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Governo Bolsonaro deixou crianças e adolescentes suscetíveis à violência e à fome

Sob o governo Bolsonaro houve aumento do número de crianças e adolescentes em situação de fome, suscetíveis às violências como estupros, assassinatos, suicídios, situação de rua, trabalho infantil, envolvimento com drogas, afastamento da escola, queda na cobertura vacinal, entre outros. É o que aponta o diagnóstico divulgado nesta sexta-feira (16), pelo subgrupo técnico de Criança e Adolescente do Gabinete de Transição.

O advogado e coordenador do GT, Ariel de Castro Alves detalhou o diagnóstico da área. Segundo ele, aumentou a população de 0 a 18 anos em situação de pobreza e extrema pobreza e que passam fome ou se encontram em insegurança alimentar no país.

“25,7% das famílias com três ou mais pessoas abaixo de 18 anos estão em situação de fome neste ano, índice que cai para 13,5% em famílias apenas com adultos”, disse ele. “É um cenário bastante arrasador com relação à proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Diante disso, os desafios são, de fato, enormes”, completou.

O GT também observou o aumento da violência sexual, sobretudo de meninas (as 35.735 vítimas dos casos de estupro de vulnerável registrados em 2021 eram meninas com até 13 anos), das mortes violentas e por armas de fogo – que atingem majoritariamente crianças e adolescentes negros –, e do número de suicídios (entre 2016 e 2021, o número de suicídios cresceu 45% nas faixas de 11 a 14 anos e 49,3% entre as idades de 15 a 19 anos).

Além disso, o grupo encontrou uma queda brusca na cobertura vacinal e o aumento do número de crianças e adolescentes fora da escola. Outro ponto de atenção foi a ausência de diagnóstico e de política pública para atender as 130 mil crianças e adolescentes que ficaram órfãs em razão da pandemia, até julho de 2021.

Corte orçamentário

Do ponto de vista da gestão do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o cenário encontrado foi de perda orçamentária, descontinuidade de programas, apagão de dados (número de crianças em situação de rua) e cerceamento à participação da sociedade. Foram extintos, por exemplo, a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).

A área sofreu forte sucessivos cortes no orçamento nos últimos anos, uma queda de R$ 203 milhões, em 2018, para R$ 54 milhões em 2022. Para 2023, a previsão é pior: R$ 42 milhões. De acordo com o GT, os valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que a dotação autorizada em 2022 correspondeu a apenas 31,5% da dotação autorizada em 2018. Já a proposta orçamentária para 2023 é de apenas 20,93% da dotação autorizada em 2018. Em 2009, o orçamento era de R$ 498 milhões. “O valor mínimo necessário à execução da política para 2023 é de R$ 324.547.623”, concluiu o grupo.

O subgrupo técnico concluiu que “a agenda dos direitos de crianças e adolescentes sofreu com uma investida político-institucional de disseminação de desinformação somado à sistemática afronta ao Estatuto da Criança e da Adolescente (ECA), com a defesa da redução da maioridade penal, dos castigos corporais e do trabalho infantil, entre outros.”

“Em 2018, Bolsonaro prometeu rasgar o ECA e, de fato, o governo dele fez isso. Acabou com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e diminuiu os recursos voltados à proteção de crianças e adolescentes”, conclui o coordenador do GT.

*Com informações do Gabinete de Transição

* Vermelho

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Brasil

Uber, faxina e cozinheiro: a vida de médicos cubanos que ficaram no Brasil

Programa símbolo do PT, o Mais Médicos voltará à ativa em um novo formato no terceiro mandato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Modificado pela gestão Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o programa tinha ficado marcado por alocar médicos cubanos em regiões remotas do Brasil.

Quando Cuba rompeu com o programa após críticas severas de Bolsonaro, médicos cubanos radicados no Brasil —alguns com família e até naturalizados— optaram por permanecer no país na esperança de voltar a clinicar se o PT retornasse ao poder.

Maria Caridade Morales Gonzales, 60, virou faxineira

maria caridad - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal

Nasci em Holguín, leste de Cuba, e fui para a Havana aos 14 anos para estudar. Aos 24, entrei na Faculdade de Ciências Médicas de Havana: seis anos de curso, três de especialização em clínica médica e mais três em alergia e imunologia.

