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Nomeado na Embratur, Freixo anuncia filiação ao PT e critica PSB: ‘Preciso de construção partidária’

Seis meses após entrar no PSB para disputar o governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo anuncia agora que irá se filiar ao PT. Escolhido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir a Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, ele explica que a mudança se dá por insatisfações com a antiga legenda. Além disso, enxerga o PT como único partido capaz de liderar alianças para derrotar o bolsonarismo nas próximas eleições, informa O Globo.

— Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB. Um lugar que tenha trabalho de base. Era o que eu queria fazer no PSB, mas não foi possível, não era esse o projeto — afirma Freixo. — Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido onde eu possa ajudar.

Freixo entregou sua carta de desfiliação pessoalmente ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, no dia 30 de dezembro, após o anúncio da escalação final da Esplanada dos Ministérios do governo Lula. Ele diz que a decisão para deixar o partido se deu ainda após a derrota na disputa para o governo do Rio, em outubro. Porém, para não passar a imagem de que estaria indo para o PT para “ganhar ministério”, decidiu esperar a transição ser concluída.

O parlamentar aponta que uma série de “erros”, em sua avaliação, que motivaram sua saída do ex-partido. Entre eles está a decisão do PSB de não entrar na federação com o PT. A essa escolha ele atribui o encolhimento expressivo da bancada da sigla na Câmara, que vai cair de 32 para 14 deputados em 2023.

— O PSB foi para um lugar em que eu não me enxergo mais — resume o político que antes era filiado ao PSOL, onde fez a maior parte de sua carreira.

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Molon: um candidato de si mesmo

Ricardo Bruno – Se Alessandro Molon mantiver seu projeto pessoal e, como tudo indica, perder as eleições, terá de deixar a vida pública. O desmedido apego à candidatura, à revelia dos objetivos centrais de seu próprio grupo político, tirou-lhe condições de convivência em ambiente partidário.

Nesta empreitada contra o bom senso, violou um dos princípios basilares das agremiações partidárias: pôs seu projeto pessoal acima dos interesses e metas da legenda. Ao fazê-lo, perdeu credibilidade e confiança de seus pares, transformando-se em estorvo para a consecução do objetivo primordial da aliança PSB-PT: juntar, agregar, somar, reunir e potencializar energias para assegurar a vitória de Lula.

A obsessão do parlamentar de viabilizar o sonho de se tornar senador, em desacordo com pacto firmado diretamente como ex-presidente Lula, desidrata, drena e fragiliza a força da aliança entre as duas principais legendas da esquerda brasileira. Ao invés de se organizar estratégias para o avanço da chapa Lula-Alckmin, despende-se tempo e energia para tentar contornar a aventura individualista do parlamentar fluminense.

Os partidos não devem ser utilizados como instrumentos de projetos pessoais, desconectados das estratégias centrais do grupo. Essa talvez seja uma das maiores distorções da política nacional, na maioria das vezes resultante da ação das chamadas legendas de aluguel – siglas que são capturadas pelo objetivo raso de políticos despudorados.

Molon tem história no parlamento brasileiro, construiu trajetória ilibada na defesa de causas progressistas, ainda que tenha cedido à tentação moralista de apoiar Sérgio Moro e Marcelo Bretas nos desvios e arbítrios da operação Lava Jato. Em sua atuação, há indiscutivelmente um certo “lacerdismo” enrustido, ao agrado de boa parte da Zona Sul, base de seu eleitorado. Egresso da militância católica, ostenta a imagem de carola pudico, sublinhada pelo cabelo em corte que remete às tonsuras clericais.

Se na atividade parlamentar reúne muitos acertos, se a imagem se mostra aparentemente imaculada, a prática partidária é desastrosa. Molon controla o PSB utilizando métodos que fazem lembrar os políticos mais retrógados. Preside um diretório, cujos os integrantes, em sua maioria, são funcionários de seu gabinete parlamentar. Atuam exclusivamente para fazer valer os interesses e as vontades do patrão. Isto desqualifica e reduz o conjunto de sua atuação parlamentar. E retira legitimidade de sua indicação como candidato ao Senado.

