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Política

Por que a família Bolsonaro teme a candidatura de Flávio a prefeito do Rio

Flávio Bolsonaro tem interesse de concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024; candidatura é alvo de certo temor da família.

Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro têm certo receio com a possível candidatura de Flávio Bolsonaro à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024. Há o temor de que, se Flávio não for eleito, a família acumule mais uma derrota, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Ainda existe no grupo a esperança de que Jair Bolsonaro não será declarado inelegível e poderá concorrer à Presidência novamente em 2026. Uma possível derrota de Flávio, dois anos depois do pai ter perdido a reeleição para Lula, seria, na visão deles, ruim para esse plano, à medida que ela seria vista como uma nova vitória de Lula — o maior adversário de Flávio será o atual prefeito carioca, Eduardo Paes, que deverá ser apoiado pelo PT.

Flávio ainda não bateu o martelo sobre a candidatura, mas tem o apoio de Valdemar da Costa Neto. Bolsonaro ainda não falou publicamente sobre o tema.

Outros três nomes do PL também querem a prefeitura carioca: o ex-ministro da Saúde e deputado federal Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto e o senador Carlos Portinho. A prioridade no partido, contudo, é de Flávio.

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Política

Com a palavra, Carluxo, que explica por que abandou o barco

“informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção aqui. Pretendo entrar em novo ciclo de vida com foco pessoal. Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria. Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas.
Não sairei sem avisar. Até lá tentarei me manter como sempre, sozinho, mas com muita energia. Não acredito mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos! Nada impulsivo, apenas justo e olhando pra frente em numa nova fase de vida!
Seguem os dias!” (Carlos Bolsonaro).

Carluxo disse que o trataram como rato? Pulou fora do barco porque sabe que o papi em meses valerá tanto quanto Aécio, Cunha e Temer

Bolsonaro não desistiu da Presidência em 2026, como foi noticiado, foi desistido porque hoje é somente um fantasma político.

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Opinião

Luis Nassif: Como a praga dos jogos online dominou o país

Abertura de cassinos explica a aproximação da família Bolsonaro com a Arábia Saudita, de olho em Angra dos Reis dominada pelas milícias.

Um dos exemplos mais ostensivos da globalização da corrupção são os jogos de azar. Nos Estados Unidos, Espanha, Itália, foram dominados pelas máfias locais.

A máfia de Los Angeles entrou no país através da GETEC, contratada pela Caixa Econômica Federal para automatizar seus sorteios. Ao longo de mais de dez anos produziu uma relação enorme de crises políticas, de Waldomiro Diniz ao esquema de Antônio Palocci.

Depois, foi a vez do intocado Carlinhos Cachoeira se aliar à máfia espanhola e competir com os americanos.

No dia a dia, organizações ilegais brasileiras dominavam o comércio de caça-níqueis. Durante algum tempo conseguiram a legalização de cassinos.

Em qualquer país civilizado, proíbem-se cassinos e jogos de azar em áreas urbanas, devido a dois tipos de risco:

  • Caminho aberto para lavagem de dinheiro e de tráfico de drogas;
  • Questão de saúde pública, com viciados em jogo arruinando famílias.
  • Influência política, financiando campanhas de políticos e conseguindo
  • Influenciar na indicação de delegados em suas zonas de atuação.

Parte dessa herança veio do jogo de bicho. Michel Temer, aliás, é um dos políticos que nasceu financiado pelo bicho.

A Máfia de Los Angeles, liderada por Sheldon Adelson, foi um dos financiadores da campanha de Bolsonaro e de Trump. O primeiro pedido de Trump a Bolsonaro foi abrir cassinos resorts. Aliás, é isso que explica a aproximação de seus filhos com a Arábia Saudita, pretendendo montar uma Cancún em Angra dos Reis – dominada pelas milícias.

*Com GGN

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Opinião

No Oriente, Lula “abalou Bangu”. Bolsonaro está em rota segura para ficar por lá

Luís Costa Pinto*

No Brasil, a esfuziante e pragmática agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e aos Emirados Árabes só surpreendeu os recalcitrantes da oposição e da mídia conservadora (para não dizer “extremista de direita”) que insistem em fazer olhos cegos e ouvidos moucos à nada sutil mudança qualitativa operada na percepção da imagem e do papel do País nos diversos foros internacionais de decisão das políticas globais.

