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Justiça

MPF troca procurador do caso Moro-PCC e reforça suspeitas de armação

Procurador substituído deixou claro que a juíza Gabriela Hardt é incompetente para conduzir o caso.

Um novo procurador da República vai assumir a investigação sobre um suposto plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador Sérgio Moro (União-PR), reforçando suspeitas de armação no caso.

De acordo com o Estado de S.Paulo, “depois de pedir o arquivamento do inquérito na esfera federal e sugerir a transferência do caso para o Ministério Público de São Paulo, o procurador José Soares foi substituído pelo colega Adrian Pereira Ziemba”.

“Ao manter a investigação na Procuradoria em Curitiba, a 2.ª Câmara de Coordenação e Revisão Criminal do Ministério Público Federal (MPF) deixou expresso que Soares poderia pedir, ‘com fundamento em sua independência funcional, a designação de outro membro’ do MPF para conduzir o inquérito. O pedido dele também foi negado pela juíza Gabriela Hardt, substituta na 9.ª Vara Federal Criminal de Curitiba”, informa a reportagem.

*Com 247

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Política

Serviço de inteligência alertou Torres que CACs queriam “sitiar Brasília”

Documento enviado à cúpula da SSP detalha que, antes da viagem de Anderson Torres aos Estados Unidos, a inteligência da pasta fez um relatório endereçado ao ex-secretário sobre o potencial risco das manifestações do 8 de janeiro.

Um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), emitido no dia 6 de janeiro — dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro —, mostra que a área da inteligência alertou sobre a convocação de atos. O documento aponta que Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) queriam “sitiar Brasília”. O relatório foi emitido no mesmo dia em que Anderson Torres viajou aos Estados Unidos.

Torres está preso desde 14 de janeiro, no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal. No relatório elaborado pela Subsecretaria de Inteligência da SSP, responsável por assessorar o secretário sobre possíveis tomadas de decisões, a área da pasta emitiu alertas sobre os atos do fim de semana de 8 de janeiro.

“Circula divulgação sobre a realização dos atos, em Brasília, entre os dias 06 e 8 de janeiro, com vinda de caravanas de outros Estados, em oposição ao atual governo federal. Em desdobramento, a partir do dia 9 de janeiro, estaria prevista a realização de uma “greve geral”. Entre as eventuais ações estariam invasão a órgãos públicos e bloqueio em refinarias e/ou distribuidoras e combustíveis”, cita o resumo do documento enviado pela inteligência.

A inteligência apontou que, em 5 de janeiro, verificou situações que dariam início ao potencial ataque a sede dos Três Poderes, como estacionamento de terra com acesso bloqueado e com quatro tendas; recolhimento de material pelos militares em tendas desocupadas; e presença de cerca de 100 pessoas em frente do Quartel-General do Exército. Esses monitoramentos ocorriam por meio de drones.

“Em que pese a mencionada desmobilização, nota-se convocação para novas mobilizações pelas redes sociais e previstas para ocorrer em Brasília contra o atual governo federal”, diz o documento, obtido com exclusividade pela reportagem do Correio Braziliense.

Os investigadores apontaram que ocorreriam mobilizações de oposição contra o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os dias 6 e 8 de janeiro. A convocação, intitulada “Tomada de Poder pelo povo”, previa a invasão, inicialmente, no Congresso Nacional. Os organizadores, segundo o monitoramento da inteligência, eram autodenominados “patriotas”. Além deles, os integrantes do movimento também seriam dos segmentos do agronegócio e caminhoneiros.

O monitoramento da pasta era feito também por meio das redes sociais. Os membros citam que, em transmissão realizada ao vivo em uma rede social, os manifestantes davam ênfase para as manifestações a partir de 7 de janeiro, com a participação de pessoas e vinda de caravanas de outros estados. “Assinala-se ainda grupo de mensagem, no qual os integrantes seriam pessoas conhecidas por CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e com postagens sobre ‘sitiar Brasília’ e que denotam a intenção de prática de atos de violência no dia 8 de janeiro”, destaca o relatório.

