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Réu por corrupção, Pastor Everaldo recebe R$ 25 mil mensais do Podemos

O PSC, partido que o Pastor Everaldo presidia, foi incorporado ao Podemos por não ter atingido a cláusula de barreira na última eleição.

O Pastor Everaldo não teve alterações nos seus vencimentos de R$ 25 mil no Podemos, após a fusão da legenda com o PSC, partido que presidia. O pastor, aliado de Bolsonaro e responsável pela bênção que o ex-presidente recebeu no Rio Jordão, em Israel, é réu por corrupção na Justiça Federal.

A quantia era a mesma que o PSC desembolsava com o seu líder nacional. Hoje, Everaldo é identificado como primeiro vice-presidente do Podemos, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.

Everaldo e dois de seus filhos foram presos em agosto de 2020, na operação que determinou o afastamento do então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O pastor era acusado de chefiar uma organização criminosa que desviava recursos públicos da Saúde e de estatais fluminenses. Ele deixou a cadeia em julho de 2021, mas só foi autorizado a retomar as atividades políticas em julho de 2022.

A ação criminal oriunda da Operação Tris in Idem tramita na 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro. O processo não teve o mérito julgado.

Ironicamente, o Podemos era considerado o “partido da Lava Jato” e teve entre os seus filiados o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná, e o deputado cassado Deltan Dallagnol, que migrou para o Novo.

O TSE autorizou a incorporação do PSC pelo Podemos em junho de 2023. A sigla de Everaldo optou pela fusão após não atingir a cláusula de barreira.

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Podemos diz à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 2 milhões com pré-campanha de Sergio Moro

Lista de despesas foi incluída em ação que pode levar à cassação do mandato do hoje senador.

O diretório nacional do Podemos informou ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) ter gasto cerca de R$ 2 milhões com a pré-candidatura de Sergio Moro à Presidência da República no período em que o ex-juiz federal da Lava-Jato esteve filiado à legenda – entre 11 de novembro de 2021 e 30 de março de 2022, diz Malu Gaspar, O Globo.

Os gastos foram enviados ao TRE-PR, onde tramitam os processos que podem levar à cassação do mandato do hoje senador pelo União Brasil. Moro é alvo de ações movidas pelo PT do presidente Lula e pelo PL de Jair Bolsonaro, que serão analisadas conjuntamente pelo tribunal.

“Em que pese o abandono da candidatura por culpa, exclusivamente, do então pré-candidato, houve desde o evento de filiação partidária, a contratação de diversos outros serviços, então exigidos por Sergio Moro, como seguranças particulares, passagens aéreas, carro blindado, e a celebração de contratos de prestação de serviços advocatícios e outros referentes às eleições de 2022 ou a pré-candidatura”, afirmou o diretório nacional do Podemos ao TRE paranaense.

A legenda atendeu a uma decisão do desembargador Dartagnan Serpa Sá, relator das ações, que solicitou esclarecimentos sobre os gastos com a pré-campanha de Moro. O Podemos anexou uma série de notas fiscais e documentos que somam um total de R$ 1.958.695,86 de despesas com o ex-juiz da Lava-Jato.

Com duas pesquisas qualitativas, realizadas em janeiro e março de 2022, o partido desembolsou um total de R$ 663,5 mil. Só com o aluguel de carro blindado Corolla em 18 de março de 2022, pouco antes de Moro se desfiliar da legenda e migrar para o União Brasil, foram gastos R$ 198 mil.

Já a contratação de um escritório de advocacia custou R$ 60 mil à sigla.

O Podemos, comandado pela deputada federal Renata Abreu, ainda afirmou à Justiça Eleitoral que “tem sido demandado judicialmente para arcar com o pagamento de outros contratos e suposta multa compensatória, em que pese a inexistência da prestação dos referidos serviços em benefício, em decorrência do abandono” da pré-candidatura de Moro e sua desfiliação da legenda.

O PT pretende usar as informações apresentadas pelo Podemos para reforçar as acusações de que Sergio Moro praticou caixa 2 e abuso de poder econômico em sua ofensiva política para se tornar senador.

“Como se vê, bola de neve financeira que se tornou a campanha de Moro só cresce. Apenas pelo informado pelo Podemos, já existem cerca de R$ 2 milhões contratados em favor da pré-candidatura de Moro, sem contar as despesas que já estão sendo objeto de execução perante a justiça de São Paulo”, , disse à equipe da coluna o advogado Luiz Eduardo Peccinin.

