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Ruraleiros bolsonaristas no patrocínio do roubo do INSS

Entidade investigada pela PF em fraude do INSS banca despesas de frente parlamentar rural

A Polícia Federal (PF) investiga 11 entidades por fraude no INSS, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), que recebeu cerca de R$ 2,9 bilhões entre 2016 e 2023.

A Contag é acusada de realizar descontos irregulares em benefícios do INSS sem autorização dos beneficiários.

Entidades Investigadas:
Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares): recebeu R$ 2,9 bilhões entre 2016 e 2023
Caap (Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas do INSS): 214 dos 215 descontos realizados foram considerados irregulares.
Unabrasil (União Nacional dos Aposentados e Pensionistas do Brasil): teve 72 descontos irregulares identificados

A investigação da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que as entidades realizaram descontos sem autorização, falsificaram assinaturas e não tinham infraestrutura para prestar serviços prometidos. O prejuízo pode alcançar R$ 6,3 bilhões, afetando aposentados e pensionistas ¹.


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Os filhos de Jair Bolsonaro na investigação da Abin Paralela

Uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin Paralela” aponta que três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro – Carlos, Flávio e Jair Renan – foram beneficiados por ações clandestinas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo. O esquema que envolvia o uso ilegal do software de espionagem FirstMile tinha como objetivo proteger interesses políticos e familiares, monitorar adversários e interferir em investigações.

Abaixo, detalhe como cada filho aparece na investigação, com base nas informações disponíveis:

Carlos Bolsonaro 
Papel central: Carlos, vereador do Rio de Janeiro, é apontado como um dos principais beneficiários e idealizadores da estrutura paralelamente. A PF o coloca no “núcleo político” do esquema, afirmando que ele era o “destinatário direto” das informações obtidas ilegalmente, usado para proteger o núcleo familiar e atacar adversários políticos.

Desinformação: Ele é acusado de disseminação articular de notícias falsas, incluindo ataques ao sistema eleitoral brasileiro, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro. A PF organizou que Carlos recebeu relatórios de inteligência ilegais e coordenou o chamado “gabinete do ódio”, responsável por difamar opositores nas redes sociais.
Provas : Uma mensagem de sua assessora, Luciana de Almeida, pedindo ajuda a Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) em inquéritos envolvendo “PR [presidente] e os 3 filhos”, reforça seu envolvimento. A PF também interceptou diálogos onde membros da Abin combinaram marcar Carlos em postagens com fake news contra adversários, como o senador Alessandro Vieira, durante a CPI da Covid.

Flávio Bolsonaro 
Monitoramento ilegal: A Paralela da Abin é atuosa para obstruir investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro, especialmente no caso das “rachadinhas” (desvio de substituição de assessores) quando ele era deputado estadual. A PF detalhou que a agência monitorou três auditores da Receita Federal envolvidos na apuração, com o objetivo de descredibilizá-los e neutralizar a investigação.

Obstrução de justiça: As ações incluem obter informações internas da Receita, identificar delatores e fragilizar a legitimidade do processo, configurando desvio de finalidade administrativa. Um áudio gravado pela PF, envolvendo Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e o general Augusto Heleno, discutiu a investigação das rachadinhas, transferindo interferência direta.

Defesa de Flávio: Relatórios da Abin foram produzidos para subsidiar a defesa de Flávio, conforme planejado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela PF.

Jair Renan Bolsonaro 
Proteção preventiva: Jair Renan, vereador eleito em Balneário Camboriú, foi beneficiado por ações da Abin que buscavam antecipar e neutralizar investigações que poderiam impactá-lo. A PF aponta que a agência monitorou trâmites do Ministério Público, relações empresariais e movimentações financeiras para evitar danos à sua imagem.

Tráfego de influência: Em 2021, Jair Renan foi alvo de um inquérito por suspeita de tráfico de influência, arquivado posteriormente. A Abin atrapalhou essa investigação, monitorando o empresário Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan. Um agente da Abin foi flagrado pela Polícia Militar do Distrito Federal seguindo Lucena, sob ordens de um auxiliar de Ramagem, para levantar informações sobre um carro elétrico fornecido por Jair Renan.

