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Política

Bombardeado por todos os lados, Bolsonaro recua e diz que vacinação pode começar em dezembro

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que a vacinação emergencial contra a covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, com doses da vacina da Pfizer/Biontech. No entanto, o general elencou uma série de condições para que isso aconteça —todas elas, neste momento, bastante improváveis, o que torna remota a possibilidade de imunização ainda em 2020.

Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello também afirmou que o plano nacional de imunização pode começar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, o que seria uma terceira data diferente sugerida em duas semanas. Ontem, o ministro falou que o início de uma campanha nacional de vacinação estava previsto para o final de fevereiro, com doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. Na semana passada, a expectativa era que o plano começasse em março, embora o governo não tivesse oficializado uma data.

Uso emergencial

Para dar a previsão de vacinação emergencial ainda em dezembro, Pazuello considerou a possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceder uma autorização de urgência para o uso do imunizante. Ele falou especificamente sobre a vacina desenvolvida pela Pfizer, a mesma que começou a ser aplicada ontem no Reino Unido.

“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, por exemplo, em hipótese, se nós tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer”, disse Pazuello, em entrevista à CNN Brasil

Se a Pfizer conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial.

As condições citadas por Pazuello, porém, são improváveis neste momento. Isso porque:

  • até agora, nenhuma vacina fez pedido de uso emergencial para a Anvisa;
  • o Brasil está em tratativas, mas ainda não concluiu as negociações com a Pfizer (leia mais abaixo);
  • apesar da negociação, a Pfizer vê como improvável a chance de disponibilizar doses ao Brasil antes de janeiro (leia mais abaixo).

O ministro lembrou a intenção do governo brasileiro de fechar um contrato com o laboratório Pfizer para receber inicialmente 500 mil doses da vacina. O imunizante recebeu uma autorização emergencial no Reino Unido no início de dezembro e a vacinação no país foi iniciada ontem para grupos prioritários. A vacina também fez pedidos de uso emergencial nos Estados Unidos e na Argentina.

O UOL questionou a Anvisa, por email, se seria viável, ainda neste ano, a aprovação emergencial em dezembro de uma vacina cuja autorização não foi pedida. A reportagem ainda não obteve retorno.
Vacinas de Oxford e Sinovac

Apesar de Pazuello falar sobre a vacina da Pfizer, até agora, a grande aposta do governo brasileiro é a vacina de Oxford, com a qual o país já fechou um acordo de quase R$ 2 bilhões, que prevê a disponibilização de mais de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca. No país, a produção da vacina ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal.

Pazuello ainda considerou a possibilidade de contar para o PNI (Programa Nacional de Imunização) com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista. O imunizante tem sido motivo de discussões entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou um plano estadual de vacinação para janeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Vacinação geral entre janeiro e fevereiro

Sobre o plano efetivo de imunização, esse feito a partir de um registro definitivo de vacinas na Anvisa, Pazuello disse que a expectativa agora é iniciar a vacinação entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

“Os quantitativos dependem da entrega. O que tem de previsão? 15 milhões da AstraZeneca e 500 mil doses de previsão inicial da Pfizer em janeiro. Em relação ao Butantan, ainda não tenho o número de disponibilidade em janeiro”, disse o ministro.

É bem provável que entre janeiro e fevereiro nós estejamos vacinando a população brasileira.
ministro Pazuello

Pazuello assumiu a Saúde de forma interina ainda em maio, após as saídas de Luiz Henrique Mandetta e depois Nelson Teich. O general não tem formação médica e é considerado um especialista em logística. Em setembro, ele assumiu de forma definitiva o ministério. O ministro chegou a ficar internado com covid-19, mas se recuperou.

Vacina da Pfizer só em janeiro

Apesar da previsão mais otimista de Pazuello, ontem o presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, afirmou não enxergar mais a possibilidade de o laboratório fornecer vacinas contra a covid-19 ao Brasil antes de janeiro. Ele falou em vacinar 2 milhões de brasileiros com o imunizante até março de 2021.

Segundo Murillo, a Pfizer e o governo brasileiro negociam um acordo para a disponibilização de 70 milhões de doses.

 

*Com informações do Uol

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Governo Bolsonaro, através de Pazuello, repassou verba da Covid-19 para entidades que não tratam a doença

Pasta destinou dinheiro para clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo coronavírus.