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Política

Produtora da pré-campanha de Moro penhora R$ 2,6 milhões do Podemos após um mês de buscas

Depois de pedir o bloqueio das contas do Podemos e encontrar apenas R$ 6.300 no início de agosto, a produtora que fez os vídeos da pré-campanha de Sérgio Moro à presidência da República pelo partido, em 2022, conseguiu penhorar R$ 2.622.105,56. O dinheiro foi transferido na tarde de sexta-feira (1) para uma conta bancária da justiça.

O Podemos agora tem 5 dias para se manifestar na ação, em que a produtora D7 cobra os valores pelo trabalho realizado junto com o marqueteiro Pablo Nobel para lançar Sérgio Moro no cenário nacional, no início de 2022, segundo Malu Gaspar, O Globo.

O ex-juiz da Lava Jato foi apresentado como pré-candidato a presidente no final de 2021, mas saiu da legenda em abril de 2002 depois de conflitos com a cúpula. Moro se transferiu para o União Brasil e acabou disputando o Senado pelo Paraná, por onde foi eleito.

Depois disso, o Podemos não pagou mais as faturas, e a produtora entrou com a ação na Justiça paulista.

No início de julho, a D7 conseguiu uma ordem judicial de bloqueio das contas do Podemos para pagar a dívida, que seria de R$ 2,6 milhões. Mas quando os oficiais de Justiça foram executar a ordem, só encontrou R$ 6 287,25.

Na ocasião, o advogado da legenda, Alexandre Bissoli, disse que, apesar de o Podemos ter recebido R$ 15,6 milhões do fundo partidário, todo o dinheiro tinha sido usado no pagamento de fornecedores.

Desde então, a produtora obteve uma ordem de busca reiterada para o bloqueio, mecanismo conhecido no meio jurídico como “teimosinha”. Assim, durante 30 dias a Justiça tentou o bloqueio, até conseguir encontrar a quantia na conta e penhorá-la.

Ao comentar a decisão, o advogado do partido, Alexandre Pissoli, afirmou que o bloqueio compromete os pagamentos de salários e fornecedores do Podemos para o próximo mês. Disse, ainda, que já entrou com recurso contra a ordem de bloqueio no início de agosto, mas ele ainda não foi julgado.

A disputa entre o Podemos e a produtora D7 se arrasta desde meados de 2022, quando Moro deixou o partido e se transferiu para o União Brasil para se candidatar à presidência da República.

O processo teve idas e vindas.

No final de agosto de 2022, a juíza Flávia Poyares Miranda condenou o partido e mandou bloquear o dinheiro para pagar a produtora.

Um mês depois, no final de setembro, a juíza mudou de postura e acatou um recurso do Podemos, que argumentou que o fundo partidário é verba impenhorável. As contas, então, foram desbloqueadas.

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Política

Enrascado: O tamanho da fatura milionária que pode custar o mandato de Moro

Alvo de dois pedidos de cassação no TRE do Paraná, Sergio Moro pode ter acumulado uma fatura quatro vezes maior que o teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. As ações movidas por PT e PL contra o ex-juiz da Lava-Jato listam contratações que, se confirmadas na tramitação dos casos, superam os R$ 19 milhões. O limite a ser gasto no período era de R$ 4,4 milhões, segundo Lauro Jardim, O Globo.

A disparidade entre o estipulado pelo TSE e o orçamento mencionado pelos acusadores de Moro aconteceu porque, segundo eles, o senador transportou para a disputa do Legislativo a lógica financeira criada para tentar emplacar seu nome à Presidência da República, corrida da qual ele desistiu em março de 2022, quando trocou de partido.

Convocados pelo Judiciário a colaborar com a produção de provas, o Podemos, antiga sigla de Moro, e o União Brasil, a atual legenda, serão responsáveis por entregar contratos e mais documentos para a verificação dos valores levantados pelos autores das ações.

Os maiores montantes são referentes a serviços de marketing político. Teria sido firmado, de acordo com as ações, um contrato de R$ 2 milhões com a D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para a produção de vídeos para internet e inserções partidárias na TV.