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Pesquisa

Datafolha: 61% avaliam que Lula se comporta de maneira adequada ao cargo sempre ou na maioria das vezes

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 1º, mostra que 61% dos eleitores avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comporta sempre, ou na maioria das vezes, de maneira adequada para o cargo.

Para 37% dos entrevistados, Lula se comporta adequadamente o tempo todo, enquanto 24% acreditam que o petista o faz na maioria das ocasiões. Já 20% acham que ele não age dentro do esperado para o cargo na maioria das oportunidades, e outros 18% dizem que ele nunca o faz.

Outros 2% dos entrevistados não souberam dizer. O instituto ouviu 2.028 pessoas com mais de 16 anos em 126 cidades, entre os dias 29 e 30 de março. A pesquisa, que marca os 90 dias de gestão de Lula, tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos.

Aprovação

A pesquisa apontou também que Lula chegou aos primeiros três meses de governo com aprovação de 38% da população, reprovação de 29%, avaliação regular de 30% e outros 3% de pessoas afirmando que não sabem avaliar.

A aprovação de 38% significa que, para essa fatia da sociedade, o governo de Lula tem sido bom ou ótimo. E a desaprovação abrange aqueles que consideram a atual gestão ruim ou péssima.

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Política

Caso das joias: Veja as omissões e contradições nas declarações de Bolsonaro

Ex-presidente buscou se afastar do episódio e nega irregularidades.

Desde que o caso das joias milionárias presenteadas pela Arábia Saudita veio à tona, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou negar que tivesse qualquer ilegalidade e se afastar do episódio. Porém, ao longo do último mês, caiu em contradição e omitiu informações em alguns momentos. Após negar que tivesse recebido joias num primeiro momento, por exemplo, ele voltou atrás e confirmou ter recebido um presente dos árabes. Além disso, não disse que havia recebido em mãos um terceiro pacote, ainda em 2019, até o ato também ser revelado, segundo informações de O Globo.

Veja a seguir o que Bolsonaro já disse sobre o caso e quando caiu em contradição:

Em sua primeira declaração após o caso vir à tona, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tivesse cometido ilegalidades em relação às joias presenteadas pela Arábia Saudita. Ele falou sobre o caso com jornalistas em Washington, na saída de um evento de conservadores.

— Eu agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi — alegou.

8 de março

Dias após dizer que não tinha recebido qualquer joia, Bolsonaro contrariou sua própria primeira versão e confirmou à CNN que parte dos presentes encaminhados pelo príncipe da Arábia Saudita em 2021 havia sido incorporada ao acervo privado dele.

— Não teve nenhuma ilegalidade. Segui a lei, como sempre fiz — disse em referência ao segundo conjunto que passou pela Alfândega composto por um anel, um relógio, um par de abotoaduras, um terço árabe e uma caneta, todos da marca suíça Chopard.

Na mesma entrevista, ao ser questionado sobre os outros presentes que foram retidos na Receita Federal, ele voltou a negar que tivesse conhecimento desse conjunto de joias.

— Eu não pedi, nem recebi esses outros presentes — disse.

22 de março

Em palestra na Flórida, nos Estados Unidos, Bolsonaro ironizou os valores em que foram estimadas as joias presenteadas pelos árabes.

— Ficamos sabendo, uma informação ainda não confirmada, que quando as joias chegaram e foram apreendidas, o que eu só descobri um ano depois, ela valia US$ 1 milhão. Quando descobriram que eram para mim, passaram a valer € 3 milhões — declarou.

Na sequência ele voltou a falar que tinha recebido parte dos presentes e questionou onde estariam os itens recebidos por outros presidentes.

— As joias que nos foram dadas de presente ficaram no aeroporto. A minha está comigo. Cadê as joias dos demais presidentes? Estão guardadas onde? No seu respectivo acervo, que pode ser na sua própria casa — disse.

23 de março

Em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que soube dos presentes dados em 2021 um ano depois. Ele afirmou ainda que a primeira-dama Michelle só tomou conhecimento pela imprensa.

— Minha esposa não tem nada a ver com isso — disse.

