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A pegadinha de Bolsonaro com o mercado anunciando R$ 400 de Renda Brasil saiu pela culatra

A Faria Lima contra-ataca. O cálculo econômico mostra que o Estado se organiza para ser utilizado pelas corporações, sobretudo os recursos públicos, o que, logicamente, pressupõe que as camadas mais pobres da sociedade não têm acesso às condições essenciais ao que é chamado de serviços sociais.

Em síntese, qualquer estudo sobre o Brasil mostrará que a formação socioeconômica sempre se deu de cima para baixo a partir da captura do Estado. Esse é o nosso modelo cívico herdado de quatro séculos de escravidão. Ou seja, é um modelo civilizatório em que as camadas mais pobres da população estão subordinadas aos interesses econômicos da elite, o que é, como se sabe, uma das maiores desgraças desse país.

Assim, nem algo momentâneo proposto por Bolsonaro, o tal Renda Brasil, que daria aos beneficiários do Bolsa Família R$ 400 até o final de 2022 e ao governo a possibilidade de furar o teto de gastos, justamente porque a lei permite esse gasto, sendo momentâneo, temporário, o governo pode utilizar essa alavanca sem ser acusado de cometer crime fiscal.

Diante dessa situação, o mercado não pensou duas vezes e se levantou contra as medidas do governo dando um tombo no Ibovespa de mais 3%, levando à disparada do dólar.

Para estragar ainda mais o bolo da festa política que Bolsonaro faria para tentar recuperar a musculatura política do eleitorado mais pobre, a Petrobras avisa que haverá uma craca, um apagão no fornecimento de combustível, porque o mercado internacional opera com o preço dos combustíveis extremamente alto e o Brasil não teria como acompanhar essa pegada.

O fato é que Bolsonaro e os próprios militares, mesmo abestados, sabiam que o mercado reagiria mal, mercado que, mesmo considerando Bolsonaro uma tragédia, como é o caso dos banqueiros do Itaú que foram a público avisar que a banca garantiria o término do seu mandato.

Na verdade, isso pegou os donos do dinheiro grosso no contrapé e eles não gostaram nada dessa manobra dissonante que Bolsonaro quis utilizar.

Para piorar, muitos assessores do ministério da Economia ameaçaram se demitir. Então, o cavalão teve que recuar, guardar seus foguetes e jogar um bolo inteiro fora tal o nível de acidez tóxica que tomou conta da festa do lançamento programada para a tarde hoje. Ou seja, o mercado jogou água no chopp de Bolsonaro.

A pressão do mercado foi tão grande que as pessoas convidadas para a festa de lançamento só souberam do cancelamento quando chegaram na porta de entrada.

E como todos sabemos, ele se cercou de banqueiros e rentistas para seguir defenestrando o Brasil até o final de 2022 e, agora, viu-se completamente cercado pelos seus garantes.

Agora é esperar como o mercado reagirá amanhã com esse puxa e repuxa de Bolsonaro.

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Governo Bolsonaro, o que recomeça toda segunda e termina na terça

Enquanto o brasileiro se acostumou a, durante 13 anos dos governos do PT lançarem projetos como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, Mais Médicos e tantos outros programas que revolucionaram o Brasil e, por isso mesmo instigou a ira das classes economicamente dominantes, o que se vê no governo Bolsonaro é esse espetáculo de patetice com ingredientes piegas, como ao que assistimos nesta segunda-feira, protagonizados por Maia e Guedes para, no final das contas, dizerem o que todos já sabem, não tem dinheiro para o Renda Brasil fogueteado por Bolsonaro, pois o mercado não aceita, de forma nenhuma, que se fure o teto de gastos.

O mercado, que é quem manda na birosca do miliciano, mandou Guedes e Maia, dois totozinhos dos banqueiros, se entenderem e fazerem juras de amor diante das câmeras. Um espetáculo piegas, pegajoso que embrulha o estômago.

Tudo para, no final das contas, dizerem, em outras palavras, que eles querem que os pobres se explodam.

Mais cedo, o anúncio já tinha sido feito por Marinho e Guedes de que eles já sabiam o que não fariam para arrumar recursos para o Renda Brasil, que era não furar o teto de gastos em hipótese alguma.