Tenho uma filha que aos 20 anos veio para o Brasil, se casou e ficou. Como ganhei uma neta, me inscrevi no Mais Médicos para viver no Brasil ao lado delas.

Cheguei em 2015 para trabalhar em Divinolândia, a 490 km de São Paulo. Adorava trabalhar na UBS (Unidade Básica de Saúde) do centro e na roça: uma ambulância me levava e trazia. Ficava o dia todo, até almoçava na casa dos pacientes.

O governo pagava R$ 2.500 e a prefeitura mais R$ 3.000. Nós, cubanos, não somos ambiciosos, eu viva bem, me vestia bem e me virava.”

Depois de romper com Bolsonaro, Cuba quis me levar de volta, mas preferi continuar com minha família. Tentei emprego em farmácia, mas não consegui, e fui para São Caetano do Sul, perto da minha filha.

Trabalhei por um tempo como faxineira, mas tenho 60 anos e não aguentei as dores na coluna. Aí comecei como cuidadora, mas também precisava de força para dar banho em um senhor de 79 anos e ainda limpar a casa, fazer almoço e janta. Agora estou desempregada.

Tenho 36 anos de graduada e a esperança de voltar para minha profissão. Estou estudando sobre os problemas do brasileiro, que tem muita hipertensão, pancreatite e transtorno de personalidade.

Ovidio Lediam Viggiani Sierra, 36, motorista de Uber

Ovidio - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal

Eu me formei em 2011 na Faculdade de Ciências Médicas de Mayabeque: seis anos de medicina, depois três de especialização em clínica médica. Vim para o Brasil em 2014. Fui mandado para um posto de saúde em Campinas (SP): trabalhava até as 17h cuidando da saúde integral da população. A gente também orientava os alunos do quarto e sexto ano de medicina da Unicamp (Universidade de Campinas).

Na época eu ficava com uns R$ 3.000 do salário e ajuda de custo da prefeitura. Depois que fecharam o programa, voltei para Cuba. Arrumei minha documentação e em 2021 voltei com minha mulher e minha filha de nove anos, na esperança de voltar ao Mais Médicos.

Eu levei a documentação para o governo, mas me disseram que não contratavam mais cubanos. Aí fui procurar emprego.

Primeiro fui cuidador de idoso, depois trabalhei em uma fábrica carregando gelo. Não fiquei porque era um trabalho puxado: oito horas em temperatura abaixo de zero para ganhar R$ 80 por dia. Não estudei tanto para isso.

Como tinha habilitação brasileira, comecei a fazer Uber há seis meses. Começo a rodar às 6h30 e vou até 18h. Tiro R$ 2.500 por mês, mas pago o aluguel do carro e a gasolina.

*Com Uol

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Ministro do STF pede perdão a Lula por ter impedido ida a velório do seu irmão

Decisão esdrúxula de ministro fez com que Lula não comparecesse ao velório de Vavá, que morreu de câncer. Pedido de perdão foi feito durante diplomação de ex-presidente, que respondeu ao ministro.

Emocionado em meio à terceira cerimônia de diplomação para Presidente da República na última segunda-feira (12), Lula (PT) recebeu um pedido de perdão inusitado que remeteu a um dos momentos mais dolorosos vividos durante os 580 dias da prisão injusta na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba: a morte por câncer do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro de 2019.

Após ter o direito de comparecer ao velório do irmão por juízes de instâncias inferiores, à época a defesa de Lula entrou com pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele pudesse se despedir de Vavá.

A decisão coube ao ministro Dias Toffoli, que em decisão inédita determinou que o corpo de Vavá fosse levado a uma unidade militar em São Paulo para que Lula se despedisse do irmão.

Da cela na Superintendência da PF em Curitiba, Lula recusou, enviou uma coroa de flores falando da saudade que “aperta o peito” e manifestou a profunda mágoa pelo fato a diversos interlocutores.

Durante a cerimônia de diplomação, Toffoli se aproximou de Lula e relembrou o caso, pedindo perdão pela decisão esdrúxula.

“O senhor tinha direito de ir ao velório”, disse Toffoli segundo Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo deste sábado (17). “Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”, emendou o ministro.

