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Debate

Debate na Band: O que tinha naquele papel que Lula mostrou a Bolsonaro?

  • Durante o debate na TV Band, Lula mostra um papel a Bolsonaro e pergunta: “Esse é você?”;
  • Conteúdo não foi revelado às câmeras, seguindo as regras do programa;
  • Trata-se, no entanto, de uma notícia com declarações favoráveis de Bolsonaro à pílula do aborto.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou curiosidade nos telespectadores que acompanharam o debate na TV Band neste domingo (16) ao mostrar rapidamente um papel para Jair Bolsonaro (PL) e perguntar: “Esse aqui é você?”. O conteúdo, no entanto, não foi revelado às câmeras, seguindo as regras da organização do programa.

Conforme divulgado pelo O Globo, trata-se da impressão de uma matéria do portal g1 que relembra um discurso de Bolsonaro de 1992, época em que era deputado federal. Na ocasião, falava sobre a pílula do aborto como solução para o controle da natalidade. O medicamento começaria a ser distribuído na China para controlar a explosão populacional.

“É preciso, portanto, que todos tenhamos os pés no chão e passemos a tratar desse tema (controle da natalidade) sem demagogia sem interesse partidário ou eleitoreiro, porque de nada adiantam nossas convicções religiosas, políticas ou filosóficas, quando se está em jogo, sem dúvida, uma questão bem mais grave e que, de fato, interessa à segurança nacional. Temos de viabilizar este país e apontar o caminho certo do desenvolvimento social e econômico”, disse Bolsonaro.

Após a alfinetada de Lula, internautas na rede social tentaram descobrir o que estava escrito no papel. O atual presidente não esboçou reação ao ver o material.

Símbolo no paletó de Lula

O petista também aproveitou para fazer uma alusão a um escândalo recente envolvendo Bolsonaro. No debate, ele apareceu com um broche de flor amarela no paletó que remete à Campanha Nacional de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

A indireta tem a ver com as críticas que o atual presidente tem recebido após declarar que “pintou um clima” com adolescentes venezuelanas de 14 e 15 anos. O tema não foi citado no debate devido à determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

*Com Yahoo

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Especialista em direitos da criança e adolescente esclarece: Afirmação de Bolsonaro “viola vários artigos do ECA”, evidencia ”xenofobia” e ”prevaricação”

Especialista em direitos da criança e adolescente esclarece: Afirmação de Bolsonaro “viola vários artigos do ECA”, evidencia ”xenofobia” e ”prevaricação”.

Ariel de Castro Alves – O presidente Jair Bolsonaro precisa se explicar por ter dito que “pintou um clima”, ao ter se deparado com meninas de 14 e 15 anos venezuelanas “arrumadinhas”, em Brasília.

Ele ainda diz que entrou na casa onde elas estavam, após ter “pintado um clima”, gerando a necessidade de apuração da frase de conteúdo “pedófilo”, inclusive com relação à possível ocorrência dos crimes de assédio sexual, importunação sexual ou até estupro de vulneráveis.

Além disso, a afirmação viola vários artigos do ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente, como os direitos ao respeito, a dignidade, a imagem e a integridade psicológica, direitos esses que também estão previstos no artigo 227 da Constituição Federal.

Nas declarações, ele também discrimina as adolescentes por serem venezuelanas, tratando as como prostitutas, por estarem “arrumadinhas”, e deve responder criminalmente por xenofobia.

O episódio também evidenciou a prevaricação, já que se ele suspeitava que elas estavam sendo exploradas sexualmente, deveria acionar o Ministério dos Direitos Humanos e o Governo do Distrito Federal, para apurar e protegê-las, ao invés de ficar expondo e humilhando publicamente as jovens!

*Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em direitos humanos, membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.

*Viomundo

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Opinião

O que não foi dito no debate: Lula inibiu baixarias de Bolsonaro

Helena Chagas – Boa parte da mídia decretou um empate. Afinal, Lula nocauteou Jair Bolsonaro no primeiro bloco, quando jogou na roda o tema da pandemia, mas administrou mal seu tempo no último, quando o adversário o atacava com corrupção, e deixou o presidente dar a última palavra.

As pesquisas feitas em tempo real junto a eleitores indecisos indicaram leve vantagem de Lula – ainda que não sigam critérios científicos de amostragem. Nas duas campanhas, o desabafo, ao final, foi: “Ufa!”. Afinal, ninguém morreu. E, apesar dos tantos palpites que se seguem a um evento assim, não se sabe como cada frase, diálogo ou embate vai repercutir entre os eleitores. Quase sempre, os efeitos são residuais.