Já os recursos para o programa ficaram nas costas do Abreu, se ele não pagar, nem eu.

Em última análise, o que essa turma, que lambe o chão da banca disse é que, no Brasil, não há espaço para qualquer benefício para uma gigantesca nação de segregados.

Agora é moda, toda segunda-feira eles anunciam alguma coisa como definitiva e, na terça, a realidade política de Bolsonaro bate na porta do governo e desdizem tudo o que disseram no dia anterior. E assim a esculhambação vai se transformando na grande marca desse governo de militares, petequeiros, cães de guarda do mercado e uma escória política que se agarra ao poder a qualquer custo, enquanto o país naufraga diante dos olhos do mundo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Mídia prefere que Guedes caia para preservar a aura mística do neoliberalismo

O que Guedes não diz, mas salta aos olhos, é que o governo não tem caixa pra bancar o Renda Brasil.

Não tem, porque Guedes é um embuste.

Novidade? Nenhuma!

Ao dar seu faniquito teatral e anunciar o fim do “Renda Brasil”, que era apenas um nome fantasia , Bolsonaro admite que em seu governo não tem espaço para ir além do arrocho.

Ali só tem entrada, saída, neca!

Ortodoxia fiscal, é isso. Fragiliza o próprio chão eleitoral do governo em nome do mercado.

Mas os masoquistas da grande mídia encontraram uma solução.

Guedes cai e preserva a aura mística do neoliberalismo.

Ele saindo, o fracasso fica na conta de Bolsonaro.

O fato é que o Brasil parou, emperrou, não tem norte, não tem guia, não tem nada.

O golpe nos jogou num buraco negro e fomos tragados para o nada.

Só sobrou a barbárie, as reformas, as soluções que trombam de frente com os trabalhadores, com os pobres e com os miseráveis.

O cenário é de terra arrasada. A crueldade social é o preço a se pagar, Guedes recebendo ou não o cartão vermelho.

Guedes já colocou a granada no bolso do inimigo, o povo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Duas suspeitas não transparentadas: Brecha pode flexibilizar Orçamento do Bolsa Família propalado pelo governo

Relatório técnico já aponta duas suspeitas não transparentadas pelo governo federal na proposta de lei orçamentária de 2021 enviada ao Congresso.

O discurso de Jair Bolsonaro de que irá manter os investimentos no Bolsa Família até 2022 não destoa da proposta orçamentária enviada ao Congresso, que estabelece um total de R$ 35,4 bilhões ao programa no ano que vem, quantia que é 15% superior ao que seria destinado este ano. Não fosse a condição de “flexibilidade” que também será adotada no Orçamento de 2021, abrindo espaço para a abertura de créditos suplementares e, assim como já feito este ano, a movimentação destes recursos.

A página 112 da Proposta de lei orçamentária de 2021 (acesse aqui), enviada ao Congresso pelo governo Bolsonaro no último dia do mês de agosto, trata especificamente das quantias previstas pelo governo à “inclusão social por meio do Bolsa Família e da Articulação de Políticas Públicas”.

O que no tópico especifica o programa criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trata-se, na prática, da Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza, que é a base do Bolsa Família, mas caso o governo Bolsonaro queira modificar para “Renda Brasil”, como foi aventado, partiria deste mesmo fundo.

Contrariando os indicativos iniciais, de que haveria uma redução destes montantes, o governo colocou à disposição dos repasses às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza R$ 34,3 bilhões. O que significaria um aumento de mais de R$ 4 bilhões do que foi proposto (R$ 30 bilhões – confira aqui) para o mesmo fim, neste ano.

Contudo, se o relatório dos técnicos da Instituição Fiscal Independente ligada ao Senado Federal já aponta duas suspeitas não transparentadas pelo governo federal na proposta enviada ao Congresso – a de que o déficit primário será 32 bilhões a mais do que o informado e de que o teto dos gastos deverá ser rompido, após o governo também omitir despesas previstas, como a desoneração da folha (leia aqui) – os recursos que hoje são destinados ao Bolsa Família também podem estar suscetíveis de modificação.