Lula teria dito para o ministro ficar tranquilo e que conversaria com Toffoli em outro momento sobre a questão, de maneira reservada.

“Safado só queria ir passear”
Após a decisão desumana de Toffoli, um diálogo entre procuradores da Lava Jato, divulgado pela Vaza Jato, causou ainda mais indignação em Lula e seus familiares.

Ao comentar o pedido de Lula para se despedir do irmão, o procurador Januario Paludo, afirmou que “o safado só queria ir passear”, mesmo diante de um colega, o procurador Diogo Castor ponderar que “todos presos em regime fechado tem este direito”.

Outro investigador, Antônio Carlos Welter escreveu que concordava com a PF, mas que acreditava que Lula tinha o direito de ir ao enterro do irmão. “Eu acho que ele tem direito a ir. Mas não tem como”.

Januário Paludo respondeu: “O safado só queria passear e o Welter com pena”.

*Com Forum

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Justiça

Juiz ordena que Eduardo Bolsonaro retire música de Chico de postagem

O juiz tabelar do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa Fernando Rocha Lovisi ordenou, nesta sexta-feira (16), que o deputado federal Eduardo Bolsonaro retire imediatamente a música “Roda Viva” de uma postagem feita em rede social. O descumprimento acarretará em multa diária no valor de mil reais.

O caso gerou polêmica no final de novembro, quando a juíza substituta Monica Ribeiro Teixeira indeferiu o mesmo pedido feito pela defesa de Chico Buarque. De acordo com a juíza substituta, faltava comprovação de que “Roda Viva” era mesmo do artista.

Nesta quinta-feira (15), o advogado de Chico, João Tancredo, entrou com uma nova ação. E, segundo ele, a redação da peça jurídica é praticamente idêntica a da ação anterior. Questionado sobre o que teria mudado, Tancredo disse “o conhecimento sobre música popular brasileira de quem analisou o caso”.

“Enfim, superamos o debate despropositado sobre a autoria da canção. Podemos agora focar na finalidade principal do processo, que é tratar com respeito a obra do Chico e com o rigor da lei os desmandos do deputado. Aliás, esse é o tipo de foco que precisa ser retomado em diversas áreas no país”, afirmou o advogado.

Além do pedido de urgência, a ação movida por Chico ainda cobra do deputado federal uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social em que fez uso indevido da obra.

*Com DCM

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Qual o significado de ‘Bella Ciao’, entoada em restaurante com Fabio Faria?

No jornalístico “Central da Transição”, da GloboNews, a jornalista Natuza Nery contou que uma fonte próxima a ela revelou que o Ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fabio Faria, foi recebido em um restaurante de Brasília ao som da música “Bella Ciao”, uma espécie de hino antifascista que nasceu na Itália.

No relato, Natuza diz que a fonte a revelou que muitos dos clientes se levantaram para bater palmas e cantar o clássico. “Mas ele entendeu?”, perguntou a jornalista à fonte. “Acho que ele não entendeu o significado da música”, respondeu a fonte.

https://twitter.com/GloboNews/status/1603551443885387777?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1603551443885387777%7Ctwgr%5Ec8cc5cc0b638e6c42b084df558d344ed6341182a%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fcotidiano%2Fultimas-noticias%2F2022%2F12%2F16%2Fqual-o-significado-de-bella-ciao-entoada-em-restaurante-com-fabio-faria.htm

Afinal, qual o significado de ‘Bella Ciao’? Una mattina, mi son svegliato/oh bella, ciao! Bella, ciao! Bella, ciao, ciao, ciao!/Una mattina, mi son svegliato/ed ho trovato l’invaso

Assim começa a canção que virou símbolo da Resistência Italiana, “Bella Ciao”. Curiosamente, a música, resgatada nos últimos anos por causa da série “La Casa de Papel”, não era muito conhecida durante a Segunda Guerra Mundial e passou a ser associada ao movimento “partigiano” apenas no fim dos anos 1940, ganhando o mundo ao longo das décadas seguintes e virando um hino de liberdade.

Até hoje sua origem não foi muito bem esclarecida, mas há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emilia-Romagna no início do século 20.