Politicamente, porém, quase tão importante quanto o que foi dito, lembrado e acusado ali, foi o que não foi dito. Embora tenham se chamado mutuamente de “mentiroso” e feito acusações graves no debate da Band deste domingo, Bolsonaro e Lula não deram golpes abaixo da linha da cintura. Pareciam até duas ladies, se comparado o tom da discussão ao dos programas do PT e do PL no horário eleitoral da TV.

Por quê? Sabe-se que a campanha Bolsonaro mandou vasculhar a vida pessoal do petista e de seus parentes, além de cada vírgula dos governos petistas, para levar acusações constrangedoras ao debate. Só que os aliados de Lula, sabendo disso, buscaram chumbo com ex-bolsonaristas, como o empresário Paulo Marinho – e tudo indica que conseguiram, acuando os bolsonaristas.

Essa situação resultou num debate belicoso, mas travado sobre temas mais do que batidos e previsíveis – pandemia e corrupção – , sem surpresas para ninguém. Em julgamento, ali, esteve a capacidade de cada um de articular seu discurso e manter a calma. Nesse quesito, Lula superou em muito o atual presidente no primeiro bloco.

No segundo, o petista rebateu as acusações de corrupção na Petrobras, mas no terceiro já aparentava certo cansaço e fez mau uso do tempo. Bolsonaro cresceu do meio para o fim do debate, mas padece de uma crônica desarticulação verbal e certa falta de noção.

Ao falar, por exemplo, de banheiros separados por gênero nas alegações finais, o presidente ficou dentro de sua bolha. Falou pouco da vida real e de temas que atingem a maioria da população e, sobretudo, os indecisos.

Bolsonaro deu sorte de ter obtido, no próprio domingo, uma decisão favorável do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, no caso do “pintou um clima” venezuelano – que leu na primeira oportunidade possível.

Mas se, na hora, isso terá sido positivo para o presidente, o mesmo não se pode dizer no médio prazo: ao exibir ao país uma decisão do ministro favorável a ele, Bolsonaro esvaziou o próprio discurso de perseguição por parte do TSE, que certamente tentará usar para tumultuar o ambiente em caso de derrota no dia 30.

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Pesquisa

Pesquisa Ipec: Lula segue 7 pontos à frente de Bolsonaro

Pesquisa do Ipec divulgada nesta segunda-feira (17), encomendada pela Globo, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% de intenção de votos no segundo turno e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 43%.

O novo levantamento foi feito entre sábado (15) e nesta segunda, e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. De acordo com o instituto, o cenário de segundo turno continua estável.

  • Lula (PT): 50 %
  • Bolsonaro (PL): 43%
  • Branco e nulo: 5%
  • Não sabem/não responderam: 2%

Na pesquisa anterior do Ipec, divulgada dia 7 de outubro, Lula tinha 51%; Bolsonaro, 42%.

Se a eleição fosse hoje, Lula teria 54% dos votos válidos, e Bolsonaro, 46%. Para calcular os votos válidos, são excluídos os brancos, os nulos e os de eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

No levantamento anterior do Ipec, Lula tinha 55% dos votos válidos; Bolsonaro, 45%.

Este é o terceiro levantamento do Ipec após o primeiro turno das eleições. Foram entrevistadas 3.008 pessoas em 184 municípios entre sábado (15) e segunda-feira (17). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02707/2022.

No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.

Já na sondagem espontânea, os entrevistadores não apresentam previamente o nome de nenhum dos dois candidatos. Nesse cenário, Lula aparece com 48%, e Bolsonaro, com 42% (veja infográfico abaixo). Brancos e nulos somaram 6% – e 4% dos entrevistados disseram que não sabem ou preferem não opinar.

*G1

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Entorno de Moro diz que ex-juiz quer vitória de Lula para tentar Planalto em 2026

Aliados do ex-juiz Sergio Moro afirmam que ele acredita na vitória de Lula contra o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o entorno de Sergio Moro tem dito que o ex-juiz considera, na verdade, que Lula vai vencer esta eleição, e o apoio a Jair Bolsonaro seria uma forma de tentar roubar do atual presidente a liderança da extrema-direita e, assim, pavimentar uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

A considerar o empenho de Moro para eleger Bolsonaro, é pouco crível que o ex-juiz torça pela vitória de Lula. Mas o raciocínio faz certo sentido.