É o que já permitiu a Lei nº 13.978, assinada em janeiro deste ano pelo governo Bolsonaro, que tratou das receitas e despesas para este 2020. Na seção III, art. 7º, o governo estabeleceu a possibilidade de criar “créditos suplementares”, para movimentar os recursos da União. Um deles, especificamente, tratava dos montantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, aonde justamente se encontram os investimentos de programas sociais e do Bolsa Família.

eis meses após a sanção desta lei, este trecho foi útil ao presidente, quando decidiu transferir R$ 83,9 milhões justamente dos cofres da Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza para servirem de crédito a serem usados nas contas da comunicação instituição do governo.

O caso chegou a ser alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). O Ministério Público junto ao TCU pediu, em junho, que a transferência dos montantes para a comunicação fosse suspensa, afirmando causar “espanto e incredulidade”.

“Parece nítido o atentado ao princípio da moralidade quando se remaneja recursos destinados à segurança alimentar de famílias nordestinas em extrema pobreza para a realização de publicidade institucional da Presidência da República”, havia dito o procurador de Contas do TCU, Lucas Rocha Furtado.

Com a repercussão, a Secretaria de Comunicação da Presidência voltou atrás e desistiu da medida. A resposta do Tribunal, dada no início de agosto, foi uma “recomendação” ao governo de Jair Bolsonaro que utilizasse a economia dos gastos com o Bolsa Família apenas em programas de assistência social, diante da pandemia.

Entretanto, apesar da repercussão que pode ter, a movimentação de verba no Orçamento estava prevista na lei editada pelo presidente Jair Bolsonaro, em janeiro deste ano. Como a normativa que trata da aplicação do Orçamento previsto para o ano é, de praxe, sancionada em janeiro, a repetição da brecha somente poderá ser observada em quatro meses mais.

 

*Patrícia Faermann/GGN

 

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Bolsonaro aborta o “Renda Brasil” porque o seu governo é uma bandalha

E é nas mãos dessa equipe de Guedes que nossa economia naufraga.

Como alguém anuncia e divulga uma programa social triunfalista desses sem saber como vai bancar?

“Até 2022, o meu governo está proibido de falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”. (Jair Bolsonaro)

Só nessa esculhambação chamada governo Bolsonaro uma coisa bizarra dessas acontece.

Imagina um investidor internacional assistindo a esse filme dos trapalhões. Deve dar uma segurança danada ver uma coisa dessa magnitude feita na base da orelhada e do improviso.

Em qualquer lugar do mundo isso seria considerado um deboche com a cara do povo e uma esbórnia econômica para qualquer economista minimamente sério.

Mas num país que tem Bolsonaro como presidente, tudo que o mundo acha absurdo, nele se transformou no “novo normal”.

O filme de terror a que assistimos, dia após dia, somente revela a bandalheira, ou como disse Lula, o cacareco que a elite colocou no governo.

Uma depravação econômica e social sem classificação. Um governo em que se procurar com lente de aumento não se encontrará um único integrante com brio.

Na verdade, o bufão Paulo Guedes e o histriônico Bolsonaro quiseram anunciar algo que, segundo o imaginário dos dois, fizesse Lula desaparecer do coração dos brasileiros. Depois do borralho desses dois impostores, Bolsonaro nem rebatizar o programa quer mais.

Bolsonaro vai manter o programa criado por Lula, ampliado por Dilma, com o mesmo nome, Bolsa Família, programa que ele cuspia ódio quando mencionava.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro proíbe falar em Renda Brasil e diz que é Bolsa Família mesmo

Já Já Bolsonaro vai proibir as pessoas do seu governo de falar seu nome, é Lula mesmo.

Isso parece piada, mas não é. Piada mesmo são os tucanos tentando ressuscitar o PSDB através da múmia de FHC.

O fato é que Bolsonaro quis se meter numa seara onde que ele não tem o menor cacoete, nem ele e, muito menos seus servidores, que são os programas sociais, área em que a eficácia do governo Lula é reconhecida mundialmente, além de ter levado a economia brasileira à condição de 6ª maior potência do planeta.