Depois, outro compromisso de R$ 14,8 milhões teria sido feito com a 2022 Comunicação SPE, também de Nobel, para o gerenciamento de imagem, discursos e conteúdos ligados à candidatura de Moro ao Legislativo.

Também constam nas ações termos para contratar advogados: PT e PL indicam que R$ 1 milhão foram fechados com o escritório Vosgerau & Cunha (de Luis Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro) e R$ 188 mil com a SS Advocacia de Uziel Santos, coordenador de campanha. Outros R$ 30 mil teriam sido empenhados junto à FCL Law & Trading, empresa dedicada a estudos jurídicos.

E ainda teriam sido negociados valores, segundo os processos, para solicitar campanhas eleitorais (R$ 663,5 mil para a Einstein Tecnologia) e consultoria (R$ 360 mil à Bella Ciao Assessoria Empresarial, também de Cunha, envolvida na elaboração de um plano de governo).

Além desse orçamento, os partidos que acusam Moro de abuso de poder econômico e de caixa dois também esperam que as provas do Podemos e do União Brasil indiquem outros gastos. Incluindo aqueles envolvidos nas viagens feitas pelo então pré-candidato à Nova York, a países da Europa e a destinos nacionais para a divulgação da pré-candidatura. E outros ligados a compras de roupas, acessórios e outros itens que o Podemos teria bancado.

A ordem para que as provas sejam adicionadas ao caso foi proferida em 13 de junho mas, até aqui, não foi cumprida. O TRE do Paraná até agora não intimou o Podemos e o União Brasil a cumprir a determinação

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Política

Podemos não sairá em defesa de Marcos do Val, alvo da PF

Senador Marcos do Val foi alvo da Polícia Federal na quinta-feira (15/6); partido tenta se distanciar do desgaste do bolsonarista.

O Podemos decidiu que não sairá em defesa do senador Marcos do Val, alvo de uma operação da Polícia Federal na última quinta-feira (15/6). Do Val é investigado por tentar atrapalhar investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.

Em uma tentativa de se distanciar do desgaste, o partido tem adotado o silêncio sobre o caso. A orientação dada a integrantes do Podemos é que só o senador pode responder pelos seus atos, e que o partido não teve participação nisso. A sigla não fará nenhum comunicado ou evento público para defender o parlamentar.

Até o momento, Marcos do Val não foi alvo de nenhuma representação no conselho de ética partidário. A expectativa na legenda é que isso aconteça logo e o senador dê explicações aos colegas.

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Justiça

Podemos não pretende recorrer de decisão do TSE que cassou mandato de Dallagnol

Partido de Deltan Dallagnol, Podemos constatou que reagir à cassação traria mais desgaste; TSE cassou mandato por unanimidade.

O Podemos, partido do deputado cassado Deltan Dallagnol, não trabalhará para reverter a cassação do parlamentar. A cúpula da legenda chegou a anunciar uma reação à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas depois constatou que a estratégia só desgastaria mais a sigla, segundo Guilherme Amado, Metrópoles..

Dois motivos principais embasaram a decisão do partido. O primeiro é que até o ministro Kassio Nunes Marques, indicado ao STF pelo ex-presidente Bolsonaro, votou para que Deltan perdesse o mandato. A decisão do TSE foi unânime. O voto de Nunes Marques derruba a tese de que o julgamento teria sido apoiado apenas pela ala do tribunal alinhada ao governo Lula.

A segunda razão é que até o senador Sergio Moro se esquivou de defender o aliado. O ex-juiz da Lava Jato ignorou atos públicos em apoio ao ex-promotor à frente da operação, inclusive em Curitiba. O afastamento surpreende. Na eleição, um fez campanha para o outro. Durante a Lava Jato, a dupla combinou decisões judiciais, o que é proibido.

Na Câmara, a chance de Deltan conseguir reverter ou arrastar sua cassação é considerada praticamente nula.

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Uncategorized

Moro virou um peido

Se há uma figura nesse país que hoje ninguém dá um tostão de crédito, é o todo ex-poderoso da República, Sergio Moro.

Na verdade, não há uma palavra mais desmoralizada do que a palavra Moro. Esse nome virou sinônimo de peido, espalha bolinho.

Ninguém quer ficar ao lado do marofa. Sua chegada ao partido União Brasil é vista com censura, e o carão que recebeu transformou-se em carraspana aberta na mídia.