No exterior, sobretudo nos Estados Unidos, causou espécie a assertividade e a independência dos discursos do líder brasileiro sobre a necessidade de o mundo abandonar o padrão-dólar para as trocas comerciais internacionais entre blocos e Nações e adotar cestas de múltiplas moedas e acerca da urgência de união dos países e dos escassos estadistas vivos (ele mesmo e o Papa Francisco, por exemplo) em torno de um processo de construção da paz que ponha fim a conflitos como a guerra da Ucrânia.

Donald Trump, porta-voz e vanguarda da extrema-direita, e todos os veículos de mídia que ecoam as vozes imperiais do Mercado Financeiro Internacional como The Wall Street Journal, Washington Post e The Economist, tendo por aqui o jornal Folha de S Paulo como ventríloquo de suas teses pedestres e sabujas, ecoaram uma espécie de temor sem fundamentos de a viagem de Lula ter feito o “satélite” Brasil sair da órbita dos EUA para gravitar sob a atração imperialista da China. Tamanha bobagem desqualifica quem acredita nela. Porém, aqueles que a formulam sabem exatamente aonde querem chegar: na disseminação do medo interno, entre os brasileiros, de que estejamos nos desplugando do Ocidente velho conhecido para aderir ao Oriente que seria “incerto”.

O presidente Lula, em pouco mais de 100 dias de Governo, não só venceu um golpe de Estado (8/01) e restaurou o poder das instituições republicanas como retomou políticas públicas bem-sucedidas (Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida) e devolveu ao Brasil o papel e a dimensão de indutor de movimentos no tabuleiro estratégico internacional. Não é pouco: é demais, em pouquíssimo tempo. E isso, caríssim@s leitores, dir-se-ia se ainda vivêssemos sob o manto diáfano da Guerra Fria: abalou Bangu!

Em 2 de agosto de 1958, o arsenal do Exército localizado no bairro Deodoro, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi destruído por um incêndio. As munições ali guardadas explodiram. Registraram-se centenas de mortos e feridos. O impacto das explosões foi sentido a quilômetros de distância do paiol, no bairro de Bangu. A imprensa da época não se cansou de registrar que a explosão “abalou Bangu”. Em 1999, uma telenovela da Rede Globo restaurou e eternizou a expressão ao fazer uma personagem suburbana usá-la de forma irônica para dizer que algo fazia sucesso em toda a cidade e, consequentemente, no Brasil.

O sucesso do périplo oriental do presidente Lula abalou o “Bangu” que vive inerte e imóvel no recesso da alma da mídia tradicional brasileira e nos políticos locais que carecem de visão sofisticada e de olhar com um campo de visão de 360º sobre o mundo. Na turma de fora, sobretudo dos EUA, acendeu o sinal de alerta para a dimensão global e independente do espírito da liderança brasileira. De volta ao Brasil, o Lula 3.0 ligou o motor de suas obsessões planetárias. Construir uma cesta de moedas global para sustentar o comércio internacional e restaurar a paz no Leste europeu são o dínamo dessa engrenagem.

E Jair Bolsonaro, o homúnculo abjeto que esteve à frente do mais ruinoso governo (ou desgoverno) da História da República no quadriênio 2019-2022 onde entra nesse artigo? Aqui, no pé (porque artigo não tem rodapé). A semana que passou, durante a qual o Ministério Público Eleitoral confirmou a certeza já formada dentro do Tribunal Superior Eleitoral de que Bolsonaro deve ser punido com a inelegibilidade já na primeira das 12 ações movidas contra ele com esse mesmo propósito, foi dura para as viúvas e os órfãos do bolsonarismo. O ex-presidente também viu crescerem as evidências de cometimento de crime, por parte dele, na tentativa de se apropriar indevidamente de jóias enviadas de forma esquisita e inapropriada pelo regime tirânico da Arábia Saudita para o “casal Bolsonaro”. Novos capítulos dessa desairosa trama novelesca dos crimes do bolsonarismo estarão em tela ao longo da semana. O presidente Lula, que voltou do Oriente com a envergadura de um gigante, contempla lá de cima os esgares de um Jair Bolsonaro que se esquiva da Justiça como um rato.