No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas no assunto, que acreditam que ela seja um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

“Bella Ciao” já foi a trilha sonora de protestos em diversos cantos do planeta, como as manifestações pró-democracia em Hong Kong, em 2014, e os atos da praça Taksim, na Turquia, em 2013. E até mais recentemente, no Irã, em uma versão persa que se tornou símbolo da luta das mulheres iranianas.

Também embalou campanhas eleitorais do partido de extrema esquerda grego Syriza, do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Durante os mandatos de Silvio Berlusconi como chefe de governo, a música antifascista era frequentemente cantada em forma de protesto por partidos de esquerda italianos.

Entre os que já emprestaram sua voz à canção estão o cantor e compositor Giorgio Gaber, a banda Modena City Ramblers e o francês Yves Montand, alguns dos principais responsáveis por sua disseminação.

Uma manhã, eu acordei, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Uma manhã, eu acordei e encontrei o invasor.

Oh partigiano, me leve embora, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Oh partigiano, me leve embora, pois sinto que vou morrer.

E seu eu morrer como partigiano, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E se eu morrer como partigiano você deve me enterrar. Me enterrar lá em cima na montanha, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Me enterrar lá em cima na montanha, sob a sombra de uma bela flor.

E as pessoas que passarão, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E as pessoas que passarão te dir.

*Com Uol

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Congresso

Congresso acaba com sigilo do orçamento secreto e distribui recursos por tamanho das bancadas

O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (16) um projeto de Resolução que define critérios de distribuição das emendas de relator-geral do Orçamento, mais conhecido como orçamento secreto.

Segundo o Senado, a resolução apresentada pelas Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados estabelece critérios para dar transparência às emendas de relator-geral do Orçamento. O projeto exclui a categoria “usuário externo”, usado por prefeituras para solicitar emendas (e que oculta o nome do parlamentar que apadrinhava o repasse).

De acordo com a proposta aprovada em sessão conjunta do Congresso, 80% dos recursos irão para indicação de partidos baseada no tamanho das bancadas (sendo um terço do total para as indicações no Senado e o restante para as da Câmara). PL e PT são os maiores beneficiados.

Do restante dos recursos, 15% vão para as cúpulas do Senado e da Câmara; 7,5% para a Mesa Diretora de cada Casa, com indicações feitas pelos respectivos presidentes; 5% para serem divididos entre o presidente e o relator da CMO (Comissão Mista de Orçamento).

A proposta também define que 50% do montante das emendas de relator deverão ser executados “em ações e serviços públicos de saúde, educação e de assistência social” segundo critério dos próprios deputados.

Segundo Castro, que também é relator do Orçamento de 2023 (PLN 32/2022), a matéria estabelece critérios de proporcionalidade e impessoalidade na aprovação e execução dessas emendas. Ele argumentou que as mesmas características presentes no processo de execução das emendas individuais, também serão aplicadas na RP9.

“Qualquer emenda de relator que for destinada para qualquer estado do Brasil, para qualquer município do Brasil, ou para qualquer entidade filantrópica terá obrigatoriamente que constar o nome do parlamentar. Ou deputado ou senador”, afirmou Castro.

Pelas regras atuais, a decisão sobre repasse das emendas RP9 fica com o próprio relator do Orçamento, sem critérios objetivos. Pela proposta, o relator passará a fazer indicações para a execução das programações cadastradas por parlamentares, que poderão ser fundamentadas em demandas apresentadas por agentes públicos ou por representantes da sociedade civil.

*Com 247

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Sarneyzinho do Maranhão, que ameaçou executar Moraes, é preso pela PF

“Valente”, o bolsonarista havia gravado vídeo para desafiar e ameaçar Moraes de morte, dizendo que tinha mandado “seus homens” executarem o ministro.

O bolsonarista autodenominado “Sarneyzinho do Maranhão”, que viralizou esta semana com um vídeo em que faz ameaças de morte ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (16).

Segundo a CNN Brasil, a prisão do radical, que foi candidato a deputado estadual na eleição de 2018, foi efetuada na divisa entre o Maranhão e o Piauí. A PF ainda não divulgou detalhes das circunstâncias da detenção do bolsonarista.