Com Bolsonaro derrotado e mergulhado na avalanche de processos a que terá de responder fora do mandato, Moro estaria livre para tentar ser o principal rosto da oposição ao PT junto ao eleitorado bolsonarista.

Junto ao eleitorado, é bom dizer. No Congresso, dificilmente conseguirá ter relevância: é odiado pela maioria dos seus futuros colegas.

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Debate

No debate, Lula usa broche de campanha contra exploração sexual infantil

Lula está usando no debate da Band um broche da Campanha Nacional de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, uma flor amarela.

A sugestão foi do ex-governador paranaense Roberto Requião, para aproveitar a crise gerada por Jair Bolsonaro ao dizer numa entrevista que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.

A crise é considerada pela campanha de Bolsonaro o pior momento da disputa para o presidente.

Essa atitude de Lula foi uma excelente resposta para Bolsonaro que usou o termo “pintou um clima” se referindo às meninas venezuelanas de 14 e 15 anos classificadas por Bolsonaro como “prostitutas”.

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Debate

Lula a Bolsonaro: “Você é o rei da estupidez e das fake news”

Não resta a menor dúvida sobre a superioridade de Lula no debate. Ele foi muito bem no início e seguiu muito bem durante os demais blocos. Fez várias perguntas a Bolsonaro que não respondeu, por não saber responder, sobre a educação, por exemplo.

Lula, durante praticamente todo o debate, deixou claro o quanto Bolsonaro estava mentindo e mente diariamente.

O ex-presidente Lula chamou o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro de ‘rei da estupidez’ e das ‘fake news’ após fala do mandatário sobre a condução de políticas públicas de combate à pandemia da Covid-19 no Brasil, durante o debate com os presidenciáveis na Band, neste domingo (16).

A verdade é que Lula tem muito a mostrar e Bolsonaro, nada.

Sobre a pandemia, Lula jogou a verdade na cara de Bolsonaro, dizendo que, por culpa dele, morreram ao menos 400 mil pessoas e que ele jamais visitou uma família que perdeu um ente querido para a covid. “Você mentiu sobre a vacina o tempo inteiro, negligenciou a vacina, e o Brasil hoje carrega a pecha de ser o país que tem mais mortes por Covid-19”, disse.

Lula ainda fez críticas sobre a falta de empatia de Bolsonaro com as vítimas da Covid. “O senhor sequer se dignou a visitar uma família que teve alguém que morreu de Covid-19. E depois, só para mostrar que é bonzinho,foi ao enterro da rainha da Inglaterra [Elizabeth II], quando poderia ter visitado centenas de familiares de pessoas que morreram por Covid-19”.

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Propaganda eleitoral do PT: Bolsonaro pedófilo

PT usa um trecho pequeno de uma longa e criminosa declaração de Bolsonaro, que não tem outra saída que não seja a de acusá-lo de pedofilia. Não tem como sair dessa enrascada depois da frase dita por ele próprio, “pintou um clima”. Vejam o vídeo.

Assista

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Delegado da PF crítico do PT votará em Lula pela democracia e pelo combate à corrupção

Jorge Pontes, que escreveu livro sobre casos de corrupção nos governos petistas, declarou voto em Lula no segundo turno.

O delegado da Polícia Federal Jorge Pontes, um dos autores do livro “Crime.Gov”, que narra uma série de casos de corrupção nos governos petistas, decidiu votar em Lula neste segundo turno. Em texto exclusivo para a coluna, Pontes descreveu sua escolha como uma decisão “humanística”, em defesa da democracia e contra o desmonte do sistema de combate à corrupção empreendido por Jair Bolsonaro.

“Bolsonaro, que se elegeu na onda moralizatória do combate à essa macrocriminalidade, acabou atuando como o próprio coveiro da Operação Lava Jato, criando um ambiente que a enfraqueceu e a sufocou”, escreveu Pontes, lembrando as trocas de diretores-gerais da PF, a escolha de Augusto Aras e dos ministros do STF Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

“Trata-se de um grande retrocesso, isto é, uma sofisticação em relação aos esquemas do mensalão e petrolão, pois garantem a compra de apoio parlamentar, mas com a possibilidade de blindagem total do presidente”, afirmou.

Muitos leitores, amigos e colegas de profissão têm me perguntado como me posicionarei no 30 de outubro, mormente pelo fato de ter sido, junto com o delegado da PF Marcio Anselmo, um dos autores da “tese” da criminalidade institucionalizada, que foi esquadrinhada no nosso “Crime.Gov — quando corrupção e governo se misturam”, obra que aborda inúmeros fatos que envolveram governos do PT, com limite temporal em 2018, e que foi publicada ainda nos primeiros meses de 2019, com o selo da editora Objetiva.

