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Opinião

Uma imagem para a eternidade

Existem lideranças e lideranças. As movidas por um sentimento de humanismo verdadeiro são especiais.

A imagem de Lula abraçando o Papa realmente carrega um peso simbólico forte, especialmente no contexto brasileiro, onde política e religião muitas vezes se cruzam de forma intensa.

É uma cena que pode evocar várias interpretações: afeto, diplomacia, busca por legitimidade ou até uma tentativa de conciliação entre esferas tão distintas.

A foto do Lula e o Papa Francisco se abraçando realmente captura algo profundamente humano: o encontro entre dois líderes, cada um com seu peso simbólico, em um gesto de afeto e respeito.

É como se, por um instante, as barreiras políticas e religiosas se dissolvessem, mostrando a essência da conexão humana.

Essa arte do humano pode estar na vulnerabilidade e nas circunstâncias daquele momento, que transcende os papéis institucionais dos dois.

Há um ponto central nessa belíssima imagem:
Tanto o Papa Francisco quanto o presidente Lula construíram suas trajetórias marcadas para um compromisso com os pobres e com a justiça social, cada um à sua maneira.

O Papa, com sua simplicidade e ênfase na Igreja voltada aos marginalizados e, Lula, com políticas sociais como o Bolsa Família e o foco em reduzir desigualdades no Brasil.

A união dessa fraternidade como um traço definidor.

A foto deles juntos, nesse abraço, parece cristalizar a sintonia de valores.

Um momento em que a espiritualidade e a política convergem em prol dos mais vulneráveis.

É uma imagem que ressoa porque reflete essa luta comum.

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Mundo

A última fala em público do Papa Francisco: “É com dor que penso em Gaza. Ontem foram bombardeadas crianças. Isto é crueldade. Isso não é guerra”

O papa Francisco sugeriu que a comunidade global deveria estudar se a investida militar de Israel em Gaza constitui um genocídio do povo palestino. O chefe da Igreja também vinha defendendo a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o que vem sendo impedido por Israel.

Além disso, ele criticou os supostos excessos militares de Israel. “A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando há algo desproporcional, você vê uma tendência de dominação que vai além da moralidade”, comentou em setembro de 2024.

O padre Gabriel Romanelli, que lidera a paróquia de Gaza, contou que falou com o papa, a última vez, no sábado (19). “Esperamos que os apelos que ele fez sejam atendidos: que as bombas sejam silenciadas, que esta guerra termine, que os reféns e prisioneiros sejam libertados e que a ajuda humanitária à população possa ser retomada e chegar de forma consistente”, disse Romanelli ao Vaticano News.

Ucrânia

A guerra na Ucrânia também preocupava o líder da Igreja Católica. Tanto ele quanto outros representantes do Vaticano mantiveram diálogo com russos e ucranianos para que se chegasse a um acordo que levasse ao fim do conflito, para troca de prisioneiros e outras tréguas.

Em novembro de 2022, antes da guerra de a Ucrânia completar um ano, Francisco revelou a jornalistas as conversas com autoridades da Ucrânia e da Rússia e disse que, para ele, tratava-se do início de uma nova guerra mundial. “Em um século, três guerras mundiais! A de 1914-1918, a de 1939-1945, e esta! Esta é uma guerra mundial, porque é verdade que, quando os impérios, seja de um lado, seja do outro, se enfraquecem, precisam fazer uma guerra para se sentirem fortes e também para vender armas! Porque hoje creio que a maior calamidade que existe no mundo é a indústria das armas”, destacou.

“Assistindo a sucessivas novas guerras, com a cumplicidade, a tolerância ou a indiferença de outros países, ou com simples lutas de poder em torno de interesses de parte, podemos pensar que a sociedade mundial está a perder o seu coração”, afirmou Francisco.

O primeiro papa latino-americano destacou que basta olhar e ouvir as avós de vítimas de conflitos armados. “É desolador vê-las chorar os netos assassinados, ou escutá-las desejar a própria morte por terem perdido a casa onde sempre viveram”, disse. O Pontífice acrescentou que ver as avós chorar “sem que isso se torne intolerável é sinal de um mundo sem coração”.

Ao publicar a encíclica Laudato Si’, em 2015, o papa já alertava para o aumento das guerras no mundo. “É previsível que, perante o esgotamento de alguns recursos, se vá criando um cenário favorável para novas guerras, disfarçadas sob nobres reivindicações”, afirmou o Pontífice.

Funeral

O Vaticano confirmou que o funeral do Papa Francisco será realizado no próximo sábado, 26 de abril, às 10h da manhã (horário local), na Praça de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada na data, seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior. Em 23 de abril, esta quarta-feira, o corpo será transportado à Basílica de São Pedro.

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Mundo

Hezbollah presta condolências e diz que ‘Papa Francisco acendeu a centelha do amor entre as sociedades islâmica e cristã’

“O Hezbollah expressa suas condolências à Santa Sé”, diz comunicado do movimento xiita libanês.

