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Relator de projeto sobre emendas é alvo da PF por desvios das próprias

Resolução aprovada para dar mais transparência tem Eduardo Gomes (PL-TO) como relator e deixou brechas para ocultar autores.

O Congresso Nacional aprovou na tarde desta quinta-feira (13/3) a resolução para dar mais transparência e rastreabilidade às emendas parlamentares. A falta de transparência têm sido alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) desde meados de 2024.

Embora tenha como finalidade dar mais transparência aos repasses, o texto aprovado deixou uma série de brechas para ocultar autores de emendas.

O relator da proposta é o senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO) que, recentemente, entrou na mira da Polícia Federal (PF), segundo o Metrópoles, por supostos desvios em obras custeadas, justamente, por emendas.

Como mostrou a coluna, a PF pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares de Eduardo Gomes.

O pedido de investigação se deu no inquérito da Operação Emendário, que resultou na denúncia por corrupção contra três deputados do PL.

A PF encontrou em celulares dos investigados mensagens em que um suposto ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), um dos denunciados na operação Emendário.

A conversa é de fevereiro de 2022 e mostra Carlos Lopes falando com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra.

Segundo a PF, a cobrança seria de um “saldo devedor” de R$1,3 milhão, dos quais Lizoel pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.

Na época, a assessoria do senador disse que Lizoel trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador, e não é funcionário do gabinete no senado. Afirmou, ainda, que a única emenda individual que o senador destinou para outro estado que não seja o Tocantins foi durante a calamidade que assolou o Rio Grande do Sul.

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Caso Marielle: STF manda PF entregar conversas entre vereadora e delegado acusado de ser mandante do crime

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) apresente transcrições de conversas entre a vereadora Marielle Franco (Psol) e o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ser um dos mandantes do crime ocorrido em março de 2018. A decisão atende a um pedido da defesa do delegado.

Rivaldo foi chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro de março a dezembro de 2018 e está preso preventivamente desde o ano passado. Ele é réu na ação penal que apura quem são os mandantes dos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. O crime vai completar sete anos nesta sexta-feira (14).

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo também teria atuado para atrapalhar as investigações sobre o crime enquanto chefiava a polícia fluminense. Ele tomou posse do cargo na véspera do assassinato, nomeado pelo então comandante da intervenção federal na segurança pública do Rio, o general Walter Braga Netto.

A defesa de Rivaldo nega a participação dele no crime e espera que as conversas anexadas ao processo provem que os dois mantinham uma relação cordial. Moraes também aceitou outro pedido da defesa para que seja enviado ao STF um processo criminal que tramita no Rio com envolvimento do assassino confesso Ronnie Lessa.

O ministro, no entanto, rejeitou outros pedidos da defesa. Um deles, sobre uma suposta estrutura ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que teria sido usada para monitorar um dos delegados que assumiu o caso, Moraes considerou que “não possui relevância para a apuração dos delitos objetos da ação penal”.

*BdF

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PF pode ampliar lista de indiciados em inquérito sobre tentativa de golpe

Documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor podem arrastar novos personagens para o caso.

Na reta final da análise do material coletado na Operação Contragolpe, que levou à prisão do general e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a Polícia Federal avalia a possibilidade de apresentar novos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, informa Bela Megale, do jornal O Globo.

Mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter denunciado Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas, a investigação da PF segue em curso e pode atingir novos nomes. A análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor, o coronel Flávio Peregrino, tem sido central para essa avaliação. Telefones, computadores, pen-drives e outros materiais estão sob análise dos peritos, podendo trazer elementos que fundamentem novas imputações, segundo Guilherme Levorato, 247.

Entre militares e aliados de Bolsonaro, cresce a preocupação com a possibilidade de mais membros das Forças Armadas serem formalmente implicados no caso, sobretudo por envolvimento na tentativa de golpe e em ações de obstrução de Justiça. No meio castrense, Flávio Peregrino é visto como um elo fundamental entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e Braga Netto. Esse vínculo pode ser um dos pontos-chave para ampliar a lista de investigados.

Além disso, documentos encontrados pela Polícia Federal na sede do Partido Liberal (PL), durante uma operação de busca e apreensão, reforçam essa suspeita. O material estava na mesa de Flávio Peregrino e indicava uma movimentação para obter informações sigilosas sobre o acordo de Cid com a Justiça. Esse fator também está sendo analisado pelos investigadores, podendo gerar desdobramentos na investigação.

A expectativa é que, com a finalização da análise dos materiais, a PF decida se indiciará novos nomes, ampliando o alcance das responsabilizações na tentativa de ruptura institucional.

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PF faz operação contra desvios de emendas parlamentares: ‘contrato de propina’

Agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio Grande do Sul.

A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (13), uma operação para investigar supostos desvios em emendas parlamentares. Embora os nomes dos alvos ainda não tenham sido divulgados, sabe-se que há pelo menos 11 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos, com ações em Brasília e no Rio Grande do Sul. As informações são do G1.