Pois bem, importante colocar que nesse pleito, mais do que em qualquer outro, preponderam — sobre o combate à corrupção — outros temas ainda mais relevantes, como a manutenção das nossas instituições democráticas, o respeito absoluto às cláusulas pétreas da nossa Constituição Federal, enfim, à própria defesa do Estado de direito.

E, no campo das ameaças, o candidato Jair Bolsonaro vem se superando. Além da cooptação política de militares e PMs da ativa — somado ao ingrediente perigoso das milícias — o presidente não se cansa de afirmar, sem meias palavras, que ambiciona uma ruptura institucional, para a qual arrastaria as Forças Armadas, em uma aventura golpista cujo desfecho não podemos imaginar. A prova cabal do risco que corremos com o atual presidente

foi o seu último delírio, ao mencionar que cogita uma mudança na composição do Supremo Tribunal Federal, que foi exatamente um dos expedientes operados desastrosamente por Hugo Chávez na Venezuela. Essa foi, sem sombras de dúvidas, a mais grave ameaça perpetrada contra a democracia brasileira desde a promulgação da Carta de 1988.

Como enfatizamos, o clash final dos dois candidatos envolve elementos que transcendem em muito a questão da corrupção, como a própria defesa da democracia, cuja manutenção acaba (também) permeando a capacidade do Estado de enfrentar tais delitos. Até porque as autocracias e os Estados totalitários definitivamente não enfrentam crimes cometidos por atores poderosos e nucleares.

E Bolsonaro, que se elegeu na onda moralizatória do combate à essa macrocriminalidade, acabou atuando como o próprio coveiro da Operação Lava Jato, criando um ambiente que a enfraqueceu e a sufocou. O presidente interferiu inúmeras vezes na Polícia Federal, trocando cinco diretores-gerais e afastando dezenas de investigadores. Escolheu um péssimo procurador-geral da República, fora da lista tríplice do MPF, e ainda fez duas escolhas sofríveis para o Supremo Tribunal Federal.

E não parou por aí, pois vemos o orçamento secreto — aprovado sob os auspícios de Bolsonaro — como a quintessência da institucionalização da corrupção. Trata-se de um grande retrocesso, isto é, uma sofisticação em relação aos esquemas do mensalão e petrolão, pois garantem a compra de apoio parlamentar, mas com a possibilidade de blindagem total do presidente. A corrupção pode — e até deve — ser detectada na ponta, mas esse modelo conseguiu dar abrigo justamente a quem vai lucrar com a venda do apoio parlamentar, que é o chefe do Executivo.

O orçamento secreto

foi um avanço das estruturas e plataformas que se locupletam com dinheiro público e pode ser considerado praticamente a “legalização dos desvios de recursos”. Não tardará a constar, nos livros que estudam corrupção e o crime institucionalizado, como um case exemplar.

Por outro turno, os governos do PT, em que pese terem sido “gestores” dos esquemas do mensalão e petrolão, nunca sequer ensaiaram trocar o diretor-geral da PF, que teve tranquilidade e autonomia para desenvolver a Lava Jato, que alvejou de forma estrutural a elite política do país, atingindo partidos de todas as matizes ideológicas, principalmente os que davam sustentação ao governo.

E como se ainda não bastassem todos esses pontos, o presidente foi desastroso no enfrentamento à pandemia do Covid-19, atrasando a compra de vacinas e não demonstrando nenhuma sensibilidade ou empatia pela dor e sofrimento das quase 700 mil vidas ceifadas pelo vírus. E também foi extremamente lesivo ao desmontar deliberadamente as estruturas de combate e fiscalização dos delitos ambientais na Amazônia, pondo em risco sua cobertura florestal e sua fauna, e acentuando a condição

do Brasil de pária internacional, ao aprofundar a degradação ambiental naquela região, que recebe atenção especial de todo o planeta.

Desta feita, derrotar Bolsonaro nas urnas não é mais uma questão de natureza política ou ideológica, mas uma decisão sobretudo humanística.

Enfim, muitos dos votos que estão indo para Lula são, em realidade, votos para a democracia. Por isso, personalidades publicamente críticas ao PT, como é inclusive o meu caso, estamos declarando apoio nesse sentido.”

*Com Metrópoles

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