No vídeo que viralizou, Sarneyzinho do Maranhão xinga o ministro do STF e promete executá-lo. “Senhor Alexandre de Moraes, o senhor não passa de um bandido do PCC. Será que nesse país não tem homem pra fuzilar esse vagabundo? Cadê os caminhoneiros desse país que não fazem nada? Cadê o Exército, Marinha e Aeronáutica? Será que só tem frouxo e covarde nesse país? Só o presidente, só?”, diz o bolsonarista.

Na sequência, ele ameaça explicitamente Moraes de morte. “Quero mandar um recado para o bandido do Alexandre de Moraes. Aqui quem vos fala é o Sarneyzinho do Maranhão. Cuidado. Meus homens já estão de olho em ti, já estão te arrodeando em Brasília e São Paulo. Minha ordem é para executar. Já coloquei meus homens à disposição para te executar. Cuidado com tua vida, vagabundo”, dispara.

https://twitter.com/delucca/status/1603112910825623552?s=20&t=gXNg3b847QS7fJEtTrk3Mg

*Com Forum

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Na porta de saída, Bolsonaro libera exploração de florestas em terras indígenas

A duas semanas do fim do mandato, o governo de Jair Bolsonaro (PL) decidiu autorizar a realização de “manejo florestal” dentro de terras indígenas. Na prática, trata-se de permitir a exploração de madeira dentro de áreas demarcadas.

Uma instrução normativa que autoriza essas atividades foi publicada nesta sexta-feira, 16, no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelas presidências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

De acordo com a instrução normativa, o objetivo é estabelecer “as diretrizes e os procedimentos para elaboração, análise, aprovação e monitoramento de Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário para a exploração de recursos madeireiros em terras indígenas”.

Principal alvo de explorações ilegais, as terras indígenas são, hoje, a última fronteira na conservação ambiental, onde estão preservadas as maiores áreas de floresta, justamente por serem terras demarcadas.

Organizações socioambientais temem que a medida acabe por facilitar ainda mais a exploração criminosa que já ocorre, devido a falhas em fiscalizações e monitoramento dessas atividades, que muitas vezes são usadas para “lavar” a retirada clandestina de madeira.

Segundo Ibama e Funai, “aos indígenas se estende a proteção das leis do País, nos mesmos termos em que se aplicam aos demais brasileiros”.

de Paula Batista, advogada do Instituto Socioambiental, afirma que a instrução foi editada sem consulta às instâncias representativas indígenas e que desconsidera as formas de gestão que os povos fazem de seus territórios.

“Essa instrução permite que entidades compostas por brancos possam fazer manejo florestal nas terras. Isso afronta o usufruto exclusivo dos indígenas.

Juliana de Paula Batista, advogada do Instituto Socioambiental, afirma que a instrução foi editada sem consulta às instâncias representativas indígenas e que desconsidera as formas de gestão que os povos fazem de seus territórios.

“Essa instrução permite que entidades compostas por brancos possam fazer manejo florestal nas terras. Isso afronta o usufruto exclusivo que os indígenas têm das riquezas dos rios, lagos e solos, previsto na Constituição Federal”, disse ao Estadão.

“O texto também desrespeita o Estatuto do Índio, que proíbe aos não indígenas a realização de atividades extrativas em terras indígenas. O ato da Funai e do Ibama é absurdo, ilegal, inconstitucional e tenta liberar mais uma boiada no apagar das luzes do governo Bolsonaro

” Questionado pela reportagem sobre a instrução normativa, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que vai levar o caso para o Supremo Tribunal Federal. “Vamos ao STF para derrubar a medida”, afirmou.

O Estadão também repercutiu a publicação com membros da transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é que essa instrução normativa publicada nesta sexta vai entrar nas recomendações de atos que devem ser revogados já no início de 2023.

Neste caso, especificamente, quem poderia revogar a instrução são os novos presidentes do Ibama e da Funai, porque trata-se de uma decisão publicada pelos dois órgãos. A reportagem questionou a atual direção da Funai e Ibama sobre o assunto, mas ainda obteve respostas até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestações.

*Com Estadão

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Mesmo com verba, Bolsonaro não dá cestas básicas a indígenas, diz transição de Lula

Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), tem descumprido decisões judiciais para fornecer cestas básicas a povos tradicionais no país, é o que aponta o Grupo Técnico (GT) de Desenvolvimento Social e Combate à Fome da Transição.