Moro, neste momento, encontra-se na chuva sob uma intensa repreensão tanto do Podemos quanto do União Brasil. O Podemos chegou a noticiar que cobrará de Moro as despesas com viagens, por ele ter utilizado os recursos do partido para viajar para São Paulo para se filiar ao União Brasil.

No novo partido, os políticos de maior prestígio acumulam termos pixotescos quando se dirigem a Moro e oferecem a ele como estadia a casa do cachorro.

A mídia que inventou Moro e passou a acreditar na mentira que criou, está apoplética, e isso pode ser constatado nas palavras de Vera Magalhães, a mais tiete das tietes de Moro na mídia brasileira e dá o clima de barata voa que tomou conta das redações que inventaram a terceira via, da qual Moro era a principal aposta.

A moça escreveu no Twitter: “Ninguém sabe para onde vai, ninguém sabe o que faz, ninguém sabe pra onde pula, ninguém sabe pra onde olha”.

Na realidade, Moro deixou a mídia com a brocha na mão, pior, aquela figura mítica a quem Vera Magalhães chamava de enxadrista, que vestia o paletó, a gravata e camisa preta para estudar quais seriam seus próximos passos para atacar os adversários, transformou-se num peido universal.

Não há mais em lugar algum quem o defenda.

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A desistência de Moro, o herói de vento que murchou, foi uma grande vitória de Lula

Apesar da gigantesca distância entre Lula e Sergio Moro nas pesquisas de intenção de voto, o fato do ex-juiz ter desistido de concorrer ao Planalto, somado à molecagem que aprontou com o Podemos em sua saída do partido para se filiar ao União Brasil e se candidatar a deputado federal, fortaleceu ainda mais sua personalidade espúria , revelada em outros episódios que o envolveram.

Moro passou esse tempo todo de arranjos jurídicos, não só para tirar Lula do Páreo, na verdade, Moro acreditou piamente que, prendendo Lula, se transformaria em Lula.

Pior, a grande mídia também acreditou nisso. É só ler os principais editores desse país que verá que fica patente que todos faziam uma previsão de que Moro seria potencialmente o principal candidato à eleição de 2022, até que o Lula real sacudiu a corrida presidencial, e Moro foi imediatamente colocado em seu devido lugar no mercado especulativo eleitoral.

Dali, não saiu mais, ao contrário, foi murchando desde o lançamento de sua candidatura, com uma larga publicidade da mídia. No entanto, faltou-lhe o principal, oxigênio político, uma quantidade de energia mecânica que pudesse fazer do tranco da mídia um processo que embalasse sua campanha. Nada disso ocorreu e ele acabou por dividir a lanterna com outros candidatos sem qualquer chance de chegar ao Palácio do Planalto.

Não há exatamente polarização entre Bolsonaro e Lula que mantém uma dianteira muito consolidada que não dá margem para essa insistente expectativa que a mídia cria.

Piorando um pouco mais para Bolsonaro, a economia está contra ele, além dos resultados trágicos em todas as pastas do seu governo, não há um sequer que possa servir de outdoor para o genocida.

Falando em genocida, certamente, todas as suas atitudes macabras que, até aqui, levaram à morte de 660 mil brasileiros por covid, serão lembradas e reprisadas à exaustão pelos adversários durante a campanha, além de apresentar um quadro de hecatombe na economia.

Lula tem muito o que lembrar dos seus oito anos de governo que teve 87% de aprovação da população. A única tentativa de desqualificar seu governo seria o uso da Lava Jato que, no desespero da direita, até pode ser tentado, mas Moro, assim como Dallagnol, com as últimas desmoralizações, usar o nome da Lava Jato para atacar Lula, só o beneficiará.

Essa saída do Podemos, de forma desonesta e a fuga do pleito, deram a Moro a última pá de cal, exatamente a mesma que soterrou Dallagnol quando o STJ o obrigou a pagar uma multa de  R$ 75 mil a Lula pela acusação leviana no uso de um powerpoint que virou piada.

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Podemos acusa Moro de usar salário da sigla para ir a SP trocar de partido

O ex-juiz já havia sido chamado de traidor por senadores do Podemos por mudar para o União Brasil sem comunicado prévio.

