva contra Lula para manter o bafo da justiça longe do seu cangote, mais que isso, a própria Lava Jato que o projetou através da mídia.

O camarada parecia um personagem do samba gravado por Zeca Pagodinho, “Vacilão”, “… Deu lavagem ao macaco, banana pro porco, osso pro gato
Sardinha ao cachorro, cachaça pro pato. Entrou no chuveiro de terno e sapato. Não queria papo. Foi lá no porão, pegou três-oitão. Deu tiro na mão do próprio irmão que quis te segurar…”

Isso deixou uma coisa clara, Dallagnol está se borrando de medo do novo delegado da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, e aonde suas investigações podem chegar.

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Justiça

Há 2 meses Moro foi alertado sobre plano de facção criminosa que pretendia matá-lo

O senador Sergio Moro foi alertado no fim de janeiro que estava em andamento o plano de uma facção criminosa contra ele e integrantes de sua família.

Os criminosos que arquitetavam ataques contra o senador e outras autoridades foram alvos de uma operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal.

A informação chegou ao ex-juiz e membros de sua equipe por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, que atua no Gaeco, também era um dos alvos da facção.

Auxiliares de Moro relataram à coluna de Bela Megale, no Globo online, que o senador recebeu alertas de que os criminosos pretendiam realizar um sequestro ou atentado contra ele e seus familiares.

Com isso, foi implementado um novo protocolo de segurança envolvendo Moro, sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro, e os filhos do casal, com reforço da equipe.

Investigadores relataram ao senador que a retaliação planejada pela facção se deu por sua atuação como ministro da Justiça e Segurança Pública.

Na ocasião, Moro ordenou a transferência do chefe e de membros desta facção criminosa para presídios de segurança máxima.

*Com Agenda do Poder

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Opinião

O diário da Lava Jato: Se Youssef abrir a boca, Moro e Dallagnol perdem o mandato e vão para a cadeia

Uma pergunta que já vem com a resposta pronta, de tão óbvia.

Por que tanta indignação do ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, com a prisão de um sujeito que simplesmente foi preso duas vezes (no caso do Banestado, em 2003, e na Lava Jato, em 2014), pelo mesmo Moro e os mesmos procuradores?

Carta marcada? Jogo combinado? Seja lá que acordo essa gente tem para Dallagnol dispensar tanto interesse e defesa de um doleiro bandido que eles mesmos, por duas vezes, prenderam por bandidagem.

É muita burrice, é muita bandeira, qualquer idiota já entendeu duas coisas, ou melhor, confirmou duas coisas, que Youssef é uma espécie de diário das imundícies praticadas pela Força-tarefa da Lava Jato, comandada por Moro e Dallagnol, num sistema que tem muito mais caroço que angu por baixo da casca de combate à corrupção.

A tentativa de Dallagnol e Moro de botar debaixo do braço R$ 2,5 bilhões da Petrobras, ou seja, da própria União, deixa claro que a ex-república de Curitiba tem uma ganância maior do que a garganta.

Outro fato que grita pelas coincidências é a atitude insuspeita do TRF-4. Aquele tribunal de exceção em que três desembargadores, amigos de Moro, não só fizeram uma leitura dinâmica do processo da condenação Lula, como bateram recorde da façanha, ampliando a pena de Lula sem qualquer prova de crime.

Certamente, Dallagnol e Moro, achando que todo esse rolo estaria perdido nas noites dos tempos, não contavam que o novo juiz da Lava Jato revisitaria dois personagens centrais da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e Tacla Duran.

Pois bem, se o novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, mandou prender por duas vezes Alberto Youssef, seguindo a filosofia da Lava Jato, o TRF-4 foi novamente o derradeiro cão de guarda de Moro e Dallagnol para soltar o mesmo Alberto Youssef.

O problema é que tanta publicidade da Lava Jato fez o casco da sociedade ficar couraçado de forma mecanizada e, imediatamente, todos percebem que nessa relação Youssef/Moro/Dallagnol/TRF-4, uma coisa puxa a outra, sob qualquer olhar.

Como dissemos nesta terça-feira, “Tacla Duran vem aí e o bicho vai pegar”, a preocupação de Moro e Dallagnol com o novo juiz da Lava Jato, não é pouca e eles têm razão, porque, tudo indica, que há guardado a sete chaves na língua de Youssef e de Tacla Duran segredos de um diário de cada um capaz de detonar os mandatos de Moro e Dallagnol e ainda levá-los à prisão.