De acordo com a TV Globo, a investigação cita o deputado Afonso Motta (PDT-RS). Um de seus assessores é um dos alvos das buscas realizadas. As investigações indicam o uso de um “contrato de propina”, um documento que supostamente detalha o valor total das emendas e o percentual de desvios envolvidos.

As investigações também revelam a existência de um “acordo de propina” entre os envolvidos. Esse documento especificaria o valor total da emenda e a porcentagem destinada aos desvios, segundo o 247..

Os mandados foram autorizados pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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PF deflagra operação contra ameaças a Lula

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (12), uma operação para apurar e combater ameaças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As investigações começaram após a identificação de postagens em redes sociais, nas quais um indivíduo fez ameaças de atentado contra o presidente durante a visita do chefe do Executivo ao município de Belém (PA).

Em resposta às ameaças, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra o suspeito. A corporação também impôs medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de o investigado se aproximar de locais onde Lula possa estar.

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PF liga senador do PL a desvios em emendas e pede investigação

Relatório da corporação cita indícios de envolvimento do senador Eduardo Gomes em suposto esquema de rateio de emendas.

A Polícia Federal (PF) pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Gomes é o atual 1º vice-presidente do Senado e foi líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional. Em 2019, foi um dos senadores que atuou na relatoria do orçamento do ano seguinte.

O pedido da PF se deu dentro do inquérito da Operação Emendário, que mirou três deputados do PL denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ao analisar aparelhos eletrônicos apreendidos durante a investigação, a PF encontrou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

Carlos Lopes é identificado pela PF como o responsável pela elaboração de ofício e planilhas, bem como pela articulação de emendas com outros parlamentares sob o comando de Josimar Maranhãozinho.

Na troca de mensagens, de fevereiro de 2022, Carlos Lopes fala com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra, segundo Fabio Serapião, Metrópoles.

“Eles aparentemente tratavam sobre porcentagens de emendas destinadas pelo Senador, sob a gestão do dep. federal Maranhãozinho. Trata-se exatamente do mesmo modus operandi ora investigado, somente trocando quem eram os parlamentares dirigidos pelo dep. federal Maranhãozinho”, diz a PF sobre as mensagens.

Segundo a PF, a cobrança feita por Lizoel Bezerra é de um “saldo devedor” de R$ 1,3 milhão, dos quais o ex-assessor do senador pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.

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Marconi Perillo, presidente do PSDB, é alvo de operação da PF por desvios na saúde em Goiás

Político é o atual presidente nacional do PSDB e teve a casa visitada por equipes p.oliciais em busca de documentos que podem auxiliar na investigação.

O ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, é alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (6/2). A ação investiga desvios de recursos da saúde entre os anos de 2012 e 2018. A Controladoria-Geral da União (CGU) também participa das diligências, segundo o Correio Braziliense.

Perillo é alvo de mandados de busca e apreensão. As equipes policiais foram até a casa dele em Goiânia logo cedo. A ordem e para apreender documentos, arquivos de informática e aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, que podem ser utilizados para aprofundar as investigações.

Ao todo, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na capital de Goiás e um em Brasília. Dois deles contra Marconi Perillo. As ordens foram expedidas pela 11ª Vara de Justiça Federal, que também determinou o sequestro de R$ 28 milhões dos investigados.

Os desvios teriam ocorrido por meio da contratação de uma organização social para atuar na saúde de Goiás. A entidade teria subcontratado empresas ligadas a políticos e aos gestores da própria organização. Com isso, parte dos recursos seriam desviados para os próprios políticos e agentes privados envolvidos no esquema.

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Acordo todos os dias com a sensação da PF na porta, do Bolsonaro

Boa notícia. A PF acordou Bolsonaro as 6 horas em ponto e rebocou esse estrume no camburão.

É assim que imagino. Bolsonaro dentro do banheiro chorando sentado no vaso e a PF na porta esperando o sacripanta tirar o trinco e receber a ordem de prisão.

Lógico que o estardalhaço dos bolsonaristas será grande nesse dia, mas será abafado pelas buzinas e foguetes de milhões de brasileiros, sobretudo os que perderam entes e amigos queridos durante a pandemia de COVID porque esse bandalho estava jogando com os os laboratórios que estavam fabricando as vacinas pra ver quem pagava melhor preço da propina por dose como mostrou a CPI do genocídio.

Isso, sem falar da orquestração do pulha na tentativa frustrada de golpe de Estado em 8 de Janeiro de 2023.

Eu não sou maluco, nem pretensioso para apontar nesse texto o total de crimes que Bolsonaro cometeu. O sujeito é um cagado de corpo e alma.

Por isso, imagino que milhões e milhões de brasileiros acordam todos os dias com a sensação da PF na porta do facínora do Vivendas da Barra.

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PF identifica elo entre blitze da PRF e plano golpista de Bolsonaro

PF inclui um sétimo núcleo à organização golpista, este dedicado à “alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais”.

A Polícia Federal (PF) revelou um elo entre a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir o direito ao voto de eleitores do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022 e o plano golpista supostamente articulado por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. As informações foram divulgadas por Aguirre Talento, do UOL, que teve acesso ao relatório final do inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O documento, que embasou o indiciamento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, descreve ações coordenadas para criar barreiras ilegais no dia da eleição. Segundo a PF, essas operações estavam dedicadas à “alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais” e faziam parte de uma organização criminosa articulada em torno do plano de golpe que buscava impedir a vitória do presidente Lula (PT).

