Lula teria 42,6% dos votos se a eleição fosse hoje, totalizando 50,8% dos votos válidos, o que garantiria sua eleição em primeiro turno. É o que informa pesquisa presencial do instituto Sensus.
Pesquisa presencial IstoÉ/Sensus divulgada nesta sexta-feira (3) indica que se as eleições fossem hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria eleito presidente no primeiro turno. Ele teria 42,6% dos votos, totalizando 50,8% dos votos válidos.
Jair Bolsonaro ficou em segundo com 24,2% das intenções de votos. Sergio Moro está com apenas 7,5%, Ciro Gomes tem somente 5,3% e João Doria sequer chega a 2%, ficando com 1,8%.
Outros candidatos da chamada terceira via têm, somados, 2,8%: Simone Tebet com 1,2%, Luiz Henrique Mandetta com 1%, Rodrigo Pacheco com 0,3%, Luiz Felipe D’Ávila com 0,2% e Alessandro Vieira (Cidadania) com 0,1%.
Num eventual segundo turno, Lula venceria todos os adversários por larga margem. Contra Bolsonaro, faria 55% a 31%; contra Moro, 53% a 25%; contra Doria, 55% a 14%.
Bolsonaro é o candidato com maior rejeição: 59,2% – o que praticamente inviabiliza sua candidatura. As más notícias não param aí: 53,2% acreditam que ele vai viabilizar o Auxílio Brasil apenas como projeto para se reeleger.
A pesquisa, presencial, foi realizada entre os dias 24 e 28 de outubro, com dois mil eleitores, em 136 municípios de 24 estados, com margem de erro de 2,2%.
*Com informações do 247
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Amanhã será lançado o livro “Sergio Moro — contra o sistema de corrupção”. Vejam só que ironia, Sergio Moro contra a corrupção. Quem tiver coragem, que leia.
Sergio Moro prepara uma bomba para estourar no colo de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (30/11), nada menos do que o dia em que o presidente se filiará ao PL. Por coincidência, sairá também amanhã o livro “Sergio Moro — contra o sistema de corrupção”, autobiografia do ex-juiz, com algumas histórias pouco agradáveis para o presidente, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.
Um conjunto delas promete ser especialmente constrangedor para Bolsonaro: o livro detalhará o processo do presidente no esforço para proteger seus filhos políticos, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. São histórias nunca antes contadas por Moro, abaixo de quem, no Ministério da Justiça, ficava a Polícia Federal.
O pior é que as informações da obra não ficarão restritas às livrarias amanhã. Às 10h30, quando começa o ato de filiação de Bolsonaro num centro de convenções em Brasília, as histórias do livro já terão corrido o país. Moro deu diversas entrevistas nos últimos dias, sobre o livro, narrando alguns desses episódios, com vistas à publicação amanhã.
Embora não necessariamente tenha sido esse o objetivo, o fato é que, no dia em que deveria brilhar sozinho, Bolsonaro verá as páginas de jornais cheias de fotos daquele que, hoje, é quem mais lhe mete medo.
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A mídia, que ajudou a eleger Bolsonaro, está em plenos pulmões apresentando como grande novidade da disputa de 2022 o neofascista, Sergio Moro.
A carinha de idiota com os olhinhos virados de Vera Magalhães, seguidos de um discurso oficial da mídia sobre um senhor doutor, a V. Exa, Sergio Moro, não deixa dúvidas, o ex-juiz é o neofascista que a mesma Faria Lima que comprou Bolsonaro, o compra, na mesma medida e preço com um verniz um cadico mais civilizado.
A cena patética de Vera Magalhães falando sobre um suposto enxadrista Sergio Moro já denunciava o que explodiria em todos os meios midiáticos, como já ocorreu com Pedro Bial e Danilo Gentili. Os barões da comunicação, os mais rastejantes pelegos do sistema financeiro já estão em plenos pulmões assumindo a campanha de Moro. Nada de novo no front.
A Lava Jato foi, antes de tudo, uma peça publicitária, um outdoor permanente do fascismo cordial, do camisa preta tropical, a ressignificação do próprio Bolsonaro e do bolsonarismo para atender à mesma freguesia do monstro que ceifou a vida de mais 613 mil brasileiros por interesses nada republicanos que ocorreram dentro do Ministério da Saúde o qual Bolsonaro controla com mãos de ferro.
Detalhe, Moro estaria até hoje no governo se não fosse Bolsonaro ter lhe cortado as asas, como é típico na guerra das milícias para que não fosse traído pelo próprio comparsa.