O ex-presidente afirmou ainda que quando soube do problema dos presentes na Receita Federal, se colocou à disposição.

— Não existe, da nossa parte, qualquer ideia de sumir com esse material, bem como as armas —apontou, dizendo na sequência que gostaria de ficar com o material bélico. — Com dor no coração, vou entregar as armas. Eu pagaria com o que tenho no meu bolso para ficar com aquelas armas.

28 de março

Após vir a tona que Bolsonaro havia recebido em mãos um terceiro conjunto de joias em 2019, que não havia sido mencionado por ele ainda, sua defesa informou que o conjunto avaliado em cerca de R$ 500 mil, estava à disposição para “apresentação e depósito”. Em nota, os advogados afirmaram que os bens, entre eles um Rolex cravejado de diamantes, foram devidamente registrados.

“Todo o acervo de presentes recebidos pelo ex-presidente, em função do relevante cargo que exercia, será submetido auditoria

do Tribunal de Contas da União (TCU), assim como ocorreu com os mandatários anteriores”, diz o comunicado.

29 de março

Já no aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos, pronto para embarcar de volta ao Brasil, Bolsonaro deu entrevista à CNN e negou irregularidades, reafirmando a versão da defesa de que os objetos estavam cadastrados.

— Se houvesse má fá por parte de alguém, não teria sido cadastrado. Nada foi escondido. Se a imprensa divulga, é porque tem um cadastro dizendo que foi recebido — explicou, ressaltando que todos os itens estavam “à disposição”.

Ele voltou a comentar sobre o pacote que ficou retido na Receita e, contrariando sua primeira versão do dia 22, afirmou que também tinha ficado sabendo pela imprensa da apreensão.

— Deixo bem claro: em 2021, um ministro nosso foi na região da Arábia Saudita e ganhou dois presentes, um pra mim, um pra primeira-dama. O pra mim, tomei conhecimento no final do ano passado que tinha chegado. Da primeira-dama ficou na alfândega. Ela tomou conhecimento, e eu também, pela imprensa — alegou.

Além disso, ele confirmou que seu governo atuou para tentar liberar o material.

— Foi buscado, documentalmente, com ofícios, nós buscamos recuperar esse material para o acervo, por ofício, ninguém quis buscar na mão grande — disse.

30 de Março

Já de volta ao Brasil, Bolsonaro afirmou à rádio Jovem Pan que recebeu presentes milionários por conta da relação de amizade que construiu com os árabes.

— Agora (são) joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe”, disse, justificando o alto valor dos presentes pelo fatos dos árabes serem ricos: — Eles têm dinheiro, pô. É o prazer deles dar esse presente.

Além disso, voltou a admitir que o conjunto que havia entrado de forma ilegal seria para Michelle.

— Tentamos recuperar o outro conjunto da Michelle via ofício, não foi na mão grande. Não sei porque essa onda toda. Se estão achando isso, como algo que eu fiz errado, eu fico até feliz, (é porque) não têm do que me acusar — disse.

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Política

Lula participa da posse de Dilma no banco dos BRICS no dia 13 e se encontra com Xi um dia depois

Agenda da viagem à China já está confirmada.

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para a China em 11 de abril para uma visita que incluirá uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, informou nesta sexta-feira o Palácio do Planalto, viagem remarcada após Lula ser diagnosticado com pneumonia leve na semana passada.

Segundo o Planalto, Lula deve se encontrar com Xi no dia 14. Antes disso, desembarca no dia 12 em Xangai, onde participa, no dia 13, de cerimônia oficial de posse da ex-presidente Dilma Rousseff como nova chefe do New Development Bank, o banco dos Brics, sediado na cidade chinesa. No mesmo dia 13, segue para Pequim, segundo o 247.

A intenção de Lula é manter a maior parte da agenda programada para a viagem que seria esta semana, com a assinatura de pelo menos 20 acordos entre os dois governos, de acordo com fontes com conhecimento dos planos.

As agendas com empresários brasileiros, no entanto, não vão ocorrer, uma vez que boa parte deles manteve a viagem no cronograma original, mesmo sem Lula, e diversos acordos privados já foram assinados.

