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Varejo, que apoiou maciçamente o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, tem a maior queda em 20 anos

Patrocinou o banquete e ficou do lado de fora. Esta é a mais pura realidade que os comerciantes brasileiros vivem sob o governo de Bolsonaro.

Provavelmente, agora, os comerciantes entendam que não mandam absolutamente em nada e que são meros garçons dos gafanhotos do sistema financeiro.

Eles que, de forma maciça, apoiaram o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, sentem a derrocada bater em suas portas, muitas já fechadas.

A grande maioria dos comerciantes do varejo acreditou que o problema deles era o salário dos trabalhadores que, na verdade, são os seus consumidores. Agora, eles estão aí consumidos pelas cabeças neoliberais que comandam o Brasil e o levam ao caos.

É o preço que estão pagando pela mentalidade tacanha do neoliberalismo voraz representado por FHC, Collor, Temer e, agora, por Bolsonaro, com Paulo Guedes, que sempre tiveram o apoio do comércio em geral. Hoje, esses comerciantes veem secar o leite de suas vaquinhas.

Mas o preconceito e a total falta de preparo intelectual e, consequentemente, de discernimento político e, portanto, incapazes de pensar um metro à frente, tomam uma bofetada na cara. Quem sabe assim não acordam do sonho de que fazem parte da elite.

*Da redação

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Política

Coro de impeachment espeta a nuca de Bolsonaro

As classes dominantes, aos poucos, vão soltando o verbo contra a dupla de ataque, Paulo Guedes e Bolsonaro, que não fez um único golzinho em dois anos de governo.

Na verdade, o Dream Team do neoliberalismo paratatá jogou como dois zagueiros do time adversário, dando bico para onde o nariz apontava e o nariz estava sempre apontado para a direção oposta.

Aqueles Nostradamus da economia, convidados pela mídia para vender “o plano econômico” de Guedes como a oitava maravilha da terra, como sempre, evaporaram, sumiram, ficando somente a comentarista de economia, Juliana Rosa, da GloboNews, muxoxa, com cara de quem fecha a birosca sem vender um único torresmo e avisa que analistas ou agências que, agora, sequer têm os nomes citados, jogaram a toalha e já falam que o tempo que Bolsonaro ganhar de sobrevida no governo estará jogando o país num buraco ainda mais fundo.

Daí esse passo marcado e apertado que as classes dominantes impuseram a Bolsonaro. O pedido de impeachment de um dos sujeitos mais escroques da história desse país não está com os dias contados, mas passados, fedendo em pleno processo de putrefação.

Lógico que o mote começou com o não menos estúpido levante negacionista contra qualquer medida de prevenção da pandemia, inclusive aquelas que ajudam a economia a voltar a funcionar, como uso das máscaras, o asseio das mãos e, sobretudo a vacina.

Bolsonaro, como um louco, atirou para todos os lados. Começou negando a doença e terminou negando a vacina contra a doença que ele sempre disse não existir. Agora, está ele soterrado debaixo de toneladas de cloroquina, vendo seu oxigênio acabar de maneira irremediável, principalmente depois que começou seu verdadeiro inferno político, que foi a saída de Trump da Casa Branca.

Na verdade, Trump estava para Bolsonaro como Clinton para FHC. Bolsonaro entrava com o lombo e Trump, com o chicote.

Não foi a isso que assistimos nos oito anos de FHC com Clinton?

Ora, se um troço desse deu errado para o Brasil quando FHC quebrou o país três vezes em oito anos, por que daria certo com Bolsonaro e Trump?

Mas como a nossa classe dominante age mais por deslumbramento com os EUA do que com a própria realidade, esses jecas vivem caindo no conto da parceria neoliberal entre Brasil e EUA.

O resultado é um globalização de mão única em que tanto o governo FHC, Temer e Bolsonaro, implodem o mercado interno para beneficiar os interesses comerciais dos EUA.

A saída da Ford do Brasil escancara isso.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Uma fábrica como a Ford, com mais de 100 anos no Brasil, não fecharia se a economia mostrasse um mínimo de vigor

Uma coisa é o governo militar de Bolsonaro, junto com Maia, anunciar as reformas, assim como o governo Temer, que impulsionariam a economia brasileira e, consequentemente, gerariam milhões de empregos.

Mas fora do conto de fadas neoliberal e suas asas de anjos protetores, o brasileiro foi esbofeteado mais uma vez pela mesma laia de sempre.