Dito isso, o que a Faria Lima sonha é trocar Bolsonaro, um psicopata sem modos, por Moro, um Zorro tupiniquim forjado no Projac, para que nada mude e que, na verdade, a exclusão de milhões de brasileiros se aprofunde.
Se Bolsonaro segregou negros e pobres do Enem, Moro pretende mergulhar mais fundo com o seu “excludente de ilicitude” em que estimula, através de uma permissibilidade perversa, que agentes do Estado eliminem inocentes a partir de um suposto estado emocional de um policial que se sentir ameaçado por alguém.
Certamente, um projeto de extermínio como esse passaria longe da Faria Lima ou dos bairros ricos Brasil afora e atingiria frontalmente negros e pobres das periferias e favelas do Brasil como um todo.
Esse é o projeto que a classe dominante sonha para acabar com os pobres e não com a pobreza.
A camisa, a gravata e o paletó pretos, que tanto encantam Vera Magalhães, são emblemáticos pelo que representam em termos históricos o fascismo de Mussolini, como em sua transposição para o fascismo neoliberal que comanda o sentimento dos endinheirados no Brasil.
Dizem por aí que Moro é muito pior que Bolsonaro por ser mais cínico, sobretudo por nutrir um ódio mais visceral contra Lula, por ser este o líder político mais popular da história do Brasil.
É possível, porém, como sempre teve consciência e cantou isso nos quatro cantos da mídia nativa, que a publicidade que foi o ponto central da imagem de Moro como herói, assim como da própria Lava Jato, seja requentada, logicamente junto com a mídia que não para de produzir descredibilidade por não conseguir sobreviver sem o amparo do grande capital, que é, em última análise, o quartel-general do fascismo brasileiro.
Não foi sem motivos que Moro anunciou como seu provável ministro da Economia o ultraneoliberal que serviu à ditadura no Banco Central, Affonso Celso Pastore, também conhecido como o pai da hiperinflação brasileira.
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Poder360 Ideias - Sérgio Moro é o convidado do Poder360 Ideias, no restaurante Piantas. Brasilia, 04-11-2019.Foto: Sérgio Lima/PODER 360
No início da tarde desta 6ª feira [19/11] foi publicada uma pesquisa de intenção de votos com resultados disparatados da maioria daqueles encontrados por distintos institutos de pesquisa, revela reportagem de Jeferson Miola, no 247.
A pesquisa traz resultados favoráveis a Sérgio Moro, que aparece com 11%. Com isso, o juiz declarado suspeito pelo STF estaria atrás apenas de Lula [37%] e Bolsonaro [24%], mas à frente de Ciro [8%] e de todos demais candidatos.
Curiosidades
Chama atenção, à primeira vista, que este suposto crescimento das intenções de votos no juiz suspeito não altera o desempenho do também extremista de direita Bolsonaro, que continuaria no patamar de 24%. Isso é contraditório, porque ambos disputam o mesmo eleitorado.
A empresa pesquisadora – Consultoria Ponteio Política – é desconhecida do mercado de pesquisas e não se conhece nenhum levantamento dela realizado anteriormente. Também pudera: a empresa foi aberta há apenas 3 dias. O CNPJ da empresa foi registrado em 16/11/2021, 3 dias antes desta estreia da Ponteio na realização de pesquisas [figura].
Mais curiosidades
A cronologia da aparição dos dados da pesquisa na mídia também chama atenção. O primeiro a publicá-la foi o site de extrema-direita O Antagonista – “Moro tem 11% na primeira pesquisa após filiação”, noticiou às 14:21 desta 6ª feira [19/11].
O Antagonista é porta-voz do lavajatismo e responsável pela Revista Crosué, na qual o juiz suspeito escreve coluna semanal.
Em seguida, às 15 horas, o Broadcast, do jornal Estadão, repercute a pesquisa com a manchete: “Moro aparece com dois dígitos em pesquisa eleitoral 2022”.
A curiosidade aqui é que um dos consultores da Ponteio Política é João Bosco Rabello, que foi diretor do Estadão em Brasília por 23 anos, até 2013, e “de 2017 a 2018 foi consultor especial de comunicação nos Ministérios da Defesa e da Segurança Pública”. [período do usurpador Temer].
O terceiro veículo em sequência a divulgar matéria sobre a pesquisa foi o Blog Ricardo Antunes, às 15:03 horas – apenas 3 minutos depois do Broadcast do Estadão. A manchete do blog destaca que “Moro passa Ciro e já tem 11% na primeira pesquisa após filiação”.
