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Política

Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em investigação sobre interferência nas eleições

De acordo com o inquérito, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste para prejudicar o deslocamento de eleitores. Há também dez mandados de busca em SC, RS, DF e RN.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta-feira por suspeita de interferência nas eleições presidenciais. De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno, diz O Globo.

Ainda segundo o inquérito, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.

Ao pedir à Justiça a prisão de Vasques, a PF argumentou que existe a possibilidade de ele interferir nos depoimentos dos demais servidores, já que ainda exerce influência sobre alguns. Os mandados de busca e apreensão cumpridos hoje têm o objetivo de apurar se houve alguma interferência até agora.

Além do mandado de prisão preventiva contra Vasques, os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

Os demais alvos são:

  • Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;
  • Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;
  • Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;
  • Rodrigo Cardozo Hoppe ex-diretor de Inteligência Substituto;
  • Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;
  • Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime;
  • Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.

Em nota, a PF informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

Explicações: Ex-diretor da PRF disse à CPI do 8 de janeiro que ‘nunca usou cargo’ para ajudar Bolsonaro, mas tirou foto por sentir ‘orgulho’ dele.

O nome da “Operação Constituição Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.

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Mundo

Ex-primeiro-ministro do Paquistão é preso por não declarar presentes oficiais

O ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan foi preso, neste sábado (5), por não ter declarado corretamente os presentes que ganhou quando era chefe de governo. A informação é da Reuters.

Segundo a reportagem, Khan teria vendido os itens recebidos por cerca de R$ 3 milhões e, por isso, foi condenado a três anos de prisão.

De acordo com a defesa do ex-primeiro-ministro, ele foi preso em casa, em Lahore, a 295 quilômetros da capital do país, Islamabade, para onde deve ser transferido.

Seu advogado, Intezar Panjotha, afirmou que já acionou as cortes superiores contra a decisão. O partido de Khan, Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), também afirmou que já entrou com um recurso na Suprema Corte paquistanesa.

Julgamento
A condenação do ex-primeiro-ministro foi determinada um dia após a alta corte do Paquistão suspender temporariamente o julgamento do tribunal distrital.

Contudo, a ministra de Informação e Difusão afirmou que a prisão se deu após uma “investigação completa e procedimentos legais adequados em tribunal”.

A mulher ainda garantiu que a prisão não tem relação com as eleições que se aproximam, em que Khan enfrenta seu maior rival: o atual primeiro-ministro do país, Shehbaz Sharif

*Com GGN

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Opinião

A pergunta que o Brasil faz: por que Bolsonaro ainda não foi preso?

A dicção dos bolsonaristas ao pronunciar o nome de Bolsonaro está cada vez pior. A entonação de um tanto de brasileiros, que tinham o “mito” como herói, mudou o timbre e, agora, eles vivem de farelo, quando não de lágrimas, pelo carnaval de corrupção que envolve o ex-presidente.

Não se pode dizer que as mais recentes acusações, a da venda do rolex por Mauro Cid, por R$ 300 mil, as pedras preciosas que Bolsonaro recebeu de presente em Teófilo Otoni e as denúncias feitas pelo hacker, Walter Delgatti, deixaram insuportável e irrespirável o ambiente de quem ainda tem a cara dura de defender Bolsonaro.

Claro, aqueles que, diretamente, estão envolvidos em muitos dos seus rolos, continuam defendendo Bolsonaro como autodefesa.

O que fica patente é que Bolsonaro saiu do baixo clero, mas este não saiu dele, o sujeito é um fuleiro. Nunca quis honrar qualquer pasta do seu governo. Ele ficou quatro anos dando de ombros para a administração, dedicando-se a acirramento político de forma ininterrupta de 2019 a 2022, e só.

Nenhuma pasta do governo Bolsonaro funcionou, tudo foi desmontado, inclusive ou sobretudo, a de Paulo Guedes, que só tinha uma preocupação, encher as burras da oligarquia para tê-la como garante de um governo que não tinha como parar de pé sozinha.

A verdade é que o brasileiro, cansado de tanto ver escândalos diários de corrupção que envolvem Bolsonaro e seu clã, como assunto único, pergunta, por que Bolsonaro ainda não foi preso?