O Ministério da Saúde decidiu repassar parte de R$ 2 bilhões de recursos emergenciais destinados ao controle do avanço da pandemia da Covid-19 a entidades, Santas Casas e hospitais filantrópicos que não atendem pacientes com a doença.

Entre os beneficiados estão maternidades, clínicas dos olhos, hospitais psiquiátricos e associações beneficentes.

A destinação foi feita por meio de duas portarias editadas pela pasta em maio deste ano, 1.393 e 1.448, assinadas pelo ministro Eduardo Pazuello, então interino na Saúde.

A medida foi destacada em relatório produzido em outubro pelo Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo).

O órgão afirmou que “uma representativa parcela destes recursos foi destinada a entidades que atuavam em áreas não diretamente relacionadas ao enfrentamento da pandemia”.

Segundo o conselho, isso gerou dificuldade na aplicação dos recursos pelos gestores da saúde, “uma vez que a necessidade dava-se em outras áreas”.

Da lista dos beneficiados pelas portarias, seis hospitais e abrigos psiquiátricos receberam R$ 7,6 milhões.

Sete maternidades atendidas por associações de proteção à maternidade e à infância ganharam R$ 4,2 milhões.

Uma entidade filantrópica que fornece serviços de oftalmologia como “instrumento de inclusão social” de Goiás, por exemplo, recebeu R$ 188 mil. Em seu site, o grupo diz que os atendimentos são feitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), convênios médicos e particulares.

Outro centro que oferece serviços de oftalmologia, em Londrina (PR), recebeu R$ 181 mil. A instituição diz ter principal foco no atendimento de pacientes do SUS, mas não tem tratamento para Covid.

Já um hospital de psiquiatria no município de Arapiraca (AL) recebeu R$ 2,5 milhões, e um albergue noturno que atende psicóticos e dependentes de álcool e drogas, em Loanda (PR), R$ 819 mil. Ligado à comunidade espírita, o local não atende pacientes com Covid-19, conforme informado por telefone.

Uma federação espírita em Curitiba recebeu R$ 722 mil. A ONG repassou o valor a um hospital psiquiátrico ligado à comunidade da denominação religiosa. A unidade informou, ao telefone, que não atende pacientes com coronavírus.

Uma maternidade de Buíque (PE), que recebeu R$ 923 mil, também disse não dispor de leitos para Covid. Quem liga para a unidade em busca de tratamento para a doença ouve que deve procurar um hospital do município.

Outra maternidade que fica no município de Rio Verde, interior do estado de Goiás, e recebeu R$ 766 mil, informou que recebe pacientes com coronavírus “só se a mãe estiver em trabalho de parto”.

Apesar de não terem leitos para a Covid, algumas destas unidades argumentaram que tiveram de aumentar gastos com equipamentos de proteção individual, aumento da jornada de funcionários, além de adaptações para manter o distanciamento social. Também afirmaram que ainda não aplicaram todos os recursos recebidos pelo governo e ainda fazem estudo de como utilizar.

Em paralelo, a ocupação de leitos de UTI para pacientes graves da Covid-19 no país voltou a preocupar. Um levantamento publicado pela Folha na terça-feira revelou que, em quase duas semanas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 em hospitais privados paulistas passou de 55% para 84%.

​A alta também é observada nas internações em geral por Covid, segundo o SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo). No país como um todo, a taxa de ocupação por pacientes infectados estava em 74,7% em 33 instituições entrevistadas.

O presidente do Cosems-SP, Geraldo Reple Sobrinho, afirmou que não participou da decisão sobre as entidades que receberiam os valores.

Ele alertou para uma possível dificuldade na prestação de contas. “Elas deverão comprovar em que estão empregando esses recursos para ações do tratamento da Covid”, disse.

De acordo com a portaria nº 1.393, o auxílio financeiro emergencial é destinado a entidades que participam de forma complementar do SUS, “com o objetivo de permitir-lhes atuar de forma coordenada no controle do avanço da pandemia da Covid-19”.

O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que estabeleceu auxílio financeiro emergencial às Santas Casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos “para apoiá-los no controle do avanço da pandemia”.

A pasta disse ainda que o recurso foi repassado em duas parcelas, por meio do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, e usado em ações para combater a pandemia “como a compra de medicamentos, suprimentos, insumos e produtos hospitalares”.