Após sofrer sanções de seu próprio partido por incontinência de suas ambições pessoais, com o corte de recursos do fundo eleitoral e a possibilidade de perder espaço na propaganda na televisão, Molon se tornou candidato de si mesmo. Isolou-se no ambiente político-partidário e tenta levar à frente sua aventura com o apoio de alguns artistas e intelectuais respeitáveis, mas distantes da lide política, onde de fato se constrói os planos e estratégias de atuação eleitoral dos partidos.

Sua candidatura descumpre o acordo entre as legendas, traz prejuízos, portanto, à aliança PT-PSB e produz embaraços à convivência prática entre petistas e socialistas. Que deveriam estar terrivelmente unidos na defesa do projeto de redemocratização do país, representado pela chapa Lula-Alckmin. Perde também o candidato ao governo do PSB, Marcelo Freixo, que tem de se equilibrar entre as pretensões descabidas do presidente regional do partido e os objetivos maiores de seu projeto eleitoral de parceria com Lula e o PT.

Todos perdem, até mesmo o próprio Molon, que provavelmente será levado a encerrar sua respeitável carreira parlamentar, por pequenez política e demasiada ambição pessoal.

Ricardo Bruno é Jornalista político, apresentador do programa Jogo do Poder (Rio) e ex-secretário de comunicação do Estado do Rio/247

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Política

Alckmin celebra união com Lula: “Simplesmente companheiros”

Em postagem, o ex-presidente Lula também reforçou que o ex-tucano agora é “companheiro”.

Em postagem feita nas redes sociais nesta sexta-feira (8) o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) celebrou a união com o ex-presidente Lula (PT) na corrida presidencial de 2018. Alckmin foi indicado pelo PSB para compor a vice da chapa encabeçada pelo petista. Segundo Lula, o PT aprovará o nome do ex-tucano.

“Simplesmente companheiros! Sem cerimônias, com a humildade de reconhecer que os desafios do presente são maiores que as disputas do passado”, escreveu Alckmin. “Temos um único objetivo: bem servir o povo brasileiro. Por isso eu convido a todos vocês a participarem dessa união com Lula em defesa da democracia e trabalhando a favor do Brasil!”, completou.

A postagem do ex-governador dialoga com uma feita por Lula. “Nossa vontade é de reconstruir o Brasil. A partir de agora é companheiro Alckmin e companheiro Lula”, escreveu o ex-presidente. A publicação gerou debates nas redes sociais por usar o termo companheiro para se referir ao ex-tucano, que agora vai compor chapa presidencial com o petista.
Alckmin vice de Lula

Em evento na manhã desta sexta-feira (8), Geraldo Alckmin discursou ao lado de Lula (PT) em evento em que o presidente do PSB, Carlos Siqueira, oficializou a indicação do nome do ex-governador de São Paulo como vice da chapa do petista, que lidera as intenções de votos. “Vamos somar esforços para a reconstrução do nosso Brasil”, disse Alckmin.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou durante a sua declaração que o “Brasil vive seguramente o momento mais difícil do período da redemocratização” e que as “adversidades são multidimensionais, implicando em primeiro lugar uma crise política sem precedentes”. “A disputa que se dará no pleito eleitoral pela Presidência da República não está propriamente relacionada aos embates de natureza histórica, entre esquerda e direita. O que está em questão nas eleições de 2022 é o confronto decisivo entre democracia e autoritarismo”, disse.

Por fim, Siqueira afirmou que apenas a chapa composta por Geraldo Alckmin e o ex-presidente Lula é a única que “pode entregar à população o muito que, com toda legitimidade, ela exige. Temos convicção absoluta de que esta chapa é a que se consolidará com as candidaturas dos companheiros Lula e Geraldo Alckmin”.

*Com Forum

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Alckmin é do PSB: “é nosso candidato a vice”, disse presidente do partido

O ex-governador Geraldo Alckmin bateu o martelo. Durante encontro em São Paulo nesta segunda-feira (7) com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, ficou acertada a sua filiação ao partido.

“Ficou acertado que ele entra no PSB, só falta agora a data da filiação. A conversa foi excelente”, confirmou Siqueira ao blog de Andréia Sadi.