*247

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Política

Carlos Bolsonaro anuncia que deixará de comandar redes sociais do pai: ‘Tratado de modo que nem um rato mereceria’

Vereador disse que decisão foi tomada pensando numa nova fase da sua vida.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) anunciou neste domingo que deixará de administrar as redes sociais do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não disse quando irá deixar os perfis e afirmou que a decisão foi tomada pensando numa nova fase da sua vida, diz O Globo.

“Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de @jairbolsonaro, informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção (sic) aqui”, anunciou, nas redes.

Apontado pelo próprio ex-presidente como um dos principais responsáveis por sua chegada ao Palácio do Planalto, Carlos Bolsonaro reclamou de um suposto tratamento que recebia, sem entrar em detalhes. Afirmou “ser tratado de modo que nem um rato mereceria” e que não acredita “mais no que me trouxe até aqui”.

“Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria. Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas”, escreveu.

Antes das eleições de 2018, Carlos já detinha a senha do Twitter de Bolsonaro, rede social em que o presidente é mais ativo e por meio da qual propagou a maior parte da narrativa que ajudou a elegê-lo chefe do Executivo federal. Ele administrou essa conta e e outras plataformas do pai, como o Instagram e o Facebook, nos últimos anos.

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Justiça

Appio reduz sigilo de inquérito sobre suposta agente infiltrada da PF

Conjur – O juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, reduziu o sigilo de um inquérito da Polícia Federal que apurava se a contadora Meire Bomfim da Silva Poza atuava como “agente infiltrada” a serviço de investigadores da operação “lava jato” na capital paranaense.

Ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da “lava jato”, Poza teria atuado como “infiltrada” para a Polícia Federal, conforme reportagem publicada pela revista CartaCapital em julho de 2018.

De acordo com a publicação, Poza mantinha contato direto com agentes da Polícia Federal em São Paulo. O objetivo seria esquematizar ações de busca e apreensão da operação, que teve início em março de 2014.

A decisão de Appio é da última quinta-feira (15/4). Nela, o juiz federal afirma que o inquérito foi arquivado há mais de um ano e que, por isso, não existe motivo para a manutenção do sigilo.

“Ante tais considerações, reduzo o nível de sigilo imposto ao presente inquérito na medida em que, já tendo sido devidamente arquivado (…), não se vislumbra qualquer providência adicional de investigação no presente momento”, disse o juiz, atual responsável pelos processos da “lava jato”.

“O Judiciário não pode se converter em um leal guardião dos segredos da República, especialmente quando envolvem potenciais e supostamente graves ilegalidades (segundo a portaria que início à investigação da PF)”, completou o juiz.

A investigação à qual Appio se refere foi aberta pela Polícia Federal para apurar a relação entre a contadora e o delegado da PF Marcio Anselmo. Na reportagem de 2018, a CartaCapital relatava que Poza e o delegado escolhiam quem seria alvo da operação e para qual jornal ou revista os vazamentos de detalhes da “lava jato” seriam encaminhados.

Os autos do inquérito policial registram, entre

outros pontos, que Meire Poza procurou a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em São Paulo para mostrar documentos referentes a movimentações “estranhas” de uma das empresas do doleiro Youssef.

O inquérito descreve também que o delegado de São Paulo informou à contadora que iria passar o telefone dela ao responsável pela “lava jato”; e que, em 25 de abril de 2014, ela foi procurada pelo delegado Anselmo e que os dois passaram a ter contato frequente e a colaborar na operação.

O inquérito foi arquivado após manifestação do Ministério Público Federal em 2 de março de 2017, em documento assinado pelo procurador regional da República Januário Paludo. Na peça, o MPF alega “atipicidade dos fatos noticiados” e diz que “o máximo que pode ter ocorrido é excesso de confiança ou ingenuidade dos agentes policias no trato com Meire Poza”.

“Dos elementos coligidos ao presente inquérito policial, verifico que Meire Poza não foi utilizada como ‘agente infiltrada’. As conversas mantidas entre Meire e os agentes policiais inserem-se entre as medidas investigativas empregadas para viabilizar o resultado útil de eventual busca e apreensão, tendo sido restritas ao objeto investigado”, diz o documento.

Um dos mais influentes membros da “lava jato”, Paludo atuou na operação desde seu início. O grupo “Filhos de Januário”, que ficou famoso após a divulgação das conversas entre membros da força tarefa e o ex-juiz Sergio Moro, no episódio conhecido como “vaza jato”, faz referência a Paludo.

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Opinião

A Lava Jato é indissociável do mandato parlamentar de Moro (e do de Dallagnol também!)