Deve ser mantido o rito da visita de Estado, com encontro com Xi, com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita a Assembleia Nacional Popular, o Congresso do país. Também deve acontecer a visita a fábrica da Huawei, a gigante chinesa da área de telecomunicações e um dos principais alvos dos boicotes norte-americanos na área.

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Política

Papa Francisco diz que Lula foi condenado injustamente e que Dilma tem ‘mãos limpas’

Pontífice afirmou ainda que petistas foram alvos do uso da Justiça para perseguição política.

O papa Francisco disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pela Justiça sem provas, e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem “mãos limpas”, além de ter sofrido um processo de impeachment classificado por ele como injusto.

Segundo a Folha, a declaração foi feita em entrevista exibida na quinta-feira (30) na rede argentina C5N. Ela foi gravada antes da internação de Francisco em um hospital em Roma, na quarta-feira (29), após queixas de dificuldade para respirar. Ele deve ter alta neste sábado (1º).

Líder da Igreja Católica afirmou que a ex-mandatária é “uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente”.

O papa ainda citou o “fumus delicti”, termo jurídico em latim para conceituar a comprovação de um crime por meio de indícios suficientes de autoria, e ainda disse que “às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento”.

Por fim, quando o jornalista encerrou o assunto dizendo que “inocentes são condenados”, o pontífice ressaltou que “no Brasil, isso aconteceu nos dois casos”, referindo-se a Lula e a Dilma. Para ele, “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta”.

Dilma perdeu o mandato em 2016 em processo de impeachment que tramitou na Câmara dos Deputados e no Senado. Ambas as Casas consideraram que a então presidente cometeu crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais”, com a abertura de crédito orçamentário sem aval do Congresso.

A decisão, no processo e no mérito, foi acompanhada sem contestação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em dezembro passado, Francisco já havia dito em entrevista a um jornal espanhol que o processo que levou Lula à prisão começou por uma notícia falsa. “Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça”, disse na ocasião.

O papa disse ainda, à época, que notícias falsas sobre líderes políticos são gravíssimas. “Eles podem destruir uma pessoa”.

O petista ficou preso por 580 dias entre 2018 e 2019 por causa de condenação na Operação Lava Jato, que posteriormente foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

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Política

31 de março: Forças Armadas não comemoram golpe militar pela primeira vez em cinco anos

Prática havia sido retomada entre 2019 e 2022, por ordem do então presidente Jair Bolsonaro.

Pela primeira vez em cinco anos, as Forças Armadas não divulgaram neste 31 de março mensagem comemorativa do golpe militar de 1964. A prática havia sido retomada, por ordem do então presidente Jair Bolsonaro. O golpe que depôs o então presidente João Goulart completa 59 anos nesta sexta-feira. Por orientação do Ministério da Defesa, as tropas foram alertadas que haveria punição em caso de qualquer tipo de celebração da data por militares da ativa, o que inclui também postagens em redes sociais.

O golpe de 1964 depôs o então presidente João Goulart e instaurou no país uma ditadura militar que durou até 1985. O período foi marcado por perseguição, tortura e assassinatos de opositores do regime. O Congresso Nacional foi fechado, e a imprensa, censurada. E não havia eleição para presidente da República.

Foi justamente no primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2006, que o comando do Exército voltou a exaltar a ditadura em uma das edições da chamada “ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964”.

O golpe foi oficialmente removido do rol de datas comemorativas das Forças Armadas em 2011, no primeiro ano do governo Dilma. Na ocasião, o então general da ativa Augusto Heleno foi proibido de fazer uma palestra, no 21 de março, intitulada “A contrarrevolução que salvou o Brasil”. O veto foi atribuído oficialmente ao Exército.

Entre 2019 e 2022, a data foi celebrada pelos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica, por meio da leitura da Ordem do Dia e de pronunciamento dos comandantes alusivos à data, o que não foi registrado hoje.

A orientação do Ministério da Defesa, comandado por José Múcio Monteiro, de proibir a comemoração faz parte da estratégia do governo de despolitizar as Forças Armadas.