“Tivemos uma conversa muito boa com ele. Mais uma, né? Ele disse que o caminho natural dele é o PSB e que praticamente ficou selado o ingresso dele, mas vai decidir uma data. Não bateu o martelo quanto à data”, disse.
Só falta Lula confirmar

“Alckmin passa a ser o nosso candidato a vice. Agora, para oficializar, é preciso que o candidato à Presidência o faça”, afirmou Siqueira. Ele lembrou ainda que o acordo ocorre independentemente da federação com o PT.

O encontro contou com a presença de Márcio França, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e o presidente do PSB de São Paulo, Jonas Donizete.

*Com Forum

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Vídeo: PSB fecha apoio a Lula com declaração de João Campos

Filho de Eduardo Campos e neto de Miguel Arraes, João Campos sabe da importância da declaração para isolar ala do partido que ainda resistia a apoiar Lula.

A declaração do prefeito de Recife, João Campos, enfatizando que o PSB será “o primeiro grande partido brasileiro a declarar oficialmente o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva” encerrou a novela em torno da aliança com o PT nas eleições presidenciais de outubro, informa a Forum.

Ao empunhar o microfone durante o ato de lançamento da pré-candidatura do deputado Danilo Cabral (PSB) ao governo do Estado, Campos tinha consciência que suas palavras ecoariam além das divisas de Pernambuco e isolaria de vez a ala que ainda buscava implodir a aliança, comandada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.

Casagrande foi cortejado por Sergio Moro (Podemos) para criar um dramalhão mexicano nos próximos capítulos em torno da aliança – e, quiçá, federação – entre PT e PSB.

No entanto, Campos fez questão de acabar com o jogo de cena. Filho de Eduardo Campos e neto de Miguel Arraes, o prefeito do Recife sabe dos laços históricos que ligam à família a Lula e entende a importância de uma aliança para derrotar a ultradireita conservadora. Ainda mais partindo do Estado.

“Vamos sair do Nordeste com a ampla vitória que vai trazer dignidade de volta ao povo”, afirmou Campos.

Humberto Costa, que abriu mão da candidatura ao governo do Estado em favor da aliança nacional, lembrou desses laços históricos com a Família Campos em seu discurso no ato e ecoou o discurso de Lula sobre o apoio nacional.

“O gesto do PT ao retirar uma candidatura legítima e viável foi feito em nome dessa unidade e em nome principalmente de a gente juntar forças para, de modo definitivo, derrotarmos esse governo que infelicita o povo brasileiro, retira sua autoestima, nos envergonha internacionalmente e conseguiu a grande proeza de trazer de volta a fome que assola milhões de pessoas no Brasil, a inflação, o desemprego e o aumento da desigualdade e da miséria”, disse Costa.

Coube a Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, encerrar definitivamente a novela. “Estaremos juntos em todo o país em torno de Lula presidente da República. Essa união aqui não vai apenas mudar Pernambuco. Vai mudar o Brasil. É Lula, é Danilo”.

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Alckmin diz ao PSD que prioridade é ser vice de Lula

Tendência é que o ex-governador ingresse no PSB, caso confirme a decisão pelo projeto nacional; saída da disputa estadual movimenta o cenário eleitoral paulista.

O PSD não conta mais com a possibilidade de ter Geraldo Alckmin como candidato a governador de São Paulo na eleição deste ano. De acordo com dirigentes, o ex-titular do Palácio dos Bandeirantes, que saiu do PSDB em dezembro e ainda não anunciou o seu futuro político, deixou claro em conversas que está mais interessado em ser vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na chapa presidencial, informa O Globo.

Sem Alckmin, o PSD passou a procurar um nome para a corrida eleitoral no estado. Os dirigentes do partido elogiaram a postura do ex-governador de deixar claro, com antecedência, o interesse de ser candidato a vice de Lula, mas ainda não têm um substituto.

A saída de Alckmin da disputa estadual mexe com o xadrez eleitoral paulista. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em dezembro, o ex-governador lidera a corrida com nove pontos de vantagem. Nos cenários em que ele não é apresentado ao eleitor, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é quem mais ganha pontos, saltando de 19% para 28%. O ex-governador Márcio França (PSB) aparece em primeiro quando nem Alckmin nem Haddad concorrem.