Bolsonaro e Guedes se embananaram para fazer o Renda Brasil. Os ricos até aplaudiam, já que a proposta era tirar uma sobra dos pobres para dar aos pobres. Ou seja, a conta não fechou e o sentimento do povo é o de que Bolsonaro não herdou centelha daquilo que foi a grande alavanca social e econômica do governo Lula.

Bolsonaro se atrapalhou tanto que fez uma exigência aos membros de seu governo, a de não falar mais em Renda Brasil e que seria muito melhor imitar Lula no que ele teve de mais nobre, o Bolsa Família. Tudo para não enfiar a mão em cumbuca, coisa que nem ele e nem Guedes têm a menor sensibilidade, ou seja, lidar com a pobreza e miséria.

Deu no que deu, um vexame ainda maior do que o de tentar surrupiar dos aposentados e dos deficientes o dinheiro que bancaria o tal Renda Brasil para não tocar em um fio de cabelo da elite brasileira que, por sua vez, sustenta no poder o monstro incendiário e genocida.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Bolsonaro quer ser Lula, mas é economia que decide 2022

Jair Bolsonaro descobriu que existem muitos pobres e miseráveis neste país e está maravilhado com o fato de que, sim!, eles tendem a aprovar quem os ajuda. Daí a achar que vai se reeleger por prolongar, com o Renda Brasil, a sensação criada pelo pagamento de R$ 600 da ajuda emergencial durante a pandemia, é um longo caminho. Da mesma forma, também é um engano acreditar que basta passar uma mão de tinta verde e amarela no Minha Casa Minha Vida dos governos petistas para se tornar popular.

A questão é muito mais complexa, e não passa por condenar ou satanizar aqueles que, garantindo sua sobrevivência graças a esse dinheirinho, podem deixar de votar no PT para votar em Bolsonaro. Esse pode ser, durante algum tempo, o caso de alguns, até muitos identificados nas pesquisas que tanto encantam Bolsonaro. O que vai acontecer com essas pessoas quando o auxílio hoje de R$ 600 for reduzido ara R$ 300, não se sabe.

Ainda que se agreguem mais 6 milhões de pessoas ao universo do Bolsa Família, como planeja o governo, alguns que recebem hoje o auxílio, como os trabalhadores informais, vão deixar de se beneficiar – e dificilmente os pagamentos vão continuar atingindo 40% da população como nos dias da pandemia. Da mesma forma, os trabalhadores que tiveram salários e jornadas reduzidos mas mantiveram seus empregos graças à ajuda governamental às empresas, poderão perdê-los quando cessar a vigência das regras excepcionais.

PROGRAMAS SOCIAIS E CRESCIMENTO ECONÔMICO

A solução para a maioria dessas pessoas, que hoje podem estar entrando no contingente de apoiadores de Bolsonaro, não é o pagamento de auxílios ou bolsas, mas sim emprego e retomada da economia. É por aí que passam o destino de Bolsonaro e suas chances de reeleição. O governo não tem recursos para financiar um programa social que preserve seus beneficiários numa ilha de bem estar em meio a um país assolado pelo desemprego e por outras mazelas de uma economia em recessão.

Bolsonaro quer ser Lula, mimetizá-lo no social, esquecendo-se de que as condições que tiraram mais de 30 milhões de brasileiros da miséria nos anos PT e melhoraram a vida de tantos outros não se devem apenas a programas de renda como o Bolsa Família. O que funcionou foi uma ampla engenharia que juntou programas sociais – que abrangiam também a áreas de educação, saúde e agricultura familiar – a crescimento econômico, numa era em que o desemprego chegou a patamares muito pequenos e o salário mínimo irrigava a economia com aumentos reais.

A sensação de bem estar que levou o povo a votar quatro vezes seguidas em presidentes do PT está longe, muito longe, de ser reproduzida. Vão ser necessárias mais do que algumas mãos de tinta verde e amarela para Bolsonaro chegar lá.

 

*Helena Chagas/247

 

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Bolsonaro coloca Paulo Guedes na marca do pênalti e manda Roberto Campos Neto para o aquecimento

Bolsonaro, nesta quarta-feira, rejeitou mais do que a proposta apresentada por Guedes para a criação do tal programa Renda Brasil, rejeitou Guedes por não concordar com o texto que seria enviado ao Congresso.

