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Mundo

A resposta da Rússia às ameaças de Donald Trump sobre a Ucrânia

Porta-voz de Putin se pronunciou sobre nova retórica do presidente dos EUA sobre o conflito.

Nesta quinta-feira (23), a Rússia afirmou que não vê “novos elementos” nas ameaças de sanções contra o país dadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A declaração foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em resposta às recentes declarações do líder americano.

“Estamos observando muito de perto toda a retórica e todas as declarações. Registramos cuidadosamente todos os nuances. Continuamos dispostos ao diálogo, como o presidente [Vladimir] Putin já declarou várias vezes, a um diálogo em pé de igualdade e mutuamente respeitoso”, afirmou Peskov.

Trump, por meio de sua plataforma Truth Social, ameaçou impor novas sanções e tarifas sobre todas as exportações russas para os Estados Unidos caso um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia não seja alcançado.

Ele prressionar Moscou para “parar com essa guerra ridícula” e alertou que, sem um acordo, as medidas econômicas poderiam se intensificar. Vale lembrar que, desde 2022, a Rússia tem sido duramente sancionada pelos EUA e pela União Europeia. Contudo, sanções econômicas contra o país já ocorrem de maneira intensa desde o período Barack Obama e se intensificaram no primeir mandato de Trump.

Peskov destacou que Trump usou amplamente o método de pressão durante seu primeiro mandato e observou que “ações hostis contra a Rússia terão consequências”. O porta-voz também sublinhou que os Estados Unidos têm lucrado com a crise ao vender recursos energéticos e militares para a Europa, que desenvolvem e enriquecem a sua própria indústria de defesa por meio de pedidos militares.

O Kremlin reiterou sua disposição para um diálogo com Washington para o fim da guerra. “Estamos esperando sinais de disposição para retomar contatos, mas eles ainda não chegaram”, disse Dimitri Peskov. As condições para Moscou são claras: há de se agir contra os motivos que originiram o conflito, como o ingresso ucraniano na OTAN e a defesa de populações russas em territórios ucranianos.

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Política

Após resposta da Meta, AGU vê grande potencial para violação de direitos humanos e convoca audiência pública: ‘grave preocupação’

Órgão federal cita riscos à legislação e direitos fundamentais com as novas diretrizes da empresa.

A Advocacia-Geral da União (AGU) manifestou nesta terça-feira (14) “grave preocupação” com aspectos da resposta da Meta à notificação extrajudicial enviada na última sexta-feira (10). A empresa confirmou a implementação da nova Política de Conduta de Ódio no Brasil, defendendo que as alterações ampliam o espaço para a liberdade de expressão.

No entanto, a AGU entende que essas mudanças podem violar a legislação brasileira e os direitos fundamentais dos cidadãos. A nota destaca que a nova política tem o “potencial de permitir graves violações de direitos humanos no país” e contraria posicionamentos anteriores da Meta em discussões no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Marco Civil da Internet.

Segundo a AGU, os atuais termos de uso das plataformas, assim como as mudanças propostas, não estão alinhados à legislação nacional. Para aprofundar o debate, o órgão anunciou a realização de uma audiência pública nesta quinta-feira (16), com participação dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania, e da Secretaria de Comunicação Social.

A audiência discutirá os efeitos da nova política, os riscos da substituição do Programa de Verificação de Fatos no exterior e o dever de cuidado das plataformas digitais. A Meta havia alegado que as alterações simplificam a política de moderação de conteúdo para permitir debates mais amplos em temas como gênero, orientação sexual e profissões, justificando que a política anterior limitava “debate político legítimo”.

Para a AGU, no entanto, essas mudanças abrem espaço para discursos que podem desrespeitar os direitos humanos. “A iniciativa preocupa porque pode desestabilizar a proteção aos direitos fundamentais, algo que deveria ser assegurado pelas plataformas”, ressaltou o órgão.

 

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Opinião

Senadores do agrotóxico dizem estar dando resposta ao STF para atacar povos indígenas

Toda essa balela dos baitacas do Senado não é por outro motivo senão saquear as terras dos povos indígenas para entregar a grileiros e latifundiários. Em resumo, é isso.