Na verdade, essa nova Lava Jato está apenas desabrochando e, ao que parece, não está interessado nos bacorinhos, mas nos leitões parrudos da operação que manipularam, de forma criminosa, as leis desse país para golpear Dilma, prender Lula e levar Bolsonaro ao poder com o próprio Moro à tiracolo.

Ou seja, tem muito pernil assado para sair desse forno.

A conferir.

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Opinião

Por que Moro tem medo de Marielle?

Hoje seria um ótimo dia para Moro explicar por que coagiu o porteiro do Vivendas da Barra a mando de Bolsonaro.

Um sujeito que se presta a esse papel de capanga, presta?
Aplicar a força uma conduta criminosa pra obrigar testemunhas a mudar versão de fatos criminosos é legal ou moral?

Lógico que, depois de cinco anos, o assassinato de Marielle está mais intrigante.
Afinal estamos falando de um crime praticado por um miliciano, traficante de armas pesadas e que era vizinho de Jair e Carlos Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, e que, mesmo morando a 50 passos de sua casa, Bolsonaro disse desconhecer Ronnie Lessa, o contratado para executar Marielle.

Já Ronnie Lessa, este detonou a mentira de Bolsonaro ao afirmar que já foi ajudado por ele.

Ou seja, a história “oficial” não bate e Moro, mais do que ninguém, sabe disso.

E o fato de se calar quando o assunto é a pressão que fez sobre do porteiro que, em depoimento à Polícia do Rio, comprometeu Bolsonaro e deixou Moro mal nessa história macabra e sem solução.

Até porque tudo leva a crer que o porteiro do Vivendas da Barra cedeu à pressão de Moro e mudou sua versão dos fatos.

Um ministro da justiça forçar alguém, por meio de tirania, já é em si um crime. É violar um direito constitucional.

Lógico que sabem que, para Moro, isso não tem qualquer importância. O sujeito se fez “herói nacional” praticando todo tipo de ameaça, cerceamento, imposição, coerção, coibição, constrangimento, força, intimidação, opressão, repressão e tirania com sua famigerada Lava Jato.

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Opinião

Por que Moro insiste em fazer propaganda de suas derrotas consecutivas para Lula?

Sergio Moro poderia até deixar transparecer algo incômodo com suas recorrentes derrotas para Lula, mas ele insiste em reconhecer publicamente que é uma espécie de freguês de Lula, admitindo, em declarações desqualificadas, que reconhece o massacre em campo que Lula impõe a ele.

Sério, ninguém que leva um passeio intensivo e robusto como o que Lula deu em Moro, confessa, de maneira tão descarada no final da peleja. Mas o ex-juiz parcial, como tem cabeça oca e miolo mole, escolhe sempre uma ação errada ou criminosa, como foi essa segunda opção praticada por ele em toda a Lava Jato.

Por isso julga-se completamente desqualificado para qualquer função em que se enfia.

Ora, se ele faz essa autoavaliação, quem vai considerar o oposto?

Seu twitter parece um confessionário em que o dissimulado surpreende pelas confissões de derrota.

O que exatamente Moro queria, que Zanin não o desossasse ao vivo e a cores e não ocupasse o posto tão sonhado pelo ex-ministro e ex-capanga do clã Bolsonaro?

A definição e significado disso não é outra do que assinar, carimbar com firma reconhecida, que ele tem nem se penitenciando, de forma mal-ajambrada, que não tem capacidade política, moral e, sobretudo intelectual para enfrentar Lula.

Até Merval Pereira entrou no furdunço e sapecou, “Zanin no STF representa vitória final de Lula sobre Moro”. E, de lambuja, Merval deu o último chute no cachorro morto, “eu apoio Zanin para o STF”.

Ou seja, Moro mostra sua única competência, a de quem tem facilidade para se comunicar contra si.

Gênio!

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Opinião

Dallagnol lambe e lustra as joias de Michelle e Bolsonaro

Nada de novo no front. Dallagnol, de tanto ser ridicularizado por sua mudez no caso dos diamantes e joias que os Bolsonaro receberam da Arábia Saudita, resolveu escrever um artigo no tal “Gazeta do Povo” esfregando pano.