A forma como o agora ex-presidenciável Sergio Moro deixou o Podemos provocou ira e indignação nos antigos colegas de partido. Depois de ser classificado como traidor pelos senadores da antiga sigla, a cúpula acusa o ex-juiz de ter usado o salário recebido do Podemos para ir a São Paulo e se filiar ao União Brasil.

O Podemos gastou mais de R$ 288 mil com Moro. Pagou R$ 88 mil de salário, além de R$ 200 mil gastos no evento de lançamento da candidatura presidencial do ex-juiz, e bancou viagens do agora ex-presidenciável a vários estados do país e à Alemanha.

Assim, o ex-juiz se juntou ao partido que uniu DEM e PSL, que formaram a base inicial do governo de Jair Bolsonaro (PL). A troca ainda marca a infidelidade de Moro ao senador Álvaro Dias (Podemos), um dos poucos parlamentares remanescentes da defesa da Lava Jato.

Moro, que agora deve ser candidato a deputado federal, não comunicou que estava de saída do Podemos. Desde o fim de semana passado, o ex-juiz não faz contato com o grupo de parlamentares que articulavam sua candidatura à presidência.

Na manhã desta quinta (31), a informação chegou ao conhecimento de Renata Abreu, presidente do Podemos, e a indignação foi geral. O partido tem oito senadores, que classificaram Moro como traidor.

Os parlamentares chegaram a pedir a Moro que alterasse seu domicílio eleitoral para São Paulo, contando com a possibilidade de o ex-juiz concorrer ao Senado, uma vez que sua candidatura à presidência não decola nas pesquisas eleitorais.

Moro não quis mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo

Além disso, quem concorre ao Senado pelo Podemos no Paraná, estado de origem de Moro, é o líder do partido na Casa, Álvaro Dias. Porém, o ex-juiz não gostou da ideia de mudar seu domicílio eleitoral.

Na segunda-feira (28), Moro jantou com Luciano Bivar, presidente do União Brasil, sem que ninguém do Podemos soubesse. Simultaneamente, divulgou que sua esposa, Rosângela Moro, concorreria a uma vaga à Câmara dos Deputados por São Paulo. Porém, ela também trocou o Podemos pelo União Brasil.

*Com Forum

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Política

Péssimo desempenho de Moro em pesquisas ameaça causar debandada no Podemos

O baixo rendimento do pré-candidato à Presidência Sergio Moro nas pesquisas eleitorais tem preocupado seu partido, o Podemos, que tenta evitar uma debandada de seus filiados, informa o Uol.

Nas últimas pesquisas divulgadas, do PoderData e do Ipespe, por exemplo, Moro aparece com apenas 8% e 9% das intenções de voto, respectivamente.

Políticos que estudam deixar o Podemos e que conversaram com a reportagem sob a condição de anonimato atribuem o mau desempenho a uma estratégia de marketing “falha”.

Muito destaque na mídia

Segundo esses discordantes, a campanha do ex-ministro o colocou em destaque na mídia durante meses, o que acabou “enfraquecendo o discurso” do pré-candidato. Além disso, avaliam que os marqueteiros poderiam ter usado os políticos mais próximos de Moro, principalmente para mostrar uma maior “unidade partidária”.

Eles ressaltam que, durante as poucas viagens que Moro já fez na pré-campanha, o ex-juiz não aproveitou os bons oradores do partido, como o general Santos Cruz, em eventos, entrevistas e programas, em especial de rádio, que participou.

Segundo os políticos, que não quiseram ter os nomes publicados, esse isolamento de Moro fez com que ele fosse considerado o único culpado pelo mau desempenho nas pesquisa, o que consequentemente pode levar à debandada no partido.

Promessas descumpridas

A sigla também prevê que políticos de outras agremiações que haviam se comprometido a mudar para o Podemos na esteira de Moro descumpram a promessa.

Durante o ato de filiação do ex-ministro Santos Cruz, em novembro de 2021, a presidente nacional do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP), afirmou ao UOL que o Podemos mantinha conversas com integrantes de outros partidos, em especial, insatisfeitos do PSDB, do PL e do União Brasil.

O mau desempenho do pré-candidato nas pesquisas fez com que parte dos dissidentes de outros partidos não mais optasse pela sigla do ex-juiz. Dessa forma, esses políticos, principalmente em âmbito estadual, começaram a ser abordados por outras legendas tradicionais.

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