Estão usando uma suposta garupa do STF esse pretexto murcho que, ao fim e ao cabo, segue a trilha do governo Bolsonaro que promoveu o genocídio dos Yanomami para montar acampamento para todo tipo de esbórnia em terras indígenas.

Lógico, estão colhendo a ira da população brasileira porque sabem que os produtores do ogronegócio, que se confundem com os grileiros, madeireiros, garimpeiros, estão utilizando o STF como corta-luz do que é inegável, que é o roubo das terras dos povos indígenas.

A ação em curso de um Senado bandido quer forçar a saída das tribos para ocuparem a terra que os milionários julgam ser deles.

Pior, fazem coro com Arthur Lira e sua gangue de parar o Congresso para parar o Brasil, numa clara ação de ataque à população brasileira, pois é ela que sofrerá as consequências das ações dessa cambada que usa fitinha verde e amarela para sabotar o país em benefício próprio.

O marco temporal é um roubo. Fim.

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Justiça

Violência nas escolas: Dino exige respostas de plataformas de redes sociais e cita possibilidade de investigação policial

Até o momento Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu derrubada de 511 contas com conteúdos suspeitos no Twitter.

Segundo O Globo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, exigiu que empresas de redes sociais tenham canais abertos para atender a solicitação de autoridades no sentido de excluir conteúdos que incitem a violência. Segundo Dino, a pasta vai notificar as plataformas e caso os pedidos não sejam cumpridos, um inquérito será aberto para investigá-las.

A ação faz parte de um conjunto de iniciativas anunciadas pelo governo na última semana para tentar reduzir a recorrência desses casos. Participaram da reunião as empresas Meta, TikTok, YouTube, Twitter, Google, Kawai e WhatsApp.

– Estamos fazendo esse monitoramento e enviando às plataformas. Estamos vendo que alguns têm atendido e outros não – afirmou Dino. – Estamos exigindo que essas empresas de tecnologia tenham canais abertos, velozes de atendimento dessas solicitações ou notificações oriundas das autoridades policiais.

A pasta vai notificar as plataformas ainda nesta semana para que atendam às exigências das autoridades. Dino criticou a postura das plataformas. Segundo o ministro as empresas precisam ter gestos concretos no sentido de coibir publicação de conteúdos indevidos nas plataformas.

– Se essa notificação não for atendida, vamos tomas providências policiais e judiciais contra as plataformas – afirmou.

O ministro criticou a passividade das empresas para contribuir com o monitoramento do que é publicado nas plataformas, ele pediu que as empresas tenham uma moderação ativa dos conteúdos. Ele cobrou que as plataformas não tenham apenas uma moderação “reativa” a partir da provocação de autoridades, mas que façam monitoramento espontâneo.

– (As empresas) ajudarão de um jeito ou de outro. Ou ajudarão na autorregulação ou ajudarão porque serão obrigadas a ajudar – disse Dino.

O Ministério da Justiça também vai cobrar que as empresas revisem suas políticas de algoritmo e de suspensão de contas para coibir a circulação de conteúdos violentos.

– A secretária Estela (Aranha, da coordenação de Direitos Digitais) tem se dedicado a entrar nesses perfis, porque é dever dela e o que tem acontecido com ela? Tem recebido a recomendação de seguir perfis violentos. A empresa não sabe disso? Impossível, porque se a empresa sabe meus hábitos de consumo, sabe recomendar alternativas de lazer e gastronomia para nós – criticou. – Sabe! Mas acaba monetizando a violência. É isso que está em questão: modelo de negócio. Este tempo do Brasil acabou, no sentido de que haveria liberação de qualquer coisa em nome de uma falácia, de uma fraude, de uma falcatrua, de usar liberdade de expressão como escudo para crime.

– Esses adolescentes são algozes, mas são vítimas também. É preciso que quem tem responsabilidade, e essas empresas que lucram bilhões têm responsabilidade, também se engaje. Houve um momento nessa reunião que uma das empresas veio alegar termos de uso. Deixei claro que os termos de uso não se sobrepõem à Constituição, à lei, e não são maiores que a vida das crianças e adolescentes brasileiras – defendeu.

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