O discurso do governo Bolsonaro é o de que tudo dependia de uma torcida a favor, pois, tendo fé que a economia aconteceria, o jiló se transformaria em pêssego a partir das atitudes e ações que o suposto mercado daria emprego e renda para todos os brasileiros.

É o que todos querem, é o que todos sonham, mas a vida dos brasileiros está cada dia mais imprevisível, justamente porque os trabalhadores, perdendo empregos e direitos, a raiz dos problemas brasileiros, seu mundo seria não um capítulo por dia, mas uma história, dependendo da atividade de muitos, é preciso matar um leão à unha por hora.

Um troço desse presta? Alguém vai dar crédito para um trabalhador precarizado? Alguém vai conseguir vender numa escala razoável sem crédito para seus consumidores?

O Brasil está se transformando numa massa falida, o que já denunciava a bolsa de valores com a compra de empresas nacionais na bacia das almas por grupos internacionais, porque o mercado funciona assim, quando um país sangra é que o oportunista investe para acabar de matar a empresa e, na frente, vendê-la ganhando duas ou três vezes mais para quem tem o chamado olhos de águia.

O caso da Ford não é outra coisa, senão o resultado de uma economia de pinguela. E o que vem a ser isso? Uma economia que depende de algo extremamente frágil, duvidoso que exige sacrifícios humanos sobrenaturais para, no final das contas, aquilo que a mídia chama de “novo empreendedor” não conseguir somar em um mês de trabalho sacrificante sequer 80% do miserável salário mínimo.

O Brasil volta à era de FHC, com o mesmo pensamento neoliberal e o mesmo resultado, fazendo com que o Véio da Havan, um comerciante de bugigangas da China, vire a grande referência de empresário brasileiro. E, lógico, além de milhões de portinhas que vendem bugiganguinhas e eletrônicos, vê-se explodir em bairros a oferta ambulante do vendedor de ovos, de vassouras, de queijos, de pães e outras quinquilharias. Pelo estado do automóvel utilizado pelos vendedores, dá para se ter a medida da vida sacrificante que estão levando e o retorno nenhum que têm.

Isso é de fato o resultado de uma economia, a vida como ela é para milhões e milhões de brasileiros trabalhadores que, na época de Lula e Dilma, viram, durante 13 anos, sua mão de obra ser valorizada com um salário que tinha o maior poder de compra da história e o desemprego com as menores taxas da história do país. Agora, estão aí perambulando para cima e para baixo, desesperados, sabendo como começa o dia, mas não como termina, se terão um qualquer para colocar o feijão com arroz no prato dos seus filhos.

Trocando em miúdos, aquele deus mercado dará, prometido pelo crescimento em V de Paulo Guedes, não deu, prometeu e não entregou a encomenda.

A saída da Ford, praticamente, um mês depois do fechamento da fábrica da Mercedes, prova que o Brasil caminha a passos largos para voltar à era do país do R$ 1,99 que marcou os oito anos do neoliberalismo de FH decalcado por Bolsonaro, Guedes e Maia.

O resto é conversa fiada para fazer dos brasileiros bucha de canhão para o sistema financeiro.

Para quem ainda não entendeu, vai um português claro, o Brasil, depois do golpe em Dilma, entrou em liquidação. Esse era o plano da Lava Jato, de parte do STF, dos militares, de Temer, Guedes, Maia e Bolsonaro. Ou seja, fala-se aqui de ratos que tomaram de assalto o país para destruí-lo em nome de interesses internacionais, sobretudo dos EUA.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Economia

Disputa pelo comando no Congresso aumenta pressão por volta de Auxílio Emergencial

Retomada do pagamento do auxílio emergencial entra na agenda dos candidatos à presidência da Câmara; avaliação no Ministério da Economia é que, se o benefício voltar a ser pago, governo só tem caixa para um valor abaixo de R$ 300.

BRASÍLIA – Uma nova rodada do auxílio emergencial tornou-se um dos temas centrais na disputa pelo comando do Congresso Nacional. Na Câmara, os dois principais candidatos já se posicionaram a favor de discutir a retomada dos pagamentos. Com mais de 200 mil vítimas fatais da covid-19 no País, a pressão é crescente entre os parlamentares e já entrou no radar do Ministério da Economia. Segundo apurou o Estadão, a equipe econômica avalia que o benefício precisará ficar abaixo dos R$ 300 pagos entre setembro de dezembro do ano passado, caso haja necessidade de renová-lo.