PSB espera resposta

Caso se decida mesmo pelo projeto nacional, a tendência é que Alckmin ingresse no PSB. No dia 19 de dezembro, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, fez o convite formal para o ex-tucano. Segundo o dirigente partidário, o ex-governador ficou de avaliar o cenário e dar uma resposta. Alckmin passou a última semana em seu sítio em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

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Alckmin estuda suspender filiação ao PSB para facilitar aliança com Lula

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode se desfiliar do PSDB e ficar sem partido —adiando a decisão de entrar no PSB.

Alckmin está sendo aconselhado a seguir esse caminho para que sua candidatura a vice na chapa de Lula não fique atrelada a disputas regionais da legenda com o PT, informa Mônica Bergamo, na Folha.

Mesmo com Alckmin fora do PSDB, Lula sinalizaria de forma ainda mais clara que deseja ter o ex-governador como vice em sua chapa, independentemente da legenda à qual ele vai se filiar.

Definido que o ex-governador será o candidato a vice-presidente, no PSB ou fora dele, as negociações do PT com os socialistas não envolveriam mais o nome dele em tentativas de acertos regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Uma eventual filiação de Geraldo Alckmin à legenda não poderia mais, portanto, ser usada como trunfo por integrantes do PSB, ficando desvinculada das ambições de suas lideranças regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Parte dos socialistas —entre eles o próprio presidente da legenda, Carlos Siqueira— tenta condicionar a filiação de Alckmin ao compromisso do PT de, em troca, apoiar candidatos do PSB aos governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O estado de São Paulo é o mais difícil de equacionar, já que o PT não pretende abrir mão da candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar o ex-vice-governador Mário França, do PSB, que também pretende se candidatar ao governo.

Em outros estados, a aliança é mais provável —e vital. Em Pernambuco, por exemplo, o partido necessitaria do apoio do PT para garantir a permanência no poder. No Rio de Janeiro, o candidato ao governo Marcelo Freixo conta com um acordo com os petistas e Lula em seu palanque para ficar mais perto da vitória.

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Deputados do PSB querem Federação partidária em torno da candidatura de Lula

A construção de uma aliança em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve uma importante vitória nesta quarta-feira, 1, depois de uma reunião em que parlamentares do PSB aprovaram a construção de uma federação partidária com o PT. A informação é dos jornalistas Raphael Di Cunto e João Valadares, do Valor Econômico. “Os deputados federais do PSB avisaram ontem ao presidente do partido, Carlos Siqueira, que são amplamente favoráveis a criar uma federação com o PT e outros partidos de esquerda, como PCdoB, PV, Psol e Rede, numa aliança contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O movimento, se consolidado, isolaria o também pré-candidato Ciro Gomes (PDT)”, informam os jornalistas.

“Dos 30 deputados, 25 foram ao almoço e apenas um se manifestou contra a aliança, que obrigaria a montagem de chapas conjuntas em todos os Estados do país. A reunião não era deliberativa porque a decisão não é da bancada, mas, com essa informação, Siqueira ficou de convocar os presidentes dos diretórios estaduais e depois o diretório nacional para decidir”, prosseguem os repórteres.

“O ponto chave é que o indicativo da bancada foi aprovado com a inclusão do PT”, disse o líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PE). A aliança abre caminho para um acordo entre Lula e Geraldo Alckmin para a formação de uma chapa.

*Com 247

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Lula sobre aliança com Alckmin: ‘Quero construir uma chapa para ganhar as eleições’

“Nós estamos em um processo de conversar e vamos ver se é possível construir uma aliança política”, afirmou Lula em entrevista na manhã desta terça.

Nós estamos em um processo de conversar e vamos ver se é possível construir uma aliança política. Quero construir uma chapa para ganhar as eleições e mudar outra vez a história desse país”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (30), em entrevista à Rádio Gaúcha, sobre a composição de uma chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice para disputar as eleições presidenciais do ano que vem.

Nesta semana, Lula e Alckmin devem se encontrar para falar sobre o “quadro político nacional”, segundo coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. As tratativas para a possível composição de chapa vem sendo feitas por lideranças do PT e PSB, partido ao qual o ex-governador deve se filiar ao deixar o PSDB.