Ricardo Antunes foi preso em flagrante em 2012 e ficou detido 5 meses. Conforme noticiado pela Globo à época, “Antunes estaria tentando extorquir dinheiro do marqueteiro e cientista político Antônio Lavareda, em troca da não publicação de matérias sobre a vítima no blog do jornalista, o Leitura Crítica”.
Às 16:14 horas O Antagonista publicou novo dado da pesquisa: “Sem Bolsonaro, Moro chega a 18%”.
Este resultado discrepa bastante da pesquisa Vox Populi [11/11], pioneira na simulação sem Bolsonaro na urna. A Vox mostra que neste cenário Moro passaria de 3% para 8%, menos da metade do encontrado pela pesquisa Ponteio.
Agendamento da pesquisa no debate público
Ao se pesquisar no Google a expressão “pesquisa Ponteio Política” se encontra a ordem de divulgação dos dados do levantamento tal como descrito anteriormente: primeiro pelo O Antagonista, depois pelo Broadcast do Estadão e 3 minutos depois pelo Blog Ricardo Antunes.
Somente após o itinerário acima referido a pesquisa passou a ser divulgada em vários veículos de comunicação, e com a reprodução literal do enquadramento feito originalmente com o objetivo de turbinar a votação do juiz suspeito.
Se a publicação de tais resultados tinha o objetivo de agendar no debate público o “crescimento espantoso” da intenção de votos no juiz suspeito, este objetivo foi concretizado. No judiciário, o juiz suspeito Sérgio Moro mostrou apreço por métodos e práticas sujas para alcançar fins políticos. Seria duvidoso se agiria diferente agora, atuando diretamente na política sem o disfarce da toga.
No site oficial da Ponteio política o relatório integral da pesquisa não está publicado. Em resposta ao pedido de acesso ao relatório, o sócio-administrador Ricardo Luiz Mendes Ribeiro respondeu: “Sinto muito, mas não posso passar o relatório para você hoje. Só na terça no final da tarde, depois que apresentarmos para clientes. Divulgamos apenas alguns números para esquentar o lançamento da Ponteio que será na terça. Volte a me procurar na terça que eu te passo o relatório”.
Questionado que os dados estão divulgados em vários veículos e também perguntado sobre a desde quando a Ponteio realiza pesquisas, o sócio da empresa não respondeu até a conclusão desta matéria.
A partir de 1º de janeiro de 2022 os institutos de pesquisa estarão obrigados pela lei eleitoral a registrar no TSE todas informações técnicas relativas aos levantamentos [amostragem, metodologia, período de campo, modelos estatísticos etc]. Este procedimento confere transparência e ajuda a coibir a manipulação e a indução da opinião pública com fraudes e manipulações.
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Jair Bolsonaro tem muitos defeitos, mas não é bobo. Rapidamente, farejou o apetite de Sergio Moro por sua cadeira. Em dezembro de 2019, o presidente tentou amarrar o ministro a um plano mais modesto: ser seu vice na campanha à reeleição. “Seria uma chapa imbatível”, cortejou.
No mês seguinte, Moro foi questionado sobre a possibilidade de concorrer à Presidência. “Não tenho esse tipo de pretensão”, despistou. Como a resposta soou evasiva, ele ressaltou sua condição de subordinado. “Evidentemente, os ministros do governo Bolsonaro vão apoiar o presidente”, garantiu.
O capitão, que não é bobo, continuou desconfiado. Os dois se distanciaram, e a advogada Rosangela Moro parou de repetir que seu marido e Bolsonaro seriam “uma coisa só”. Na manhã de 24 de abril de 2020, o presidente disse a aliados que o ex-juiz queria seu lugar. Horas depois, Moro deixou o governo com ataques ao ex-chefe, diz Bernardo Mello Franco, de O Globo.
A filiação de Moro ao Podemos não marcou apenas o lançamento de um novo presidenciável. Entrou em cena, agora sem disfarces, um candidato a tirar Bolsonaro do segundo turno. O ex-juiz se apresentou como alternativa para o eleitorado de direita. Reciclou, em outro tom, o discurso vitorioso em 2018.
Além de bradar contra a corrupção, Moro prometeu “proteger a família brasileira” da violência e das drogas. Exaltou “nossos valores cristãos”. Elogiou as Forças Armadas. Disse ser um “bom brasileiro”. Citou trechos da Bíblia e do Hino Nacional.