Também foi aberta a possibilidade de aquisição de equipamentos e a realização de pequenas reformas e adaptações físicas para aumento da oferta de leitos de terapia intensiva.

“Os critérios de rateio dos recursos financeiros da primeira parcela se deram pelo quantitativo de leitos SUS cadastrados de entidades que estavam nos planos de contingência dos estados, Distrito Federal e municípios.”

No caso dos hospitais mencionados pela reportagem, o órgão afirmou que foram contemplados por serem entidades filantrópicas e por atenderem o disposto na Lei nº 13.995/2020, em especial o artigo 1, parágrafo 1º.

O texto diz que o critério de rateio deve ser feito considerados os municípios brasileiros que têm presídios.

Também foram levados em conta, segundo a pasta, os dados epidemiológicos oficiais do Ministério da Saúde, quanto à incidência de casos da Covid-19 por região e a evolução da pandemia. Além do número de leitos SUS e valores da produção dos serviços ambulatoriais e hospitalares de média e alta complexidade.

 

*com informações da Folha

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Depois de humilhar Pazuello, Bolsonaro usa Salles para humilhar general Ramos: “Maria fofoca”

Maria fofoca, foi a definição que Bolsonaro encontrou para colocar na boca de Ricardo Salles sua classificação sobre o general Ramos. Como todos sabem, a chamada ala ideológica do governo, não existe, o que existe são os mambembes de Bolsonaro, colocados nas pastas para reproduzir o que ele quer falar, quer fazer, mas não pode parecer ser quem ele é.

É assim que Bolsonaro utiliza o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, para disseminar seu racismo, assim como usa Salles para seu principal projeto de governo, dar total garantias a garimpeiros, madeireiros, grileiros e outros bandoleiros da floresta que, certamente, têm algum negócio com o clã, já que a principal tradição da família Bolsonaro, a começar pelo pai, é a de fazer garimpo ilegal.

Essa é uma forma de milícia florestal que, no final das contas, reproduz em áreas rurais as mesmas práticas violentas das milícias cariocas por quem Bolsonaro sempre reservou seus maiores elogios, somado a isso, a família tem como braço direito o miliciano Fabrício Queiroz.

Se nesta quinta-feira (22), Bolsonaro humilhou Pazuello por duas vezes, primeiro desautorizando o ministro fantoche sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina Sinovac e, no dia seguinte, fez live com o próprio Pazuello para que este desse a ele total autoridade para humilhá-lo, dizendo que no governo é assim, um manda e outro obedece, hoje, Bolsonaro usa a boca de aluguel de Ricardo Salles para chamar o general Ramos de Maria fofoca.

Assim, de general em general, Bolsonaro vai desmoralizando a já pra lá de desmoralizada Forças Armadas que vem aceitando toda essa humilhação em nome de um batalhão de militares que vive de uma boquinha nas tetas gostosas do Estado, graças a Bolsonaro.

Esse é o preço que se paga por não ter dignidade.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política e Poder

TCU investiga contrato do Ministério da Saúde para testes de covid-19

Contrato do Ministério da Saúde de R$ 133,2 milhões para compra de 10 milhões de kits de reagentes e insumos usados em testes de covid-19 está sob suspeita de irregularidades. O documento foi assinado em 21 de agosto, na atual gestão do ministro Eduardo Pazuello.

A informação foi repassada ao TCU (Tribunal de Contas da União) pela Dinteg (Diretoria de Integridade) da pasta, que produziu 1 relatório para a fiscalização periódica das medidas adotadas pelo ministério relacionadas à pandemia.

Com base no documento apresentado pelo ministério, a Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU produziu 1 relatório em que relata “diversas alterações na especificação do objeto a ser contratado” ao longo do processo de compra.

Em decisão (íntegra – 3MB), a Corte aprovou nessa 4ª feira (21.out.2020) a solicitação de adoção de providências ao Ministério da Saúde. Eis a íntegra da apresentação do relatório (1MB) feita pelo TCU em sessão plenária.

O relatório aponta ainda que 1 pedido de reconsideração apresentado pela empresa que ficou em 2º lugar no processo de aquisição emergencial, alegando direcionamento à vencedora, foi ignorado pelos setores responsáveis e mantido fora do conhecimento de outros integrantes da pasta.