Interferência em investigações: A PF destaca uma interferência “desastrosa” da Abin em uma apuração sobre Jair Renan, que investigava sua relação com empresários da construção civil específicos em projetos do Ministério do Desenvolvimento Regional. Ele teria recebido um veículo elétrico como pagamento por intermediação, e um Abin atuou para neutralizar a investigação.
Contexto geral :

A investigação, que resultou no indiciamento de 36 pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, revela que a Abin foi usada para fins pessoais, violando princípios de legalidade e impessoalidade.
Jair Bolsonaro, embora não indiciado neste inquérito por já responder por organização criminosa em outro processo (relacionado à tentativa de golpe), é apontado como o “centro decisório” e principais beneficiários das ações, definindo diretrizes estratégicas ao lado de Carlos.

O software FirstMile foi usado para monitorar ilegalmente quase 1.800 telefones, resultando em 60.734 consultas irregulares entre 2019 e 2021, repassando autoridades, jornalistas e opositores.
Flávio Bolsonaro negou envolvimento com a Abin, indicando que a divulgação do relatório visava prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio. Carlos e Jair Renan também negaram irregularidades.

Observação: As informações são baseadas em relatórios da PF e reportagens, mas as peças judiciais independentes de análises do Ministério Público e do STF. A investigação expõe um padrão de uso indevido da Abin, mas as defesas dos envolvidos contestam as acusações, alegando falta de provas ou motivações políticas.


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PF identificou mais de 60 mil acessos ilegais feitos pela ‘Abin paralela’ entre 2019 e 2021; Bolsonaro fez uso

A Polícia Federal (PF) descobriu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou 60.734 acessos indevidos a dados de geolocalização entre os anos de 2019 e 2021. As atividades utilizaram o sistema conhecido como “First Mile”, adquirido sem licitação por R$ 5,7 milhões, e sem autorização judicial.

O sigilo da investigação foi suspenso nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relatório final enviado à Corte, o sistema foi utilizado de maneira sigilosa para rastrear, em tempo real, a posição de celulares — incluindo os de figuras públicas como o próprio ministro, o também ministro do STF Gilmar Mendes, o ex-deputado federal Jean Wyllys e o jornalista Leandro Demori.

Segundo o portal de notícias g1, a PF apontou que parte dessas consultas ilegais teve como finalidade proteger e garantir a segurança de membros do chamado “núcleo político” do governo Jair Bolsonaro (PL), do qual faziam parte o ex-presidente e um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro.

Segundo o relatório, a estrutura de inteligência paralela dentro da Abin foi usada com propósitos pessoais, políticos e eleitorais por esse grupo, inclusive para espionar opositores e acessar dados sigilosos de investigações relevantes.

Espionagem sob o comando de Bolsonaro
O inquérito da Polícia Federal sobre a chamada “Abin paralela” aponta que Jair Bolsonaro tinha conhecimento direto das ações de espionagem contra adversários e até contra ex-integrantes de sua própria gestão.

Conforme os investigadores, essas ações visavam atender aos interesses do “núcleo político” da suposta organização criminosa instalada no topo da administração federal.

Entre os alvos monitorados estava o advogado Roberto Bertholdo, preso em 2020 durante apurações sobre irregularidades no setor de saúde do estado do Rio de Janeiro.

Segundo o relatório da PF, o objetivo da vigilância contra Bertholdo e Giacomo Romeis, da Secretaria Especial de Relações Governamentais, era, no fim, atingir o então ministro Onyx Lorenzoni.

A corporação afirma que a operação era “devidamente acompanhada por Jair Bolsonaro”, conforme anotação com o título “PR Presidente”, feita por Alexandre Ramagem, que na época era diretor da Abin e hoje é deputado federal.

Essa anotação, registrada em 5 de maio de 2020 e alterada pela última vez em março de 2023, continha mensagens encaminhadas ao presidente da República.