Agora mesmo chega a notícia de que o Chile superou o Brasil como país latino-americano com maiores empresas de engenharia e construção civil, simplesmente porque Moro e Dallagnol destruíram tudo o que se refere à engenharia no Brasil com a farsa da Lava Jato.

Ninguém, com juízo, compraria um carro nas mãos de Moro, Dallagnol ou Bretas. Isso é fato inconteste. Por que diabos alguém poderia achar que o artigo de Dallagnol sobre as joias seria menos desonesto? Isso, para dizer o mínimo.

O que se deve lembrar é que, em 2019, o STF sustou a picaretagem de Dallagnol e Moro com uma tal fundação privada de combate à corrupção para a qual seria usada a bagatela de R$ 2,5 bilhões da Petrobras. A coisa era totalmente ilegal. Em qualquer país civilizado, os dois estariam presos.

O problema nesse pela-saquismo de Dallagnol é que o biscate quer ser mais realista do que o rei das mutretas e rachadinhas. Não foi o próprio Bolsonaro quem confessou que está com o lote das joias masculinas, que entraram ilegalmente no país? Que papo é esse do picareta lavajatista?

O fato é que, em seu artigo, “passando pano para Bolsonaro”, o queima filme do MP, Deltan Dallagnol, corta uma volta danada para dizer que o caso das joias, que envolve Michelle e Bolsonaro, não é bem assim, e que tudo não passa de uma crítica seletiva. E que faltam muitos dados.

Servidora do Planalto relata à PF que recebeu ordem para lançar antecipadamente joias no acervo pessoal de Bolsonaro. logo depois que a coisa azedou pediu para ela excluir do sistema. Está tudo no áudio que entregou a PF.

Enfim, o que Dallagnol escreveu é um monte de coisa nenhuma para ver se, assim como Moro, pega alguma xepa do bolsonarismo.

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Justiça

Novo juiz da Lava Jato revoga decisão de Moro e pede que Cunha entregue carros confiscados

Ex-deputado terá que entregar dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Volkswagen Passat.

CNN –  juiz federal Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, entregue seis carros confiscados durante a Operação Lava Jato.

Em uma decisão de 2016, o então juiz Sergio Moro havia determinado que os veículos não podiam ser transferidos ou vendidos, mas não solicitou a entrega dos bens. Nesta quinta-feira (09), o novo juiz da Lava Jato revogou a decisão anterior. O prazo dado para entrega foi de cinco dias.

“Revogo, por conseguinte, o respeitável despacho judicial deste Juízo Federal (nos autos de pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha – decisão do evento 03 do então juiz federal Sérgio Moro) o qual havia autorizado que o acusado Eduardo Cunha (e seus familiares) ficassem na posse dos veículos de luxo”, diz o trecho.

Os automóveis confiscados são dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Volkswagen Passat.

Em seu perfil em uma rede social, Eduardo Cunha afirmou que há ilegalidade na decisão, pois o caso é de competência da Justiça Eleitoral. O ex-deputado federal também disse que seus advogados irão recorrer.

“Apenas para esclarecer a todos, a ação que eu respondia perante ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba teve a anulação da condenação e a sua transferência para a Justiça Eleitoral por decisão do STF, que declarou a incompetência do juízo. Se o juízo foi declarado incompetente, qualquer decisão que não seja a mera transferência para o juízo eleitoral se reveste de ilegalidade e teratologia, nos termos jurídicos”, escreveu Cunha.

“Assim sendo, o juiz que assinava no sistema Lul2 não tem competência para qualquer medida com relação a mim, sendo as decisões tomadas de caráter teratológico, visando o constrangimento público. Qualquer medida só poderia ser tomada pela Justiça Eleitoral e nunca por ele. Meus advogados saberão contestar a teratológica decisão”, disse o ex-deputado.

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Política

Lava Jato confiscou acervo de Lula; Moro não comenta joias para Bolsonaro

Em março de 2016 a Operação Lava Jato mirou o acervo pessoal do então ex-presidente Lula (PT). Ele havia deixado o cargo anos antes, em 2010, e guardado em um cofre do Banco do Brasil em São Paulo alguns itens que ganhou de presente enquanto era chefe de Estado.