Ao TCU, o Ministério da Saúde informou que avalia “a possibilidade de receber a 1ª parcela e, posteriormente, anular o contrato”, além disso, vai “reavaliar a real necessidade de contratação dos testes e de instaurar procedimento para apurar a responsabilidade dos envolvidos na contratação.”

A compra está listada pelo tribunal como 1 dos 10 maiores contratos de aquisição direta feitos pela pasta no contexto da pandemia da covid-19.

“Conforme explanado por 1 dos integrantes da Dinteg (Diretoria de Integridade do Ministério da Saúde), a partir da documentação relacionada à contratação, é possível verificar a existência de indícios de irregularidades na contratação, o que evidencia a falta de planejamento e coordenação por parte do Ministério da Saúde para a aquisição”, aponta o relatório do TCU.

O contrato foi firmado com a empresa Thermofisher Scientific Inc, representada no Brasil pela Life Technologies Brasil Comércio e Indústria de Produtos para Biotecnologia Ltda. Dos 10 milhões de kits de insumos e insumos para extração de RNA (material genético), 3 milhões deveriam ter sido entregues em setembro, mais 3 milhões em outubro e 4 milhões em novembro. Segundo dados atualizados até a 1ª semana de outubro, apenas 336 mil itens (3,3%) foram apresentados.

Denúncias sobre mau uso dos recursos públicos voltados para a covid-19 por parte de Estados e municípios foram feitas nos últimos meses pelo Ministério Público. No entanto, irregularidades nas compras efetivadas pela União ainda não tinham sido apontadas.

No início de outubro, no fim das atividades de acompanhamento, a equipe de fiscalização do TCU soube que a 2ª colocada, a empresa Actmed, alegou formalmente direcionamento do projeto básico para a empresa vencedora e pediu “a imediata inabilitação da Thermofisher”. A alegação era de que a empresa não cumpriu o edital.

A concorrente também pedia que atos que alteraram o projeto básico da contratação supostamente para beneficiar a vencedora fossem anulados. O preço apresentado pela segunda colocada, R$ 25,95 por kit, é 94,81% superior ao valor da vencedora, R$ 13,32, segundo o acórdão do TCU.

Segundo documento, a equipe do TCU verificou que o pedido da Actmed, no entanto, foi inserido em apenas 1 dos sistemas de tramitação eletrônica de processos, o SEI, mas não foi anexado a outra plataforma, o SIN Processos. Pelo SIN, o contrato estava sendo executado normalmente.

Segundo o TCU, o pedido da Actmed só chegou ao conhecimento de outros departamentos interessados do ministério, a exemplo da Diretoria de Integridade, porque a empresa fez uma representação.

Foi relatado por integrantes da pasta que “o pedido de reconsideração havia ficado restrito ao conhecimento do Departamento de Logística em Saúde (Dlog/MS) e da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGLAB/SVS), área técnica requisitante dos reagentes, e que a falta de vinculação do SEI ao SIN inviabilizou a verificação da relação entre os dois processos”.

A área técnica do TCU destacou que “para melhor governança e transparência das contratações, deveria haver um único processo que incorporasse todas as informações” e que “a divisão de documentação de uma mesma contratação em dois sistemas paralelos (SIN e SEI) impossibilitou a equipe de analisar apropriadamente a contratação em pauta”.

O TCU também indicou “dúvida quanto ao quantitativo necessário de insumos para testes a ser adquirido pelo Ministério confirma o que a equipe do acompanhamento vem relatando sobre a falta de planejamento nas ações de enfrentamento à Covid-19”.

No relatório, a Corte disse que não descarta a possibilidade de uma representação a respeito do tema, mas, por ora, irá apenas acompanhar os desdobramentos, tendo em vista que “a Diretoria de Integridade está adotando medidas em relação ao assunto”.

O Poder360 procurou o Ministério da Saúde e a Dinteg (Diretoria de Integridade) para se posicionar sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

PEDIDOS DO TCU AO MINISTÉRIO

O acórdão (íntegra – 3MB) do TCU aprovado nessa 4ª feira (22.out.2020) é o 3º de acompanhamento das ações do Ministério da Saúde em relação à pandemia. Abordou uma série de falhas da pasta, como falta de 1 plano estratégico de ações e de comunicação. Em 1 dos pontos, a Corte cobra do ministério “ampla transparência” nas tratativas em relação a vacinas em desenvolvimento.