A cerimônia foi desenhada para vender a imagem de um salvador da pátria. Ao fundo, o telão exibia a bandeira do Brasil. No púlpito, uma seta em verde e amarelo apontava o nome de Moro.
“Nunca tive ambições políticas, quero apenas ajudar”, jurou o ex-ministro. Orientado por marqueteiros, ele sacou uma fábula para tentar justificar a candidatura. Disse que um jovem perguntou, no exterior, se ele havia abandonado o país. “Aquilo foi como um tiro no meu coração. Eu não poderia e nunca vou abandonar o Brasil”, declamou, sem tirar os olhos do teleprompter.
Além de mirar a classe média antipetista, Moro buscou seduzir empresários e banqueiros que perderam o encanto com Paulo Guedes. Prometeu austeridade, reformas e privatizações. Recitou chavões a favor do empreendedorismo e da livre iniciativa.
O presidenciável iniciou a campanha ao lado de outros bolsonaristas arrependidos, como os ex-ministros Henrique Mandetta e Santos Cruz. O general, influente no Exército, arrastou um pelotão de militares da reserva.
Os rapazes do MBL e a deputada Joice Hasselmann, ex-líder do governo, também marcaram presença. Até a bancada da cloroquina subiu no palanque. Ao fim do discurso, Moro foi festejado pelos senadores Eduardo Girão e Marcos do Val, paus-mandados do Planalto na CPI da Covid.
O ex-juiz não esboçou nenhuma autocrítica sobre o passado recente. Prometeu livrar o país dos “extremos”, como se não tivesse ajudado um extremista a se eleger. Citado como nova opção da “terceira via”, Moro representa, na verdade, a segunda via do bolsonarismo. Por isso mesmo, tem boas chances de dividir a direita e tirar o capitão do páreo.
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Depois de anunciar as candidaturas de Moro, Dallagnol e da possibilidade de Carlos Fernando Boquinha e Rodrigo Janot também serem candidatos, percebe-se que há uma pacto coletivo nos intestinos da Lava Jato como sede de uma nova frente fascista.
Aquele fundo bilionário que essa turma tentou surrupiar para a tal fundação de “combate à corrupção”, já havia sido denunciado que ali tinha a intenção de se criar uma frente lavajatista como cabeça de chave de um partido e hegemonizar as eleições de 2022.
Se em poucos dias, quatro nomes ligados à Lava Jato já estão colocados nas mesas de apostas, não resta dúvida, muita gente do mesmo califado entrará no jogo.
A Lava Jato nasceu pra isso. Todas as suas mensagens não deixavam qualquer dúvida, tinham o claro interesse de intervir nos partidos e nas eleições para impor um projeto de poder com formulário eleitoralmente pronto para substituir a democracia por um sistema de justiça totalmente corrompido.
É cedo para afirmar que isso deu errado, mais cedo ainda para dizer que vai dar certo. O fato é que a Lava Jato, hoje, não é sequer sombra do que foi um dia em termos de popularidade, ao contrário, até veículos tradicionais de imprensa que fecharam os olhos, quando não cerraram fileira com essa gangue de justiceiros, agora passam a criticá-los, não todos, é lógico. A Globo, por exemplo, segue firme na manutenção da imagem heroica de sua invenção, Sergio Moro. E como não tem jeito de desatrelar a imagem de Moro do califado, ela será obrigada a comprar o pacote inteiro.
Uma coisa é certa, todos os passos dessa república de Curitiba foram calculados e certamente, eles têm informação sobre o próprio potencial eleitoral. Ou seja, não é um risco desmedido, tem método.
Resta saber qual é o tamanho dele, ou melhor, quem da Lava jato não é candidato a alguma coisa em 2022, provando que todos foram escolhidos a dedo pelo próprio Moro na sua maquete de poder, formando a mais criminosa operação policial da história do Brasil.
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Carlos Fernando dos Santos Lima, o Boquinha, ex-procurador que integrou a força-tarefa da Lava Jato, tem conversas avançadas com Moro e o Podemos.
Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que integrou a força-tarefa da Lava Jato desde o começo, até 2018, está em conversas avançadas com Sergio Moro e o Podemos, partido a que o ex-juiz se filiará, para entrar para a política e se candidatar em 2022.
Seria, ao lado de Sergio Moro, de Deltan Dallagnol e possivelmente de Rodrigo Janot mais um a formar uma espécie de Partido da Lava Jato no Podemos.