O então juiz da operação, Sergio Moro, determinou busca e apreensão do material e a intimação do petista, que deveria prestar esclarecimentos sobre os itens. Moro, hoje senador pelo União Brasil, atendeu a um pedido dos investigadores da Lava Jato, grupo liderado pelo então procurador Deltan Dallagnol, atualmente deputado federal pelo Podemos.

Em abril de 2017, Moro confiscou mais de duas dezenas de itens que faziam parte do acervo e determinou que fossem enviados à Presidência da República. Entre eles estavam um peso de papel, três moedas, um bibliocanto, cinco esculturas, duas maquetes, uma taça de vinho, uma adaga, três espadas, uma coroa, uma ordem, um prato decorativo e moedas antigas.

Em junho daquele ano, já durante o governo de Michel Temer (MDB), os presentes foram remetidos ao Palácio do Planalto.

Ao justificar a decisão à época, Moro escreveu que os bens não deveriam ter sido incorporados ao acervo pessoal de Lula, mas ao da Presidência da República, e que um agente público não deve receber “presentes de valor”.

“Constatou este Juízo que havia alguns bens entre os apreendidos que teriam sido recebidos, como presentes, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o exercício do mandato, mas que, aparentemente, deveriam ter sido incorporados ao acervo da Presidência e não ao seu acervo pessoal. É que agentes públicos não podem receber presentes de valor e, quando recebidos, por ser circunstancialmente inviável a recusa, devem ser incorporados ao patrimônio público”. Trecho de decisão de Sergio Moro sobre acervo de Lula em 2017

O então juiz também escreveu que aqueles itens confiscados foram “recebidos em cerimônias oficiais de trocas de presentes com chefes de Estados ou governos estrangeiros, que têm algum valor mais expressivo, mas que não caracterizam presentes de caráter personalíssimo”. Ele deixou Lula manter outros objetos, como “medalhas, canetas, insígnias, arte sacra, por terem caráter personalíssimo”.

Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), o senador Moro não quis comentar a tentativa da equipe do ex-presidente de trazer de forma ilegal ao Brasil um conjunto de joias avaliado em 3 milhões de euros (R$ 16,5 milhões) supostamente destinado à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O deputado federal Deltan Dallagnol também foi procurado, mas não atendeu ao pedido de entrevista feito pela reportagem.

Além das joias, Bolsonaro foi presenteado com um conjunto de relógio, caneta, abotoaduras, anel e rosário que não foi retido no aeroporto pela Receita.

Neste sábado (4), Bolsonaro disse que não pediu nem recebeu qualquer tipo de presente em joias do governo da Arábia Saudita.

“Estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi. Vi em alguns jornais de forma maldosa dizendo que eu tentei trazer joias ilegais para o Brasil. Não existe isso”, afirmou nos EUA.

Até 2016 não havia regras sobre o que poderia ficar em posse do presidente da República e o que deveria ficar com a Presidência.

O TCU (Tribunal de Contas da União) entrou no tema e, em setembro daquele ano definiu que todos os documentos e presentes recebidos, “excluindo apenas os itens de natureza personalíssima ou de consumo próprio”, eram bens da União.

*Com Uol

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Opinião

Ataque golpista tem digitais da Lava Jato, diz pesquisador

Para Fábio de Sá e Silva, que analisou postagens da operação, Moro e Deltan alimentaram discurso contra instituições democráticas.

Autor de estudos sobre a Lava Jato, o pesquisador Fábio de Sá e Silva enxerga as digitais do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol nos eventos do dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) avançaram sobre Brasília numa tentativa de golpe de Estado.

Primeiro, diz Silva, elas aparecem quando a operação Lava Jato começou a sofrer derrotas na Justiça e subiu o tom contra os tribunais, sobretudo contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

“A Lava Jato acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção”, diz Silva, professor de estudos da Universidade de Oklahoma, nos EUA.

Depois, num segundo momento, quando ganha força a ideia de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria legitimidade para enfrentar Bolsonaro, como se sua saída da prisão e sua habilitação eleitoral fizessem parte de uma grande trama cujo desfecho seria garantido pelas urnas eletrônicas, supostamente fraudulentas.

Em entrevista à Folha, Silva também diz que é cedo para avaliar a conduta de Alexandre de Moraes, do STF, na condução de processos contra atos antidemocráticos e fake news. Mas afirma que, em comparação com Moro, o ministro tem à disposição instrumentos jurídicos melhores e os utiliza de maneira mais inteligente.