O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já admitiu publicamente a possibilidade de renovação do benefício em caso de recrudescimento da covid-19, mas nenhum movimento foi feito até agora, apesar de o Brasil ter registrado recordes diários de novos casos da doença nas últimas semanas. Na última quinta, 7, foram anunciados mais de 87 mil infectados em 24 horas, um número sem precedentes desde o início da pandemia.

A avaliação da equipe econômica sobre prorrogar o auxílio não mudou, segundo apurou o Estadão, mas sinalizações do Ministério da Saúde sobre a situação da pandemia e do próprio presidente Jair Bolsonaro são apontadas como necessárias antes de qualquer decisão. Desde já, o diagnóstico é que um benefício de R$ 300 ou mais é financeiramente insustentável. No ano passado, o País se endividou significativamente para destinar R$ 322 bilhões ao pagamento do auxílio emergencial.

No entanto, a área econômica também pondera que a própria população já retomou as atividades e “não tem mais paciência de ficar em casa”. Por isso, se a doença continuar recrudescendo, o governo vai avaliar a concessão – nesse cenário, seria preciso decretar calamidade pública novamente. Do contrário, não haverá nova rodada de benefício. Será preciso observar, disse uma fonte ouvida pela reportagem.

O Congresso tem se adiantado no debate. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) começou a coletar assinaturas de apoio a um requerimento de convocação extraordinária do Congresso em janeiro para votar um novo decreto de calamidade, a retomada do auxílio emergencial e a universalização de uma vacina contra covid-19. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu numa rede social o cancelamento do recesso para a votação de temas importantes, como o auxílio à população mais vulnerável.

A discussão sobre medidas de auxílio aos mais carentes em meio ao recrudescimento da pandemia também entrou no foco dos principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados. Na quarta-feira, 6, ao lançar oficialmente sua campanha, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu aumentar o Bolsa Família ou instituir uma nova rodada do auxílio emergencial. “Ano passado parecia que íamos virar o ano e a pandemia ia acabar. Essa não é a realidade. Hoje temos milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxílio e voltar a ter dificuldade do mais básico, que é ter alimento na sua mesa”, afirmou Baleia. Nesta sexta, 8, o deputado voltou ao tema, defendendo conciliar o debate com a responsabilidade fiscal.

Principal adversário do emedebista na corrida pelo comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) também aderiu à defesa do fortalecimento de políticas sociais. Em seu perfil no Twitter, o candidato pregou uma reorganização dos programas de renda mínima, “mas sem abrir mão da austeridade fiscal e do teto de gastos”, em referência à regra que limita o avanço das despesas à inflação e é considerada pela equipe econômica uma superâncora da credibilidade no País. “A demagogia fiscal sempre custa caro para o País e em especial para os mais pobres”, escreveu Lira.

O governo tenta esperar o resultado da disputa para decidir sobre a prorrogação do auxílio, na expectativa de que seu candidato (Lira) saia vitorioso.
Mais pressões

Além do crescimento no número de casos da doença e de o País ter ultrapassado a marca de 200 mil mortes decorrentes da covid-19, decisões recentes de prefeitos e até da Justiça reforçam a pressão diante do agravamento na situação. Em 30 de dezembro, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar mantendo em vigor trechos de uma lei que expiraria no fim de 2020 para assegurar a continuidade de medidas de combate à covid-19, autorizando a determinação de ações de isolamento, quarentena e adoção de restrições.

A decisão do STF foi vista dentro da área econômica como um reconhecimento da gravidade da situação e de que medidas de combate à pandemia continuam sendo necessárias. O temor é que isso seja uma prévia de pedidos por uma nova decretação de calamidade ou mais uma rodada de auxílio emergencial fora das capacidades fiscais do governo.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), já anunciou que a capital mineira vai ampliar as medidas de isolamento a partir da próxima segunda-feira, 11, após a cidade ter chegado “ao limite da covid-19”, o que também evidenciou que o Brasil está longe de qualquer normalidade. O secretário municipal de Planejamento, André Reis, disse que a União deu uma ajuda importante às famílias e às empresas, receita que poderia ser repetida no primeiro trimestre de 2021, até o País vacinar idosos e equipes de saúde.