De acordo com a PF, as ações executadas “no interesse do núcleo político” eram relatadas diretamente ao ex-presidente.

*Sputnik


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PF revela como Abin paralela e trama golpista se conectam

Relatório final detalha elo entre estrutura clandestina, Gabinete do Ódio e tentativa de ruptura institucional.

Um dos episódios mais graves da história da inteligência estatal brasileira foi desvendado no relatório final do Inquérito Policial 2023.0022161, produzido pela Polícia Federal. O documento revela a existência de uma estrutura clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), operada com recursos públicos para fins políticos, ilegais e com desvio de finalidade institucional.

A investigação, conduzida pela Divisão de Operações de Inteligência Cibernética da PF, identificou a atuação de uma organização criminosa (ORCRIM) no interior da Abin, com comando político vinculado ao entorno direto do ex-presidente Jair Bolsonaro. O núcleo da operação era liderado por Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência e hoje deputado federal.

Sob a gestão de Ramagem, o grupo estruturou um sistema de vigilância ilegal, sabotagem institucional e disseminação de desinformação. Parte essencial desse aparato envolvia o uso do sistema First Mile, ferramenta de espionagem eletrônica capaz de rastrear dispositivos móveis sem autorização judicial. A PF foi categórica:

“Todas as 60.734 consultas realizadas na solução First Mile durante a vigência do contrato com a Abin foram, assim, ilegais, em qualquer contexto”.

Abin paralela e Carlos Bolsonaro
O relatório aponta que o núcleo político responsável pelo uso da Abin paralela operava com objetivos eleitorais e repressivos, e tinha como elo com o Palácio do Planalto o vereador Carlos Bolsonaro, figura central do chamado “gabinete do ódio”. A estrutura atuava no monitoramento de ministros do STF, parlamentares, jornalistas e adversários políticos — além de proteger aliados, como Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente.

A PF vincula diretamente essas ações à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, em conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023:

Delação de Cid e provas técnicas

A colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi decisiva para destravar a apuração. A delação revelou detalhes da atuação da estrutura paralela e foi complementada por 104 laudos periciais e mais de 250 relatórios técnicos, a partir da análise de cerca de 200 dispositivos eletrônicos.

A PF também demonstrou que os responsáveis omitiram a natureza intrusiva do sistema First Mile no momento da contratação, que custou R$ 5,7 milhões e foi justificada como apoio à intervenção federal no Rio de Janeiro. Na prática, o sistema foi desviado para espionagem de adversários.

“A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema […] em flagrante violação aos limites da atividade de inteligência no Brasil”.

Hierarquia, sabotagem e obstrução

A PF detalhou a cadeia de comando e divisão de tarefas da organização, apontando o envolvimento de servidores da Abin, policiais federais cedidos e oficiais de inteligência. A operação era organizada em estruturas como as “Turmas de Buscas” e “Grupos de Consulta”.

Houve, segundo o relatório, obstrução das investigações por meio da formatação de celulares, ocultação de logs e intimidação de servidores que colaboraram. Também foram identificadas ações políticas no Congresso destinadas a desacreditar o inquérito e blindar os envolvidos.

Aparato estatal cooptado

O relatório sustenta que a Abin foi parcialmente convertida em instrumento de perseguição política e ataque a instituições democráticas:

“A estrutura clandestina de inteligência implementada sob a Direção de RAMAGEM era integrada por policiais federais e outros servidores cedidos à Abin […] utilizada para influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022”.

Crimes e pendências no STF

Com base nas evidências reunidas, a PF imputou a dezenas de investigados crimes como organização criminosa, interceptação ilegal, violação de sigilo funcional, corrupção, prevaricação e embaraço à investigação. Parte dos agentes envolvidos ainda ocupa cargos estratégicos na estrutura atual da Abin, o que, segundo os investigadores, compromete o ambiente institucional.

O caso aguarda deliberação no Supremo Tribunal Federal, que poderá determinar novas ações penais e avaliar o impacto institucional de uma das mais profundas crises da história da inteligência brasileira.