O documento com a acusação foi assinado pelo GT e enviado ao economista Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos do Gabinete de Transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O orçamento da Ação nº 2.792 (Cestas Básicas) vem sendo composto basicamente por créditos extraordinários, e há sistemático descumprimento de decisões judiciais de fornecimento de cestas para famílias indígenas e quilombolas”, diz o documento obtido pelo Metrópoles.

O governo federal, ainda segundo o documento, também não tomou providências para utilizar recursos disponíveis desde junho, e pode deixar populações vulneráveis sem alimentos nos primeiros meses do próximo ano.

“O orçamento previsto para 2023 no PLOA [Projeto de Lei Orçamentária Anual] enviado ao Congresso, R$ 18,3 milhões, é insuficiente para fazer frente às demandas acumuladas para fornecimento de cestas para famílias em situação de insegurança alimentar e em emergência, e o Ministério [da Cidadania] não executará neste ano os quase R$ 150 milhões ainda disponíveis na Ação nº 2.792″, acrescenta o grupo técnico no ofício.

Por conta da falta de repasse a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi afetada diretamente, ficando sem estoque de cestas básicas.

A economista e ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016) Tereza Campello, em conversa com o Metrópoles, considerou a situação como “gravíssima”, uma vez que o governo tinha recursos disponíveis desde o meio do ano para tomar providências.

Tereza Campello, cotada para assumir o Ministério da Cidadania, afirma também que o atual governo não tomou nenhuma atitude porque não quis, pois segundo ela, havia recursos para isso.

“O atual governo não tem desculpa para não ter tomado atitude. Nenhuma desculpa. Tinha recursos, tinha recursos humanos, tinha capacidade para fazer isso, mas não fez porque decidiu não fazer – seja por incompetência, seja para deixar armada essa bomba no colo do futuro presidente Lula”, afirma Campello.

Ainda de acordo com ela, a situação poderia ter sido revertida se o repasse ao órgão competente tivesse sido feito.

“Poderiam ter repassado os recursos para a Conab tomar providências, mas não fizeram isso. Então, soma-se um conjunto de não ações que são gravíssimas na nossa avaliação, pois podem não somente prejudicar a população, como certamente recairão com ônus enorme no próximo governo, que não terá como atuar. Na prática, estão nos impedindo de atender à população”, prossegue a economista.

*Com Yahoo

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Gráfica diz ao TSE que campanha de Jair Bolsonaro omitiu dívida

Nota fiscal aponta contratação de gráfica pela campanha de Bolsonaro; empresa pediu que Bolsonaro seja impedido de se candidatar de novo.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, a gráfica Impactus afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a campanha de Jair Bolsonaro omitiu uma dívida de campanha e pediu que o tribunal impeça Bolsonaro de se candidatar novamente. O documento foi enviado ao TSE nesta quarta-feira (14/12) e anexado ao processo de prestação de contas da chapa do presidente.

Como mostra a nota fiscal emitida pela gráfica de Aparecida de Goiânia (GO), em 28 de outubro a campanha de Bolsonaro contratou adesivos microperfurados por R$ 54 mil. O documento tem os dados da campanha do presidente, incluindo o endereço da casa em Brasília onde funcionava o QG da reeleição. A conta, contudo, nunca foi paga à empresa ou declarada à Justiça Eleitoral, o que é ilegal.

“É necessário que a prestação de contas seja um demonstrativo fiel da arrecadação e gastos da campanha, o que infelizmente não aconteceu no presente caso”, afirmou a companhia, acrescentando: “Remanescendo, portanto, dívida de campanha não saldada e flagrantemente omitida da prestação de contas”.

Se o relator do caso, ministro Raul Araújo, concordar com o pedido da gráfica e decidir pela não prestação de contas de Bolsonaro, o presidente ficará sem quitação eleitoral até o fim da próxima legislatura. Isso significa que ele não poderá se candidatar de novo. No limite, Bolsonaro pode ainda ser investigado por abuso do poder econômico.

A prestação de contas eleitorais irregular também pode prejudicar o PL, sigla de Bolsonaro. O partido pode perder o direito de receber o Fundo Eleitoral, fonte vital de dinheiro público que abastece a legenda.

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