“Não estamos fechando por gosto. A prefeitura é dependente da equipe econômica”, afirmou. “Merecia uma reflexão da União sobre que tipo de apoio ela poderia dar. Já que a vacinação está começando no fim de janeiro, coloca o benefício até fim de fevereiro ou início de março, até vacinar os idosos e ter algum alívio nos leitos hospitalares”, defendeu Reis. Segundo ele, assim que os dois grupos (idosos e profissionais de saúde) forem vacinados, haverá condições de voltar com a economia “próxima da normalidade”.

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse que o governo federal não deveria se furtar do debate sobre prorrogar o auxílio emergencial e ser transparente sobre as limitações financeiras. Por outro lado, ele reconheceu que é preciso auxiliar a população mais carente. “Certamente, com o nível do desemprego e a redução da atividade econômica que o País viveu, e se a pandemia for se prolongar, é importante que haja uma solução para a população mais pobre. Qual será a solução, o mais capaz de apresentar é o governo federal”, afirmou.

Renan Filho disse que o Estado adotará algumas iniciativas próprias e começará em fevereiro a pagar um auxílio às famílias registradas no Cadastro Único e que têm crianças até 5 anos. Essas famílias integram o Programa Criança Alagoana (Cria) e passarão a receber um auxílio de R$ 100 a R$ 120 mensais, de forma permanente. A expectativa é contemplar 200 mil famílias, com custo anual de R$ 200 milhões.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), também avalia que é preciso decretar calamidade novamente e garantir o pagamento de auxílios à população mais vulnerável. “Aquilo que caracterizou a necessidade de uma rede de proteção se mantém. O coronavírus continua solto no mundo”, afirmou.

 

*Com informações do Estadão

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Após falar que país ‘está quebrado’, Bolsonaro convoca reunião de emergência

Ministro interrompeu férias para participar de encontro. Economistas criticaram declaração do presidente.

Um dia depois de afirmar que o ‘Brasil está quebrado’ e que não consegue fazer nada, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião com ministros. O titular da Economia, Paulo Guedes, interrompeu as férias para ir ao encontro no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira. Outros 16 ministros também foram chamados.

A declaração de Bolsonaro foi feita em conversa com apoiadores ontem. O presidente culpou a pandemia de Covid-19 e a imprensa, que, segundo ele, teria “potencializado” o coronavírus, por promessas não cumpridas em seu governo.

Citou especificamente o Imposto de Renda. Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro prometeu isentar o IR de quem ganha até R$ 5 mil. Hoje, o limite de isenção é de R$ 1.903,98. No fim de 2019, propôs uma elevação para R$ 3 mil, mas o plano também não foi adiante.

Mas foram várias as promessas não cumpridas. Eleito com um programa econômico liberal e reformista, Bolsonaro não conseguiu aprovar reformas estruturais para além das mudanças nas regras de aposentadoria, em 2019.

Tem tido dificuldades para fazer privatizações e controlar as contas públicas. Também pretendia substituir o Bolsa Família por um benefício de valor maior e mais abrangente, batizado de Renda Brasil e depois de Renda Cidadã. Sem espaço fiscal, a ideia não avançou.

Faltam recursos também para investir em obras públicas, outro plano que enfrenta limitações para sair do papel.

Vários economistas criticaram a declaração do presidente. Disseram que o país vive uma situação de crise fiscal grave, que pode levar à insustentabilidade da dívida pública. Mas está longe de estar quebrado.

Os economistas disseram ainda que cabe ao governo articular com o Congresso a aprovação das reformas necessárias para tirar o país da crise.

 

*Com informações de O Globo

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Brasil não cumpre prazo para pagar parcela de aporte ao Banco do BRICS

A data limite para o pagamento para o Novo Banco de Desenvolvimento, criado pelo BRICS, era até o último domingo (3). O governo brasileiro recebeu alertas sobre o prazo, mas as ignorou.

O governo brasileiro não efetuou o pagamento da penúltima parcela de US$ 292 milhões (cerca de R$ 1,54 bilhão) para o aporte de capital no NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), a instituição financeira criada pelos cinco países do grupo do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A verba para o pagamento da parcela da dívida com NDB ficou de fora do projeto de lei que foi votado para remanejar despesas do Orçamento de 2020 e atender a demandas de obras de interesse do governo e emendas de parlamentares, de acordo com o Estadão.

Porém, no fim do ano, o argumento para votar correndo o texto, foi o de que o governo precisava honrar os seus compromissos com organismos multilaterais e não podia ficar com a imagem prejudicada na comunidade internacional. Ainda assim, a parcela não foi paga, e não foi por falta de aviso.