*Cleber Lourenço/ICL


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‘Não falei em golpe’: o que Cid diz em áudios que advogado enviou ao STF; ouça

Áudios atribuídos ao tenente-coronel Mauro Cid, e encaminhados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo advogado Eduardo Kuntz, mostram desabafos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) sobre sua situação jurídica e pessoal.

Nas conversas com o advogado, Cid critica a condução da delação premiada pela Polícia Federal, revela medo de voltar à cadeia se denunciasse possíveis irregularidades no acordo e diz se sentir abandonado pelo entorno do ex-presidente. “Quem se fodeu e perdeu tudo fui eu”, desabafa o tenente-coronel em um dos áudios

‘Não falei uma vez a palavra golpe’
“Cara, vou te dizer. Esse troço tá entalado. Você vê que o cara colocou a palavra golpe. Eu não falei uma vez a palavra golpe. Quer dizer. Foi erro, foi, sei lá, até condição psicológica que eu tava na hora. Porra, mas coisa de palavra golpe, que ele colocou, eu não falei golpe uma vez. Em todo o meu depoimento.”

Em áudio enviado a Eduardo Kuntz em março do ano passado, Cid faz críticas à forma como sua delação premiada foi conduzida pela Polícia Federal. Afirmou, por exemplo, não ter usado a expressão “golpe” durante os depoimentos e sugeriu que o termo foi atribuído a ele pelos próprios investigadores.

Kuntz é advogado de Marcelo Câmara, réu pela tentativa de golpe, e foi quem apresentou ao STF as mensagens e áudios de conversas que mantinha com Cid por meio do perfil falso @gabrielar702, no Instagram. Com base nas conversas, Kuntz pediu ao ministro Alexandre de Moraes a anulação da delação de Cid, usada como fonte de prova na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra os acusados de participar da intentona golpista.

Ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Câmara faz parte do chamado “núcleo 2” do golpe, enquanto Cid é parte do grupo 1, o “núcleo crucial” da suposta organização criminosa que teria tentado impedir a posse do presidente Lula (PT).

Cid já depôs ao ministro do STF Alexandre de Moraes, em março do ano passado, sobre áudios vazados pela revista Veja em que aparece dizendo ter sido pressionado pela Polícia Federal a confirmar na delação informações que não seriam verdadeiras. Na época, ele negou a Moraes irregularidades no acordo e disse que os áudios foram apenas um “desabafo”.

Ao depor como réu na ação sobre a tentativa de golpe, na semana passada, Cid foi novamente questionado por Moraes sobre a regularidade de sua colaboração premiada. O ex-ajudante de ordens reiterou que não houve ilegalidade por parte da PF.

Cid revela medo de ser preso por criticar delação
“A mídia já está comprada com a narrativa, o STF está comprado com a narrativa, a liderança do Congresso já está amarrada com a narrativa. Se fosse uma ação, ‘tudo pronto com Rodrigo Pacheco (então presidente do Senado), vamos entrar com impeachment, vamos arrebentar e acabar com eles?’ Pô, vamos para a guerra. Mas eu puxar uma bandeira sozinho, eu, que não tenho força de nada. Sou o que mais apanha.”

*Uol


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Abin paralela: PF conclui caso e indicia Bolsonaro, Carlos e atual direção da agência

Ramagem liderou uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal entregou para a Procuradoria-Geral da República e para o Supremo Tribunal Federal o relatório final sobre a chamada “Abin Paralela” com uma lista de cerca de 30 indiciados. O documento aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa que, desde 2019, atuou em um esquema ilegal coordenado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Abin, para a execução de uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente.

Além de Bolsonaro e Ramagem, a PF também indiciou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e uma série de policiais federais que já tinham sido afastados de suas funções públicas no ano passado devido às provas levantadas durante as investigações. Junto a eles, também foram apontados como integrantes da organização criminosa os ex-assessores de Bolsonaro que atuavam no chamado gabinete do ódio: Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”.