O sr. argumenta em um estudo que o “fora STF” nasceu com a Lava Jato e que o discurso anticorrupção de membros da força-tarefa foi se transformando em ataques às instituições democráticas. Na sua visão, há relação entre isso e a intentona golpista em Brasília? Sim. Eu vejo como uma linha de continuidade. É um processo de mudança política que foi acontecendo no Brasil, com o centro de gravidade da política se movendo à direita até a consolidação de uma extrema direita. E é difícil, para mim, separar a Lava Jato disso, porque ela deu uma contribuição grande.

De que maneira? A Lava Jato se apoiava juridicamente em teses controvertidas, algumas das quais cruzavam as linhas do que é razoável na interpretação da legislação, e lidava com um histórico legislativo recente, então não tinha jurisprudência consolidada. Era uma arena de disputa.

Dentro dessa disputa, tem uma retórica muito forte do Dallagnol no sentido de envolver a sociedade no combate à corrupção. É claro que é importante envolver a sociedade no combate à corrupção, mas isso foi feito de modo a colocar a opinião pública contra os tribunais, para forçar os tribunais a acolher as teses que a Lava Jato elaborava. Eles inclusive usaram uma estratégia de comunicação pesada, em contato com a mídia e pelas próprias redes sociais.

Num primeiro momento, o sistema de Justiça cede. Cometem-se barbaridades na Lava Jato, como o grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff com o atual presidente Lula. O Moro pede escusas e não perde a jurisdição dos processos.

Mas, quando a Lava Jato sofre alguns reveses, há uma subida de tom contra os tribunais. E, com isso, ela acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção, de que os tribunais superiores são coniventes com isso. Não só contra o Supremo Tribunal Federal, mas também contra o Congresso.

E isso a gente observa nos dados. Estou falando antes de Bolsonaro assumir esse discurso no governo. Alguns eventos foram mais catalisadores disso. O indulto do [Michel] Temer, por exemplo, foi bastante explorado pelo Dallagnol. Ele fez diversas postagens. E o tom dos comentários sobe muito.

É quando começa a aparecer discurso de intervenção militar no STF, “vamos sitiar o STF”, “se forem 200 mil pessoas em Brasília cercar o prédio, eu duvido que eles vão continuar decidindo assim” etc.

*Com Folha

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Opinião

Moro tem que ser o primeiro a ser cassado

Neste domingo pela manhã, escrevemos aqui no Antropofagista, que o status que os fascistas estavam anunciando, com ações de ódio, havia mudado.

O texto aqui publicado com o seguinte título “O Estado tem que dar um basta no bolsonarismo de guerra“, como pode ser lido, alertava para que novos fatos com violência visceral dos bolsonaristas, inclusive contra idosos, com risco de morte, deixava claro que, quanto menor fosse o “movimento” dos fascistas, maior seria o ódio aplicado nas ações terroristas.

Pois bem, apesar desse fato estar explícito na grande mídia, nas redes sociais e até mesmo na imprensa internacional, Moro, agora senador, que teve acesso a todas essas informações, fartamente espraiadas em todos os meios de comunicação, dobrou a aposta antilulista no caos, incentivando o terrorismo que vimos ontem, horas antes do início do ataque aos Três Poderes, dizendo que Lula não tinha que mandar reprimir ninguém.

Vendo a extrema repercussão negativa que o terrorismo provocou, dentro e fora do país, ele quis botar a viola no saco com um bilhetinho no twitter, dizendo ser contra ao que acabara de incentivar, porque ele sabia muito bem quem e o quê estava incentivando. Afinal, foi ministro da Justiça e Segurança Pública do facínora que comanda todo esse circo de horrores.

Ou seja, o agora senador, Sergio Moro, mais do que qualquer um, tinha plena consciência do que o bolsonarismo seria capaz de fazer, como fez, sem chance para, depois do leite derramado, dizer-se contrário à fervura.

Ora, se Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal, foi afastado do cargo por 90 dias, com inevitável possibilidade de impeachment, sem escrever nada que incentivasse os golpistas, mas por leniência, Moro, que textualmente convocou e apoiou a manifestação terrorista, criticando Lula pela repressão a protestos violentos, tem que ser cassado e meio. Ele próprio produziu prova de seu crime em sua conta no twitter. Não tem arrego, não tem anistia, Moro tem que ser cassado.

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