O ex-secretário Especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo enviou um ofício aos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Casa Civil) e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizando que a data limite estava próxima, mas não teve sucesso.

Diante da dívida, o BRICS por determinação contratual, terá de comunicar às agências de classificação de risco, detentores de títulos e parceiros internacionais, o não pagamento. O Palácio do Planalto foi alertado pelo Ministério da Economia sobre o impasse.

*Com informações do Sputnik

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Rodrigo Maia é tão ou mais culpado que Paulo Guedes pelo caos econômico no país

A essência do mercado é enxergar o país, as pessoas que nele habitam, pelo lado de dentro de um balcão. Por isso, jamais espere de um partido de direita um projeto de país. Não há sequer um projeto de mercado, no máximo, essa gente trabalha para regulamentar o Estado para que este desregule toda e qualquer atividade comercial e transforme o país num grande camelódromo em que a lei do mais forte se instale e o caos social seja a consequência primeira.

Não foi por acaso que Zé Dirceu entrou na mira da milícia midiática que sempre entendeu que a notícia é uma mercadoria, assim como um sabonete, uma pasta de dente, um sapato ou uma bicicleta e, consequentemente, por ter a mesma linha de pensamento de um dono de birosca de sapê ou de um proprietário de shopping que pensam exatamente igual, assim como um grande industrial.

Zé Dirceu, logo no começo do governo Lula, em uma entrevista no Canal Livre na Band, fez um esboço rápido de um projeto de país a partir do próprio país, de seus cidadãos, com propostas que foram depois cumpridas com a geração de mais 20 milhões de empregos nos governos Lula e Dilma e a recuperação gradual dos salários.

O resultado foi o salário com o maior poder de compra da história, com o Brasil chegando aonde chegou, em 2014, no governo Dilma, junto a esse patamar, com pleno emprego.

O resultado de tudo isso foi uma melhora substancial na vida de todos os brasileiros e o país figurando entre as seis maiores economias do planeta, tendo um protagonismo global jamais visto.

Não se pode atribuir apenas a Aécio, o menino mimado que ficou furioso porque perdeu a primeira eleição para Dilma. Aécio foi moldado dentro do pensamento tucano, o partido moldado como se molda um armarinho ou uma loja de bugigangas, com vitrines atraentes, saldão e mercadorias com todo tipo de preço e gosto.

Quando Zé Dirceu falou em zerar o déficit habitacional, manter uma base econômica com reservas cambiais, entre outras propostas, os jornais no dia seguinte explodiram em ataques a ele, mas principalmente ao PT. E, ao invés de dizer que o PT tinha um projeto de país, a mídia mercadológica sapecou de maneira uniforme e unânime, que o PT tinha um projeto de poder e que sonhava se perpetuar no comando do país a partir do projeto.

Na verdade, esta foi uma conclusão lógica de quem sabia que, com tal objetivo, o PT conseguiria dar rumo ao país, organizar as instituições do Estado e promover oportunidades a todo e qualquer cidadão brasileiro.

Para essa pequena, média e grande burguesia do Brasil, isso é o insulto dos insultos. Um país para essa gente começa a partir da banca promocional, mas sobretudo que a sonegação seja a maior fonte de lucro, exigindo que o Estado promova o mercado e não o contrário e abandone toda e qualquer linha de pensamento em que o país seja visto a partir de seus cidadãos.

Por isso, Rodrigo Maia, o maior propagandista e que mais trabalhou pelas reformas tanto de Temer quanto de Bolsonaro, aparecia na mídia como quem tinha na manga todo o cálculo econômico do arrocho e da desregulamentação que as leis trabalhistas gerariam de benefícios, sem jamais dizer que modelo econômico seria implantado e como tais benefícios chegariam aos brasileiros.

Para ele, agora, é muito cômodo dizer o que qualquer pessoa minimamente sensata ou atenta sempre soube, que Paulo Guedes, assim como qualquer neoliberal, que já assumiu o comando da economia brasileira, é uma fraude, é uma mentira grosseira que sempre esteve a serviço do modelo econômico herdado da escravidão em que o futuro e as perspectivas de melhora da população ficariam por conta de cada um, como é regra primeira do pensamento mercadológico, seja ele de um monetarista, seja ele do lápis que se tira de trás da orelha e se rabisca o cálculo do lucro num papel de embrulho.