Entretanto, Carlos Fernando ainda não decidiu se vai entrar para a política e deixar a advocacia, que exerce atualmente, nem bateu o martelo sobre qual seria o cargo que disputaria.
O ex-procurador defende a candidatura de Sergio Moro para presidente e considera que um eventual mandato do ex-juiz seria a forma de implantar as medidas de combate à corrupção que desde 2015 o MPF tenta tirar do papel. Ele foi um dos principais ativistas na defesa das mudanças legislativas propostas na campanha que a instituição lançou naquele ano, chamada “10 Medidas contra a corrupção”.
Carlos Fernando sempre foi acusado, ao lado de Deltan Dallagnol, de ser um dos procuradores que mais teria uma atuação política indevida no desempenho da função. Em sua defesa, sempre disse que sua bandeira era o “combate à corrupção” e nunca teria tido preferências políticas.
Carlos Fernando entrou no MPF em 1995 e era, durante a operação, seu mais experiente integrante. Já estava no segundo degrau da carreira, como procurador regional.
O ex-PGR Rodrigo Janot também analisa uma possível candidatura, mas, segundo tem dito a interlocutores, a questão central para sua decisão é o risco de perda da privacidade que voltou a ter depois de se aposentar do MPF.
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Elio Gaspari escreveu um artigo enfezado com bastante acidez crítica contra o ex-herói Sergio Moro, mas a sensação total de sua fala é a de que ele escreveu para os colegas de redação que ainda têm no bezerro de ouro de Curitiba alguma esperança de que ele possa ressurgir das cinzas em que chafurdou.
A última frase do seu artigo parece feita sob encomenda para Vera Magalhães que escreveu um texto em que usa Ciro para atacar Lula, tendo como objetivo sublinhar que Moro pode ter morrido politicamente para os ingratos, mas para a deslumbradíssima tucana ele pode ainda dar um caldo, sobretudo se somar forças com Dória.
Mas sejamos francos, a mídia vem cozinhando à unha o galo duro sem qualquer sustança política, numa tourada trôpega com a realidade, fazendo lembrar a cegueira dos bolsonaristas diante de um “mito” de barro que virou lama e escorre pelos dedos de seus próprios fieis, na tentativa desesperada de refazer com esse barro a divindade que eles próprios produziram a partir da inteligência de pouquíssima monta que os bolsonaristas ostentam.
Não é diferente o que caracteriza a relação da mídia brasileira com Moro de tão amorosa pelos anos de Lava Jato em que viveram um romance que deu a ele o ABC do marketing político para que fosse o presidente da República dos sonhos das redações.
Moro, no entanto, é a imagem do burro n’água. Sua malandragem comparada a um ratão do submundo do baixo clero, como Bolsonaro, mostrou que o moço, que se achava o Batman invencível, tinha canelinha de vidro, queixo de cristal e nariz de porcelana e, portanto, o grande artista criado pela honra dos estúdios da Globo, como quem forja um personagem no Projac, espatifou-se, tendo apenas como filiados de sua candidatura seus próprios criadores dentro da claque remoída da própria grande mídia.
Em certa medida, isso explica o fenômeno Bolsonaro em que não se pode esperar sensatez mínima que seja de seus fanáticos adoradores, já que a própria mídia brasileira ainda trata Moro com o mesmo fanatismo cego, surdo e tolo como alguém que se agarra desesperadamente em uma quimera fantasiada pelos próprios jornalistas.
A frase de Gaspari, que encerra seu agudíssimo artigo crítico a Moro, (Em 2022, como em 2017, pode-se fazer de tudo por Sergio Moro, menos o papel de bobo), tudo indica, teve como objetivo sacudir seus camaradas de profissão para acordarem para a realidade.
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Sergio Moro é o candidato perfeito da terceira via, uma abstração política criada pela mídia antes mesmo de apresentar um nome desse suposto terceiro caminho.
Alguns candidatos citados nesse balaio já foram destituídos da banca de apostas, outros possíveis postulantes dessa mentira ainda estão em construção, e é este o caso de Moro.
Moro é o que tem perfil ideológico mais afinado com a tal terceira via, porque, afinal de contas, essa via não é nada além de não ser Bolsonaro, nem Lula.
A mídia não está interessada em uma proposta política, ela aposta novamente numa terceira via, como foi em 2018, que não optou por Haddad e nem por Alckmin. Deu no que deu, essa mescla de múmia do Egito com a nossa lendária mula sem cabeça parindo esse ovoide chamado Bolsonaro que dispensa qualquer apresentação como presidente da República.