Ontem, o ex-governador se encontrou com presidentes das centrais sindicais. Miguel Torres, presidente da Força Sindical e um dos articuladores do encontro, disse ao Estadão que há disposição para a união entre Lula e Alckmin tanto de setores do PT como de núcleos do sindicato próximos ao ex-governador. Torres afirmou que esse sinal também partiu do próprio Alckmin. “Lógico que ele não falou que é (o vice de Lula), mas todas as sinalizações que ele deu, ele topa”, disse.

Preços dos combustíveis

Na entrevista de hoje, Lula também frisou que se for eleito vai mudar a política de preços dos combustíveis atrelada aos preços internacionais, que vem sendo conduzida pela Petrobras desde 2016.

“Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro”, afirmou. Lula também destacou que “cerca de 50% da inflação hoje está subordinada aos preços controlados pelo governo. Portanto o governo tem muita responsabilidade pela inflação. Pelo preço da energia, do gás, da gasolina, do diesel”.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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A justificativa de quem votou contra a PEC 5, de garantir a autonomia do MP, é piada pronta

A emenda de quem votou contra a PEC 5 no campo progressista, está pior do que o soneto.

Dizer que votou ao lado de Eduardo Bolsonaro, em nome da independência, da autonomia do Ministério Público, é chamar o povo de idiota. Pior, isso acontece três ou quatro dias após todos saberem que o procurador federal, que foi chefe da Força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de escrever parte da delação de Pedro Barusco, não se importou com as declarações deste na CPI da Petrobras que afirmou ter operado na estatal durante sete anos do governo Fernando Henrique com um pesado esquema de corrupção.

Então, querem convencer que foi bom para o país ver Dallagnol ser protegido pelo CNMP, pelo espírito de corpo no escabroso caso do powerpoint que os próprios conselheiros admitiram tratar-se de guarda-chuva que custaria caro para a reputação do Ministério Público.

Ou seja, o lavajatismo da mídia, que ainda impregna alguns partidos como o Psol, por exemplo, convenceu parlamentares que é bom para o país, figuras como Dallagnol, entre outros procuradores da Lava Jato, serem contratados a peso de ouro pela XP Investimentos para empenhar a palavra a banqueiros, rentistas, investidores nacionais e internacionais, que Lula ficaria preso e, consequentemente, abriria caminho para a vitória de Bolsonaro.

Esses deputados agora vêm falar em defesa da autonomia do Ministério Público. Quem mais deu autonomia ao MP do que Lula e Dilma? E qual foi o resultado dessa autonomia? A chegada de Temer e Bolsonaro à presidência com dois golpes de Estado, tendo o auxílio luxuoso dos procuradores “independentes” do glorioso MP.

E o que dizer da tabelinha entre Moro e Rodrigo Janot, PGR na época, no esquema do grampo ilegal contra Dilma e a entrega à Globo, ainda mais ilegal, do material colhido por Moro?

Essa gente que votou contra a PEC 5 em nome da autonomia do MP, não leu nada da série Vaza Jato?

Novamente, pergunta-se, Temer e Bolsonaro deram essa independência ao MP na hora da escolha do PGR? Claro que não. Temer não escolheu o primeiro da lista tríplice, e Bolsonaro não escolheu sequer quem estava na lista.

Dizer que votou contra a PEC 5 em nome da autonomia do MP que abriga uma casta servil aos interesses dos donos do dinheiro grosso, é um escracho com a cara de quem tem ao menos um único neurônio.

Fizeram a cagada? Então, assumam a responsabilidade, sem rodeios, porque cada vez que se justifica a lambança, mais melecados ficam os deputados progressistas que, ao fim e ao cabo, votaram de acordo com as redações da grande mídia em defesa do califado de Curitiba comandado por Moro.

Ainda há tempo de rever essa excrescência e reverter a lambança numa nova votação, que está custando muito caro a Freixo, hoje no PSB, e ao Psol como um todo, que votou igualmente à Tábata Amaral, também do PSB, que é cria de Jorge Lemann.

Somente uma mudança de voto para consertar o estrago que fizeram contra a população brasileira, mas contra as próprias imagens dos deputados progressistas que, inacreditavelmente, caíram nessa arapuca moralistóide.

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