*Com O Globo

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Política

Quanto mais fala sobre as joias, mais Bolsonaro se enrola ou mente

Agora, ele diz que já foi hóspede de um sheik que tinha três mulheres.

Bolsonaro pede de joelhos aos brasileiros que acreditem em tudo o que ele disse às primeiras horas do seu retorno ao país, depois de 89 dias de um confortável exílio auto imposto nos Estados Unidos. Só com hospedagem e alimentação dos seus seguranças, o exílio custou aos cofres públicos mais de 600 mil reais.

A primeira coisa que Bolsonaro contou:

“Um grupo de joias, em 2021, ficou retido na Alfandega. Eu fiquei sabendo, a minha esposa também, pela imprensa.”

O tal “grupo de joias”, no valor estimado em quase 17 milhões de reais, foi apreendido pela Receita Federal em agosto de 2021 no aeroporto de Guarulhos por não ter sido declarado. Só foi noticiado pela imprensa no último dia 3. Bolsonaro quer que acreditemos que ele passou 19 meses sem saber da apreensão.

Mas ao longo desse período, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ele fez oito tentativas de resgatar as joias enviadas para Michelle pela ditadura da Arábia Saudita. Na última, no final de dezembro passado, o emissário, um militar, voou a Guarulhos em avião da Força Aérea Brasileira e voltou de mãos abanando.

Um segundo pacote com joias, e um terceiro, entraram ilegalmente no Brasil na mesma data em que o pacote para Michelle foi barrado. O segundo e o terceiro eram para Bolsonaro, e ele os recebeu, ficando com eles. Devolveu o segundo pacote porque a Justiça, que não sabia da existência do terceiro, obrigou-o. Agora, devolverá o que falta.

Ainda a propósito das joias, ele disse:

São joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe. Eles têm dinheiro. É o prazer deles dar presente. Têm uma vida, eles são muito bem sucedidos.”

“O mundo árabe é apaixonado por nós. […] O meu relacionamento com ele foi excepcional. Estão aí os presentes que deram para o chefe de Estado ou que mandaram entregar ao chefe de Estado.”

Se as joias, tanto as de Michelle quanto as dele, foram presentes dados para entregar “ao chefe de Estado”, deveriam ter sido incorporadas ao acervo da presidência, como determina a lei. Se declaradas à Receita, seriam liberadas. Mas Bolsonaro levou as dele, e, sem sucesso, tentou levar as de Michelle, mais valiosas.
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“São joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe. Eles têm dinheiro. É o prazer deles dar presente. Têm uma vida, eles são muito bem sucedidos.”

É tudo tão claro! E à medida que o próprio Bolsonaro narra o escândalo ao seu modo, admite que praticou um crime, ou mais de um. O que não está claro e precisa ser investigado é outra revelação feita espontaneamente por Bolsonaro sobre o remetente das joias. Ele disse em entrevista à emissora amiga Jovem Pan:

“Esse sheik me convidou, eu fui na casa dele, fiquei na casa dele. Ele tem coisas que nós não temos: três esposas, por exemplo. São bem sucedidos, e procuram agradar as pessoas.”

*Noblat/Metrópoles

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Cotidiano

Vídeo: Tentativa de roubo em Buenos Aires provoca “chuva” de quase R$ 170 mil

Imagens mostram motoristas e transeuntes tentando pegar as notas que se espalharam pela calçada na capital argentina

Uma cena digna de filme aconteceu ontem no bairro de Belgrano, em Buenos Aires, quando um ladrão tentou roubar de um homem uma mochila na qual ele carregava a quantia de sete milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 167,1 mil). Diante dessa situação, Juan Cruz, de 26 anos, resistiu e lutou com o infrator, mas mesmo assim as notas voaram pelo ar diante do olhar atônito de motoristas e transeuntes.

Conforme apurou o La Nación, a polícia tomou conhecimento do fato a partir de denúncia feita pela própria vítima na tarde desta quinta-feira na Delegacia do Bairro 13 A. Diante dos agentes que trabalhavam na unidade, o homem assegurou que momentos antes, por volta do meio-dia, ele estava indo ao banco para depositar os valores quando, ao cruzar a Avenida Libertador na altura de Olazábal, foi abordado por um homem que exigiu que entregasse a mochila em que carregava o dinheiro.