A fala entre esses dois universos, pode se diferenciar, mas o objetivo e a maneira de operar essa forma rude de economia, é a mesmíssima.

Então, quando Maia diz agora que está esperando Guedes cumprir 10% do que prometeu, como se a economia de um país dependesse de um condão mágico do ministro da economia e não de um pensamento de nação, dá a nós o direito de perguntar ao mesmo Maia, que sempre se comportou como um escapulário dos banqueiros, aonde está o 1% daquilo que ele prometeu quando comandou, na Câmara dos Deputados, as reformas que prometiam transformar o Brasil no céu a partir de supostas técnicas de mercado, que nunca existiram e jamais existirão, porque mercado é, por si só, selvageria. E, por instinto, fora da jaula, devora o primeiro que aparecer à sua frente.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Pressionado pelo STF, negacionismo de Bolsonaro fez um rabisco às pressas do plano de vacinação

Bolsonaro não quer saber de entrar num furdunço com o STF. Ele já sente que sua musculatura não tem tonicidade para tanto. Diante de uma avalanche de críticas, o negacionismo de Bolsonaro teve que enfiar a viola no saco, porque junto com a tragédia sanitária que ocorre no Brasil, a FDA (Anvisa americana) que aprovou o uso emergencial da vacina Pfizer contra a Covid-19, e a vacinação nos EUA começará ser feita em massa na próxima semana.

Junte tudo isso, incluindo a mídia que apoiou Bolsonaro e que, hoje, o chama de patife, para que um plano emergencial de vacinação no Brasil, exigido pelo STF, fosse colocado na mesa.

No tal plano de vacinação de Bolsonaro há detalhamento sobre os procedimentos da campanha, o que eles não têm, é a vacina, somente a promessa de que terão. E quando falamos “eles”, estamos falando de Bolsonaro, o verdadeiro ministro da Saúde e seu porta-voz, o general Pazuello, aquele mesmo que disse que, Bolsonaro manda e ele obedece.

Seja como for, a sorte dos brasileiros foi lançada. Bolsonaro, cada vez mais tomado por preocupação com as denúncias de uso das instituições do Estado na defesa dos crimes do clã, não consegue dar conta de tudo e, com isso, a pressão política sobre sua cadeira atinge limites inéditos que militante bolsonarista nenhum, dentro do governo, tem como ajudar a defendê-lo, pois a deterioração política do país já é gritante e o Brasil, além de enfrentar uma pandemia, patina, derrapa e cai numa poça econômica criada pelo neoliberalismo pandêmico de Paulo Guedes.

Pazuello fala em gastar R$ 20 bilhões com a vacinação, um troco miúdo diante de quase R$ 2 trilhões de reservas deixadas por Lula e Dilma, o mesmo PT que a mídia se associou a Bolsonaro e a Moro para que o partido não voltasse a governar o país.

A mídia, por sua vez, cada vez mais alimenta o governo Bolsonaro a conta-gotas, deixando-o cada dia mais enfraquecido sem querer derrubá-lo, porque falta peça de reposição no almoxarifado do lixo reciclado da direita.

A questão central é que Bolsonaro jura já ter fechado contrato com 300 milhões de doses da vacina, com um pequeno, mas gigantesco detalhe, não apresentou data para a entrega da encomenda.

Diante de mais de 180 mil vítimas de Bolsonaro, a molecagem em distribuir o “kit Covid” contendo cloroquina como carro chefe, parece, como tudo indica, chegou ao fim, não por sua vontade, mas apesar dela.

A conferir

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro já não governa mais, sofreu impeachment cordial

Bolsonaro já não governa mais, isso seria fatal, porque, afinal, nunca de fato teve interesse em governar o país e sim governar na base da manipulação das instituições do Estado que podem alcançar, através da lei, seu clã envolvido até o pescoço com vários tipos de contravenção e corrupção.

Outro ponto que toma a preocupação de Bolsonaro é a questão do racismo em que ele gasta boa parte do seu tempo pensando como pode prejudicar os negros. O uso da Fundação Palmares para vomitar seu ódio contra os negros foi um canal possível que ele encontrou, mas certamente, gostaria de ter mais espaço para segregar e disseminar ódio contra negros e índios.

Linkado com a questão que envolvem os índios e quilombolas está também uma verdadeira obsessão pela garimpagem ilegal e a grilagem, como ele próprio confessou que herdou isso do DNA do pai.