O Papa Francisco será lembrado como o homem que acendeu uma chama de amor entre cristãos e muçulmanos no mundo, conclamando por um cessar-fogo na Faixa de Gaza até seus últimos dias de vida, declarou o movimento xiita libanês Hezbollah.

“O Papa Francisco simbolizou o espírito do diálogo inter-religioso com suas posições inspiradoras, e seus encontros marcantes com líderes islâmicos em Najaf e Al-Azhar foram marcos que acenderam a chama do amor e da mensagem da fraternidade humana”, afirma a nota, divulgada pela Sputnik na noite de segunda-feira (21).

Segundo o comunicado, as posições firmes do Papa Francisco contra o genocídio palestino cometido por Israel na Faixa de Gaza, sua condenação aos massacres no enclave, os apelos por ajuda humanitária, o reconhecimento oficial da Palestina e o apoio à causa palestina — assim como sua defesa constante do Líbano e condenação da agressão israelense ao país em todas as fases — “representaram a sinceridade de seu compromisso com os valores humanitários”, de acordo com o 237.

“O Hezbollah expressa suas condolências à Santa Sé e aos seguidores da Igreja Católica em todo o mundo, bem como a todos os cristãos, especialmente nossos irmãos cristãos no Líbano e à Nunciatura Apostólica no país, pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio [Papa Francisco], que acreditava na paz, rejeitava as guerras e tinha profunda fé na propagação dos valores do amor e da tolerância, construindo pontes entre religiões, culturas e povos para estabelecer o diálogo, o entendimento e a justiça”, acrescenta o comunicado.

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Política

Por que Chico Buarque e Carol Proner visitaram o Papa Francisco

Aquela visita clandestina em novembro de 2018 tinha como missão a denúncia dos fragrantes abusos do sistema de justiça contra Lula e a democracia, e mais uma vez a presença do Chico foi decisiva.

Os jornais publicaram a foto dos advogados e do Chico ao lado do Papa Francisco e a imagem serviu de impulso para a forte campanha de denúncia contra os abusos da Operação Lava Jato.

Não apenas o caso do Presidente Lula foi sendo percebido como perseguição política, mas também a estratégia como um todo, responsável por uma grave crise nos setores de energia e da construção civil.

O Papa Francisco foi um dos únicos líderes políticos a perceber e denunciar o uso da justiça para fins de desestabilização politica e da violação da presunção de inocência pelo abuso do poder midiático.

Essa foi uma contribuição pontual e inesquecível do Papa para o Brasil e para a América-Latina.

*Carol Proner em seu Facebook

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Brasil

A íntegra da nota de Lula sobre a morte do Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21. Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira, 21, às 2h35 do horário de Brasília, na Casa Santa

O presidente brasileiro e o pontífice tinham um a relação de amizade. Os dois se conheceram quando Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa, ainda era cardeal em Buenos Aires, diz a Exame.

Veja a nota na íntegra:
A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.

Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados.

Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras. e de todas as formas de preconceito.

Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará.

Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de 7 dias no Brasil.

O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações.

*Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil

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Mundo

Vaticano informa que Papa teve agravamento repentino no quadro respiratório

Pontífice de 88 anos, após dois dias de aparente melhora, regrediu em sua recuperação. Ele teve também um quadro isolado de broncoespasmo.

O Papa Francisco, após dois dias consecutivos de melhora, apresentou um agravamento sério em seu quadro respiratório nesta sexta-feira (28). A informação é da sala de imprensa do Vaticano, que divulgou ainda o último boletim médico do líder católico.

Internado no Hospital Gemelli, em Roma, na Itália, há algumas semanas, para inicialmente tratar uma bronquite polimicrobiana e uma pneum

O termo “estado crítico” não voltou a ser empregado pelos médicos que tratam o Papa, mas a classificação de “prognóstico reservado” segue aparecendo em todos os comunicados emitidos pela Santa Sé.

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Mundo

Presidente do Irã pede que Papa interceda por palestinos

Ebrahim Raisi enviou mensagem ao pontífice por ocasião do Natal.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, enviou uma mensagem ao papa Francisco por conta do Natal e pediu que ele ajude a “interromper o massacre em Gaza”, onde mais de 20 mil pessoas já morreram desde o início do atual conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, diz o Ópera Mundi.

Segundo o mandatário iraniano, o elevado número de vítimas é resultado da “falta de ação por parte das organizações internacionais”.

“Espero que haja em breve uma iniciativa internacional para acabar com o assassinato de civis inocentes”, disse Raisi para o pontífice.

O presidente do Irã, aliado do Hamas, também desejou “saúde” ao Papa e “prosperidade para todos os seguidores de Jesus Cristo”.