“Os critérios de transferências de recursos para enfrentamento da pandemia de Covid-19, constantes do art. 2º da Portaria GM/MS 1.666/2020, não foram apresentados de modo a suficientemente indicar como foi feito o rateio de recursos entre os diversos entes subnacionais, o que impossibilita o controle social sobre as transferências e afronta as diretrizes constantes do art. 3º, incisos I, II, IV e V, da Lei 12.527/2011”, disse o TCU.

“É necessário documentar e tornar públicas todas as alterações realizadas nas bases de dados relativas aos sistemas de informação do Ministério da Saúde, de modo a dar efetividade aos princípios e diretrizes constantes do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério da Saúde e da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde.”

O Tribunal estabeleceu ainda 15 dias para que a pasta, após ser notificada, faça uma publicação na internet sobre “qual o papel do Ministério da Saúde em cada iniciativa e as tratativas para incorporação dos produtos no Programa Nacional de Imunizações”.

*Com informações do Poder360

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Vídeo: Bolsonaro e Pazuello, um manda e o outro rasteja

A inacreditável submissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a Bolsonaro, depois da humilhação que sofreu, nesta quarta-feira (21). Uma grande desmoralização para as Forças Armadas.

Carlos Henrique Machado fala. Assista:

*Da redação

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Quem saiu mais humilhado da história da vacina chinesa, Pazuello ou Bolsonaro?

Humilhado por bolsonaristas nas redes sociais, Bolsonaro humilhou o general das Forças Armadas para ser exaltado pela camarilha fascista.

É nítido que o clima de intriga criado em torno da vacina atende a interesses de quem quis promover o recuo humilhante de Bolsonaro que repassou publicamente a fatura para Pazuello e, por osmose, para as Forças Armadas, deixando claro que, se os militares não tomarem uma atitude minimamente honrosa, ficarão marcados como quem se humilha por boquinhas, o que, por extensão, ficará carimbado na testa do ministro da Saúde.

O que foi feito nesta quarta-feira não foi obra de gado, mas de sociedade secreta composta por poucos que se manifestaram contra o acordo do ministério da Saúde com o Instituto Butantan no caso da compra da vacina chinesa CoronaVac, que obrigou Bolsonaro a ficar de joelhos para essa facção que, possivelmente, é comandada pelo próprio Carluxo.

Bolsonaro, covarde como é, cedeu.

Algo parecido já havia ocorrido com o general Santos Cruz no embate com o clã Bolsonaro, e o general foi obrigado a sair do governo para não ser ainda mais humilhado.

O fato é que Bolsonaro transformou-se num refém de sua própria horda que sabe de sua debilidade e, por isso, diante de escândalos de corrupção envolvendo toda a família, somado à tragédia que é seu governo que mostra que é doente e fraco e está nas mãos do mercado. Por isso, obrigaram Bolsonaro a se humilhar, humilhando o general Pazuello.

Se tivesse um mínimo de dignidade, Bolsonaro transformaria a tentativa de humilhação dessa camarilha em coragem de peitar a turba. Mas como é um presidente que não governa, e sim, vegeta na cadeira da presidência, afinou. E as consequências de sua covardia lhe custarão cada vez mais desrespeito, expondo a sua fragilidade política.

Esse fato dá bem a medida de como Bolsonaro negocia com os Estados Unidos, ou seja, olhando de baixo para cima, a ponto de quase quebrar o pescoço.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Depois de humilhar publicamente Pazuello, Bolsonaro diz que ele não sairá do governo

A frase “foi um mal entendido” existe para ser usada, mas lógico, essa gentileza evapora e vira hostilidade, como virou para justificar a lambança de um Bolsonaro covarde que tem medo dos bolsonaristas.

Então, como ele resolve essas desavenças? Eliminando ou humilhando pessoas e, assim, elimina os problemas. Foi exatamente isso que aconteceu com Pazuello quando o assunto ganhou dimensão num grau bolsonarista.

Bolsonaro não quis saber de poupar Pazuello de constrangimentos, tratando-o como adversário a partir do ponto de vista dos bolsonaristas, tentando produzir a percepção de que Bolsonaro não tinha nada a ver com o documento do Ministério da Saúde e palavras do ministro com a afirmação de que o governo compraria 46 milhões de unidades da vacina CoronaVac da China em parceria com o Butantan.