O caso começou a ser apurado em 2019 após a descoberta do uso do software “First Mile” para o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo Bolsonaro. A partir disso, as investigações mostraram que além do uso da ferramenta, a agência fez ações de monitoramento e outras operações de espionagem ilegal.

Na lista de indiciados também está o ex-secretário de Planejamento da Abin Paulo Maurício Fortunato, do governo Lula e ex-diretor de operações da Abin durante o governo Bolsonaro. Ele foi indiciado tanto pela tentativa de atrapalhar as investigações como sobre seu envolvimento com o esquema da “Abin Paralela”. A coluna apurou que ele foi apontado como o idealizador do uso da ferramenta “First Mile” e o responsável principal pelas ações com o uso do programa durante a gestão de Ramagem.

Fontes próximas à apuração do caso informaram à coluna que os investigadores descobriram novos elementos que demonstram tentativas de embaraçamento da investigação. Por isso, entre os indiciados também estão os atuais integrantes da cúpula da Agência: o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete do diretor, Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o atual corregedor da agência, José Fernando Moraes Chuy.

Junto com eles, ainda está indiciado o delegado Alessandro Moretti. Em janeiro de 2024, após a PF efetuar o cumprimento de uma série de mandados de busca e apreensão durante as investigações do caso, o delegado, então número dois da agência foi afastado. Moretti era próximo de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, mas tinha sido mantido na Abin durante o primeiro ano do governo Lula.

*Juliana Dal Piva/ICL


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PF pede investigação de Gilson Machado por tentar emitir passaporte para Cid

Investigadores apontam indícios de que ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro esteja atuando para obstruir ação da trama golpista; ele nega.

A Polícia Federal (PF) pediu a abertura de uma investigação para saber se o ex-ministro Gilson Machado Neto atuou para tentar obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid e facilitar uma possível saída do país.

A medida foi interpretada como uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista, já que Cid é um dos réus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a apuração. O ex-ministro nega a atuação a favor de Cid e disse que procurou o consulado para tratar de uma questão familiar, de acordo com o Infomoney.


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O intuito, segundo a peça assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, com informações da polícia, seria viabilizar a saída do militar do território nacional. O ex-ministro, porém, não teria obtido êxito na emissão do documento. Procurados, Machado e a defesa de Cid ainda não se manifestaram.

Gonet afirma que, dentro deste contexto, pode ser possível que Machado busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo objetivo.

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Bolsonaro depõe à PF nesta quinta sobre ações do filho Eduardo nos EUA

Ex-presidente é investigado por suposto apoio a pressão contra STF articulada por Eduardo Bolsonaro.

A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira (5) o ex-presidente Jair Bolsonaro em inquérito sobre a atuação de seu filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado licenciado é suspeito de tentar influenciar autoridades americanas a sancionar ministros do Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se o ex-presidente apoiou ou teve participação direta nas articulações, que incluíram ataques públicos ao STF e reuniões com aliados de Donald Trump. A suspeita é de tentativa de obstrução das investigações e de abolição violenta do Estado de Direito.

Apoio financeiro e motivações políticas

Em entrevista, Jair Bolsonaro cheou a declarar que estaria bancando financeiramente a permanência de Eduardo nos EUA. Para a PGR, isso reforça o elo entre pai e filho nas ações investigadas. A oitiva foi autorizada por Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Também serão ouvidos diplomatas e parlamentares, segundo o Congresso em Foco.

Eduardo está sob suspeita de atuar para influenciar o governo norte-americano, especialmente aliados do ex-presidente Donald Trump, a impor sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A argumentação da Procuradoria-Geral da República é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria diretamente beneficiado pelas ações do filho.

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PF descobriu elo de grupo de extermínio com tentativa de golpe de Bolsonaro

Execução de advogado, que está na origem do caso, foi acertada por bolsonarista radical com coronel colega de Bolsonaro, que comanda o grupo de caça aos comunistas, em ato de “patriotas” que acampavam em frente a quartel general do Exército.