 

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Política

Um abraço fraterno e emocionado sela o encontro entre Lula e o Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta quarta-feira pelo Papa Francisco, no Vaticano, como mostra a foto feita há pouco.

O encontro a portas fechadas entre os dois foi um dos vários compromissos do petista no segundo dia de sua viagem à Itália, primeira parada da segunda viagem que faz à Europa desde que seu governo começou, diz o Agenda do Poder.

A paz mundial, com a busca de uma solução para a Guerra entre Rússia e Ucrânia, e o combate à desigualdade são dois dos temas principais do encontro.

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Decisão histórica: Papa permite voto de mulheres em Sínodo dos Bispos

Novas regras também ampliam participação de leigos no principal colegiado deliberativo da Igreja Católica.

O Vaticano anunciou, nesta quarta-feira, que o Papa Francisco vai permitir que mulheres votem no próximo Sínodo dos Bispos, em um movimento inédito que pode abrir caminho para maior inclusão feminina nas decisões internas da Igreja Católica, uma causa defendida pelo Pontífice ao longo de seu papado. Francisco também aumentou o número de leigos que vão participar do Sínodo, em outubro, que é o principal colegiado de deliberação da Igreja, diz O Globo.

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente de aconselhamento do Papa que reúne bispos de todo o mundo, em encontros periódicos para discutir e votar propostas sobre orientações da Igreja que são enviadas para deliberação do Papa. O tema do evento deste ano gira em torno do estímulo ao maior envolvimento dos fiéis nas questões da Igreja.

As novas regras, publicadas nesta quarta-feira em um documento sobre o próximo Sínodo, marcam uma mudança histórica nas normas da Igreja católica. Pelo documento, a maior parte dos participantes ainda é formada por bispos, mas o Papa adicionou 70 integrantes além deles, com orientação de que 35 sejam mulheres e que a presença de jovens seja incentivada. O texto determina que, por serem integrantes, “eles terão o direito a voto”.

Além disso, cinco freiras vão se juntar aos 5 padres que também podem votar como representantes de ordens religiosas. Nos Sínodos passados, as mulheres puderam apenas atuar como auditoras.

As mudanças vêm ao encontro de manifestações do Papa em defesa da ampliação do poder decisório de mulheres, assim como do estímulo à integração de leigos nos assuntos da Igreja. Francisco também nomeou mulheres para cargos na Cúria Romana — o órgão central de governo da Igreja. Em 2021, o Papa fez uma alteração no regulamento da Igreja para permitir que mulheres pudessem fazer a leitura da Bíblia nas missas e distribuir a comunhão nas missas.

O direito de voto era uma reivindicação antiga das mulheres na Igreja Católica. No encontro de 2018, ocorreram protestos pela ampliação do papel delas, com a entrega de uma petição com mais de nove mil assinaturas ao secretariado do Sínodo.

— (A mudança) É resultado de longa militância e ativismo — comemorou Kate McElwee, integrante de um grupo que defende o direito de mulheres na Igreja. (Com New York Times).

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Política

Papa Francisco diz que Lula foi condenado injustamente e que Dilma tem ‘mãos limpas’

Pontífice afirmou ainda que petistas foram alvos do uso da Justiça para perseguição política.

O papa Francisco disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pela Justiça sem provas, e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem “mãos limpas”, além de ter sofrido um processo de impeachment classificado por ele como injusto.

Segundo a Folha, a declaração foi feita em entrevista exibida na quinta-feira (30) na rede argentina C5N. Ela foi gravada antes da internação de Francisco em um hospital em Roma, na quarta-feira (29), após queixas de dificuldade para respirar. Ele deve ter alta neste sábado (1º).

Líder da Igreja Católica afirmou que a ex-mandatária é “uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente”.

O papa ainda citou o “fumus delicti”, termo jurídico em latim para conceituar a comprovação de um crime por meio de indícios suficientes de autoria, e ainda disse que “às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento”.

Por fim, quando o jornalista encerrou o assunto dizendo que “inocentes são condenados”, o pontífice ressaltou que “no Brasil, isso aconteceu nos dois casos”, referindo-se a Lula e a Dilma. Para ele, “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta”.

Dilma perdeu o mandato em 2016 em processo de impeachment que tramitou na Câmara dos Deputados e no Senado. Ambas as Casas consideraram que a então presidente cometeu crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais”, com a abertura de crédito orçamentário sem aval do Congresso.

A decisão, no processo e no mérito, foi acompanhada sem contestação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em dezembro passado, Francisco já havia dito em entrevista a um jornal espanhol que o processo que levou Lula à prisão começou por uma notícia falsa. “Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça”, disse na ocasião.

O papa disse ainda, à época, que notícias falsas sobre líderes políticos são gravíssimas. “Eles podem destruir uma pessoa”.

O petista ficou preso por 580 dias entre 2018 e 2019 por causa de condenação na Operação Lava Jato, que posteriormente foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

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