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Política

Eduardo Bolsonaro pode ser preso em ação movida por Tabata Amaral

Advogados da deputada paulista enviaram alegações finais ao STF dizendo que não aceitam qualquer substituição de pena em razão da “péssima conduta social” e da recorrência de “delitos imputados” ao colega.

Enquanto o pai, Jair, presta depoimentos recorrentes à Polícia Federal (PF) para tentar se explicar de supostos crimes que o envolvem, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode ter como destino a prisão, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue procedente uma ação movida pela colega de Câmara, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), diz a Forum.

No processo, aceito pelo STF, Tabata pede a condenação de Eduardo Bolsonaro por uma fake news em que ele insinua que a deputada fez a defesa do projeto de distribuição gratuita de absorventes para tentar beneficiar o empresário Jorge Paulo Lemann. Os bolsonaristas propagam que Tabata faz parte da bancada controlada pelo bilionário brasileiro na Câmara.

Nas alegações finais, advogados da deputada afirmam que em razão da “péssima conduta social” e da recorrência de “delitos imputados” ao colega, querem que o filho 03 de Bolsonaro seja preso, sem a possibilidade de quaisquer substituição de pena.

“Em razão de sua péssima conduta social e se tratar de agente contumaz nos delitos imputados, devem as penas ser majoradas, sendo afastada eventual substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, pois medida insuficiente à reprovação das condutas concretas”, diz a defesa ao STF.

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Opinião

A Bolsonaro só resta uma coisa: pedir a Deus para não ser preso

Por enquanto, ele está na UTI e respira por meio de aparelhos.

Dê-se Bolsonaro por feliz se não for preso, tantos são os processos que responde no Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral e, em breve, no Tribunal de Contas da União. E dê-se por feliz porque seu atual partido, o PL, ainda está disposto a pagar os advogados que o defendem. Será assim por muito tempo?

O Tribunal de Contas da União deverá abrir novo processo contra Bolsonaro a partir da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou ter havido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores, ocorrida em 2022, em que Bolsonaro desacreditou as urnas eletrônicas.

A Lei da Ficha Limpa determina que gestores públicos que tiverem as contas reprovadas por irregularidade que configure ato doloso de improbidade ficam os oito anos seguintes da decisão impedidos de disputar eleições. Se condenado nesse caso, Bolsonaro ganhará mais alguns aninhos de inelegibilidade. E assim por diante.

Outro dia, Bolsonaro afirmou que será salvo porque guarda uma “bala de prata”. Perguntado, ontem, sobre qual seria a bala, respondeu que não vê ninguém com conhecimento suficiente do país para substituí-lo como candidato a presidente em 2026. É o que ele pensa, mas não o que pensam os outros.

Citou os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) como nomes que carecem de condições para substituí-lo. Sobre Zema, comentou:

“Eu não vou dar conselho para o Zema, mas quem queimar largada agora vai levar tiro de bazuca no lombo. Então vai com calma. Tem tempo ainda. 2026 passa por 2024”.

Como não deixa passar uma oportunidade de mentir, Bolsonaro garantiu que não foi seu pessoal “que fez o quebra-quebra” em 8 de janeiro último na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em mais uma tentativa fracassada de golpe. Foi pessoal de quem? Seus devotos fiéis sugerem que foram “infiltrados de esquerda”.

Ou seja: embora ninguém de esquerda tenha sido preso em meio à baderna; embora ninguém de esquerda tenha sido preso quando o Exército permitiu a prisão dos baderneiros acampados à porta do seu QG; e embora à esquerda não interessasse derrubar um governo de esquerda, o golpe de 8 de janeiro foi de esquerda.

Dá para acreditar? Bolsonaro não espera que a maioria dos brasileiros acredite. Basta que seus seguidores, em número decrescente, acreditem. E que, pelo menos, continuem acreditando até que aconteça um milagre capaz de reabilitá-lo a tempo de voltar a disputar eleições – em 2026, 2030 ou 2034, quem sabe?