Eugênio Aragão*

“O juiz Moro e o senador Moro são um só personagem”, aponta Aragão.

O grande esforço do ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro se concentra, não em fazer política no sentido propositivo e saudável, mas em defender-se de diatribes do passado. Pudera. Sérgio Moro, qual seu parceiro do Ministério Público Deltan Dallagnol, não passa de um burocrata maçante, sem domínio da fala e muito menos da retórica e que não tem nenhum carisma social. Só conquistou o mandato parlamentar por conta de sua midiática atuação de magistrado “justiceiro” na Operação Lava-Jato.

Mas Sérgio Moro preferiu a simonia. Vendeu sua jurisdição à política partidária mais rasteira. E o plano, ainda que de forma atabalhoada bem a seu estilo, deu certo. Chegou ao Senado como “Juiz Sérgio Moro” em sua propaganda eleitoral, mesmo que juiz já não fosse, pois entregara o cargo em troca da pasta da justiça no governo Bolsonaro, numa manobra que evidenciou o objetivo pessoal: chegar ao verdadeiro poder (não aquele de mandar o meirinho notificar as partes de seus mofados e empoeirados processos).

Como senador desfruta, agora, de foro privilegiado, ou de “prerrogativa de função”, numa linguagem mais técnica. É corolário da imunidade parlamentar, pôr-se a salvo de juízes de piso que, como ele o foi, queiram conquistar notoriedade à custa da destruição da reputação de gente célebre. Rigorosamente, apenas o STF pode com ele. Não seus potenciais alter-egos.

Mas, curiosamente, Sérgio Moro dispensa a prerrogativa, como se dela pudesse dispor. Vale-se de interpretação jurisprudencial, segundo a qual o foro especial se restringiria aos atos praticados no exercício e em função do mandato, mas não os anteriores a este. Certamente também usa o argumento, o parceiro Dallagnol. E por que será?

Porque hoje, sepultada a malfadada operação-espetáculo, há juízes em Curitiba. Busca-se saber a fundo quais as motivações táticas de cada decisão tomada pelo magistrado politiqueiro. E a procura de razões táticas não podem estar dissociadas da estratégica: chegar ao poder.

Eis que surgem ao senador fantasmas do passado. O advogado Tacla Durán tem muito a dizer e quer desesperadamente reconstruir sua reputação vilipendiada. Vendo o esforço como risco a seu projeto político, Moro deseja que o Tribunal Regional Federal, onde tem amigos, confisque do magistrado correto a caneta, por sua suposta suspeição ao ter, após provocado pela parte, deferido o esclarecimento almejado.

Moro não nega ter interesse em obstar a atuação jurisdicional em prol do esclarecimento dos fatos. O certo seria ele insistir muito nesse esclarecimento, pois, se tivesse com consciência limpa, seria o primeiro interessado em afastar de si a imputação que possa lhe pesar, a de ter destruído injustamente a reputação de Tacla Durán. Mas de Moro não se pode esperar tanto. Ele quer melar.

Isso explica sua ojeriza pelo STF, para onde o juiz de Curitiba provocado por Durán remeteu o imbróglio. O mesmo STF já identificara a desastrada (para dizer o mínimo) atuação de Sérgio Moro, para declará-lo suspeito por inimizade com o Presidente Lula. Ali, o ex-juiz não engana ninguém.

Por isso mesmo que o STF deve afirmar sua competência. Afinal, o contexto é um só: para chegar a senador, Moro usou de seu cargo. Sua atuação interesseira na primeira instância é indissociável do mandato que hoje exerce.

Não há, agora, nenhum exagero em vincular potenciais mal feitos passados do ex-juiz ao presente exercício de seu mandato parlamentar. Mesmo que se acolha a limitação jurisprudencial, eventuais atos praticados pelo juiz Moro o foram teleologicamente direcionados ao mandato do senador Moro. E, declarando-se parte – só assim se legitimaria para opor exceção de suspeição contra o diligente juiz de Curitiba, deverá seu pleito ser decidido no STF.

O juiz Moro e o senador Moro são um só personagem. E o Tribunal Regional Federal, onde atua o pai do genro e sócio de Moro, deve abster-se de ajudar a melar o pedido de Tacla Durán. Agora há juízes em Brasília também.