De olho já na reeleição em 2022 e na prescrição dos crimes cometidos pelos filhos e por ele próprio, estando com o poder nas mãos, Bolsonaro, ironicamente, em Ipiranga, MG, implodiu o seu Posto Ipiranga dizendo que não pode tirar recursos dos pobres para dar aos paupérrimos e, muito menos tirar o abono salarial para um Bolsa Família ou um Renda Brasil, (seja lá o que isso for).

Esta era a proposta do pacote de medidas de aceleração da economia, segundo Guedes, que ampliaria o Bolsa Família e decapitaria uma série de programas sociais criados por Lula e Dilma, o que custaria muito caro politicamente a Bolsonaro num momento em que viu seu apoio popular crescer única e exclusivamente por conta do auxílio emergencial que a oposição aprovou no Congresso, aumentando substancialmente o valor, a contragosto de Bolsonaro que acabou por lhe servir de bote salva-vidas.

O mercado reagiu mal à zombaria que Bolsonaro promoveu contra Guedes em seu passa carão público. Muitos já apostam que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, pode substituí-lo na pasta da economia para acalmar o mercado.

Aquilo que já se sabia pelos bastidores, agora ficou escancarado. Bolsonaro quer a fritura de Guedes, suspendendo o programa escrito por ele e, com isso, admitindo que a situação do seu Posto Ipiranga no governo é cada dia mais difícil.

A dificuldade de Bolsonaro será conseguir alguém com agenda diferente da de Guedes para substituí-lo e agradar o mercado.

Roberto Campos Neto é um homem que agrada em cheio o mercado por ser mais antipovo, mais ultraliberal e, consequentemente pró-sistema financeiro.

Mas nisso há também uma questão política, Guedes não admite sair por baixo, não quer ser visto como alguém enxovalhado por Bolsonaro, por questão de vaidade intelectual e por ser colocado na banca de liquidação, o que lhe renderia uma grande queda de prestígio perante o mercado, aonde Guedes se criou e se fartou.

 

*Da redação

 

 

 

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Matéria Opinião

Bolsonaro deve aderir ao fascismo clássico e populista, em nome do ego e da reeleição.

Se houve algo que a pandemia ensinou a Bolsonaro, é que a lógica do pão e circo pode funcionar muito bem, mesmo que o esquema seja um auxílio emergencial e o circo por conta do Planalto. A questão, no momento, é que para manter a popularidade do fascismo, medidas que podem parecer populares são necessárias. Bolsonaro vai renomear o Bolsa Família e ampliar o uso do nome Renda Brasil, com valor superior e atingindo um número maior de pessoas.

Enquanto o Planalto ameaça acabar com o teto de gastos, Rodrigo Maia já fala que a nova CPMF pode gerar recursos para o tal Renda Brasil. Ou seja, o modelo neoliberal radical de Paulo Guedes foi posto de lado e a debandada no ministério da Economia, não foi um sintoma, mas, a consequência do modelo econômico alterado. A situação, nesse momento, é de um Bolsonaro afirmando que haverá o tal Renda Brasil, ainda que não haja previsão da origem dos recursos e os liberais que se virem, ou o Planalto apresenta uma PEC para derrubar o teto de gastos, cujos deputados também desejam.

Já o desastroso editorial da Folha que chama Bolsonaro de Dilma Rousseff, é um sintoma de que o mercado financeiro não só desaprova, mas, ameaça com um impeachment, um presidente com telhado de vidro muito fino. Sinal de que os analistas dão como certa a adesão ao populismo de direita.

A mudança de posição da extrema-direita é um realinhamento que tenta descolar o modelo fascista bananeiro, do modelo eleitoralmente desastroso de Donnald Trump. Bolsonaro, mais por ego, que por empatia de governo, deve ampliar a distribuição direta de renda e surfar na popularidade angariada por medidas aos quais foi contra, mas, obrigado a cumprir, por força de lei do congresso, que é o Auxílio Emergencial da Covid-19.

A adesão ao fascismo clássico, populista, nacionalista, conservador, religioso e de extrema-direita, pode se tornar a maior ameaça à democracia meia boca do Brasil. Talvez, os problemas estejam apenas começando.