O fim de linha chegou para Bolsonaro, só ele finge que não vê. Político sem perspectiva real de poder, pouco ou nada vale. E, de novo: agradeça a Deus e dê-se por feliz se não acabar preso.

*Blog do Noblat

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Opinião

Bolsonaro será preso

Para quem sabe ler, pingo é letra.

O voto, bem fundamentado, do relator do TSE, Benedito Gonçalves no julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro, não deixou dúvida para quem estava atento a cada palavra proferida pelo ministro, deixando claro que o próximo passo de Bolsonaro rumo à guilhotina, foi dado pelo relator.

Na verdade, o voto de Gonçalves tinha, junto, um procedimento para que a justiça comum julgue também os crimes do ex-presidente que o relator fez questão de pontuar e grifar a gravidade.

Certamente, isso não passou batido pelos advogados de Bolsonaro, tanto que já há um movimento de seus capachos do Congresso no sentido de criar um Projeto de Lei absurdo de anistia a ele, que, aliás, já foi protocolado.

Ou seja, com certeza, o slogan, dentro das quatro linhas d o bolsonarismo é, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E a justiça comum virá com tudo na jugular de Bolsonaro.

A conferir.

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Opinião

Bolsonaro chegou numa situação limite e tem que ser preso

É um consenso nacional, Bolsonaro chegou a uma situação limite. Muitos perguntam, por que esse camarada ainda não foi preso? Qual o crime ele ainda não cometeu?

Bolsonaro é o grande arquiteto dessa corrente famigerada chamada bolsonarismo. Todos os dia tem um escândalo ligado a Bolsonaro.

Bolsonaro saiu do baixo clero, mas este não saiu dele. Na verdade, os assessores aceitaram o jogo de Bolsonaro.

Assista

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Homem invade creche com facão, é contido por “tio da van” e vai preso

Um homem foi preso em flagrante após invadir uma creche em Osasco, na Grande SP; profissionais acionaram Botão SOS, segundo o Metrópoles.

Um homem foi preso em flagrante após invadir uma creche em Osasco, na Grande São Paulo, na tarde desta quarta-feira (26/4). O suspeito estava com um facão.

Segundo a Prefeitura de Osasco, funcionários da unidade viram o suspeito e acionaram o “Botão SOS Escola”. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) foram acionadas às 13h35.

O caso aconteceu no Centro Municipal de Educação (CEMEI) Mario Quintana, localizado na Rua José da Costa, no Jardim São Pedro.

Segundo testemunhas, o homem tentou abordar uma pessoa na entrada da creche e invadiu o pátio depois. Ninguém foi atacado.

“Não houve feridos. O suspeito não teve qualquer contato com funcionários ou alunos da unidade de ensino”, diz o comunicado.

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Política

Rogerio Correia: ‘Bolsonaro terá sigilos quebrados na CPI e pode até ser preso’

Em entrevista ao 247 desta segunda-feira, o deputado Rogério Correia abordou diversos assuntos relacionados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que será instaurada para investigar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Correia ressaltou que a CPI é um importante instrumento para fazer prevalecer a verdade, especialmente em um momento em que a democracia está sendo ameaçada. Para isso, ele afirmou que a Comissão contará com deputados e senadores experientes para fazer o embate político e descobrir quem financiou e articulou intelectualmente as ações golpistas.

O deputado ainda destacou que o governo não queria inicialmente a realização da CPI, já que outras instâncias estavam apurando as denúncias. “A Comissão será importante para apurar a atuação dos mentores intelectuais e dos financiadores do golpe e culminar com a inelegibilidade e a prisão do ex-presidente Bolsonaro, apontado como o mais importante articulador de toda a artimanha golpista.”, diz ele.

Durante a entrevista, o deputado também afirmou que a expectativa é que a CPI também ajude a descobrir provas concretas para punir a participação das Forças Armadas na tentativa de golpe. Ele acredita que isso ficará mais claro e mais fácil de ser comprovado com a investigação da Comissão.