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Política

Bolsonarismo tenta crescer no Nordeste em meio a brigas e dissidências

Aliados de Bolsonaro miram espólio de votos do ex-presidente e tentam se firmar como líderes da direita em seus estados.

Segundo a Folha, derrotados em disputas para governos estaduais no Nordeste no ano passado, aliados de Jair Bolsonaro (PL) miram o espólio de votos do ex-presidente e tentam se firmar como líderes da direita conservadora em seus estados.

O movimento é liderado sobretudo por ex-ministros do governo Bolsonaro, que atuam para consolidar bases eleitorais e ganhar capilaridade fora dos grandes centros urbanos.

Nomes como o senador Rogério Marinho (RN), os ex-ministros João Roma (BA) e Gilson Machado (PE), e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (AL), trabalham para estruturar os diretórios locais do PL com o objetivo de pavimentar candidaturas para as eleições de 2024 e 2026.

O desafio não é pequeno. Em 2022, os estados do Nordeste deram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma frente de 12,5 milhões de votos no segundo turno contra Bolsonaro, determinante para a vitória do petista.

Ao mesmo tempo, o campo conservador no Nordeste enfrenta disputas internas com embates entre o “bolsonarismo raiz” mais radical, os neobolsonaristas, além dos quadros históricos do PL.

As dissidências são outro problema: prefeitos do PL começam a migrar para partidos aliados a Lula, assim como deputados estaduais do partido passaram a fazer parte da base aliada de governadores de esquerda.

O ex-presidente acompanha as movimentações e mantém o Nordeste em seu radar. Após voltar ao Brasil no fim de março, sinalizou que quer percorrer a região onde teve seu pior desempenho nas urnas.

Aliados exaltam obras como a transposição do rio São Francisco, cujas obras chegaram a 90% de andamento em governos anteriores, e programas como o Auxílio Brasil, que foi novamente substituído pelo Bolsa Família.

“Nós temos a obrigação de defender o legado de Bolsonaro no Nordeste”, afirma Marcelo Queiroga, paraibano e ex-ministro da Saúde.

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Mundo

Vídeo: Ex-político e irmão são mortos a tiros ao vivo na televisão na Índia

O ex-político indiano Atiq Ahmed, 60, e seu irmão, Ashraf, foram mortos a tiros ao vivo na televisão indiana na noite de ontem.

Atiq conversava com repórteres quando alguém apontou uma arma para a cabeça dele e atirou. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.

Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Três pessoas foram presas, informou o agente de polícia Prashant Kumar, sem informar o nome dos supostos atiradores. “Eles foram detidos e estão sendo interrogados”, disse.

Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, minoria étnica na Índia a qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.

*Com Uol

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Política

Lula afirma que relação do Brasil com a China entra “em outro patamar”

Presidente volta de viagem à Ásia com contratos de parceria assinados com os chineses e com os Emirados Árabes Unidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil após cumprir agenda e assinar diversos acordos de cooperação com a China e os Emirados Árabes Unidos.

“Bom dia! Retorno ao Brasil hoje com a certeza de que estamos voltando à civilização. Nos Emirados Árabes, fechamos acordos que somam R$ 12,5 bilhões. Na China foram 50 bilhões. E, mais importante, reabrimos as portas do mundo para mais avanços para o nosso país”, afirma o presidente nas redes sociais.

Entre as possibilidades a serem abertas na relação com a China, o presidente brasileiro citou o aumento da presença de chineses nas universidades brasileiras e de brasileiros nas instituições de ensino chinesas.

Outros pontos destacados foram as parcerias no processo de transição energética, com o potencial brasileiro de produzir energia limpa, e na área de conectividade, considerando o compromisso do governo de universalizar o acesso à internet banda larga nas escolas públicas de todo o país.

“Não temos escolhas políticas ou ideológicas. Temos escolha de interesse nacional, do povo brasileiro, da indústria nacional, de nossa soberania”, disse Lula, ao afirmar que o Brasil precisa buscar seus interesses e necessidades para construir acordos possíveis.

Ao deixar a China rumo aos Emirados Árabes Unidos, Lula afirmou que sai do país satisfeito e que sentiu “uma extrema vontade” do presidente Xi Jinping e dos ministros em melhorar a interação com o Brasil.

“Eu acho que nossa relação estratégica vai se aperfeiçoando cada vez mais. E nós não precisamos romper e brigar com ninguém para que a gente melhore”, disse.

*GGN

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