Sobre a questão da governabilidade, Bolsonaro já havia sofrido uma desobediência generalizada dos governadores quando o STF determinou que a forma como os estados trabalhariam pela prevenção e tratamento da Covid-19, seria independente do governo federal porque chegou à conclusão de que Bolsonaro é um psicopata com impulso genocida capaz de dizimar, com o seu ódio ao humano, pelo menos 10% da população. Ele bem que tentou e, em parte, até conseguiu.

A elite brasileira, num segundo golpe, não elegeu Bolsonaro impunemente, quase 180 mil vidas já foram ceifadas por conta disso, que é um assunto que merece uma avaliação bem mais profunda, já que em dois golpes seguidos, com Temer e Bolsonaro, a elite mostrou que não há limite para seu instinto fascista.

Primeiro ela colocou um sujeito despido de qualquer caráter, como Temer, no lugar da primeira presidenta eleita do Brasil para, em seguida, dobrar a aposta na perversidade e apoiar Bolsonaro e comandar uma  frente dentro do judiciário que condenasse e prendesse Lula para impedi-lo de voltar a comandar o país, em nome dos interesses seculares de uma oligarquia que, certamente, é a mais atrasada do planeta.

O resultado está aí, o Brasil hoje, no tocante às questões centrais, tem quatro comandos diferentes, tendo a mídia como ponto central. Na economia, quem apita é o mercado. Paulo Guedes não é simplesmente um Chicago Boy do pinochetismo tardio, ele é, sobretudo, um office boy dos banqueiros e grandes rentistas que são também grandes empresários.

O Congresso é outro regulador que entra cada vez mais na seara do executivo para que prossiga com as boas e péssimas pautas para o país, independente da vontade do presidente da República.

Do lado negativo, as reformas, do positivo, o auxílio emergencial que salvou muita gente da fome, mas principalmente a economia que foi salva de um caos ainda mais avassalador.

O STF, o mais sensível aos mandos e desmandos da mídia brasileira, mostrando que tem canela de vidro diante da pressão dos telejornais da Globo, segue rigorosamente as ordens cochichadas pelos Marinho, através de seus comentaristas, jornais e também pelo seu Instituto Innovare.

Já os governadores tratam isso de uma maneira autônoma que caracteriza a própria agenda conservadora ou progressista, o que faz com que Bolsonaro perca qualquer ascensão sobre o grosso das questões que envolvem estados e municípios. E com algumas exceções como o lambe-botas, Romeu Zema, cada um age, sobretudo na pandemia, de acordo com as necessidades de seu estado.

Agora, parece que todos se uniram, governadores, STF, Congresso e mercado a partir da imunização contra a Covid-29, que já ocorre na Rússia e Reino Unido, e o anúncio de Dória de que iniciará a vacinação em 25 de janeiro de 2021 com a CoronaVac, uma parceria do Butantan com a China que acabou por expor toda a irresponsabilidade de Bolsonaro que vinha tentando fugir do compromisso de vacinar o povo brasileiro.

A reunião de Pazuello com os governadores e não dos governadores com Pazuello para tratar da vacinação do povo, mostra que Bolsonaro não comanda mais o país, mas sim é comandado por uma junta institucional que promoveu, em certa medida, o seu impeachment cordial.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Miriam Leitão diz que Bolsonaro é risco de vida para os brasileiros, mas não diz que estiveram juntos para golpear Dilma

Como chegamos a Bolsonaro? Ele não virou presidente sem um filão de aspectos que o colocaram na cadeira da presidência.

Miriam Leitão quer falar do monstro, mas foge de analisar a receita que deu nesse monstro como presidente, que é um risco de vida para todos os brasileiros, exceto para seus filhos.

Diz Mirian: “Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida. A declaração do ministro Eduardo Pazuello de que as aglomerações da campanha eleitoral não causaram aumento da pandemia no Brasil é um atentado à saúde dos brasileiros”

A pergunta que Miriam tem que se fazer é, ela e Bolsonaro estavam em lados opostos no golpe contra Dilma?

Mas Miriam não faz essa pergunta porque sabe que ela e Bolsonaro estiveram irmanados para derrubar Dilma, a primeira mulher eleita presidenta do Brasil, assim como apoia a política ultraneoliberal de Paulo Guedes como a própria família Marinho e os banqueiros que Miriam representa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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