Juan Cruz disse em depoimento que se recusou a ceder seus pertences, mas o infrator “puxou a mochila”, o que a fez cair aberta no chão e o dinheiro voar pelos ares.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, observa-se como diversos pedestres e até motociclistas que circulavam pelo local se lançaram sobre a significativa quantidade de notas que ficaram espalhadas por vários metros na avenida e na calçada.

A vítima chegou a garantir aos policiais que o ladrão escapou sem roubar nada, já que várias testemunhas se aproximaram rapidamente do local para o ajudar a recolher as notas. Mas ao voltar à à agência bancária percebeu que havia perdido mais de 70.000 pesos (R$ 1,5 mil).

*Com O Globo

https://twitter.com/lacapital/status/1641778641242603521?s=20

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Política

Bolsonaro se apropriou de presentes do Estado que chegam a 9 mil itens

O ex-presidente Jair Bolsonaro listou em seu inventário pessoal alguns presentes luxuosos feitos com pedras preciosas e recebidos em viagens oficiais nos Emirados Árabes Unidos e no Catar. Apenas uma dessas peças foi avaliada em quase R$ 100 mil e incorporada ao acervo privado do ex-mandatário.

Segundo a Agenda do Poder, ao todo, são mais de 9 mil itens. Bolsonaro entrou na mira da Polícia Federal após o seu ajudante de ordens tentar reaver, na reta final do governo, joias da Arábia Saudita avaliadas em R$ 16,5 milhões e retidas pela Receita Federal. A defesa do ex-presidente nega qualquer irregularidade.

Segundo documentos obtidos pelo Globo, em seu giro por países do Golfo Pérsico, em novembro de 2021, Bolsonaro ganhou nos Emirados Árabes um relógio de mesa “confeccionado em prata de lei com banho de ouro, cravejado com diamantes, esmeraldas e rubis” e uma escultura “confeccionada em aço, prata, tendo parte com banho de ouro”, de acordo com a descrição feita pelo seu gabinete. Não há registro da estimativa do valor dessas peças.

No Catar, o então presidente recebeu outro relógio de mesa, confeccionado em prata e “tendo partes com banho de ouro”. Esse presente é avaliado em R$ 97 mil, a partir da comparação feita pelo governo com itens semelhantes.

O Rolex recebido por Bolsonaro na Arábia Saudita, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, é confeccionado em ouro branco e diamantes, com “pulseira modelo Presidente, com três fileiras de elos semicirculares, com fecho desdobrável”, além de “caixa com mostrador em madrepérola branca, cravejada com diamantes”.

O ex-presidente também foi presenteado com um colar fabricado por uma joalheria de Minas Gerais. A peça possui um pingente feito com uma ágata preta, em formato circular, tendo um círculo com grânulos em ouro branco incrustado na parte inferior.

Em sua viagem à Hungria, em fevereiro de 2022, Bolsonaro recebeu do primeiro-ministro Viktor Orbán um jogo de chá, confeccionado em porcelana branca esmaltada e composta por duas unidades de pires, duas xícaras, uma cremeira, um bule de chá e um açucareiro. A peça foi estimada em R$ 12.331,91, segundo informações coletadas pela Presidência da República com o fabricante do item.

Apesar de alardear que preferia usar “caneta Bic”, Bolsonaro incluiu em seu acervo privado três canetas da marca Montblanc. Uma delas é uma edição especial em homenagem ao Walt Disney cujo preço médio é de R$ 6 mil. Mas, de acordo com o documento da Presidência da República, “não foi possível detalhar” a descrição da peça, porque “foi solicitada pelo Presidente, a pedido do mesmo”. A outra é o modelo Meisterstuck Classique, com pena em ouro 14K com incrustação a ródio, e custa, em média, mais de R$ 3 mil. Por fim, há outro item da mesma marca, confeccionada em metal prateado e plástico preto.

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