Moro é a própria maquete de Bolsonaro, afinal, seu grande feito foi barganhar com ele a prisão de Lula em troca do ministério da Justiça e Segurança Pública. Depois de todo aquele sucesso criado pela mídia como “caçador de corruptos” que lhe proporcionou diante da opinião pública, um castelo de areia maior do que o de Bolsonaro, quando tentou uma queda de braço com a criatura que ajudou a eleger, viu, da noite para o dia, sua popularidade evaporar.
De lá para cá, como disse Gilmar Mendes, Moro voltou ao nada, ao ostracismo político de onde saiu, limitando-se a dar declarações lacônicas sem qualquer substância.
Mas ontem, numa campanha de testagem no twitter com a #AceitaMoro, quis, de forma súbita, fazer uma testagem em massa de seu nome como candidato à presidência da República em 2022.
Sejamos francos, essa é uma forma pioneira da direita tentar rebocar um proponente e alçá-lo a candidato a candidato, o que despertou muito mais ira do que os parcos apoios que, certamente, também serviram para trazer uma dura realidade ao ex-mocinho da Globo, que até para voos mais baixos, como uma cadeira no Senado, as primeiras sondagens tiveram resultado drástico.
Moro é o candidato do nada, como qualquer outro da terceira via. mas digamos que ele seja um nada e meio. A única riqueza que carrega em seu currículo é o de conseguir quebrar milhares de empresas brasileiras desempregando mais de 8 milhões de trabalhadores.
Isso significa que Moro, com sua grife falida, a Lava Jato, conseguiu um feito proporcional a uma hecatombe somando num mesmo personagem o resultado de todas as tragédias que os economistas neoliberais produziram no Brasil, de Figueiredo a FHC, passando por Temer e Bolsonaro.
Ou seja, Moro é o sonho de qualquer imbecil orgulhoso. Ele foi o juiz que teve coragem de jogar o Brasil na sarjeta econômica e política, sendo por isso odiado tanto pela esquerda quanto pela direita. O que significa que ele, como político, tem valor bruto igual a nada. Burilando essa riqueza, o mascate de Curitiba tem uma dívida gigantesca com todo o mapa geopolítico do país. Isso não é pouca coisa.
Moro não fala, e não o faz porque não tem o que falar.
Para se eleger como Bolsonaro que fugiu dos debates com uma falsa facada, ele precisaria não só de um Adélio, mas de um Moro, um juiz vigarista que faria exatamente o que ele fez em benefício de Bolsonaro.
No projeto de Moro nem berrante tem para convocar o gado. Possivelmente nem apoio da intelectualíssima caça paparazzi, Luana Piovani, ele teria, já que perdeu os holofotes, muito menos a toga sabotadora que destruiu a economia do país.
Sem o apito na boca, o ex-juiz não é nada.
Em última análise, o que se pode afirmar é que, do ponto de vista do nada e de forma natural, Moro é o candidato perfeito da terceira via.
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Quem diria, depois de todo o estrago que causou no Brasil, como quem nada fez de errado, o ex-herói chega ao país e pretende se candidatar à Presidência ou ao Senado.
O ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava-Jato Sergio Moro aterrissa hoje no Brasil para uma série de conversas sobre seu futuro político. As agendas com lideranças políticas e empresariais que querem lançá-lo como candidato à presidência em 2022 acontecerão em Curitiba, São Paulo e Brasília. Moro ainda não bateu o martelo sobre sua decisão, mas aliados do ex-juiz acreditam que, hoje, sua tendência é concorrer a uma vaga no Senado.
Esse seria um caminho para Moro voltar a ocupar um papel relevante no cenário político nacional depois de sua saída do governo Bolsonaro, em abril de 2020. Outro fator que pesa contra Moro se lançar como candidato ao Palácio do Planalto é sua família, que não tem mostrado muita disposição em enfrentar uma campanha que promete tensão de sobra, com Lula e Bolsonaro como adversários.
O Podemos defende que Moro concorra à presidência da República, mas deu opções ao ex-juiz para disputar uma vaga no Senado pelo Paraná ou por São Paulo. Pesquisas feitas pelo partido com o nome de Moro foram apresentadas a ele recentemente.
O ex-juiz prometeu dar sua posição em outubro, quando acaba o contrato com a consultoria Alvarez & Marsal, onde trabalha nos EUA.
*Com informações de O Globo.
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