A execução do Roberto Zampieri, de 57 anos, dentro do próprio carro com 10 tiros em uma emboscada armada em frente ao escritório em Cuiabá (MT) no dia 5 de dezembro de 2023 foi apenas a ponta do iceberg, agora investigado pela Polícia Federal, de um grande esquema de vendas de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) e no Superior Tribunal de Justiça.

No entanto, além desse grande esquema de vendas de sentenças, a operação Sisamnes – referência ao juiz que aceitava subornos para proferir sentenças injustas na mitologia persa – em sua 7ª etapa, desencadeada nesta quarta-feira (28), descobriu o elo entre um grupo de extermínio que se autodenominava “Comando C4”, sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”, que tem ligação estreita com o bolsonarismo a tentativa de golpe conduzida por Jair Bolsonaro (PL), que culminou no 8 de Janeiro de 2023.

O grupo, cujo nome faz referência à organização paramilitar de extrema direita que atuava como braço direito da Ditadura, foi contratado, segundo a PF, pelo ruralista Aníbal Manoel Laurindo, um bolsonarista radical, para assassinar Roberto Zampieri que advogava para um adversário e venceu uma disputa judicial por duas fazendas em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, avaliadas em cerca de R$ 100 milhões.

O bolsonarista acreditava que o advogado fazia parte do esquema de sentenças. Na verdade, o esquema era comandado pelo empresário Andreson Gonçalves, o “lobista dos tribunais”, que foi preso na primeira fase da operação.

Na investigação sobre o assassinato, a polícia descobriu que Laurindo encomendou o crime ao coronel da reserva Etevaldo Luiz Caçadini, que segundo as investigações é o financiador e principal articulador do grupo de extermínio C4, formado por civis e militares que atuava como uma milícia paralela.

Em março de 2024, o fazendeiro foi preso, solto e posteriormente retornou à prisão nesta quarta-feira. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, ele e um coronel teriam se conhecido por meio da “Frente Ampla Patriota”, um grupo que acampava em frente aos quartéis do Exército após a vitória de Lula em 2022, demandando um golpe militar para manter Jair Bolsonaro no poder.

O delegado Nilson Farias, encarregado das investigações, afirmou que essa conexão entre o coronel e o fazendeiro se formou a partir das atividades do grupo, que clamava por uma ação mais firme do Exército em defesa do conservadorismo.O coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que é um dos financiadores e organizadores do grupo Caça-Comunistas, possui vínculos diretos com Bolsonaro, sendo da mesma turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras.

Em 2020, Caçadini uniu-se a outros ex-alunos para assinar uma carta de apoio ao ex-presidente. Ele foi aposentado em novembro de 2019 e trabalhou anteriormente no Ministério da Justiça, sob a gestão do ex-juiz e atual senador Sergio Moro.

Em janeiro de 2024, Caçadini foi preso acusado do assassinato de Zampieri. Nesse mesmo período, ele recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM) em uma ação onde era acusado de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, por incitar a “animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes Constitucionais”.

Seu pedido foi negado pela Justiça Militar e ele foi incluído no inquérito relacionado aos eventos de 8 de janeiro, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria de Alexandre de Moraes.Na acusação formal feita pela Procuradoria Militar, Caçadini foi acusado de incitar “desobediência e indisciplina militar”, ao disseminar informações que ofenderiam a dignidade das Forças Armadas e ao dirigir comentários desabonadores ao comandante do Exército.

A Procuradoria destacou que o coronel, insatisfeito com a postura das Forças Armadas – especialmente do Exército Brasileiro, que teria minimizado os eventos ocorridos no final de 2022 com a eleição de Lula – sugeriu que os manuais militares deveriam ser desconsiderados, argumentando que a hierarquia e a disciplina poderiam ser desrespeitadas em certas circunstâncias, incitando, assim, a indisciplina militar.