Por fim, Correia enfatizou que a tentativa de golpe em 8 de janeiro foi uma ação grave que tem que ser apurada a fundo. Ele espera que a CPI possa trazer respostas concretas para a sociedade brasileira e ajudar a restabelecer a confiança nas instituições democráticas.

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Política

Bolsonaro pode ser preso por decidir que nordestinos não são aptos a votar

É pouquíssimo provável em um governo extremamente centralizador como o de Bolsonaro que o plano de Anderson Torres para impedir eleitores de Lula de irem votar no segundo turno não tivesse o aval do chefe. Por conta disso, o então ministro da Justiça guarda a senha que pode liberá-lo da cadeia e colocar Jair em seu lugar.

Muitos antes das hordas vandalizarem o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF, em 8 de janeiro, antes mesmo dos trancamentos de rodovias para tentar evitar a posse de Lula sob vistas grossas da Polícia Rodoviária Federal, a primeira tentativa de golpe foi executada no dia 30 de outubro, quando a PRF, sob as ordens do diretor-geral Silvinei Vasques e do próprio Torres, criou bloqueios que dificultaram o deslocamento de eleitores principalmente no Nordeste, diz Leonardo Sakamoto, no Uol.

Como não conseguiu conquistar a região com propostas, a campanha de Bolsonaro decidiu que o nordestino não era apto a votar. Para tanto, usou a estrutura do Estado a fim de impedir que cidadãos depositassem seu voto, um crime bisonho.

Os bloqueios golpistas ainda custaram mais de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. O governo Bolsonaro jogou para o contribuinte a conta da tentativa de golpe.

Inquérito da Polícia Federal sobre o caso aponta que o setor de inteligência do Ministério da Justiça fez um levantamento dos locais onde o petista foi mais votado para subsidiar bloqueios de estradas no segundo turno. Não só isso, como ele viajou à Bahia para pedir apoio da superintendência da PF local à ação da PRF. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.

Já como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres mudou a estrutura do policiamento da Esplanada dos Ministérios e viajou para os Estados Unidos, onde teria se encontrado com Jair Bolsonaro, em autoexílio desde que deixou a Presidência. A polícia, por conta disso, não foi capaz de conter os golpistas que perpetraram ações terroristas contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no 8 de janeiro.

Depois disso, ainda surgiu um documento de natureza golpista no armário de sua casa, guardado por burrice, certeza de impunidade ou, psicanaliticamente, uma vontade inconsciente de ser descoberto. Ou seja, não foi apenas uma vez, é muito golpismo para uma só pessoa.

Como expliquei aqui cinco dias após os atos golpistas de janeiro, claro que sou contra a perversão do instrumento que ficou conhecido como “delação premiada”. Pessoas foram condenadas em praça pública durante a operação Lava Jato com base em confissões de criminosos que queriam salvar a si próprios, sem a preocupação de que os fatos fossem verdadeiros.

Feita a ressalva e considerando que o governo Bolsonaro foi abertamente golpista, imagino o bem que faria à República um derradeiro ato de coragem de Anderson Torres, delatando Jair.

Uma delação de Anderson Torres faria bem a ele e à democracia. Não faz sentido manter a lealdade a um político conhecido por abandonar seus antigos aliados na beira da estrada quando eles não forem mais úteis. Ele acha que, daqui a cinco anos, Jair vai levar Marlboro para ele nos dias de visita? Pergunta para Daniel Silveira se o ex-presidente lembra que o ex-deputado e hoje presidiário existe.

Quando se fala em golpe de Estado, a imagem histórica remete a uma fila de tanques descendo de Minas Gerais até o Rio de Janeiro e a imagem moderna aponta para um cabo e um soldado batendo na porta do STF. Mas o uso de tropas é desnecessário. Para um golpe, basta que o Poder Executivo passe a governar sem freios nem contrapesos dos outros poderes. Ignorando o Judiciário e a Constituição, que prega o direito e o respeito ao voto.

Uma delação premiada não salvará a biografia de Torres, mas vai ajudar a jogar luz sobre sucessivas tentativas de impor uma ditadura no Brasil pela via da força, o que ajudaria na punição do mandante, e aliviaria não sua consciência, mas a sua pena.

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