Pois bem, Bolsonaro desautorizou o general Pazuello, humilhando, com isso, um quadro do comando da ativa das Forças Armadas e, agora, diz que tudo foi um mal entendido, uma fofoca, quando, na verdade, não passou de um inconfessável e cruel ataque à honra de Pazuello e, consequentemente, da instituição que representa, as Forças Armadas.

Mal entendidos podem acontecer por não serem bem explicados, mas neste episódio não há mal explicados, porque o ministro da Saúde esteve com Bolsonaro em circunstâncias claras, dando a ele explicações sobre a decisão do Ministério da Saúde em relação à vacina chinesa. Mas Bolsonaro, agora, no primeiro grito de um bolsonarista tresloucado, diz que foi pego de surpresa, potencializando ainda mais a humilhação imperdoável que impôs a Pazuello.

O que ele não quer é complicar ainda mais a sua imagem diante dos bolsonaristas e das Forças Armadas, depois de jogar o general aos leões, seguir em frente com sua postura arrogante, dizendo-se decepcionado com a atitude do ministro da Saúde.

Na verdade, Bolsonaro, ao invés de esclarecer, embaraça ainda mais o sinal pela falta de prudência de queimar publicamente um ministro que é parte do exército e que foi espinafrado por uma atitude mesquinha e irresponsável do presidente da República.

A essa altura do campeonato, não tem mais como devolver a pasta de dente ao tubo ou, diante de uma ambiente tenso, querer solucionar essa humilhação com a mentira do “mal entendido”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Desde o fim de semana, Bolsonaro sabia da compra da vacina chinesa, mas cedeu à pressão de apoiadores

Assessores do Planalto e da Saúde informam que o presidente não só sabia, como também autorizou Pazuello a fechar o acordo, mas recuou após a grita de apoiadores nas redes sociais de que ele estaria beneficiando politicamente João Doria.

A desautorização de Jair Bolsonaro à compra da vacina chinesa produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo do estado de São Paulo, foi motivada não por uma preocupação com relação à segurança do imunizante, que obviamente terá que ser aprovado pela Anvisa antes de ser distribuído, mas por pura e simples pressão de apoiadores nas redes sociais.

Assessores do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde revelaram a jornalistas da Folha de São Paulo e também da Globo que o presidente já sabia do acordo entre a pasta e o governador de São Paulo, João Doria, para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, desde o último final de semana. Ele teria, inclusive, autorizado o ministro Eduardo Pazuello a fechar o acordo, exatamente nos termos em que ele foi consumado.

Após João Doria, na noite desta terça-feira (21), no entanto, ter feito o anúncio sobre a aquisição da vacina por parte do governo federal, apoiadores de Bolsonaro começaram uma forte campanha nas redes sociais contra o imunizante, acusando o tucano de querer lucrar politicamente com a vacina e Pazuello de estar beneficiando o governador, que atualmente é visto como adversário do presidente na eleição de 2022.

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro frita Pazuello: Ministério da Saúde nega compra da CoronaVac e diz que vacina não tem eficácia

E o complexo de vira-lata segue firme com Bolsonaro, assim como a absurda subserviência aos Estados Unidos, colocando a população toda em risco.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse no fim da manhã desta quarta-feira (21), em coletiva de imprensa, que não houve compromisso com o governo de São Paulo para adquirir vacinas contra a covid-19 e que não há intenção de compra de imunizantes chineses.

“Não houve qualquer acordo com o governo de São Paulo, ou na aquisição de vacinas chinesas, mas sim uma conversa com o instituto Butantan”, declarou o secretário de Eduardo Pazuello na coletiva, desmentindo o anúncio do ministro.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. Hoje, no entanto, Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde e afirmou que o governo brasileiro não comprará da vacina. O ministro não participou da coletiva.

O ministério ignorou testes do bom desempenho da imunização da vacina e disse que não há eficácia comprovada da CoronaVac. A pasta declarou que só irá sinalizar a aquisição da vacina quando a Anvisa comprovar a eficiência do munizante.

Pazuello não participou da coletiva, sob alegação de estar com sintomas da Covid-19 e recluso.

Na coletiva, a pasta também informou que a vacinação não será obrigatória.

Governadores e parlamentares da oposição ao governo já denunciam posicionamento de Bolsonaro em politizar o tema e reivindicam a presença de Eduardo Pazuello no Congresso Nacional.

 

*Com informações do 247

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