Blitze e intimidação de eleitores no Nordeste – As blitze realizadas pela PRF, principalmente na Bahia — estado onde Lula obteve votação expressiva —, foram descritas pela PF como ações orquestradas sob ordens diretas de Anderson Torres. O relatório cita que Torres pressionou as forças de segurança a intensificar o policiamento em regiões estratégicas para o resultado eleitoral. “Houve uma atuação orquestrada deliberada pelo ministro da Justiça, empregando recursos materiais e humanos do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal como força armada para criar óbices e intimidação aos eleitores do Nordeste”, destaca o texto.

Segundo o relatório, a operação ilegal utilizou a PRF como ferramenta de intimidação, com a finalidade de desestimular o comparecimento às urnas de eleitores no Nordeste, região que historicamente concentra um forte eleitorado progressista.

A conexão com o plano de golpe – O relatório também vinculou essas ações ao plano golpista amplamente investigado. De acordo com a PF, o plano incluía núcleos com diferentes funções, desde a desinformação e ataques ao sistema eleitoral até operações para incitar apoio de militares e ações coercitivas. O inquérito sobre Torres e a PRF adiciona um possível sétimo núcleo à estrutura criminosa, que visava alterar por meio de crime o resultado eleitoral. Com 247.

Um trecho do documento descreve os atos como uma “tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito”, tipificada nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal. A minuta golpista apreendida na residência de Anderson Torres, que previa a alteração do resultado das eleições, é outro elemento que reforça o vínculo direto entre as ações do ex-ministro e o planejamento antidemocrático.

Repercussão e próximos passos – Enquanto a equipe de Paulo Gonet analisa as provas apresentadas, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se os atos envolvendo as blitze da PRF serão incluídos na denúncia principal sobre o plano golpista ou se configurarão um caso à parte. Alexandre de Moraes, ministro do STF, já destacou a possibilidade de conexão entre as investigações.

As defesas de Torres e Vasques afirmaram não ter acesso ao relatório completo e, por isso, não se manifestaram. Jair Bolsonaro, também indiciado, permanece em silêncio sobre o caso.

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Flávio Bolsonaro e emendas para a Marinha: contrato com alvo da PF gera suspeitas

Parlamentar direcionou recursos que foram utilizados em contratos com a Transuniversal, cujo dono foi flagrado com R$ 345 mil dentro de base naval.

Emendas parlamentares do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foram utilizadas pela Marinha do Brasil para pagar contratos da empresa Transuniversal Pinturas e Anticorrosão. André Martinez, dono da empresa, foi flagrado pela Polícia Federal (PF) sacando R$ 345 mil em uma agência bancária dentro da Base Naval de Niterói (RJ). O episódio acendeu o alerta sobre o possível uso dos valores para pagamento de propina, informa o Metrópoles.

R$ 319 mil de emendas parlamentares de Flávio foram destinados à Marinha entre 2020 e 2023, contemplando áreas como o Arsenal da Força e a Base Naval do Rio de Janeiro. A Transuniversal já havia recebido cerca de R$ 120 milhões em contratos desde 2011, sendo R$ 5,4 milhões provenientes de emendas parlamentares, incluindo as de relator e individuais. Em 18 pagamentos rastreados, o senador aparece vinculado como padrinho.

Investigação e defesa das partes – A PF recebeu uma denúncia anônima apontando que o dinheiro sacado seria usado para pagar propina a um membro do Comando da Marinha em troca de benefícios. Martinez foi levado à superintendência da PF para depoimento e teve seu celular apreendido. No entanto, as investigações iniciais não identificaram os destinatários do suposto pagamento ou quais atos seriam praticados. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Militar para aprofundamento.

Em sua defesa, André Martinez alegou que o saque era destinado ao pagamento de funcionários, destacando que muitos não possuem conta bancária. Ele afirmou que a prática de sacar grandes quantias ocorre há anos, sempre próxima às datas de pagamento, como nos dias 5 e 20. O empresário negou qualquer irregularidade e declarou que a empresa atua exclusivamente por meio de licitações públicas, respeitando as normas legais.

Por sua vez, Flávio Bolsonaro afirmou, por meio de nota, que não conhece a empresa ou seus donos. O senador destacou que seus recursos são direcionados para as Forças Armadas e que questionamentos sobre a execução devem ser dirigidos à Marinha. Ele também negou a possibilidade de emendas parlamentares serem destinadas diretamente a empresas privadas, de acordo com o 247.

Marinha e transparência sob escrutínio – A Marinha, em nota, disse não comentar investigações em andamento, mas reforçou seu compromisso com a ética e a transparência. O caso, entretanto, levanta questionamentos sobre o monitoramento e a aplicação de recursos provenientes de emendas parlamentares, especialmente em contratos com empresas privadas.

O desenrolar da investigação deve trazer novos esclarecimentos sobre o destino dos valores e a existência de possíveis irregularidades.