Em uma declaração polêmica, um militar expressou suas convicções patrióticas, referindo-se a eventos como a “traição das FFAA” e marcando duas datas importantes para os brasileiros: a virada de ano de 2023 e o Dia 8 de Janeiro. Ele fez um apelo à mobilização popular, enfatizando que o povo é quem realmente detém o poder no país.

O texto foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque os crimes mencionados estariam relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023, ocorridos após a eleição de 2022, apresentando uma clara conotação político-ideológica.A defesa de Caçadini, o militar em questão, entrou com um recurso para tentar transferir o processo de volta para a justiça militar.

Contudo, as novas informações surgidas no caso podem inviabilizar qualquer tentativa de contestar a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Analisando o histórico de viagens e atividades do coronel, dados do Portal Transparência indicam que, entre março e setembro de 2019, Caçadini fez quatro deslocamentos a serviço do Ministério da Justiça.

Sua última viagem foi de Belo Horizonte a Vitória, onde treinou outros militares para garantir a segurança do Mundial Sub-17 da FIFA. Durante esse período, ele também atuou como Subsecretário de Integração de Segurança Pública em Minas Gerais, facilitando a comunicação entre os governos de Romeu Zema, estado de Minas Gerais, e Jair Bolsonaro, a nível federal.

Atualmente, Caçadini está entre os alvos de uma investigação lançada pela Polícia Federal, a qual foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin. Esta semana, Zanin prorrogou o prazo das investigações em mais 60 dias, um prazo que coincide com o julgamento do núcleo central sobre o golpe de Estado, que está sendo examinado pela primeira turma do STF, também presidida por Zanin.

Essa situação torna ainda mais difícil a posição de Bolsonaro, que enfrenta crescentes ameaças legais e se aproxima de possíveis consequências criminais.

Assim, o emaranhado de ações judiciais, as implicações das manifestações de Caçadini e a interligação entre os governos estadual e federal destacam a tensão política atual e as repercussões dos eventos de janeiro, bem como as investigações em curso que podem impactar significativamente o futuro de figuras proeminentes da política brasileira.

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Política

O que revelou o ex-comandante da FAB à PF derruba a defesa de Bolsonaro

O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestou um depoimento decisivo na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (21), durante o processo que julga a tentativa de golpe de Estado articulada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados entre o fim de 2022 e o começo de 2023.

Numa revelação bombástica durante seu testemunho, Baptista Júnior afirmou que o ex-presidente estava informado desde sempre, por meio do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, de que não havia evidências alguma de fraude no sistema eleitoral brasileiro.

Ou seja, todas as ações determinadas por Bolsonaro transcorreram com ele já sabendo que não havia irregularidade alguma com as urnas eletrônicas, e que, portanto, supostas fraudes já eram coisa superada. Toda a defesa do antigo ocupante do Palácio do Planalto foi construída em cima do argumento de que ele tinha indícios e provas de que ilegalidades haviam ocorrido nas eleições, o que o motivou a agir “dentro das quatro linhas”.

Além disso, o brigadeiro confirmou que o ex-presidente pressionou para adiar a divulgação de um relatório final oficial que atestava a integridade das urnas eletrônicas e que colocaria fim a qualquer suspeita levantada por ele. Se o relatório saísse, Bolsonaro não poderia continuar insistindo na tese amalucada para mais à frente tentar o golpe, segundo a Forum.

Ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre o conhecimento de Bolsonaro acerca da lisura do processo eleitoral, o militar não titubeou.
“Sim, [Bolsonaro sabia disso] através do ministro da Defesa. Além de reuniões que eu falei, [era] o ministro da Defesa que despachava sobre esse assunto [com o então presidente].”

Na sequência, Gonet quis saber sobre a tentativa de interferência na publicação do relatório que demonstrava não existir problema algum com as urnas e com o pleito realizado. O questionamento foi sobre Bolsonaro ter ou não interferido diretamente.
“Sim. […] eu ouvi que sim [que ele pressionou pelo adiamento da divulgação], certamente outras testemunhas poderão dar isso com mais precisão”, respondeu o brigadeiro.